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    Educação do doente com Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono

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    Tese de mestrado, Educação (Formação e Aprendizagem ao Longo da Vida), Universidade de Lisboa, Instituto de Educação, 2010A Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é considerada uma doença crónica com risco para a saúde pública, requerendo uma gestão dos sintomas e do tratamento a longo prazo. A educação tem desempenhado um papel cada vez mais importante na gestão de doenças crónicas, capacitando o doente para que possa autogerir a sua doença, adoptando os procedimentos correctos. Que programa educativo seria apropriado para capacitar os doentes com SAOS a fim de gerirem a sua doença, foi a questão de partida desta investigação. Neste sentido, procedeu-se à avaliação de um programa educativo, para os doentes com SAOS que iniciam tratamento com CPAP. Para este efeito optou-se por uma metodologia qualitativa, seguindo o método da teoria fundamentada (grounded theory). A investigação foi conduzida em meio hospitalar, sendo os seis participantes, utentes da consulta de patologia do sono. Os dados foram recolhidos através de análise documental, entrevista e observação directa. O tratamento dos dados foi realizado usando a técnica da análise de conteúdo e no caso da análise das entrevistas recorreu-se à ajuda de um software informático, o ATLAS.ti. O programa educativo em estudo revelou-se útil, pois forneceu aos doentes competências para gerir as funções de doente, competências cognitivas, competências para gerir alterações emocionais, competências para tomar boas decisões, competências para identificar problemas e recorrer em busca de soluções e competências no manejo do CPAP. Para reformulação do programa propõe-se que seja tida em consideração uma base teórica, que motive o doente a assumir um papel mais activo na gestão da sua doença. Respondendo às necessidades educativas dos doentes, é preciso dar ênfase à terminologia usada, informação sobre o grau de gravidade da doença e terapêuticas alternativas. Como recursos educativos, o folheto distribuído por si só revelou-se insuficiente. Seria interessante criar espaços educativos e de interacção na internet e conforme os doentes sugeriram usar meios audiovisuais para enriquecer o programa.Obstructive Sleep Apnea (OSA) is considered a chronic disease resulting in public health risk, requiring long term symptoms and treatment management. Education has played an important role empowering patients so that they can selfmanage their illness, adopting the correct procedures. What kind of educational program would be appropriate to empower patients with OSA in order to manage their disease was the starting question of this research. In order to do that, evaluation of an educational program for patients with sleep apnea syndrome conducting CPAP treatment was made. For this purpose qualitative methodology was used, following the process of grounded theory. Research was conducted in a hospital setting and participants were six users of sleep pathology consultation. Data was collected through document analysis, interviews and direct observation. Data analysis was performed using the technique of content analysis and in the case of interviews analysis relied on the help of computer software, the ATLAS.ti. The educational program attended by patients was useful, since it provided patients with skills to manage their role as a patient, cognitive skills, skills to manage emotional change, skills to make good decisions, skills to identify problems and look for solutions and skills to manage CPAP. To improve the program a theoretical basis should be considered motivating the patients to assume an active role in their disease management. Answering patients’ educational needs, it’s required to emphazise the use of terminology, information about disease severity and alternative therapies. As for educational resources only one pamphlet is not sufficient. It would be interesting to create educational and interacting sites on the Internet and make use of audio visual means to enrich the program as it was suggested by patients

    Impacto da umidificação aquecida com pressão positiva automática em vias aéreas na terapia do síndroma de apneia obstrutiva do sono Impact of heated humidification with automatic positive airway pressure in obstructive sleep apnea therapy

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    OBJETIVO: Avaliar o impacto da umidificação aquecida introduzida no início da terapia com pressão positiva automática em vias aéreas (APAP, do inglês automatic positive airway pressure) na adesão e efeitos secundários. MÉTODOS: Foram randomizados 39 doentes com síndroma de apneia obstrutiva do sono sem terapia prévia em dois grupos de tratamento com APAP: com umidificação aquecida (grupo APAPcom; e sem umidificação (grupo APAPsem). Os doentes foram avaliados 7 e 30 dias após a colocação de APAP. Os parâmetros analisados foram a adesão ao tratamento (número médio de horas/noite), efeitos secundários (secura nasal ou da boca, obstrução nasal e rinorreia), sonolência diurna (escore da escala de sonolência de Epworth) e o conforto subjectivo (escala visual analógica). Foram ainda avaliados o índice de apneia-hipopneia (IAH) residual, pressões e fugas médias registados nos ventiladores. RESULTADOS: Os dois grupos de doentes estudados eram semelhantes no que respeita à média etária (APAPcom: 57,4 ± 9,2; APAPsem: 56,5 ± 10,7 anos), IAH (APAPcom: 28,1 ± 14,0; APAPsem: 28,8 ± 20,5 eventos/hora de sono), Epworth basal (APAPcom: 11,2 ± 5,8; APAPsem: 11,9 ± 6,3) e sintomas nasais iniciais. A adesão foi semelhante nos dois grupos (APAPcom: 5,3 ± 2,4; APAPsem: 5,2 ± 2,3 horas/noite). Não se verificaram diferenças nos outros parâmetros avaliados. CONCLUSÕES: A introdução inicial da umidificação aquecida na terapia com APAP não demonstrou vantagem no que diz respeito à adesão e efeitos secundários.<br>OBJECTIVE: To study the impact that heated humidification instituted in the beginning of automatic positive airway pressure (APAP) therapy has on compliance with and the side effects of the treatment. METHODS: Thirty-nine treatment-naïve patients with obstructive sleep apnea were randomized into two groups to receive APAP using one of two modalities: with heated humidification (APAPwith group); and without heated humidification (APAPw/o group).Patients were evaluated at 7 and 30 days after APAP initiation. The following parameters were analyzed: compliance with treatment (mean number of hours/night); side effects (dry nose or mouth, nasal obstruction and rhinorrhea); daytime sleepiness (Epworth sleepiness scale score) and subjective comfort (visual analog scale score). Patients were also evaluated in terms of residual apnea-hypopnea index (AHI), as well as mean pressures and leaks registered in the ventilators. RESULTS: There were no differences between the two groups in terms of mean age (APAPwith: 57.4 ± 9.2; APAPw/o: 56.5 ± 10.7 years), AHI (APAPwith: 28.1 ± 14.0; APAPw/o: 28.8 ± 20.5 events/hour of sleep), baseline Epworth score (APAPwith: 11.2 ± 5.8; APAPw/o: 11.9 ± 6.3) and initial nasal symptoms. Compliance was similar in both groups (APAPwith: 5.3 ± 2.4; APAPw/o: 5.2 ± 2.3 h/night). There were no differences in any of the other parameters analyzed. CONCLUSIONS: The introduction of heated humidification at the beginning of APAP therapy provided no advantage in terms of treatment compliance or side effects of treatment
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