54 research outputs found

    Licença-maternidade e aleitamento materno exclusivo

    Get PDF
    OBJETIVO: Analisar a associação entre a licença-maternidade e o aleitamento materno exclusivo e estimar a prevalência de aleitamento materno exclusivo em crianças menores de seis meses de vida. MÉTODOS: Estudo transversal, com mães de crianças menores de seis meses, assistidas por unidades básicas de saúde com Posto de Recolhimento de Leite Humano Ordenhado no município do Rio de Janeiro, Brasil, em 2013 (n = 429). Foram analisadas características sociodemográficas maternas, domiciliares, da assistência pré-natal, do parto, do estilo de vida materno, da criança, da assistência à saúde e da alimentação infantil. Razões de prevalências ajustadas foram obtidas por regressão de Poisson com variância robusta, segundo abordagem hierarquizada, sendo mantidas no modelo final as variáveis que se associaram (p ≤ 0,05) ao aleitamento materno exclusivo (desfecho). RESULTADOS: Entre as mães entrevistadas, 23,1% estavam em licença-maternidade e 17,2% estavam trabalhando. A prevalência de aleitamento materno exclusivo em menores de seis meses foi de 50,1%. O trabalho materno com licença-maternidade esteve associado a uma maior prevalência do desfecho (RPa = 1,91; IC95% 1,32–2,78), comparado às mães que trabalhavam sem licença-maternidade. CONCLUSÕES: A licença-maternidade contribuiu para a prática do aleitamento materno exclusivo em crianças menores de seis meses de vida, o que indica a importância desse benefício na proteção do aleitamento materno exclusivo para as mulheres inseridas no mercado de trabalho formal.OBJECTIVE: To analyze the association between maternity leave and exclusive breastfeeding and to estimate the prevalence of exclusive breastfeeding in children under six months of life. METHODS: Cross-sectional study, with mothers of children under six months of life, attended in primary health care units with Breast Milk Collection Services in the municipality of Rio de Janeiro, Brazil, in 2013 (n = 429). We analyzed characteristics concerning: maternal sociodemographic aspects, household, prenatal care, childbirth, maternal lifestyle, the child, health care, and infant feeding. Adjusted prevalence ratios (APR) were obtained by Poisson regression with robust variance according to hierarchical approach, and we kept in the final model variables that were associated (p ≤ 0.05) with exclusive breastfeeding (outcome). RESULTS: Among the interviewed mothers, 23.1% were on maternity leave and 17.2% were working. The prevalence of exclusive breastfeeding was 50.1%. The maternal work with maternity leave was associated with higher prevalence of the outcome (APR = 1.91; 95%CI 1.32–2.78), compared with mothers who worked without maternity leave. CONCLUSIONS: Maternity leave has contributed to the practice of exclusive breastfeeding for children under six months of life, which indicates the importance of this benefit in protecting exclusive breastfeeding for women inserted in the formal labor market

