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    Assistência pré-natal no Sul do Brasil: cobertura, tendência e disparidades

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    OBJECTIVE: To estimate coverage, examine trend and assess the disparity reduction regarding household income during prenatal care between mothers living in Rio Grande, state of Rio Grande do Sul, in 2007, 2010, 2013 and 2016. METHODS: This study included all recent mothers living in this municipality, between 1/1 and 12/31 of those years, who had a child weighing more than 500 grams or 20 weeks of gestational age in one of the only two local maternity hospitals. Trained interviewers applied, still in the hospital and up to 48 hours after delivery, a unique and standardized questionnaire, seeking to investigate maternal demographic and reproductive characteristics, the socioeconomic conditions of the family and the assistance received during pregnancy and childbirth. To assess the adequacy of prenatal care, the criteria proposed by Takeda were used, which considers only the number of prenatal appointments and gestational age at initiation, and by Silveira et al., who in addition to these two variables, considers the achievement of some laboratory tests. Chi-square tests were used to compare proportions and assess the linear trend. RESULTS: The total of 10,669 recent mothers were included in this survey (96.8% of the total). Prenatal coverage substantially increased between 2007 and 2016. According to Takeda, it rose from 69% to 80%, while for Silveira et al., it increased from 21% to 55%. This improvement occurred for all income groups (p < 0.01). The disparity between the extreme categories of income reduced, according to Takeda, and increased according to Silveira et al. CONCLUSIONS: The provision of prenatal care, considering only the number of appointments and the early start, occurred in greater proportion among the poorest. However, only the richest recent mothers were contemplated with more elaborate care, such as laboratory tests, which increased the disparities in the provision of prenatal care.OBJETIVO: Estimar a cobertura, examinar a tendência e avaliar se houve redução da disparidade em relação à renda familiar na realização de pré-natal adequado entre puérperas residentes em Rio Grande, RS, nos anos de 2007, 2010, 2013 e 2016. MÉTODOS: Foram incluídas neste estudo todas as puérperas residentes nesse município que, entre 1/1 a 31/12 desses anos, tiveram filho com peso superior a 500 gramas ou 20 semanas de idade gestacional em alguma das duas únicas maternidades locais. Entrevistadoras treinadas aplicaram, ainda no hospital e em até 48 horas após o parto, questionário único e padronizado, buscando investigar as características demográficas e reprodutivas maternas, as condições socioeconômicas da família e a assistência recebida durante a gestação e parto. Para avaliação da adequação do pré-natal, foram utilizados os critérios propostos por Takeda, que considera apenas o número de consultas pré-natais e a idade gestacional de início, e de Silveira et al., que além dessas duas variáveis, leva em conta a realização de alguns testes laboratoriais. Foram utilizados os testes qui-quadrado para comparar proporções e avaliar tendência linear. RESULTADOS: Foram incluídas neste inquérito 10.669 puérperas (96,8% do total). Verificou-se substancial aumento na cobertura de pré-natal adequado entre 2007 e 2016. Segundo Takeda, passou de 69% para 80%, enquanto para Silveira et al. aumentou de 21% para 55%. Essa melhora no período ocorreu para todos os grupos de renda (p < 0,01). Houve redução na disparidade entre as categorias extremas de renda segundo Takeda e aumento acentuado segundo Silveira et al. CONCLUSÕES: A oferta de pré-natal, considerando apenas o número de consultas e o início precoce, ocorreu em maior proporção entre as mais pobres. No entanto, ao oferecer cuidados mais elaborados, como exames laboratoriais, estes alcançaram principalmente as puérperas mais ricas, aumentando assim as disparidades na oferta da assistência pré-natal

