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    CLARIPED: um novo instrumento para classificação de risco em emergências pediátricas

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    ResumoObjetivoApresentar um novo instrumento de classificação de risco pediátrico, o CLARIPED, e descrever as etapas de seu desenvolvimento.MétodosEtapas do desenvolvimento: (i) primeira rodada de discussão entre especialistas, primeiro protótipo; (ii) pré‐teste de confiabilidade, 36 casos hipotéticos; (iii) segunda rodada de discussão para ajustes; (iv) treinamento da equipe; (v) pré‐teste com pacientes em tempo real; (vi) terceira rodada de discussão para novos ajustes; (vii) pré‐teste final de validade (20% dos atendimentos de cinco dias).ResultadosO CLARIPED apresenta cinco categorias de urgência: Vermelha (emergência), Laranja (muito urgente), Amarela (urgente), Verde (pouco urgente) e Azul (sem urgência). A primeira etapa da classificação inclui a aferição de quatro sinais vitais (escore Vipe); a segunda etapa consiste na avaliação de discriminadores de urgência. Cada etapa resulta na atribuição de uma cor, seleciona‐se a de maior urgência para a classificação final. Cada cor corresponde a um tempo máximo de espera pelo atendimento médico e ao encaminhamento à área física mais adequada à condição clínica do paciente. A concordância interobservador foi substancial (kappa=0,79) e o pré‐teste final, com 82 atendimentos, evidenciou boa correlação entre a proporção de pacientes em cada categoria de urgência e o número de recursos usados (p<0,001).ConclusõesO CLARIPED é um instrumento para classificação de risco simples, objetivo e de fácil uso, cujos pré‐testes sugerem boa confiabilidade e validade. Estudos em maior escala sobre sua validade e confiabilidade em diferentes contextos de saúde estão em curso e podem contribuir para a adoção de um sistema de classificação de risco pediátrico em âmbito nacional.AbstractObjectiveTo present a new pediatric risk classification tool, CLARIPED, and describe its development steps.MethodsDevelopment steps: (i) first round of discussion among experts, first prototype; (ii) pre‐test of reliability, 36 hypothetical cases; (iii) second round of discussion to perform adjustments; (iv) team training; (v) pre‐test with patients in real time; (vi) third round of discussion to perform new adjustments; (vii) final pre‐test of validity (20% of medical treatments in five days).ResultsCLARIPED features five urgency categories: Red (Emergency), Orange (very urgent), Yellow (urgent), Green (little urgent) and Blue (not urgent). The first classification step includes the measurement of four vital signs (Vipe score); the second step consists in the urgency discrimination assessment. Each step results in assigning a color, selecting the most urgent one for the final classification. Each color corresponds to a maximum waiting time for medical care and referral to the most appropriate physical area for the patient's clinical condition. The interobserver agreement was substantial (kappa=0.79) and the final pre‐test, with 82 medical treatments, showed good correlation between the proportion of patients in each urgency category and the number of used resources (p<0.001).ConclusionsCLARIPED is an objective and easy‐to‐use tool for simple risk classification, of which pre‐tests suggest good reliability and validity. Larger‐scale studies on its validity and reliability in different health contexts are ongoing and can contribute to the implementation of a nationwide pediatric risk classification system

    Prevalence and determinants of child undernutrition and stunting in semiarid region of Brazil

