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GESTÃO DA POLÍTICA DA SAÚDE: COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PROFISSIONAIS NO NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF)
O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) tem como objetivo apoiar asequipes de saúde da família na efetivação da rede de serviços e ampliar a abrangência eo escopo das ações da Atenção Básica. Sua implantação reflete a busca crescente pelaintegralidade da atenção e pela interdisciplinaridade das ações em saúde, visando àconsolidação da Estratégia Saúde da Família. O objetivo da pesquisa foi investigar comos gestores da saúde dos municípios de Santa Catarina, quais são os conhecimentostécnicos, competências e habilidades exigidas aos profissionais para compor as equipesdo NASF. Para a realização da pesquisa de caráter quali-quantitava utilizou-se comoinstrumentos e técnicas um questionário com roteiro de perguntas abertas e fechadas.Dentre as habilidades e competências requeridas, identificou-se a necessidade doprofissional ter habilidade e competência técnica específica, habilidade para oacolhimento, ouvir, comunicar-se e trabalhar em equipe. Destacou-se também aflexibilidade, pró-atividade, resiliência, respeito, vínculo e comprometimento comoatitudes fundamentais aos profissionais do NASF. O NASF traz como ferramentasinstituídas a clínica ampliada, o matriciamento, o projeto terapêutico singular e oprojeto de saúde no território para a realização do cuidado ao usuário e qualificação dasações das equipes
CARACTERÍSTICAS PSICOSSOCIAIS DO ENVELHECIMENTO NO MUNICÍPIO DE SÃO MIGUEL DO OESTE/SC
O envelhecimento populacional é uma das mais significativas tendências do séculoXXI. Os aspectos psicossociais merecem especial atenção no processo do envelhecer, poisapresenta implicações importantes e de longo alcance para todos os domínios da sociedade. Orelatório apresenta resultados de uma pesquisa realizada no município de São Miguel do Oeste, eteve como objetivo avaliar as características psicossociais das pessoas idosas com base nosparâmetros propostos pela Organização Mundial de Saúde, considerando: os domínios da saúdepsicológica e das relações familiares e sociais no município de São Miguel do Oeste/SC. Apesquisa realizada caracteriza-se como descritiva. A seleção da amostra para a participação napesquisa foi feita de forma intencional, com participação voluntária, correspondendo a umnúmero de 50 pessoas. A coleta dos dados foi realizada nos Centros de Convivência para Idososlocalizados nos Bairros de descrição das Equipes da ESF do município. A análise foi realizadacom a utilização de dois questionários, a Escala de Depressão Geriátrica, que facilita aidentificação da depressão em idosos, e o APGAR, que possibilita verificar indícios de disfunçãofamiliar. Os idosos que responderam o questionário estão na faixa etária de 60 a 95 anos, sendotrinta e três do sexo feminino e dezessete do sexo masculino, trinta e cinco vivem sozinhos equinze coabitam com membros da família, como cônjuge, filhos e netos. A partir dosinstrumentos utilizados para avaliar o índice de depressão e a funcionalidade familiar dosidosos, conseguimos observar que, grande parte dos idosos estão satisfeitos com o suporteofertado pela família, escoltado de companheirismo, afetividade, respeito e compartilhamentode momentos. A família é o ponto de referência apontado pelos idosos, e de extrema importânciapara o bem-estar próprio destes, a família é o espaço de intimidade e proteção do idoso. Oestudo permitiu averiguar o quanto é importante realizar atividades com o conhecimento dafamília, o convívio social nos centros de convivência e o contato com o outro auxilia o idoso aenvelhecer bem e enfrentar as atividades cotidianas. Desta forma, o objetivo da pesquisa foialcançado, pois se verificaram quais são as principais características psicossociais voltadas nomunicípio de São Miguel do Oeste, e de que maneira elas são vistas nos dias atuais, a percepçãodos idosos em relação a si mesmo e à valorização do cuidado familiar no seu processo deenvelhecimento
HANSENÍASE E OS DILEMAS PSICOSSOCIAIS OCASIONADOS PELA DOENÇA
A hanseníase, conhecida desde os primórdios como lepra, foi descrita ao longo da história como uma doença que causava horror em razão das deformidades físicas relacionadas ao doente não tratado. Inclusa no rol das doenças negligenciadas e estigmatizantes, a hanseníase é uma doença infectocontagiosa com evolução lenta e de baixo poder patogênico, sendo a maior forma de contágio o contato inter-humano. O objetivo com a pesquisa foi avaliar aspectos psicossociais da hanseníase a partir de uma pesquisa realizada com profissionais da saúde em municípios da área de abrangência da Comissão de Intergestores Regional (CIR) do Extremo-oeste catarinense, a partir de casos de hanseníase diagnosticados nos anos 2010 a 2013. A pesquisa se enquadra nas categorias exploratória e descritiva, utilizando-se uma abordagem qualitativa para responder ao objetivo proposto. Participaram da pesquisa 12 profissionais, entre eles psicólogos e enfermeiros. Os principais resultados apontam que os profissionais realizam com efetividade os procedimentos para a prevenção e a cura da doença, seguindo as orientações preconizadas pelo Ministério da Saúde. A pesquisa bibliográfica evidencia a importância do apoio psicossocial, pois o impacto do diagnóstico e o estigma social excludente da doença geram uma sensibilidade emocional, ocasionando sentimentos de desvalia, tristeza e depressão. Todavia o estudo empírico demonstrou que na maioria dos municípios esse acompanhamento se apresenta frágil e incipiente, necessitando ser melhor estruturado. Contudo, o trabalho com os aspectos educacionais, comportamentais, psíquicos e sociais com o paciente hanseniano, seus familiares e a sociedade é indispensável para o tratamento eficaz e para a inclusão desse indivíduo na sociedade.Palavras-chave: Hanseníase. Estigma social. Saúde. Psicossocial. Inclusão
DIMENSÕES DO CUIDADO EM SAÚDE MENTAL NO EXTREMO OESTE DE SANTA.