    Evolução da assistência à gestação e ao parto no extremo sul do Brasil

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    OBJETIVO Descrever a evolução da assistência à gestação e ao parto entre puérperas residentes no município de Rio Grande (RS) utilizando dados de inquéritos realizados a cada três anos, entre 2007 e 2019. MÉTODOS Em até 48 horas após o parto foi aplicado questionário único, padronizado, a todas as mães que tiveram filhos nos hospitais locais e cumpriram os critérios de inclusão. Foram investigadas características demográficas e reprodutivas, hábitos de vida, nível socioeconômico da família e cuidados recebidos durante a gestação e o parto. Na análise, utilizou-se o teste qui-quadrado de tendência linear para avaliar a distribuição dos indicadores por inquérito. RESULTADOS Ao todo, 12.645 parturientes foram entrevistadas (98% do total de mulheres aptas a participar da pesquisa). No período avaliado, a proporção de partos caiu 35% entre adolescentes e aumentou 25% entre mulheres com 35 anos ou mais. As mães ganharam, em média, dois anos de escolaridade, e suas famílias tiveram importante melhora econômica, seguida, porém, de perda de renda no último inquérito. O tabagismo materno, antes e durante a gravidez, caiu à metade. Houve aumento na taxa de mães que iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre, e aumentou também o número de consultas e de testes laboratoriais. Quase 60% das consultas de pré-natal e 80% dos partos ocorreram no Sistema Único de Saúde. Em 2019, o parto vaginal voltou a ser o mais comum. As taxas de baixo peso ao nascer (9%) e prematuridade (17%) praticamente não se modificaram. CONCLUSÕES Houve mudança importante no perfil reprodutivo e aumento da cobertura de diversos serviços de assistência pré-natal e parto. As crianças seguem nascendo bem, mas o baixo peso ao nascer e a prematuridade continuam endêmicos.OBJECTIVES To describe the evolution of care during pregnancy and childbirth among postpartum women living in the municipality of Rio Grande, Southern Brazil, using data from surveys carried out every three years between 2007 and 2019. METHODS Within 48 hours after delivery, a single, standardized questionnaire was applied to all mothers who had children in local hospitals and met the inclusion criteria. Demographic and reproductive characteristics, lifestyle habits, socioeconomic level of the family, and care received during pregnancy and childbirth were investigated. In the analysis, the chi-square test for linear trend was used to assess the distribution of indicators per survey. RESULTS A total of 12,645 parturients were interviewed (98% of the women eligible to participate in the surveys). In the period evaluated, the proportion of births fell 35% among adolescents and increased 25% among women aged 35 years and over. Mothers gained, on average, two years of schooling, and their families experienced an important economic improvement, followed by loss of income in the last survey. Maternal smoking, before and during pregnancy, fell by half. The rate of mothers who started prenatal care in the first trimester and the number of consultations and laboratory tests increased. Almost 60% of prenatal consultations and 80% of births took place in the Brazilian Unified Health System. In 2019, vaginal delivery was once again the most common. The rates of low birth weight (9%) and prematurity (17%) virtually remained unchanged. CONCLUSIONS We found an important change in the reproductive profile and increased coverage of various prenatal care and delivery services. Children continue to be born well, but low birth weight and prematurity remain endemic

    Episiotomy in Southern Brazil: prevalence, trend, and associated factors

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    OBJECTIVE To identify and analyze the prevalence, trend, and factors associated with episiotomy in Rio Grande, in the state of Rio Grande do Sul, Southern Brazil. METHODS A single, standardized questionnaire was applied to all pregnant women, residents in the municipality of Rio Grande, who had children in local hospitals between January 1 and December 12 of the years 2007, 2010, 2013, 2016 e 2019. Demographic and socioeconomic characteristics were investigated, as well as the assistance received during pregnancy and delivery. Chi-square test was used to compare proportions and Poisson regression with robust variance adjustment was used for multivariable analysis. Prevalence ratio (PR) was used as effect measure. RESULTS Among the 12,645 births that occurred in the five years, 5,714 (45.2%) were vaginal delivery. Of these mothers, 2,930 (51.3%; 95%CI: 50.0%–52.6%) underwent episiotomy. Over this period, the episiotomy rate decreased from 70.9% (68.4–73.5) in 2007 to 19.4% (17.1–21.7) in 2019. Adjusted analysis showed a high PR of episiotomy occurrence among women who were young (PR = 2.23; 95%CI: 1.89–2.63), had higher education (PR = 1.21; 95%Cl: 1.03–1.42), had a higher family income (PR = 1.25; 95%CI: 1.10–1.41), were primiparous (PR = 3.41; 95%CI: 2.95–3.95), had prenatal care in the private sector (PR = 1.25; 95%CI: 1.07–1.46), had oxytocin-induced labor (PR = 1.18; 95%CI:1.09–1.27), underwent forceps (PR = 1.32; 95%CI: 1.16–1.50), and whose newborn weighed 4,000 g or more (PR = 1.43; 95%CI: 1.14–1.80). CONCLUSION Although the prevalence of episiotomy fell sharply within the studied period, its occurrence is more likely among women at lower risk of birth complications

