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    Envolvendo a comunidade científica na gestão do Parque Nacional da Serra dos Órgãos

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    A pesquisa científica é essencial para gerar informações necessárias para o manejo e a conservação das áreas protegidas. No entanto, historicamente a comunidade científica e os gestores das unidades de conservação brasileiras mantiveram um distanciamento que dificultava a geração de conhecimento realmente aplicável à gestão. Por um lado, pesquisadores eram vistos como inconvenientes pelos gestores, e por outro as unidades eram encaradas não como parceiras, mas apenas como área de estudo pelos pesquisadores. Entre 2004 e 2014, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO) adotou uma série de ações de aproximação com a comunidade científica visando envolver os pesquisadores na gestão da UC. A estratégia adotada pode ser resumida em cinco grandes eixos: ordenamento da pesquisa e sensibilização dos pesquisadores; organização e disponibilização dos dados existentes; melhoria na estrutura de apoio; integração e envolvimento na gestão e incentivo a pesquisas prioritárias. Os esforços de regularização dos processos de autorização e entrega de relatórios, organização do acervo, instalação, construção e reforma de estruturas de apoio, realização de encontros e expedições conjuntas, entre outras medidas, resultaram em um maior engajamento da comunidade científica na gestão do Parque. O número de pesquisas autorizadas cresceu de 14 em 2004 para 125 em 2014, e desde 2005 o PARNASO é a unidade de conservação com maior número de projetos de pesquisa no país. Os pesquisadores contribuíram ativamente para a elaboração do plano de manejo do Parque, publicado em 2008, apoiaram medidas como a ampliação de sua área e manifestaram preocupação quanto a impactos de empreendimentos no entorno, além de participar ativamente de discussões sobre diversos temas relacionados à gestão. Os resultados observados no PARNASO evidenciam que o envolvimento da comunidade científica na gestão das áreas protegidas depende de um esforço grande do ICMBio, mas pode gerar uma resposta muito positiva dos pesquisadores e contribuir efetivamente para a gestão e conservação de nossas áreas protegidas

    Social Participation in the Brazilian National Biodiversity Monitoring Program Leads to Multiple Socioenvironmental Outcomes

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    The Brazilian Biodiversity Monitoring Program (Monitora Program) is a long-term large-scale program aimed at monitoring the state of biodiversity and associated ecosystem services in the protected areas (PAs) managed by Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Encouraging qualified social participation is one of Monitora Program’s guiding principles. In this case study, we describe how citizen participation occurs in various stages of the Monitora Program, including planning, data collection, interpretation, and discussion of results. Aspects that are crucial for a legitimate and continuous involvement and participation are described. We also illustrate some of the results from the Program and discuss how the program can contribute to Brazil’s achievement of the United Nations (UN) Sustainable Development Goals (SDGs). In 2022, the program was implemented in 113 of the 334 protected areas managed by ICMBio, most of them in the Amazon. The program results are aligned to 12 of the 17 SDGs, influencing changes that move society closer to these goals at the local scale. Data from the Monitora Program can be used to support Brazilian SDG reporting, but this requires further developments. Social participation in Monitora Program has strengthened links between institutions and people of different profiles, enhancing participation in protected area (PA) management and generating multiple local impacts, while producing quality biodiversity information to inform decision-making in conservation

    Mamíferos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos: atualização da lista de espécies e implicações para a conservação

