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O Silfo ou Sonho da Senhora de R*** escrito pela prĂłpria Ă Senhora de S***
Livro elaborado no âmbito da Linha de Investigação intitulada "Estudos Literários e Comparados" (Tarefa 1: "Identidades e Diferenças Europeias e Extra-Europeias no Plano Literário e Cultural") do Centro de Estudos LinguĂsticos e Literários da Universidade do Algarve, financiado pela Fundação para a CiĂŞncia e a Tecnologia e comparticipado pelo F.E.D.E.R..Apresenta-se aqui uma tradução portuguesa de Le Sylphe (1730), a obra inaugural de CLAUDE Prosper Jolyot de CRÉBILLON (1707-1777), um dos autores mais lidos do seu tempo e que, nĂŁo obstante um perĂodo de injusto olvido, viria a tornar-se num dos nomes mais representativos da ficção francesa, inspirador de romancistas como Stendhal, Balzac ou Proust.
Conhecido no seu tempo como o “fĂsico do amor” ou o “filĂłsofo das mulheres”, C. CRÉBILLON revela-se, sobretudo, como um criador rendido ao prazer da escrita e senhor de “uma prosa incomparável” (J. Sgard), que seduz de imediato o seu leitor e o convida Ă exploração profunda das suas capacidades interpretativas. ApĂłs a sua estreia com O Silfo, o autor dará Ă estampa as seguintes obras: Lettres de la Marquise de M*** (1732), L’Écumoire (1734), Les Égarements du cĹ“ur et de l’esprit (1736-38), Le Sopha (1742), La Nuit et le Moment (1755), Le Hasard du coin du feu (1763), Les Heureux Orphelins (1754), Ah, quel conte! (1755), Lettres de La Duchesse de *** (1768) e, finalmente, Lettres athĂ©niennes (1771).
Os elementos cabalistas e esotĂ©ricos, tais como silfos e sĂlfides, suscitam no pĂşblico leitor de entĂŁo um grande interesse a partir do Conde de Gabalis (1670), de Montfaucon de Villars. C. CRÉBILLON terá aproveitado para, sob a aparĂŞncia do conto ocultista, cuja moda ele acabará por alimentar, levar, sobretudo, Ă reflexĂŁo sobre a nova Arte de Amar libertina, a “Arte do Gosto”. Se em toda a sua obra a palavra dialogada constitui o meio privilegiado da análise sentimental e do jogo de sedução e poder, este seu texto inaugural põe já em cena uma conversa jocosa, provavelmente ilusĂłria, travada entre um silfo libertino, que apresenta um sistema aparentemente infalĂvel ao aliar teoria e prática, e uma jovem condessa que se diz fascinada por tais entidades esotĂ©ricas. O colĂłquio versa, por um lado, sobre o imperativo da sedução e da inconstância resultante da saciedade e do desdĂ©m e, por outro, sobre a posse e a sua impossibilidade. Coloca-se, assim, a questĂŁo do desejo amoroso sob o signo do sonho, da ilusĂŁo e do devaneio, matĂ©ria fĂ©rtil a explorar pelo autor nas suas obras posteriores.
Necessariamente breve, visto tratar-se de uma carta, e evocando um bibelot rococĂł pela sua graciosidade e elegância, tanto de espĂrito como de linguagem, O Silfo revela-se, porĂ©m, uma forma literária complexa pelo modo como harmoniza as convenções de alguns dos gĂ©neros narrativos predilectos no seu tempo: a epĂstola, o conto e o diálogo. Contudo, esta combinatĂłria permite o jogo ambĂguo entre o real e o sobrenatural, qual conto fantástico avant la lettre. Mas ela contribui, tambĂ©m, para a problematização das fronteiras dos gĂ©neros narrativos no contexto do seu tempo. Assim, esta obra, publicada inicialmente em 1730, permanece e pode encantar ainda o leitor do sĂ©culo XXI.Livro financiado pela Fundação para a CiĂŞncia e a Tecnologia e comparticipado pelo F.E.D.E.R..info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Les oeuvres de Monsieur de Crébillon
Layoutgetreues Digitalisat der Ausg.: LaHaye : Johnson, 1720
Zentralbibl. Sign.: XVI C 191 aa
(Raubgut
Electre : Tragedie
[Prosper Jolyot de Crébillon]Autopsie nach Ex. der ULB Sachsen-AnhaltVorlageform des Erscheinungsvermerks: Vienne En Autriche, Chez Jean Pierre Van Ghelen, Imprimeur de la Cour de sa Majesté Imperiale & Royale. MDCCLII
Oeuvres de Crébillon : tome premier
Antep.Holandesa con hierros dorados en lomoA-K12, L
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