    Tendência de indicadores do aleitamento materno no Brasil em três décadas

    Get PDF
    OBJETIVO: Atualizar a tendência dos indicadores de aleitamento materno no Brasil nas últimas três décadas, incorporando informações mais recentes provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde. MÉTODOS: Utilizamos dados secundários dos inquéritos nacionais com informações sobre aleitamento materno (1986, 1996, 2006 e 2013) para a construção da série histórica das prevalências dos seguintes indicadores: aleitamento materno exclusivo em menores de seis meses de vida (AME6m), aleitamento materno em menores de dois anos (AM), aleitamento materno continuado com um ano de vida (AM1ano) e aleitamento materno continuado aos dois anos (AM2anos). RESULTADOS: As prevalências de AME6m, AM e AM1ano tiveram tendência ascendente até 2006 (aumentando de 4,7%, 37,4% e 25,5% em 1986 para 37,1%, 56,3% e 47,2% em 2006, respectivamente). Para esses três indicadores, houve relativa estabilização entre 2006 e 2013 (36,6%, 52,1% e 45,4%, respectivamente). O indicador AM2anos teve comportamento distinto – prevalência relativamente estável, em torno de 25% entre 1986 e 2006, e aumento subsequente, chegando a 31,8% em 2013. CONCLUSÕES: A série histórica dos indicadores de aleitamento materno no Brasil mostra tendência ascendente até 2006, com estabilização a partir dessa data em três dos quatro indicadores avaliados. Esse resultado, que pode ser considerado um sinal de alerta, impõe avaliação e revisão das políticas e programas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, fortalecendo as existentes e propondo novas estratégias para que as prevalências dos indicadores de aleitamento materno retomem a tendência ascendente.OBJECTIVE: Update breastfeeding indicators trend in Brazil for the last three decades, incorporating more up-to-date information from the National Health Survey. METHODS: We used secondary data from national surveys with information on breastfeeding (1986, 1996, 2006, and 2013) to construct the time series of prevalence for the following indicators: exclusive breastfeeding in children under six months of age (EBF6m), breastfeeding in toddlers under 2 years of age (BF), continued breastfeeding at one year of age (BF1year), and continued breastfeeding at two years of age (BF2years). RESULTS: The prevalence of EBF6m, BF, and BF1year increased until 2006 (rising from 4.7%, 37.4%, and 25.5% in 1986 to 37.1%, 56.3%, and 47.2% in 2006, respectively). For these three indicators, there was relative stabilization between 2006 and 2013 (36.6%, 52.1%, and 45.4%, respectively). The BF2years indicator had a distinct behavior – relatively stable prevalence, around 25% between 1986 and 2006, and a subsequent increase, reaching 31.8% in 2013. CONCLUSIONS: The time series of breastfeeding indicators in Brazil shows an upward trend until 2006, stabilizing from that date onwards on three of the four indicators evaluated. This result, which can be considered as a warning sign, requires evaluation and revision of policies and programs to promote, protect and support breastfeeding, strengthening existing ones and proposing new strategies so that the prevalence of breastfeeding indicators returns to an upwards trend

    Assédio da indústria de alimentos infantis a profissionais de saúde em eventos científicos

    Get PDF
    OBJETIVO Analisar o recebimento de patrocínios da indústria de substitutos do leite materno por profissionais de saúde em eventos científicos. MÉTODOS Inquérito multicêntrico (Multi-NBCAL) conduzido entre novembro de 2018 e novembro de 2019 em seis cidades de diferentes regiões brasileiras. Em 26 hospitais públicos e privados foram entrevistados pediatras, nutricionistas, fonoaudiólogos e um membro da chefia, mediante questionário estruturado. Foram realizadas análises descritivas do conhecimento dos profissionais de saúde sobre a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), das empresas patrocinadoras de eventos científicos e dos patrocínios financeiros ou materiais recebidos, conforme a categoria profissional. RESULTADOS Foram entrevistados 217 profissionais de saúde, principalmente pediatras (48,8%). Pouco mais da metade dos profissionais (54,4%) afirmaram conhecer a NBCAL, principalmente em Hospitais Amigos da Criança. A maior parte (85,7%) dos profissionais de saúde havia participado de congressos científicos nos últimos dois anos, mais da metade, 54,3%, deles apoiados pela indústria de substitutos do leite materno, em especial pela Nestlé (85,1%) e Danone (65,3%). Patrocínios foram recebidos por esses profissionais nos eventos, como materiais de escritório (49,5%), refeições ou convites para festas (29,9%), brindes (21,6%), pagamento de inscrição (6,2%) ou de passagem para o congresso (2,1%). CONCLUSÃO As indústrias de alimentos infantis infringem a NBCAL ao assediar profissionais de saúde em congressos científicos, oferecendo patrocínios materiais e financeiros diversos.OBJECTIVE To analyze the receipt of sponsorships from breast-milk substitute companies by health professionals in scientific events. METHODS Multicenter study (Multi-NBCAL) performed from November 2018 to November 2019 in six cities in different Brazilian regions. In 26 public and private hospitals, pediatricians, nutritionists, speech therapists, and a hospital manager were interviewed using a structured questionnaire. Descriptive analyses were carried out regarding the health professionals’ knowledge about the Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL – Brazilian Code of Marketing of Infant and Toddlers Food and Childcare-related Products), companies sponsoring scientific events, and material or financial sponsorships received, according to profession. RESULTS We interviewed 217 health professionals, mainly pediatricians (48.8%). Slightly more than half of the professionals (54.4%) knew NBCAL, most from Baby-friendly Hospitals. Most health professionals (85.7%) attended scientific events in the last two years, more than half of them (54.3%) sponsored by breast-milk substitute companies, especially Nestlé (85.1%) and Danone (65.3%). These professionals received sponsorships in the events, such as office supplies (49.5%), meals or invitations to parties (29.9%), promotional gifts (21.6%), payment of the conference registration fee (6.2%) or ticket to the conference (2.1%). CONCLUSION The infant food industries violate NBCAL by harassing health professionals in scientific conferences, offering diverse material and financial sponsorships