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    Submitted by Sandra Infurna ([email protected]) on 2019-09-12T15:42:20Z No. of bitstreams: 1 RobertoVilela_DiogoLoreto_etal_IOC_2019.pdf: 1194381 bytes, checksum: 5b576e201faeb10eacb08bfc36a9752f (MD5)Approved for entry into archive by Sandra Infurna ([email protected]) on 2019-09-12T16:03:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1 RobertoVilela_DiogoLoreto_etal_IOC_2019.pdf: 1194381 bytes, checksum: 5b576e201faeb10eacb08bfc36a9752f (MD5)Made available in DSpace on 2019-09-12T16:03:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 RobertoVilela_DiogoLoreto_etal_IOC_2019.pdf: 1194381 bytes, checksum: 5b576e201faeb10eacb08bfc36a9752f (MD5) Previous issue date: 2019Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Parque Nacional da Serra dos Órgãos Teresópolis, RJ, Brasil / Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Biologia. Departamento de Ecologia. Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Departamento de Ecologia,. Laboratório de Vertebrados. Programa de Pós-graduação em Ecologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Museu Nacional. Departamento de Vertebrados. Seção de Mastozoologia. Programa de Pós-graduação em Zoologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Departamento de Ecologia,. Laboratório de Vertebrados. Programa de Pós-graduação em Ecologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal da Paraíba. Departamento de Sistemática e Ecologia. Laboratório de Mamíferos. Programa de Pós- Graduação em Ciências Biológicas. Joâo Pessoa, PB, Brasil.nstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Parque Nacional da Serra dos Órgãos Teresópolis, RJ, Brasil.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Departamento de Ecologia,. Laboratório de Vertebrados. Programa de Pós-graduação em Ecologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Biologia. Departamento de Zoologia. Laboratório de Mastozoologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Biologia. Departamento de Zoologia. Laboratório de Mastozoologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Biologia. Departamento de Zoologia. Laboratório de Mastozoologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Departamento de Ecologia,. Laboratório de Vertebrados. Programa de Pós-graduação em Ecologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal da Paraíba. Departamento de Sistemática e Ecologia. Laboratório de Mamíferos. Programa de Pós- Graduação em Ciências Biológicas. João Pessoa, PB, Brasil.Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Parque Nacional da Serra dos Órgãos Teresópolis, RJ, Brasil.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Departamento de Ecologia,. Laboratório de Vertebrados. Programa de Pós-graduação em Ecologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Campus Fiocruz Mata Atlântica. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal do Espírito Santo. Departamento de Ciências Biológicas. Laboratório de Mastozoologia e Biogeografia. Vitória, ES, Brasil.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Departamento de Ecologia,. Laboratório de Vertebrados. Programa de Pós-graduação em Ecologia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Campus Fiocruz Mata Atlântica. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Departamento de Parasitologia Animal. Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias. Seropédica, RJ, Brasil.Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Parque Nacional da Serra dos Órgãos Teresópolis, RJ, Brasil.A lista mais recente dos mamíferos que ocorrem no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO), com 79 registros, consta no seu segundo Plano de Manejo, publicado em 2008. O presente estudo teve como objetivo atualizar a lista de espécies de mamíferos do PARNASO, inserindo novos registros de espécies obtidos através de dados primários e revisão bibliográfica, considerando o período de 2002 a 2018. A revisão da lista do Plano de Manejo resultou em 75 registros válidos. Destes, três espécies foram consideradas localmente extintas (Panthera onca, Tayassu pecari e Tapirus terrestris) e não foram incluídas na presente lista. Desse modo, listamos aqui 100 espécies com registros recentes no PARNASO, o que representa um acréscimo de 28 espécies. As ordens com maior riqueza de espécies foram Rodentia e Chiroptera, com 32 e 23 espécies, respectivamente. Das espécies registradas, quatro são invasoras (Callithrix jacchus, C. penicillata, Rattus norvegicus e R. rattus), três são domésticas (Bos taurus, Canis familiaris e Felis catus), e 26 são ameaçadas de extinção. A análise da distribuição espacial da riqueza de espécies mostrou que apenas metade da área do parque possui ao menos um registro, e que os registros estão concentrados onde há infraestrutura para a pesquisa. A presença de espécies domésticas e invasoras, bem como as extinções locais detectadas, indicam a necessidade de ações de manejo no interior do parque. Esse grande acréscimo de espécies à lista evidencia o desenvolvimento da pesquisa com mamíferos nesta Unidade de Conservação e a necessidade de compilações mais frequentes dos resultados devido aos vários projetos em curso. O PARNASO tem papel de destaque na conservação de mamíferos ao ainda manter uma das maiores riquezas de espécies do Estado do Rio de Janeiro, e grande importância para a pesquisa, abrigando uma ampla gama de estudos e projetos de longa duração.The most recent list of mammals of the Serra dos Órgãos National Park (PARNASO) with 79 records is from its second Management Plan published in 2008. The present study aimed to update the list of mammal species of PARNASO, adding new species records obtained from primary data and bibliographic review, in the period between 2002 and 2018. The review of the Management Plan’s species list resulted in 75 currently valid records. Three of these 75 species were considered locally extinct (Panthera onca, Tayassu pecari and Tapirus terrestris) and were not included in the present list. Thus, we list 100 species with recent records in PARNASO, which represents an increase of 28 species. The orders with higher species richness were Rodentia and Chiroptera, with 32 and 23 species, respectively. Among the species recorded, four are invasive (Callithrix jacchus, C. penicillata, Rattus norvegicus and R. rattus), three are domestic (Bos taurus, Canis familiaris and Felis catus), and 26 are endangered to extinction. The analysis of the spatial distribution of species richness shows that only half of the park area had at least one record, and that records were concentrated where there is logistic infrastructure. The great addition of species in the list highlights the increased research in this protected area and the need for more frequent compilations of results due to ongoing projects. The presence of domestic animals and invasive species, as well as local extinctions detected, indicate the need for management actions within the park. PARNASO plays a prominent role in the conservation of species, maintaining one of the greatest mammal species richness in the State of Rio de Janeiro, and hosting a wide range of studies and long-term projects

