4 research outputs found

    Espécies alimentícias e medicinais nativas: produtos florestais não madeireiros e potencial de exploração sustentável

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    The objective of this work was to identify native species that produce non-timber forest resources, aiming at their management and exploration in different productive systems, possibly contributing to income generation for small landowners as well as the maintenance of forest areas. The research was developed in the Environmental Protection Area - APA Tejupá, Corumbataí and Botucatu (SP, Brazil), where Mata Atlântica and Cerrado biomes occur. Based on the list of native species in the APA management plan, we identified those cited in the literature for their use as medicinal and food. To evaluate these species, those of interest for the public policies of the Brazilian government were selected, since they have already commercial potential. Finally, these species of interest were evaluated based on the parameters of sustainable use, to evaluate if their sustainable management is possible. Of the total of 735 species identified, 329 are edible plant and have medicinal uses.  219 of them are medicinal and 110 can be used as food. In addition, 68% of these species are trees, demonstrating the high diversity of species that could be used in forest restoration projects and agroforestry systems. However, of the total number of plant species detected, only 22 are included in public policies, and only 6 species have sufficient studies for sustainable exploitation in the studied region. Research and Public policies aimed at the management and use of native species should be reinforced, aiming to increase the set of species that can be used and provide benefits to the owners, in addition to ecological sustainability.O objetivo deste trabalho foi identificar espécies nativas que produzem alguns recursos florestais não-madeireiros, visando seu manejo e exploração em diferentes sistemas produtivos e possivelmente contribuindo para a geração de renda para pequenos proprietários, bem como a manutenção das áreas florestais. A pesquisa foi realizada na Área de Proteção Ambiental - APA Tejupá, Corumbataí e Botucatu (SP, Brasil), onde ocorrem os biomas Mata Atlântica e Cerrado. A partir da lista de espécies nativas no plano de manejo da APA, identificamos aquelas mencionadas na literatura por seus usos como medicinais e alimentícios. Para avaliar essas espécies, foram selecionadas aquelas que têm interesse de políticas públicas do governo brasileiro, uma vez que já possuem potencial comercial. Por fim, essas espécies de interesse foram avaliadas com base nos parâmetros de uso sustentável (VPES), para analisar a possibilidade de manejar sustentavelmente essas plantas. Do total de 735 espécies identificadas na região, 329 possuem usos alimentícios e medicinais, sendo que 215 espécies são medicinais e 114 podem ser usadas como fonte de alimento. Além disso, 68% dessas espécies são árvores, demonstrando a alta diversidade de espécies que poderiam ser utilizadas em projetos de restauração florestal e sistemas agroflorestais. No entanto, do total de espécies de plantas detectadas, apenas 22 são objeto de políticas públicas, e apenas 6 destas espécies possuem estudos suficientes para exploração sustentável na região de estudo. Pesquisas e políticas públicas voltadas ao manejo e uso de espécies nativas devem ser reforçadas, visando ampliar o conjunto de espécies que podem ser utilizadas e proporcionar benefícios aos proprietários, além da sustentabilidade ecológica

    Fenologia vegetativa e reprodutiva da espécie nativa Vasconcellea quercifolia A. St.-hil. em um fragmento de floresta

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    A espécie vegetal Vasconcellea quercifolia A. St.-Hil. é nativa do Brasil, promissora para a agricultura, com grande importância ecológica e grande consumo em algumas regiões. Neste estudo objetivou-se analisar a fenologia reprodutiva e fenologia vegetativa em uma população natural da espécie. Foram realizados os levantamentos durante 25 meses, observando aleatoriamente doze indivíduos da espécie na Fazenda Lageado da Faculdade de Agricultura Ciências na cidade de Botucatu, Estado de São Paulo, Brasil. Os métodos de observação foram: índice de atividade fenológica (sincronia) e o índice de Fournier (presença da fenofase). Os resultados foram submetidos à correlação de Spearman. Os eventos fenológicos da espécie apresentaram alta sincronia. Frutificação e temperatura média apresentaram forte correlação positiva; repouso vegetativo e temperatura apresentaram forte correlação negativa. Quanto as fenofases, a brotação começou em agosto e terminou em novembro. Queda de folhas iniciou em dezembro a planta vai gradativamente perdendo as folhas até estar 100% desfolhadas no mês de junho. Os meses de novembro e dezembro apresentaram as maiores taxas de floração. Os primeiros frutos apareceram em outubro e os últimos frutos maduros foram vistos em maio; sendo que o pico da frutificação ocorreu em janeiro e fevereiro. Esta é uma espécie sincrônica que precisa do frio do inverno para quebrar a dormência das gemas para que a brotação ocorra. Estudos agronômicos, ecológicos, químicos e nutricionais são necessários para fortalecer o uso de espécies nativas com potencial econômico, e que também podem contribuir para a preservação de seus habitats.A espécie vegetal Vasconcellea quercifolia A. St.-Hil. é nativa do Brasil, promissora para a agricultura, com grande importância ecológica e grande consumo em algumas regiões. Neste estudo objetivou-se analisar a fenologia reprodutiva e fenologia vegetativa em uma população natural da espécie. Foram realizados os levantamentos durante 25 meses, observando aleatoriamente doze indivíduos da espécie na Fazenda Lageado da Faculdade de Agricultura Ciências na cidade de Botucatu, Estado de São Paulo, Brasil. Os métodos de observação foram: índice de atividade fenológica (sincronia) e o índice de Fournier (presença da fenofase). Os resultados foram submetidos à correlação de Spearman. Os eventos fenológicos da espécie apresentaram alta sincronia. Frutificação e temperatura média apresentaram forte correlação positiva; repouso vegetativo e temperatura apresentaram forte correlação negativa. Quanto as fenofases, a brotação começou em agosto e terminou em novembro. Queda de folhas iniciou em dezembro a planta vai gradativamente perdendo as folhas até estar 100% desfolhadas no mês de junho. Os meses de novembro e dezembro apresentaram as maiores taxas de floração. Os primeiros frutos apareceram em outubro e os últimos frutos maduros foram vistos em maio; sendo que o pico da frutificação ocorreu em janeiro e fevereiro. Esta é uma espécie sincrônica que precisa do frio do inverno para quebrar a dormência das gemas para que a brotação ocorra. Estudos agronômicos, ecológicos, químicos e nutricionais são necessários para fortalecer o uso de espécies nativas com potencial econômico, e que também podem contribuir para a preservação de seus habitats