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    OBJETIVO : Analisar tendências na prevalência e determinantes da desnutrição em crianças na região semiárida do Brasil. MÉTODOS : Foram analisados dados de duas pesquisas transversais domiciliares de base populacional que utilizaram a mesma metodologia. A amostragem por conglomerados foi utilizada para coletar os dados de 8.000 famílias, do estado do Ceará, Nordeste do Brasil, para os anos de 1987 e 2007. A desnutrição aguda foi calculada como peso/idade < -2 desvios padrão; nanismo como altura/idade < -2 desvios padrão; e emaciação como peso/altura < -2 desvios padrão. Os dados sobre os determinantes biológicos e sociodemográficos foram analisados por meio de análises multivariadas com base em um modelo teórico hierarquizado. RESULTADOS : Amostras de 4.513 e 1.533 crianças menores de três anos de idade, em 1987 e 2007, respectivamente, foram incluídas nas análises. A prevalência de desnutrição aguda foi reduzida em 60,0%, passando de 12,6% em 1987, para 4,7% em 2007, enquanto a prevalência de nanismo foi reduzida em 50,0%, passando de 27,0% em 1987 para 13,0% em 2007. A prevalência de emaciação teve pouca alteração no período. Em 1987, as características socioeconômicas e biológicas (renda familiar, escolaridade da mãe, disponibilidade de latrina e água potável, consulta médica e hospitalização da criança, idade, sexo e peso ao nascer) foram fatores significativamente associados à desnutrição, ao nanismo e à emaciação. Em 2007, os determinantes da desnutrição ficaram restritos às características biológicas (idade, sexo e peso ao nascer). Apenas uma característica socioeconômica, a disponibilidade de latrina, permaneceu significantemente associada ao nanismo. CONCLUSÕES : O desenvolvimento socioeconômico, além de intervenções de saúde, parecem ter efetivamente contribuído para a melhoria do estado nutricional das crianças. Peso ao nascer, especialmente o peso extremamente baixo (< 1.500 g), aparece como o fator de risco mais importante para a desnutrição na primeira infância.OBJECTIVE : To analyze the evolution in the prevalence and determinants of malnutrition in children in the semiarid region of Brazil. METHODS : Data were collected from two cross-sectional population-based household surveys that used the same methodology. Clustering sampling was used to collect data from 8,000 families in Ceará, Northeastern Brazil, for the years 1987 and 2007. Acute undernutrition was calculated as weight/age < -2 standard deviation (SD); stunting as height/age < -2 SD; wasting as weight/height < -2 SD. Data on biological and sociodemographic determinants were analyzed using hierarchical multivariate analyses based on a theoretical model. RESULTS : A sample of 4,513 and 1,533 children under three years of age, in 1987 and 2007, respectively, were included in the analyses. The prevalence of acute malnutrition was reduced by 60.0%, from 12.6% in 1987 to 4.7% in 2007, while prevalence of stunting was reduced by 50.0%, from 27.0% in 1987 to 13.0% in 2007. Prevalence of wasting changed little in the period. In 1987, socioeconomic and biological characteristics (family income, mother’s education, toilet and tap water availability, children’s medical consultation and hospitalization, age, sex and birth weight) were significantly associated with undernutrition, stunting and wasting. In 2007, the determinants of malnutrition were restricted to biological characteristics (age, sex and birth weight). Only one socioeconomic characteristic, toilet availability, remained associated with stunting. CONCLUSIONS : Socioeconomic development, along with health interventions, may have contributed to improvements in children’s nutritional status. Birth weight, especially extremely low weight (< 1,500 g), appears as the most important risk factor for early childhood malnutrition.OBJETIVO : Objetivo: Analizar tendencias en la prevalencia y determinantes de la desnutrición en niños en la región semiárida de Brasil. MÉTODOS : Se analizaron datos de dos investigaciones transversales domiciliares de base poblacional que utilizaron la misma metodología. El muestreo por conglomerados se utilizó para colectar los datos de 8.000 familias, del estado de Ceará, Noreste de Brasil, para los años de 1987 y 2007. La desnutrición aguda fue calculada como peso/edad < -2 desviaciones estándar; enanismo como altura/edad < -2 desviaciones estándar; y demacración como peso/altura < -2 desviaciones estándar. Los datos sobre los determinantes biológicos y sociodemográficos se analizaron por medio de análisis multivariados con base en un modelo teórico jerarquizado. RESULTADOS : Muestras de 4.513 y 1.533 niños menores de tres años de edad, en 1987 y 2007, respectivamente, se incluyeron en los análisis. La prevalencia de desnutrición aguda fue reducida en 60,0%, pasando de 12,6% en 1987, a 4,7% en 2007, mientras que la prevalencia del enanismo fue reducida en 50,0% pasando de 27,0% en 1987 a 13,0% en 2007. La prevalencia de demacración tuvo poca alteración en el período. En 1987, las características socioeconómicas y biológicas (renta familiar, escolaridad de la madre, disponibilidad de letrina y agua potable, consulta médica y hospitalización del niño, edad, sexo y peso al nacer) fueron factores significativamente asociados con la desnutrición, el nanismo y la demacración. En 2007, los determinantes de la desnutrición quedaron restringidos a las características biológicas (edad, sexo y peso al nacer). Sólo una característica socioeconómica, la disponibilidad de letrina, permaneció significativamente asociada con el enanismo. CONCLUSIONES : El desarrollo socioeconómico, así como las intervenciones de salud, parecen haber contribuido efectivamente en la mejoría del estado nutricional de los niños. Peso al nacer, especialmente el peso extremadamente bajo