    Baby-Friendly Hospital Initiative and exclusive breastfeeding during hospital stay

    Get PDF
    OBJECTIVE: To estimate the prevalence of exclusive breastfeeding during maternity hospital stay (outcome) and to analyze the association between delivery in a Baby-Friendly Hospital (BFH) and the outcome. The hypothesis is that accreditation to this program improves exclusive breastfeeding during maternity hospital stay. Exclusive breastfeeding is essential in reducing neonatal morbidity and mortality. METHODS: This study is based on secondary data collected by the “Birth in Brazil: National Survey into Labour and Birth”, a population-based study, conducted with 21,086 postpartum women, from February 1, 2011, to October 31, 2012, in 266 hospitals from all five Brazilian regions. Face-to-face interviews were conducted mostly within the first 24 hours after birth, regarding individual and gestational characteristics, prenatal care, delivery, newborn’s characteristics, and breastfeeding at birth. A theoretical model was created, allocating the exposure variables in three levels based on their proximity to the outcome. This hierarchical conceptual model was applied to perform a multiple logistic regression (with 95%CI and p < 0.05). RESULTS: In this study, 76.0% of the babies were exclusively breastfed from birth until the interview. Babies born in public (AOR = 1.73; 95%CI: 1.10–2.87), mixed (AOR = 2.48; 95%CI: 1.35–4.53) and private (AOR = 5.54; 95%CI: 2.38–12.45) BFHs were more likely to be exclusively breastfed during maternity hospital stay than those born in non–BFHs, as well as those born by vaginal birth (AOR = 2.16; 95%CI: 1.79–2.61), with adolescent mothers (AOR = 1.83; 95%CI: 1.47–2.26) or adults up to 34 years old (AOR =1 .31; 95%CI: 1.13–1.52), primiparous women (AOR = 1.51; 95%CI: 1.34–1.70), and mothers living in the Northern region of Brazil (AOR = 1.99; 95%CI: 1.14–3.49). CONCLUSIONS: The Baby-Friendly Hospital Initiative promotes exclusive breastfeeding during hospital stay regarding individual and hospital differences

    Breastfeeding during the first hour of life and neonatal mortality

    Get PDF
    Abstract Objective: To analyze the correlation between breastfeeding in the first hour of life with neonatal mortality rates. Methods: The present study used secondary data from 67 countries, obtained from the Demographic and Health Surveys. Initially, for data analysis, Spearman Correlation (95% CI) and Kernel graphical analysis were employed, followed by a Negative Binomial Poisson regression model, adjusted for potential confounders. Results: Breastfeeding within the first hour of life was negatively correlated with neonatal mortality (Spearman's Rho = −0.245, p = 0.046), and this correlation was stronger among countries with more than 29 neonatal deaths per 1000 newborns (Spearman's Rho = −0.327, p = 0.048). According to the statistical model, countries with the lowest breastfeeding tertiles had 24% higher neonatal mortality rates (Rate ratio = 1.24, 95% CI = 1.07-1.44, p < 0.05), even when adjusted for potential confounders. Conclusion: The protective effect of breastfeeding during the first hour of life on neonatal mortality in this ecological study is consistent with findings from previous observational studies, indicating the importance of adopting breastfeeding within the first hour as a routine neonatal care practice

    Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida

    Get PDF
    OBJECTIVE: To identify factors associated with breastfeeding in the first hour of life (Step 4 of the Baby-Friendly Hospital Initiative). METHODS: A cross-sectional study was conducted with a representative sample of mothers who gave birth in maternity wards in the city of Rio de Janeiro, Southeastern Brazil, between 1999 and 2001. Newborns or mothers with restriction to breastfeeding were excluded, resulting in a sample of 8,397 pairs. A random effect - at maternity hospital level - Poisson model was employed in a hierarchical approach with three levels: distal, intermediate and proximal for characteristics of the mother, of the newborn, and of prenatal and hospital assistance. RESULTS: Only 16% of the mothers breastfed in the first hour of life. Breastfeeding in this period was less prevalent among neonates with immediate intercurrences after birth (PR = 0.47; CI99% 0.15;0.80); among mothers who did not have contact with their newborns in the delivery room (PR = 0.62; CI99% 0.29;0.95); among mothers submitted to cesarean section delivery (PR = 0.48; CI99% 0.24;0.72); and among mothers who gave birth at private maternity hospitals (PR = 0.06; CI99% 0.01;0.19) or at maternity hospitals contracted out to National Health System (SUS) (PR = 0.16; CI99% 0.01;0.30). The context effect of maternity wards was statistically significant. CONCLUSIONS: At an individual level, breastfeeding within one hour after birth was constrained by inappropriate practices in private or SUS-contracted maternity hospitals. The group effect of maternity hospitals and the absence of individual maternal-related factors that explain the outcome suggest that mothers have little or no autonomy to breastfeed their babies within the first hour of life, and depend on the institutional practices that prevail at the maternity hospitals.OBJETIVO: Identificar factores asociados al amamantamiento en la primera hora de vida (Paso 4 de la Iniciativa Hospital Amigo del Niño). MÉTODOS: Se realizó estudio transversal con muestra representativa de parturientas en maternidades de Rio de Janeiro, Sureste de Brasil, entre 1999 y 2001. Se excluyeron recién nacidos o madres con restricción a la lactancia materna, resultando en muestra de 8.397 binomios. Se adoptó modelo Poisson con efectos aleatorios al nivel de las maternidades, en abordaje jerarquizado con tres niveles: distal, intermedio y proximal para características maternas, del recién nacido, y de asistencia al prenatal y hospitalario. RESULTADOS: Amamantaron en la primera hora de vida 16% de las madres. La lactancia materna en ese período fue menos prevalente entre los recién nacidos con intercorrencias inmediatas posterior al parto (RP=0,47; IC99% 0,15;0,80); entre las madres que no tuvieron contacto con los recién nacidos en la sala de parto (RP=0,62; IC99% 0,29;0,95); que tuvieron parto por cesárea (RP = 0,48; IC99% 0,24;0,72); y cuyo parto ocurrió en maternidad privada (RP = 0,06; IC99% 0,01;0,19) o por convenio con el Sistema Único de Salud (RP = 0,16; IC99% 0,01;0,30). El efecto de contexto de las maternidades fue estadísticamente significativo. CONCLUSIONES: En nivel individual, el amamantamiento en la primera hora de nacimiento fue perjudicado por prácticas inadecuadas en las maternidades, en particular las privadas y con convenio con el Sistema Único de Salud. El efecto de grupo de las maternidades y la ausencia de factores individuales maternos que expliquen el resultado, sugieren que las madres tienen poco o ningún poder de decisión sobre tal amamantamiento y dependen de las prácticas institucionales vigentes en las maternidades.OBJETIVO: Identificar fatores associados à amamentação na primeira hora de vida (Passo 4 da Iniciativa Hospital Amigo da Criança). MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal com amostra representativa de parturientes em maternidades do Rio de Janeiro, RJ, entre 1999 e 2001. Foram excluídos recém-nascidos ou mães com restrição ao aleitamento materno, resultando em amostra de 8.397 binômios. Foi adotado modelo Poisson com efeitos aleatórios ao nível das maternidades, em abordagem hierarquizada com três níveis: distal, intermediário e proximal para características maternas, do recém-nascido, e de assistência ao pré-natal e hospitalar. RESULTADOS: Amamentaram na primeira hora de vida 16% das mães. O aleitamento materno nesse período foi menos prevalente entre os recém-nascidos com intercorrências imediatas após o parto (RP = 0,47; IC99% 0,15;0,80); entre as mães que não tiveram contato com os recém-nascidos na sala de parto (RP = 0,62; IC99% 0,29;0,95), as que tiveram parto cesariano (RP = 0,48; IC99% 0,24;0,72); e cujo parto ocorreu em maternidade privada (RP = 0,06; IC99% 0,01;0,19) ou conveniada com o Sistema Único de Saúde (RP = 0,16; IC99% 0,01;0,30). O efeito de contexto das maternidades foi estatisticamente significativo. CONCLUSÕES: Em nível individual, a amamentação na primeira hora de nascimento foi prejudicada por práticas inadequadas nas maternidades, em particular as privadas e conveniadas com o Sistema Único de Saúde. O efeito de grupo das maternidades e a ausência de fatores individuais maternos que expliquem o desfecho sugerem que as mães têm pouco ou nenhum poder de decisão sobre essa amamentação e dependem das práticas institucionais vigentes nas maternidades

