405 research outputs found

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    As variações "paisageiras" na cidade e os jogos da memória

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    Pierre Sansot, um filósofo francês, intitulou de Variations Paysagères o estudo que faz sobre as experiências humanas com a paisagem enquanto um sistema de troca entre o mundo sensível e o mundo das significações (Sansot, 1983: 24). Seja no enraizamento a um lugar de pertencimento seja no deslocamento pela diversidade de lugares vividos, importa-nos como a experiência humana ofereceu-se aos sentidos, ao olhar, à escuta, ao cheiro, ao gosto. Nesses jogos perceptivos, são colocadas em destaque as formas sensíveis que movem os habitantes em suas lógicas de viver os espaços e tempos culturais. A paisagem é em Sansot essa experiência humana plural e descontínua onde os sujeitos em suas biografias relacionam imagens motivados pelo saber e pelo imaginário. A paisagem estará lá onde a vida pulsa na qualidade de estar no mundo social, na percepção daquele que a consente na imaginação. O que está em jogo é um reencontro após o deslocamento entre aquele que sente e o sensível, sem hesitar aqui fazer também referência à estética, sempre presente como um fato de cultura. Este princípio de visibilidade prolonga-se na palavra, que na sua ressonância narrativa dilata a percepção agora em uma paisagem narrada a qual faz vibrar as formas sensíveis.   Tal deslocamento já estava presente na obra de Georg Simmel sobre o tema da paisagem. Esta nasce na nossa atividade criadora essencialmente humana, de se deixar evocar por um estado psíquico (stimmung) que articula percepção e afeição, que se separam e se reaproximam, se associam e se dissociam “como dois aspectos do mesmo ato” (Maldonado citando Simmel, 1996: 6 a 8). Como esclarece Simone Maldonado, “é esse sentimento da ordem da subjetividade e da afetividade que vai permitir que um determinado pedaço de natureza venha a se constituir em uma paisagem” (Maldonado, 1996: 8)

    Os tons do medo: fotoetnografia nas ruas de Porto Alegre (RS, Brasil)

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    This photographic narrative arises from researches on the images of fears and crises in urban context’s everyday life developed in the field of the projects on visual anthropology (NAVISUAL) and image’s bank (BIEV) on the Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social in Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Eckert e Rocha, 2013). These are images that evoke, in a critical perspective, the processes of discontinuities and disruptions to the human duration’s projects and continuity on the anthropological path (Bachelard, 1984, 1989, Durand, 1988).Esta narrativa fotográfica resulta de pesquisas sobre as imagens dos medos e das crises na vida cotidiana em contexto urbanos desenvolvidas no âmbito dos projetos de antropologia visual (NAVISUAL) e banco de imagens (BIEV) no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Eckert e Rocha, 2013). São imagens que evocam, em uma perspectiva crítica, os processos de descontinuidades e rupturas aos projetos humanos de duração e continuidade no trajeto antropológico (Bachelard, 1984, 1989, Durand, 1988)

    Cultura do medo e as tensões do viver a cidade: narrativa e trajetória de velhos moradores de Porto Alegre

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    Este artigo trata do cotidiano de velhos habitantes de Porto Alegre, a partir da suas reconstruções narrativas das experiências temporais que delineiam trajetórias de vida. Refere-se a uma população de segmentos médios que de alguma forma experienciou as transformações urbanas da localidade e compartilhou de interpretações sócio-históricas e políticas a partir de inúmeras modalidades de simbolização: meios de comunicação de massa, formas de sociabilidade formais e informais, etc.   Tomamos as narrativas como sendo a maneira singular de problematizar o caráter temporal de suas experiências de vida, exteriorizando valores interiorizados cotidianamente pelo sujeitonarrador, evidenciando a complexidade das tramas cotidianas de inserção nos contextos sociais, da negociação dos papéis e performances demandados e do desempenho no ato comunicativo/vivido. Trata-se de “redescobrir a autenticidade do sentido graças a um esforço de desmistificação”, nos termos de Paul Ricoeur, tentando compreender o que descreve, para descobrir seu sentido, um método, portanto hermenêutico ou interpretativo” (Japiassu In Ricoeur, 1988: 3-4).   A narrativa da experiência que analisamos, neste artigo, dizem respeito a configuração de uma cultura do medo na cidade a partir do trabalho da memória, evocando no presente suas experiências que processam as feições dos medos assimiláveis aos “dramas culturais” (Turner, 1974), na tentativa de exprimir, o sentido “dizível” da existência e da vida, tecendo na memória narrativa um sentido cultural que ultrapasse o caráter episódico de experiências vividas. Em seus relatos, contrastam um cenário de violência no tempo atual com lembranças  do passado, abordando de múltiplas formas o tema do medo, mapeando nos jogos descontínuos/contínuos de suas representações, imagens da cidade-contexto em que constroem sua “identidade como geração” (Lins de Barros, 1995:92). No processo de atualizar suas interpretações sobre a cidade que contextualiza suas experiências de vida, as feições dos medos tomam múltiplascolorações. Nesse repertório simbólico de viver numa cidade violenta, não raro reafirmam as representações envoltas por um discurso de "poder" sobre o agravamento das situações de violência e uma dinâmica criminal, sobretudo divulgado pela mídia

    Catarina Alves Costa, antropóloga e cineasta “com certeza”

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    Apresentação No dia 17 de abril de 2018, o Núcleo de Antropologia Visual do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS recebeu a antropóloga e cineasta portuguesa Catarina Alves Costa para escutar sua palestra intitulada Antropologia e o uso das imagens nas pesquisas. Sua produção fílmica, com base em pesquisas antropológicas, é apreciada pela rede de pesquisadores da antropologia visual no Brasil, sendo constantemente referida nos programas de aulas e oficinas de antropologia ..

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    Ética e imagem: um percurso

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    Este artigo está estruturada em três partes. Num primeiro momento, apresentamos uma rápida revisão do que pode ser considerado um estado de arte da discussão sobre ética e imagem na pesquisa social brasileira, mais especificamente na Antropologia. Na segunda parte buscamos refletir sobre questões relacionadas a problemas advindos da experiência de pesquisadores com uso de imagem. Na terceira parte, tecemos reflexões em torno da ética e imagem

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