    Fenologia vegetativa e reprodutiva da espécie nativa Vasconcellea quercifolia A. St.-hil. em um fragmento de floresta

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    A espécie vegetal Vasconcellea quercifolia A. St.-Hil. é nativa do Brasil, promissora para a agricultura, com grande importância ecológica e grande consumo em algumas regiões. Neste estudo objetivou-se analisar a fenologia reprodutiva e fenologia vegetativa em uma população natural da espécie. Foram realizados os levantamentos durante 25 meses, observando aleatoriamente doze indivíduos da espécie na Fazenda Lageado da Faculdade de Agricultura Ciências na cidade de Botucatu, Estado de São Paulo, Brasil. Os métodos de observação foram: índice de atividade fenológica (sincronia) e o índice de Fournier (presença da fenofase). Os resultados foram submetidos à correlação de Spearman. Os eventos fenológicos da espécie apresentaram alta sincronia. Frutificação e temperatura média apresentaram forte correlação positiva; repouso vegetativo e temperatura apresentaram forte correlação negativa. Quanto as fenofases, a brotação começou em agosto e terminou em novembro. Queda de folhas iniciou em dezembro a planta vai gradativamente perdendo as folhas até estar 100% desfolhadas no mês de junho. Os meses de novembro e dezembro apresentaram as maiores taxas de floração. Os primeiros frutos apareceram em outubro e os últimos frutos maduros foram vistos em maio; sendo que o pico da frutificação ocorreu em janeiro e fevereiro. Esta é uma espécie sincrônica que precisa do frio do inverno para quebrar a dormência das gemas para que a brotação ocorra. Estudos agronômicos, ecológicos, químicos e nutricionais são necessários para fortalecer o uso de espécies nativas com potencial econômico, e que também podem contribuir para a preservação de seus habitats.</p

    Brazilian Flora 2020: Leveraging the power of a collaborative scientific network

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    International audienceThe shortage of reliable primary taxonomic data limits the description of biological taxa and the understanding of biodiversity patterns and processes, complicating biogeographical, ecological, and evolutionary studies. This deficit creates a significant taxonomic impediment to biodiversity research and conservation planning. The taxonomic impediment and the biodiversity crisis are widely recognized, highlighting the urgent need for reliable taxonomic data. Over the past decade, numerous countries worldwide have devoted considerable effort to Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC), which called for the preparation of a working list of all known plant species by 2010 and an online world Flora by 2020. Brazil is a megadiverse country, home to more of the world's known plant species than any other country. Despite that, Flora Brasiliensis, concluded in 1906, was the last comprehensive treatment of the Brazilian flora. The lack of accurate estimates of the number of species of algae, fungi, and plants occurring in Brazil contributes to the prevailing taxonomic impediment and delays progress towards the GSPC targets. Over the past 12 years, a legion of taxonomists motivated to meet Target 1 of the GSPC, worked together to gather and integrate knowledge on the algal, plant, and fungal diversity of Brazil. Overall, a team of about 980 taxonomists joined efforts in a highly collaborative project that used cybertaxonomy to prepare an updated Flora of Brazil, showing the power of scientific collaboration to reach ambitious goals. This paper presents an overview of the Brazilian Flora 2020 and provides taxonomic and spatial updates on the algae, fungi, and plants found in one of the world's most biodiverse countries. We further identify collection gaps and summarize future goals that extend beyond 2020. Our results show that Brazil is home to 46,975 native species of algae, fungi, and plants, of which 19,669 are endemic to the country. The data compiled to date suggests that the Atlantic Rainforest might be the most diverse Brazilian domain for all plant groups except gymnosperms, which are most diverse in the Amazon. However, scientific knowledge of Brazilian diversity is still unequally distributed, with the Atlantic Rainforest and the Cerrado being the most intensively sampled and studied biomes in the country. In times of “scientific reductionism”, with botanical and mycological sciences suffering pervasive depreciation in recent decades, the first online Flora of Brazil 2020 significantly enhanced the quality and quantity of taxonomic data available for algae, fungi, and plants from Brazil. This project also made all the information freely available online, providing a firm foundation for future research and for the management, conservation, and sustainable use of the Brazilian funga and flora
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