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    GRUPO PAPO TRANS: EXPERIÊNCIA DE AJUDA MÚTUA ENTRE PESSOAS TRANS NA PANDEMIA - SEGUNDA EDIÇÃO

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    A saúde mental da população transgênera pode estar ligada positiva ou negativamente a alguns fatores desencadeantes de bem-estar ou sofrimento psíquico. Existem diversas estratégias coletivas em saúde mental que podem ser utilizadas como suporte, como por exemplo, o grupo de ajuda mútua, que pode fornecer à população trans diversos benefícios, como a possibilidade de conhecer seus pares, criar vínculos, compartilhar vivências e ter um espaço de escuta ativa. O objetivo deste artigo foi relatar uma experiência a partir das sessões de um grupo de ajuda mútuo virtual realizado com e para pessoas trans durante a pandemia da COVID-19. Utilizou-se o método bola de neve e convites por meio da rede social Instagram para a captação de participantes. A partir dos encontros do grupo, surgiram temas como disforia com alguma parte do corpo, hormonização, retificação do prenome civil e do gênero, a influência da família na saúde mental das pessoas trans e, solidão. Na ótica dos participantes, o grupo Papo Trans constituiu-se como um espaço de acolhimento, escuta, criação de vínculos e trocas de experiências, visando a proteção da saúde mental e a melhoria na qualidade de vida das pessoas transgêneras durante a pandemia.Palavras-chave: saúde mental; atenção psicossocial; grupos de ajuda mútua; promoção da saúde mental; jovens e adolescentes

    Estratégias de enfrentamento ao sofrimento psíquico relacionado ao isolamento social no contexto da COVID-19

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    O Coronavírus Disease 2019 (COVID-19) foi primeiro identificado em Wuhan na China em dezembro 2019, e é causado pelo vírus SARS-Cov-2. Este vírus é responsável por ocasionar doenças respiratórias e uma série de agravos que podem levar à óbito de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2020). Sua disseminação tem avançado de forma rápida devido a sua alta transmissibilidade e, a uma condução inadequada das autoridades em lidar com um vírus que se transformou, em março de 2020, em uma pandemia global e, em uma emergência em saúde pública mundial (BUHEJI et al., 2020). Para controlar a propagação deste vírus, e assim evitar o colapso das redes de saúde nos países, órgãos responsáveis sugeriram inúmeras medidas de prevenção, entre elas, o isolamento social (VASCONCELOS et al. 2020). Neste prisma, o isolamento social compreende um período de reclusão imposto aos inúmeros indivíduos no mundo por um período bastante considerável de tempo (de semanas a meses) e, diversos estudos têm mostrado que esse isolamento já traz uma série de impactos psicossociais nos sujeitos. Todavia, a maior parte das pesquisas e reflexões sobre esta pandemia tem se voltado à compreensão dos fatores fisiopatológicos no organismo humano, subestimando os fatores psicossociais desencadeados por ela, desconsiderando o fato de que o isolamento social, de grande parte da população mundial, por um longo período de tempo tem afetado diretamente a saúde mental destes indivíduos (VASCONCELOS et al., 2020)
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