    Smoking cessation during pregnancy: a population-based study

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    OBJECTIVE: To measure the prevalence of smoking cessation during pregnancy and to identify factors associated with its occurrence. METHODS: The present survey included all puerperal women living in the municipality of Rio Grande, RS, whose birth occurred between January 1 and December 31, 2013. A single standardized questionnaire was applied, in the hospital, within 48 hours of delivery. Multivariate analysis was performed using Poisson regression with robust variance. RESULTS: The prevalence of smoking cessation among the 598 parturients studied was 24.9% (95%CI 21.5–28.6). After adjusting for confounding factors, mothers aged 13 to 19 years (PR = 1.76; 95%CI 1.13–2.74), who had higher family income (PR = 1.83; 95%CI, 1.23–2.72), higher educational level (PR = 2.79; 95%CI 1.27–6.15), higher number of prenatal appointments (PR = 1.84; 95%CI 1.11–3.05), and who did not smoke in the previous pregnancy (PR = 2.93; 95% CI, 1.95–4.41) presented a higher prevalence ratio of smoking cessation. CONCLUSIONS: Although pregnancy is a window of opportunity for smoking cessation, the rate of cessation was low. The prevalence of cessation was higher among mothers with lower risk of complications, suggesting the need for interventions prioritizing pregnant women of lower socioeconomic levels.OBJETIVO: Medir a prevalência de cessação do tabagismo durante a gestação e identificar fatores associados à sua ocorrência. MÉTODOS: O presente inquérito incluiu todas as puérperas residentes no município de Rio Grande, RS, cujo parto tenha ocorrido entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2013. Aplicou-se um questionário único padronizado no hospital em até 48 após o parto. A análise multivariada foi feita por meio da regressão de Poisson com variância robusta. RESULTADOS: A prevalência de cessação do tabagismo entre as 598 parturientes estudadas foi de 24,9% (IC95% 21,5–28,6). Após ajuste para fatores de confusão, mães com idade entre 13 e 19 anos (RP = 1,76; IC95% 1,13–2,74), maior renda familiar (RP = 1,83; IC95% 1,23–2,72), maior escolaridade (RP = 2,79; IC95% 1,27–6,15), maior número de consultas de pré-natal (RP = 1,84; IC95% 1,11–3,05) e que não fumaram na gestação anterior (RP = 2,93; IC95% 1,95–4,41) apresentaram maior razão de prevalências de cessação do tabagismo que as demais. CONCLUSÕES: Apesar de a gestação ser um momento propício à interrupção do tabagismo, foi baixa a proporção de cessação. Verificou-se ainda que a prevalência de cessação foi maior entre mães com menor risco de complicações. Isso evidencia a necessidade de intervenções continuadas priorizando gestantes de pior nível socioeconômico