    Promoção comercial ilegal de produtos que competem com o aleitamento materno

    Get PDF
    OBJETIVO: Avaliar se a comercialização de fórmulas infantis, mamadeiras, bicos, chupetas e protetores de mamilo é realizada em cumprimento com a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância e de Produtos de Puericultura Correlatos (NBCAL). A promoção comercial desses produtos é proibida pela Lei 11.265. MÉTODOS: Estudo transversal conduzido em 2017 por meio de um censo de todas as farmácias, supermercados e lojas de departamento que comercializavam produtos abrangidos pela NBCAL na Zona Sul do Rio de Janeiro. Profissionais de saúde capacitados na NBCAL utilizaram formulário eletrônico estruturado para observação direta dos estabelecimentos e para entrevista com seus responsáveis. Foram criados seis indicadores de avaliação das práticas comerciais e realizadas análises descritivas. RESULTADOS: Foram avaliados 352 estabelecimentos comerciais: 240 farmácias, 88 supermercados e 24 lojas de departamento, dos quais 88% comercializavam produtos cuja promoção é proibida pela NBCAL. Foram encontradas promoções comerciais ilegais em 20,3% daqueles que comercializavam os produtos investigados: 52 farmácias (21,9%), quatro supermercados (7,5%) e sete lojas de departamento (33,3%). As estratégias de promoção comercial mais frequentes foram os descontos (13,2%) e as exposições especiais (9,3%). Os produtos com maior prevalência de infrações à NBCAL foram as fórmulas infantis (16,0%). Foram entrevistados 309 responsáveis por estabelecimentos comerciais, 50,8% relatando não conhecer a lei. Mais de três quartos dos responsáveis relataram receber visitas nos estabelecimentos de representantes comerciais de empresas fabricantes de fórmulas infantis. CONCLUSÃO: Mais de um quinto dos estabelecimentos comerciais faziam promoção comercial de fórmulas infantis para lactentes, mamadeiras e bicos, apesar de essa prática ser proibida no Brasil há trinta anos. É necessária a capacitação dos seus responsáveis. Os órgãos governamentais devem realizar fiscalização dos estabelecimentos comerciais para coibir estratégias de persuasão e indução à vendas desses produtos, garantindo às mães autonomia na decisão sobre a alimentação de seus filhos.OBJECTIVE: To assess if the commercialization of infant formulas, baby bottles, bottle nipples, pacifiers and nipple protectors is performed in compliance with the Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância e de Produtos de Puericultura Correlatos (NBCAL – Brazilian Code of Marketing of Infant and Toddlers Food and Childcare-related products). The commercial promotion of these products is prohibited by the Law 11,265. METHOD: Cross-sectional study conducted in 2017 through a census of all pharmacies, supermarkets and department stores that sold products covered by NBCAL in the South Zone of Rio de Janeiro. Health professionals trained at NBCAL used structured electronic form for direct observation of establishments and for interviews with their managers. We created indicators to evaluate commercial practices and performed descriptive analyses. RESULTS: A total of 352 commercial establishments were evaluated: 240 pharmacies, 88 supermarkets and 24 department stores, of which 88% sold products whose promotion is prohibited by NBCAL. Illegal commercial promotions were found in 20.3% of the establishments that sold the products we investigated: 52 pharmacies (21.9%), four supermarkets (7.5%) and seven department stores (33.3%). The most frequent commercial promotion strategies were discounts (13.2%) and special exposures (9.3%). The products with the highest prevalence of infractions of NBCAL were infant formulas (16.0%). We interviewed 309 managers of commercial establishments; 50.8% reported unfamiliarity with the law. More than three-quarters of the managers reported having been visited at the establishments by commercial representatives of companies that produce infant formulas. CONCLUSION: More than a fifth of commercial establishments promoted infant formulas, baby bottles and nipples, although this practice has been banned in Brazil for thirty years. We think it is necessary to train those managers. Government agencies must monitor commercial establishments in order to inhibit strategies of persuasion and induction to sales of these products, ensuring mothers’ autonomy in the decision on the feeding of their children
    corecore