    Manejo de infecções respiratórias agudas em crianças: avaliação em unidades de saúde do Rio de Janeiro

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    O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade do manejo de casos de infecções respiratórias agudas (IRA) em crianças e identificar possíveis barreiras na atenção prestada. Utilizou-se desenho transversal em amostra representativa de unidades de saúde primárias e ambulatoriais do setor público no Rio de Janeiro. Médicos foram observados atendendo menores de cinco anos com IRA. Em seguida, as crianças foram avaliadas com a utilização de normas padronizadas e os resultados comparados. Foram entrevistados os médicos e avaliados os serviços quanto à disponibilidade de medicamentos. Estudaram-se 29 unidades: 2 hospitais, 20 centros e 7 postos de saúde; observaram-se 267 crianças e entrevistaram-se 46 médicos. A sensibilidade da classificação utilizada pelos médicos para detectar pneumonia foi de 21,8 (IC 95%: 9,3-40,4), a especificidade 77,3 (IC 95%: 70,3-82,4) e a acurácia de 70,6 (IC 95%: 64,7-75,5). Em 8,9% dos casos de IRA antibióticos foram prescritos inapropriadamente. Havia disponibilidade de antibióticos padronizados em todas as unidades. Concluiu-se que a qualidade do manejo da criança com IRA pode ser aprimorada, em especial para os casos mais graves, sendo necessário reforçar a capacitação, a supervisão e a organização da atenção e dos serviços

    Medicação lactea

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    Perfil profissional do intensivista pediátrico no estado do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil

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    OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo descrever o perfil sócio-demográfico e aspectos da qualificação profissional dos médicos intensivistas pediátricos do Estado do Rio de Janeiro (RJ), sudeste do Brasil. MÉTODOS: Estudo observacional, transversal e descritivo, realizado em unidades de tratamento intensivo neonatal, pediátrica e mista do RJ. Utilizou-se questionário semi-estruturado, anônimo e individual, respondido de modo voluntário pelos médicos das unidades que participaram do estudo. Foram considerados como perdas os questionários não devolvidos em 30 dias e excluídos os que tiveram menos de 75% das questões respondidas. As diferenças de formação entre intensivistas neonatais e pediátricos foram comparadas através do teste do Qui-quadrado, com nível de significância estabelecido em 5%. RESULTADOS: Participaram 410 médicos (84% mulheres, 48% entre 30-39 anos e 45% com renda mensal entre US$ 1,700.00 a 2,700.00). Destes, 40% trabalham exclusivamente na especialidade e 72% em mais de uma UTI. Em neonatologia, apenas 50% tiveram formação específica (residência ou especialização) e somente 33% tinham título de especialista nesta área de atuação, enquanto em medicina intensiva pediátrica apenas 27% tiveram formação específica e somente 17% tinham o título de especialista (P<0,0005 para ambas as comparações). A maioria (87%) participou de eventos científicos nos últimos 5 anos e 55% utilizavam a internet para atualização, porém apenas 25% tiveram alguma participação em pesquisa. A maioria (63%) referiu não estar satisfeita com a própria atuação profissional, 49% face às condições de trabalho, 23% por baixos salários e 18% por questões relacionadas à formação. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo sugerem que a qualificação profissional dos médicos intensivistas neonatais e pediátricos do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, é deficiente, especialmente na área da medicina intensiva pediátrica, e o nível de satisfação com o exercício profissional é baixo, o que pode comprometer a qualidade da assistência prestada
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