    Minimal information for studies of extracellular vesicles (MISEV2023): From basic to advanced approaches

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    International audienceAbstract Extracellular vesicles (EVs), through their complex cargo, can reflect the state of their cell of origin and change the functions and phenotypes of other cells. These features indicate strong biomarker and therapeutic potential and have generated broad interest, as evidenced by the steady year‐on‐year increase in the numbers of scientific publications about EVs. Important advances have been made in EV metrology and in understanding and applying EV biology. However, hurdles remain to realising the potential of EVs in domains ranging from basic biology to clinical applications due to challenges in EV nomenclature, separation from non‐vesicular extracellular particles, characterisation and functional studies. To address the challenges and opportunities in this rapidly evolving field, the International Society for Extracellular Vesicles (ISEV) updates its ‘Minimal Information for Studies of Extracellular Vesicles’, which was first published in 2014 and then in 2018 as MISEV2014 and MISEV2018, respectively. The goal of the current document, MISEV2023, is to provide researchers with an updated snapshot of available approaches and their advantages and limitations for production, separation and characterisation of EVs from multiple sources, including cell culture, body fluids and solid tissues. In addition to presenting the latest state of the art in basic principles of EV research, this document also covers advanced techniques and approaches that are currently expanding the boundaries of the field. MISEV2023 also includes new sections on EV release and uptake and a brief discussion of in vivo approaches to study EVs. Compiling feedback from ISEV expert task forces and more than 1000 researchers, this document conveys the current state of EV research to facilitate robust scientific discoveries and move the field forward even more rapidly

    NEOTROPICAL CARNIVORES: a data set on carnivore distribution in the Neotropics

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    Mammalian carnivores are considered a key group in maintaining ecological health and can indicate potential ecological integrity in landscapes where they occur. Carnivores also hold high conservation value and their habitat requirements can guide management and conservation plans. The order Carnivora has 84 species from 8 families in the Neotropical region: Canidae; Felidae; Mephitidae; Mustelidae; Otariidae; Phocidae; Procyonidae; and Ursidae. Herein, we include published and unpublished data on native terrestrial Neotropical carnivores (Canidae; Felidae; Mephitidae; Mustelidae; Procyonidae; and Ursidae). NEOTROPICAL CARNIVORES is a publicly available data set that includes 99,605 data entries from 35,511 unique georeferenced coordinates. Detection/non-detection and quantitative data were obtained from 1818 to 2018 by researchers, governmental agencies, non-governmental organizations, and private consultants. Data were collected using several methods including camera trapping, museum collections, roadkill, line transect, and opportunistic records. Literature (peer-reviewed and grey literature) from Portuguese, Spanish and English were incorporated in this compilation. Most of the data set consists of detection data entries (n = 79,343; 79.7%) but also includes non-detection data (n = 20,262; 20.3%). Of those, 43.3% also include count data (n = 43,151). The information available in NEOTROPICAL CARNIVORES will contribute to macroecological, ecological, and conservation questions in multiple spatio-temporal perspectives. As carnivores play key roles in trophic interactions, a better understanding of their distribution and habitat requirements are essential to establish conservation management plans and safeguard the future ecological health of Neotropical ecosystems. Our data paper, combined with other large-scale data sets, has great potential to clarify species distribution and related ecological processes within the Neotropics. There are no copyright restrictions and no restriction for using data from this data paper, as long as the data paper is cited as the source of the information used. We also request that users inform us of how they intend to use the data
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