    Fatores de risco para cesárea segundo tipo de serviço

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    OBJETIVO: Analizar la tasa de cesárea y factores asociados a su ocurrencia según servicio de salud utilizado, público o privado. MÉTODOS: fue realizado estudio transversal entre 1? de enero y 31 de diciembre de 2007 con todas las gestantes que dieron a luz en los hospitales de la ciudad de Rio Grande, Sur de Brasil. Las gestantes fueron entrevistadas, utilizándose un cuestionario testado y pre-codificado con preguntas sociodemográficas, obstétricas y relacionadas al recién nacido. Fueron desarrollados dos modelos de predicción, uno para las gestantes internadas por el Sistema Único de Salud (público) y otro para las gestantes internadas en servicios privados. En cada modelo fue realizado un análisis multivariado utilizando la regresión de Poisson, calculándose las razones de prevalencia y sus respectivos intervalos con 95% de confianza. RESULTADOS: La tasa de cesárea para el grupo público fue 43% mientras que en el grupo privado fue 86%. Los factores sociodemográficos y el parto gemelar fueron más importantes en el modelo público, así como el número de embarazos (reducción de 25% vs. 13% en el grupo privado) y cesárea previa (incremento de 86% vs. 24% en el privado). Consultas de prenatal e internaciones afectaron el resultado solamente en el grupo público. CONCLUSIONES: Las tasas de cesárea fueron elevadas en los dos grupos, siendo el doble en el servicio privado. Los factores de riesgo son diferentes en magnitud, según el tipo de gestante.OBJECTIVE: To analyze the rate of cesarean section and differences in risk factors by category of health service, either public or private. METHODS: A cross-sectional study was carried out including all pregnant women in labor admitted to hospitals in the city of Rio Grande, Southern Brazil, between January 1 and December 31, 2007. A pre-coded and pre-tested questionnaire was used to collect on social, demographic, obstetric and newborn care information. Two regression models were constructed: one for public users and the other one for private ones. Poisson regression was used in each model in the multivariate analysis. Prevalence rates and 95% confidence intervals were calculated for each adjusted factor. RESULTS: The rate of cesarean section was 43% and 86% among public and private users. Sociodemographic factors and twin births have a more significant impact among public users as well as number of pregnancies (25% vs. 13% reduction in public and private users, respectively) and previous cesarean section (86% vs. 24% increase in public and private users, respectively). Prenatal care visits and hospital admissions affected the outcome only in women users of public services. CONCLUSIONS: Cesarean section rates were high in both groups studied, but it was twice as high among women cared in the private sector. Associated factors differ in magnitude by category of service used.OBJETIVO: Analisar a taxa de cesárea e fatores associados à sua ocorrência segundo serviço de saúde utilizado, público ou privado. MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2007 com todas as gestantes que deram à luz nos hospitais da cidade de Rio Grande, RS. As gestantes foram entrevistadas, utilizando-se um questionário testado e pré-codificado com questões sociodemográficas, obstétricas e relacionadas ao recém-nascido. Foram desenvolvidos dois modelos de predição, um para as gestantes internadas pelo Sistema Único de Saúde (público) e outro para as gestantes internadas em serviços privados. Em cada modelo foi realizada uma análise multivariada utilizando a regressão de Poisson, calculando-se as razões de prevalência e seus respectivos intervalos com 95% de confiança. RESULTADOS: A taxa de cesárea para o grupo público foi 43% enquanto no grupo privado foi 86%. Os fatores sociodemográficos e o parto gemelar foram mais importantes no modelo público, assim como o número gravidezes (redução de 25% vs. 13% no grupo privado) e cesárea prévia (incremento de 86% vs. 24% no privado). Consultas de pré-natal e internações afetaram o desfecho somente no grupo público. CONCLUSÕES: As taxas de cesárea foram elevadas nos dois grupos, sendo o dobro no serviço privado. Os fatores de risco são diferentes em magnitude, segundo o tipo de gestante

    Physical activity during pregnancy and its association with maternal and child health indicators

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    OBJECTIVE: To analyze factors associated with the practice of physical activity during pregnancy and its relationship to maternal and child health indicators. METHODS: Cross-sectional study carried out with all births that occurred at maternity hospitals in the municipality of Rio Grande (Southern Brazil) during the year of 2007 (N = 2,557). Information was collected through interviews, by means of a pre-coded questionnaire administered to the mothers. The analyzed maternal and child health outcomes were: hospitalization during pregnancy, cesarean delivery, preterm birth (gestational age < 37 weeks), low birth weight (< 2500g), and fetal death. RESULTS: A total of 32.8% of mothers (95%CI 31.0;34.6) reported having practiced physical activity during pregnancy. The factors associated with practice of physical activity during pregnancy, after adjusting for potential confounders, were: maternal age (inverse association), level of schooling (direct association), mother's first pregnancy, having received prenatal care, and having been instructed in physical activity during prenatal care. Women who practiced physical activity during pregnancy were less likely to deliver surgically and to have a stillbirth. There was no association between physical activity and preterm birth, hospitalization, and low birth weight. CONCLUSIONS: Only one third of mothers reported having practiced physical activity during pregnancy. This behavior was more frequent among younger women with higher level of schooling who were advised during prenatal care. Women who practiced physical activity during pregnancy had fewer cesarean sections and lower occurrence of stillbirths.OBJETIVO: Analizar factores asociados con la práctica de actividad física durante la gestación y su relación con indicadores de salud materno-infantil. MÉTODOS: Estudio transversal realizado con todos los nacimientos ocurridos en maternidades en el municipio de Rio Grande, Sur de Brasil, durante el año 2007 (N=2.557). Las informaciones fueron obtenidas por entrevista, por medio de un cuestionario pre-codificado aplicado a las madres. Los desenlaces de salud materno-infantil analizados fueron: hospitalización durante el embarazo, parto por cesárea, prematuridad (edad gestacional menor de 37 semanas), bajo peso al nacer (OBJETIVO: Analisar fatores associados à prática de atividade física durante a gestação e sua relação com indicadores de saúde materno-infantil. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com todos os nascimentos ocorridos em maternidades no município de Rio Grande, RS, durante o ano de 2007 (N = 2.557). As informações foram obtidas por entrevista, por meio de um questionário pré-codificado aplicado às mães. Os desfechos de saúde materno-infantil analisados foram: hospitalização durante a gravidez, parto por cesárea, prematuridade (idade gestacional menor de 37 semanas), baixo peso ao nascer (< 2.500 g) e morte fetal. RESULTADOS: Relataram ter praticado atividade física durante a gestação 32,8% (IC95% 31,0;34,6) das mães. Os fatores associados à prática de atividade física na gestação, após ajustes para possíveis confundidores, foram: idade materna (associação inversa), escolaridade (associação direta), ser primigesta, ter feito pré-natal, e ter recebido orientação para a prática de exercícios durante o pré-natal. Mulheres que praticaram atividade física durante a gestação mostraram menor probabilidade de realização de cesariana e de terem filho natimorto. Não houve associação entre atividade física e parto prematuro, hospitalização e baixo peso ao nascer. CONCLUSÕES: Apenas um terço das mães relatou ter praticado atividade física durante a gestação. Esse comportamento foi mais frequente entre mulheres mais jovens, com maior escolaridade e que receberam orientação. Mulheres que praticaram atividade física durante a gestação realizaram menos cesarianas e tiveram menor ocorrência de natimorto

