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    A efetividade das técnicas de criopreservação na manutenção da fertilidade em pacientes oncológicas: uma revisão literária/ The effectiveness of cryopreservation techniques in maintaining fertility in oncologic patients: a literature review

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    Introdução: Conforme os tratamentos oncológicos se desenvolvem, há um positivo aumento na taxa de sobrevivência de mulheres. Porém, as cirurgias e formas terapêuticas como quimio e radioterapia podem ter efeitos gonadotóxicos que pode impactar na fertilidade dessas pacientes, um exemplo comum é a falência ovariana. O avanço recente das técnicas de reprodução humana assistida (RHA), principalmente relacionadas a novas técnicas e protocolos de criopreservação ampliaram as possibilidades de preservação e manutenção da funcionalidade do ovário e fertilidade, previamente ao tratamento oncológico. Objetivo: Apresentar dados sobre os diferentes métodos de criopreservação de gametas aplicáveis em pacientes oncológicas do sexo feminino, comparando sua aplicabilidade e efetividade em diferentes casos, discorrendo sobre suas limitações e vantagens. Materiais e métodos: Foram selecionados artigos publicados entre os anos de 2016 a 2021 para a revisão e comparação da efetividade dos diferentes métodos e suas aplicabilidades. Resultados: Apesar de a criopreservação de embriões e oócitos serem métodos bem estabelecidos, com 95% de sobrevida, o primeiro apresenta limitações, como a necessidade de um parceiro pré-existente ou doação de espermatozoides, levando ao adiamento do início do tratamento radio ou quimioterápico devido a necessidade de estimulação prévia com gonadotrofinas. Já a criopreservação de tecido ovariano (CTO), ainda é experimental, onde 83% do tecido foi preservado independente da técnica de congelamento e não necessita de qualquer estímulo hormonal, sendo que dessa forma não há o adiamento do tratamento. Porém, a CTO é limitada por necessitar de cirurgia para a retirada do material e implica no transplante em tecido ovariano remanescente, além de ter o risco de existência de células tumorais no tecido criopreservado e do fato de não poder ser realizada após os 38 anos. Após coletados, embriões, oócitos e tecido ovariano também passam pelo processo de vitrificação ou congelamento lento, e a capacidade desses tecidos em apresentar boa qualidade pós-descongelamento para autotransplante e restauração de sua função e desenvolvimento folicular também é importante para possibilitar então um futuro tratamento da infertilidade. Conclusão: A criopreservação nessas pacientes torna possível a preservação da fertilidade após o tratamento oncológico, mas o tipo de procedimento deve ser discutido de acordo com a gravidade do caso clínico em que a mulher se encontra, tanto quanto sua idade e capacidade fisiológica

    Comportamentos de proteção contra a infecção por SARS-CoV-2: um estudo de coorte

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    INTRODUÇÃO: Nós elaboramos um estudo prospectivo com o objetivo de avaliar fatores (adesão ao distanciamento social, uso de EPI’s, etc.) que poderiam ser determinantes no desenvolvimento da COVID-19 que poderá subsidiar o desenvolvimento de estratégias de saúde eficazes no combate da infecção no município de Passos - Minas Gerais, Brasil, seja em ambientes hospitalar ou não-hospitalar. MÉTODOS: Trata-se de um estudo coorte longitudinal onde foram incluídos 343 indivíduos da população que foram selecionados aleatoriamente por conglomerado. Os indivíduos selecionados responderam a um questionário relacionado às características clínicas, medidas preventivas, comorbidades e uso de medicamentos. Na ocasião foi realizado teste rápido nos indivíduos para detecção de anticorpos IgG e IgM. O tempo médio de acompanhamento foi de seis meses e, durante o acompanhamento, manteve-se contato telefônico a cada duas semanas. Ao final do seguimento, novo teste sorológico foi realizado e calculado o risco associado à presença de fatores de risco e à incidência da doença. RESULTADOS: Verificamos que 27,3% dos participantes que se infectaram no seguimento faziam uso ivermectina e hidroxicloroquina como forma de prevenção, enquanto nós não infectados, 11,3% usavam esses medicamentos. Para os indivíduos que apresentaram a doença durante o seguimento 21,2% relataram respeitar o isolamento social, 27,3% relataram que saíram para trabalhar e 42,14% relataram que frequentaram ambientes hospitalares. Entre os participantes que tiveram a infecção, 12,1% relataram contato apenas com familiares, 9,1% com familiares e colegas de trabalho e 75,8% com profissionais de saúde. CONCLUSÕES: Este estudo forneceu dados epidemiológicos de indivíduos infectados pelo COVID-19, que podem contribuir com o sistema de saúde no estabelecimento de medidas preventivas.INTRODUCTION: We designed a prospective study aiming to assess factors (adherence to social distancing, use of PPE, etc.) that could be determinants in the development of COVID-19 that may subsidize the development of effective health strategies to combat the infection in the municipality of Passos - Minas Gerais, Brazil, whether in the hospital or non-hospital settings. METHODS: This is a longitudinal cohort study where 343 individuals from the population were included and randomly selected by clusters. The selected individuals answered a questionnaire related to clinical characteristics, preventive measures, comorbidities, and medication use. A rapid test was performed on the individuals to detect IgG and IgM antibodies. The average follow-up period was six months, and during the follow-up, telephone contact was maintained every two weeks. At the end of the follow-up, a new serological test was performed, and the risk associated with risk factors and disease incidence was calculated. RESULTS: We found that 27.3% of patients who became infected during follow-up were using ivermectin and hydroxychloroquine as a means of prevention, while in non-infected patients, 11.3% used these drugs. (p = 0.024). For patients who had the disease during follow-up, 21.2% reported respecting social isolation, 27.3% reported leaving for work, and 42.14% reported having attended hospital environments (p = 0.004). Among the participants who had the infection, 12.1% reported contact only with family members, 9.1% with family members and co-workers, and 75.8% with health professionals (p = 0.001). CONCLUSIONS: This study provided epidemiological data on patients infected with COVID-19, which can contribute to the health system's establishment of preventive measures
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