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    CARACTERIZAÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL NA OBRA “MACUNAÍMA” DE MÁRIO DE ANDRADE

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    Embora sejamos alvo da massificação, que define a identidade como condição biológica, somos formados por múltiplas identidades, produzidas em processos de transformação. Para consolidar-se como nacional, a literatura modernista subverteu a ideologia romântica sobre a “alma brasileira imutável”. Tematizando essa pluralidade étnica e cultural brasileira, Mário de Andrade em Macunaíma, publicada em 1928, cria um sujeito ambíguo, avesso, acumulado de baixezas e sem idealizações. Simbolicamente, “o herói sem nenhum caráter” sintetiza um “modo de ser brasileiro” – sem caráter definido e em metamorfose, concentrando em si virtudes e defeitos de um indivíduo multifacetado. Durante toda a narrativa, o protagonista percorre várias regiões do Brasil em busca da muiraquitã, pedra preciosa, única lembrança de seu amor Ci. Macunaíma vivencia aventuras na tentativa de recuperar o amuleto, mas o perde definitivamente. Finalmente, o herói se autodenomina uma estrela de brilho inútil. Com base nas leituras de Bernd (2003), Hall (2006), Proença (1987) e Bauman (2005), entre outras, objetivamos analisar a questão da identidade nacional na obra supracitada, sua construção enquanto entidade abstrata e a heterogeneidade cultural para evidenciar o resgate da cultura popular brasileira no que tange à representação das propostas estéticas e temáticas modernistas do século XX
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