    Fatores de risco associados à hospitalização por bronquiolite aguda no período pós-neonatal

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    OBJECTIVE: To investigate the relationship between socioeconomic factors, maternal characteristics, breastfeeding, and hospitalization for bronchiolitis in the post-neonatal period. METHODS: A nested case-control study with a cohort of 5,304 children born in the city of Pelotas, Brazil, was conducted. The cohort study consisted of four sub-studies with their own methods and logistics. Mothers were interviewed using a standard questionnaire during in-hospital and home visits. Cases were defined as any child aged 28 to 364 days who had been hospitalized for bronchiolitis. RESULTS: Among 5,304 cohort children, 113 (2.1%) were hospitalized for bronchiolitis. The hierarchical multivariate analysis performed using logistic regression showed the following results: family income and gestational age were inversely associated with the risk of hospitalization for bronchiolitis. Breastfeeding showed to have a protective effect; children who were breastfed for less than one month had 7 times less risk for being hospitalized for acute bronchiolitis in the first three months of life. The risk for hospitalization for bronchiolitis is 57% higher in those exposed to maternal smoking than in those non-exposed. CONCLUSIONS: Hospitalization for acute bronchiolitis is inversely associated with family income, gestational age and duration of breastfeeding and positively associated with maternal smoking. There was not an association with either parity or maternal history of asthma.OBJETIVO: Investigar a relação entre fatores socioeconômicos, características maternas, aleitamento e hospitalização por bronquiolite no período pós-neonatal. MÉTODOS: Estudo caso-controle, aninhado a estudo de coorte de 5.304 crianças nascidas na cidade de Pelotas, RS. O estudo de coorte constitui-se de quatro subestudos, cada um com métodos e logística específicos. As mães foram entrevistadas por meio de questionário padronizado, em visitas hospitalares e domiciliares. Foram definidos como casos as crianças com idade entre 28 e 364 dias, que haviam sido hospitalizadas por bronquiolite. RESULTADOS: De 5.304 crianças da coorte, 113 (2,1%) foram hospitalizadas por bronquiolite. A análise multivariada hierarquizada, realizada pela regressão logística, mostrou os seguintes resultados: renda familiar, assim como idade gestacional, estiveram inversamente relacionadas ao risco de hospitalização por bronquiolite. O aleitamento materno desempenhou um fator protetor; crianças com tempo de aleitamento materno inferior a um mês tiveram risco 7 vezes maior de serem hospitalizadas por bronquiolite aguda nos primeiros três meses de vida. O risco de hospitalização por bronquiolite foi 57% maior naquelas expostas ao fumo materno. CONCLUSÕES: A hospitalização por bronquiolite está inversamente relacionada com renda familiar, idade gestacional e tempo de aleitamento materno, e diretamente relacionada com exposição a fumo materno. Não foi evidenciada associação com paridade ou história materna de asma brônquica
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