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    Prevalência e determinantes precoces dos transtornos mentais comuns na coorte de nascimentos de 1982, Pelotas, RS Prevalencia y determinantes precoces de los trastornos mentales comunes en la cohorte de nacimientos de 1982, Pelotas, Sur de Brasil Prevalence and early determinants of common mental disorders in the 1982 birth cohort, Pelotas, Southern Brazil

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    OBJETIVO: Estimar a prevalência de transtornos mentais comuns e sua associação com fatores de risco numa coorte de adultos jovens. MÉTODOS: Estudo transversal aninhado à coorte de nascimentos de 1982 de Pelotas, RS. Em 2004-5, 4.297 indivíduos foram entrevistados em visita domiciliar. A probabilidade de transtornos mentais comuns foi estimada pelo Self-Report Questionnaire. Os fatores de risco incluíram variáveis socioeconômicas, demográficas, perinatais e ambientais. A análise foi estratificada por sexo e as razões de prevalência simples e ajustadas foram estimadas utilizando-se regressão de Poisson. RESULTADOS: A prevalência de transtornos mentais comuns na população geral foi 28,0%; 32,8% e 23,5%, respectivamente, entre mulheres e homens. Independentemente da pobreza em 1982, homens e mulheres pobres em 2004-5 apresentaram risco aproximado de 1,5 para esses transtornos (p<0,001), quando comparados aos que nunca foram pobres. Entre as mulheres, ter sido pobre na infância (p<0,001) e ter cor da pele preta ou parda (p=0,002) também aumentou o risco para transtornos mentais comuns. O baixo peso ao nascer e a duração da amamentação não estiveram associadas com o risco desses transtornos. CONCLUSÕES: A maior prevalência de transtornos mentais comuns nos indivíduos com baixa renda familiar e de minorias étnico-raciais mostra haver impacto das desigualdades sociais, presentes no nascimento, sobre esses transtornos.<br>OBJETIVO: Estimar la prevalencia de trastornos mentales comunes y su asociación con factores de riesgo en una cohorte de adultos jóvenes. MÉTODOS: Estudio transversal anidado a la cohorte de nacimientos de 1982 de Pelotas (Sur de Brasil). En 2004-5, 4.297 individuos fueron entrevistados en visita domiciliar. La probabilidad de trastornos mentales comunes fue estimada por el Self-Report Questionnaire. Los factores de riesgo incluyeron variables socioeconómicas, demográficas, perinatales y ambientales. El análisis fue estratificado por sexo y las razones de prevalencia simples y ajustadas fueron estimadas utilizándose regresión de Poisson. RESULTADOS: La prevalencia de trastornos mentales comunes en la población general fue de 28,0%; 32,8% y 23,5%, respectivamente, entre mujeres y hombres. Independientemente de la pobreza en 1982, hombres y mujeres pobres en 2004-5 presentaron riesgo aproximado de 1,5 para esos trastornos (p<0,001), cuando se compararon con los que nunca fueron pobres. Entre las mujeres, haber sido pobre en la infancia (p<0,001) y tener color de piel negra o parda (p=0,002) también aumentó el riesgo para trastornos mentales comunes. El bajo peso al nacer y la duración del amamantamiento no estuvieron asociados con el riesgo de esos trastornos. CONCLUSIONES: La mayor prevalencia de trastornos mentales comunes en los individuos con baja renta familiar y de minorías étnico-raciales muestra haber impacto de las desigualdades sociales, presentes en el nacimiento, sobre esos trastornos.<br>OBJECTIVE: To estimate the prevalence of common mental disorders and assess its association with risk factors in a cohort of young adults. METHODS: Cross-sectional study nested in a 1982 birth cohort study conducted in Pelotas, Southern Brazil. In 2004-5, 4,297 subjects were interviewed during home visits. Common mental disorders were assessed using the Self-Report Questionnaire. Risk factors included socioeconomic, demographic, perinatal, and environmental variables. The analysis was stratified by gender and crude and adjusted prevalence ratios were estimated by Poisson regression. RESULTS: The overall prevalence of common mental disorders was 28.0%; 32.8% and 23.5% in women and men, respectively. Men and women who were poor in 2004-5, regardless of their poor status in 1982, had nearly 1.5-fold increased risk for common mental disorders (p<0.001) when compared to those who have never been poor. Among women, being poor during childhood (p<0.001) and black/mixed skin color (p=0.002) increased the risk for mental disorders. Low birth weight and duration of breastfeeding were not associated to the risk of these disorders. CONCLUSIONS: Higher prevalence of common mental disorders among low-income groups and race-ethnic minorities suggests that social inequalities present at birth have a major impact on mental health, especially common mental disorders
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