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Clinical features of dystonia in atypical parkinsonism Características clínicas da distonia no parkinsonismo atípico
BACKGROUND: The association between Dystonia and Parkinson's disease (PD) has been well described especially for foot and hand dystonia. There is however few data on dystonic postures in patients with atypical parkinsonism. OBJECTIVE: To evaluate the frequency and pattern of dystonia in a group of patients with atypical parkinsonism (multiple system atrophy - MSA, progressive supranuclear palsy - PSP, and corticobasal degeneration - CBD) and to investigate whether dystonia could be the first presenting symptom at disease onset in those patients. METHOD: A total of 38 medical charts were reviewed (n=23/MSA group; n=7/CBD group; n=8/PSP group) and data values were described as means/standard deviations. The variables evaluated were sex, age at onset, disease duration, first symptom, clinical features of dystonia and other neurological signs, response to levodopatherapy, Hoehn&Yahr scale >3 after three years of disease, and magnetic resonance imaging findings. RESULTS: The overall frequency of dystonia in our sample was 50% with 30.4% (n=7) in the MSA group, 62.5% (n=5) in the PSP group, and 100% (n=8) in the CBD group. In none of these patients, dystonia was the first complaint. Several types of dystonia were found: camptocormia, retrocollis, anterocollis, blepharoespasm, oromandibular, and foot/hand dystonia. CONCLUSION: In our series, dystonia was a common feature in atypical parkinsonism (overall frequency of 50%) and it was part of the natural history although not the first symptom at disease onset. Neuroimaging abnormalities are not necessarily related to focal dystonia, and levodopa therapy did not influence the pattern of dystonia in our group of patients.<br>INTRODUÇÃO: A associação de distonia e doença de Parkinson (DP) já foi bem estabelecida, principalmente para distonia focal em pé ou mão. Entretanto, há poucos dados quanto a distonia em pacientes com parkinsonismo atípico. OBJETIVO: Avaliar a freqüência e o padrão da distonia em um grupo de pacientes com parkisnonismo atípico (atrofia de múltiplos sistemas - AMS; paralisia supranuclear progressiva - PSP; degeneração corticobasal - DCB) e investigar se a distonia pode ser a manifestação inicial neste grupo. MÉTODO: Um total de 38 prontuários médicos foi revisado (n=23/grupo AMS; n=8/grupo PSP; n=7/grupo PSP) e os dados foram apresentados em médias/desvios padrões. As variaveis avaliadas foram: sexo, idade de início, duração da doença, primeiro sintoma, características clínicas da distonia e outros sinais neurológicos, resposta ao tratamento com levodopa, escala de Hoehn & Yahr >3 em 3 anos de doença, e achados de ressonância magnética. RESULTADOS: A frequência total de distonia em nosso grupo foi 50%, sendo 30,4% (n=7) no grupo AMS, 62.5% (n=5) no grupo PSP e 100% (n=8) no grupo DCB. Em nenhum dos pacientes, distonia foi o primeiro sintoma. Várias apresentações de distonia foram observadas: camptocormia, anterocólis, retrocólis, distonia oromandibular, em pé e mão. CONCLUSÃO: Em nossa série, distonia foi uma característica comum em pacientes com parkinsonismo atípico (freqüência de 50%) e fez parte da história natural em todos os grupos, embora não tenha sido o sintoma inicial em nenhum deles. Anormalidades no exame de neuroimagem não necessariamente estão relacionadas a distonia focal, e o tratamento com levodopa não influenciou o padrão da distonia em nosso grupo de pacientes
Anormalidades de fluxo sangüíneo cerebral em indivíduos dependentes de cocaína Cerebral blood flow abnormalities in cocaine dependent subjects
INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, tem havido relatos de anormalidades do fluxo sanguíneo cerebral em indivíduos com o abuso de cocaína, detectadas por meio de tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT). Esse padrão anormal de perfusão cerebral tem sido associado a prejuízos cognitivos mas não a alterações observáveis por meio de exames de neuroimagem estrutural. Um problema envolvendo a maioria dos trabalhos publicados sobre esse tema é a inclusão de um grande número de usuários de heroína nas amostras estudadas. Essa outra droga também parece afetar o padrão de perfusão cerebral, particularmente durante estados de abstinência. MÉTODOS: Quatorze pacientes dependentes de cocaína (nenhum com uso de opióides) e 14 voluntários normais (grupo controle) foram submetidos a exames de SPECT com dímero de etil-cisteína marcado com tecnécio-99m. A análise dos exames de SPECT foi realizada por meio de análise visual qualitativa das imagens obtidas (procedimento padrão na prática clínica), realizada por um radiologista não informado sobre o diagnóstico dos indivíduos avaliados. RESULTADOS: A análise visual revelou um padrão sugestivo de irregularidades do fluxo sangüíneo cerebral em nove pacientes, mas em apenas dois controles (p = 0,018; teste exato de Fisher bicaudal). CONCLUSÕES: Anormalidades de circulação cerebral podem ter relação com prejuízos cognitivos relatados em populações de dependentes de cocaína. Embora déficits de perfusão cerebral associados ao uso de cocaína possam ser irreversíveis, têm surgido relatos na literatura de tratamentos para essas anormalidades de fluxo sangüíneo. Alterações de fluxo sangüíneo cerebral associadas à dependência de cocaína ocorrem mesmo na ausência de abuso ou dependência de opióides.<br>INTRODUCTION: In the last years, there have been reports of abnormalities in brain blood flow of cocaine abusers, detected by single photon computed emission tomography (SPECT). This abnormal pattern of brain perfusion has been associated with cognitive impairments but not with changes that could be seen by the use of structural neuroimaging techniques. One of the problems with most of the published papers on the subject is the inclusion of a large number of heroin users in the studied samples. Heroin also seems to affect the pattern of brain perfusion, particularly during withdrawal states. METHODS: Fourteen cocaine-dependent inpatients (none of them under the use of opiates) and 14 healthy volunteers (control group) were submitted to 99m-technetium ethyl-cysteinate dimer SPECT. The analysis of SPECT exams was made by visual qualitative analysis of the reconstructed images (standard method in clinical practice), performed by a radiologist unaware of the subjects' diagnoses. RESULTS: Visual analysis showed a pattern suggestive of irregularities in the cerebral blood flow in nine patients, but in only two controls (p = 0.018; two tailed Fisher's exact test). CONCLUSIONS: Abnormal brain circulation may be related to cognitive impairments reported in cocaine dependent subjects. Although brain perfusion deficits associated with cocaine use may be irreversible, there have been reports in the literature of treatments for these blood flow changes. There are abnormalities in the cerebral blood flow associated with cocaine dependence even in the absence of opiate abuse or dependence