Substituir os manicômios por outros meios terapêuticos e manter a cidadania do doente mental, deve ser assunto de discussão entre os profissionais de saúde e também de toda a sociedade. O estudo buscou investigar três dimensões do cuidado em Saúde Mental pensadas na dimensão da técnica, das relações interpessoais e organizacionais. Utiliza-se a dimensão da técnica através da junção de critérios e normas para compreender se os serviços correspondem às necessidades vigentes. Já a dimensão das relações interpessoais busca contemplar a interação psicológica e social que existe entre os clientes e os produtores de cuidados. A dimensão organizacional, pode ser entendida em como ocorre o trabalho multiprofissional e a acessibilidade dos serviços locais. A pesquisa ocorreu em dois Centros de Atendimento Psicossocial do Extremo Oeste Catarinense. Participaram do estudo, 6 profissionais, dentre os quais: 3 psicólogos, 2 enfermeiros e 1 pedagogo. A demanda de cuidado não se restringe apenas a minimizar riscos de internação ou controlar sintomas, mas, envolve também questões pessoais, sociais, emocionais e financeiras, relacionadas à convivência com o adoecimento mental. O cotidiano apresenta uma demanda de atenção, nem sempre prontamente assistida, devido a inúmeras dificuldades vivenciadas tanto pelos pacientes e familiares, quanto pelos profissionais, destacou-se a escassez de recursos, inadequação da assistência profissional, estigmatização, violação de direitos, dificuldade de acesso e ausência de programas profissionalizantes para os pacientes atendidos
Centro de atendimento psicossocial de São Miguel do Oeste: avanços e desafios
Este artigo apresenta como temática central a saúde mental e objetiva analisar avanços e desafios que se impõem à assistência ao sofrimento mental no município de São Miguel do Oeste, Santa Catarina, a partir da implantação do Centro de Atendimento Psicossocial no ano de 2008. Trata-se do recorte de uma pesquisa realizada com profissionais da saúde que atuam no local; os dados foram coletados por meio da técnica da entrevista semiestruturada e de observações sistemáticas. A amostra contemplou quatro profissionais, equivalendo a 66% do universo. Entre os principais avanços destacaram-se: o trabalho multiprofissional realizado, a assistência e o apoio oferecidos aos familiares dos usuários, a referência e a contrarreferência envolvendo as equipes da Estratégia Saúde da Família. Como principais desafios foram apontados: a necessidade de maior visibilidade sobre o significado da doença e do sofrimento mental para a comunidade; a falta de local apropriado para os atendimentos necessários com melhoria da estrutura física do local, ampliação do número de leitos em alas psiquiátricas de hospitais gerais para a internação dos usuários em momentos de crise; e, as capacitações permanentes e especializações direcionadas aos profissionais que atuam na assistência e no cuidado da doença mental. Palavras-chave: Saúde mental. Política de saúde. Epidemiologia. Promoção da saúde
Mortalidade por causas evitáveis em idosos / Mortality for avoidable causes in elderly
O envelhecimento populacional é uma realidade e conhecer as demandas e necessidades desses sujeitos é importante para a implantação de políticas públicas de saúde. O objetivo deste trabalho é analisar a mortalidade por causas evitáveis em idosos residentes nos municípios da 7ª Regional de Saúde do estado do Paraná, entre 2008 a 2018. Trata-se de estudo epidemiológico de série temporal. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Mortalidade – SIM. As variáveis analisadas foram idade, sexo, causa básica do óbito e município de residência, descritas por frequência absoluta e porcentagem. Dos 3.777 óbitos evitáveis analisados nos 15 municípios, referente as “causas de mortes evitáveis reduzíveis por ações de promoção à saúde relacionadas as causas infecciosas” e “causas de mortes evitáveis reduzíveis por ações de promoção à saúde relacionadas às doenças não transmissíveis”, o maior risco de morrer é pertencer ao sexo masculino e ter idade entre 70 a 74 anos; quanto às “causas de mortes evitáveis reduzíveis por ações de promoção à saúde relacionadas às causas externas (acidentais e violências)” o maior risco é pertencer ao sexo masculino e ter idade entre 60 a 64 anos; e quanto as “causas mal definidas de óbitos” prevalece pertencer ao sexo masculino e ter idade entre 65 a 69 anos. Os dados levantados apontam maior frequência de óbitos evitáveis nas quatro grandes classes estudadas ocorreram em homens e que em 50% dos casos na idade entre 70 a 74 anos. O número de óbitos evitáveis em idosos demonstrou-se expressiva, necessitando de políticas públicas efetivas para sua redução e melhoria no atendimento.
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