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    Incidência de infecção nosocomial causada por vírus respiratório, em uma unidade de cuidado intensivo e semi-intensivo neonatal

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    The newborn infant, especially one born before term, is more susceptible to infections. There are few published data on nosocomial viral infections in the neonatal period and those have conflicting results. Aims: to determine the incidence of nosocomial viral infection in newborn infants hospitalized in an intensive care unit (ICU) and semi-intensive care unit, at Vitória, ES, and to carry out clinical surveillance for the emergence of symptoms suggestive of that viral infection. Methods: this is a 13-month prospective cohort study held conducted from November 2010 to December 2011. All newborn infants hospitalized in the neonatal ICU of the Cassiano Antônio Morais University Hospital (HUCAM) throughout the study were subjected to clinical monitoring and weekly collection of nasopharyngeal secretion (NPS) up to patient discharge. Fifteen different viruses were searched through indirect immunofluorescence (RIFI) and polymerase chain reaction (PCR) in the multiplex format. Results: one hundred and fourteen newborn infants were included in the study, of which were obtained 424 samples of NPS. All samples were tested by IIFR and 51 of them by PCR. Twenty-six (22.8%) newborn infants showed clinical suspicion of nosocomial viral infection. In nine patients was detected some respiratory virus, being respiratory syncytial virus (RSV) in four (3.5%), Rhinoviruses (HRV) in three (2.6%) and Influenza A virus (FLU) in two (1.7%). Two patients were asymptomatic. The incidence of nosocomial viral infection was 7.8%. We found a weak association between the clinical suspicion of viral infection and detection of the virus in laboratory. Conclusions: the noted incidence was compatible with the characteristics of the studied unit and the result of an ongoing effort to prophylaxis and continuing education. Considering the difficulty of accurate clinical diagnosis in neonatal period, we emphasize the importance of laboratory diagnosis of these viruses in that periodO neonato, especialmente aquele nascido antes do termo, é mais suscetível às infecções. Existem poucos dados publicados sobre as infecções virais nosocomiais no período neonatal e estes apresentam resultados discordantes. Objetivos: Determinar a incidência de infecção viral nosocomial em neonatos internados em uma unidade de terapia intensiva (UTI) e semi-intensiva, em Vitória, ES e realizar vigilância clínica quanto ao aparecimento de sintomas sugestivos dessa infecção viral. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte, prospectivo, com duração de 13 meses, realizado de novembro de 2010 a dezembro de 2011. Todos os neonatos internados na UTI neonatal do Hospital Universitário Cassiano Antônio Morais (HUCAM) no período do estudo foram submetidos a acompanhamento clínico e coleta semanal de secreção de nasofaringe (SNF), até a alta da unidade. Foram pesquisados 15 diferentes vírus por meio de imunofluorescência indireta (RIFI) e Reação em cadeia da polimerase (PCR) no formato multiplex. Resultados: Cento e quatorze neonatos foram incluídos, sendo deles obtidas 424 amostras de Secreção de nasofaringe (SNF). Todas as amostras foram testadas por RIFI e 51 por PCR. Vinte e seis neonatos (22,8%) apresentaram suspeita clínica de infecção viral nosocomial. Em nove pacientes foi detectado algum vírus respiratório, sendo Vírus sincicial respiratório (VSR) em quatro (3,5%), Rinovírus (HRV) em três (2,6%) e Influenza A (FLU A) em dois (1,7%). Dois pacientes estavam assintomáticos. A incidência de infecção viral nosocomial foi de 7,8%. Identificou-se uma fraca associação entre a suspeita clínica de infecção viral e a detecção do vírus laboratorialmente. Conclusões: A incidência encontrada foi compatível com as características da unidade estudada e resultado de um esforço permanente para profilaxia e educação continuada. Considerando a dificuldade de diagnóstico clínico preciso no período neonatal, ressaltamos a importância do diagnóstico laboratorial dessas viroses nesse períod

    NÃO INFERIORIDADE DA RESPOSTA IMUNE EM CRIANÇAS DE 3 E 4 ANOS APÓS A VACINA INATIVADA (CORONAVAC) COMPARADO A CRIANÇAS MAIORES E ADULTOS

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    Introdução/Objetivo: A avaliação em crianças da vacina com plataforma de vírus inativado contra o SARS-Cov2 é de especial interesse, por ser uma plataforma bem conhecida e aceita, além de ser um recurso disponível de produção nacional. Este ensaio clínico avaliou a imunogenicidade da vacinação de crianças e adolescentes, de 3 a 17 anos, com a vacina inativada (Coronavac) contra o SARS-Cov2 comparado a adultos (18-49 anos) que receberam a mesma vacina. Métodos: Ensaio clínico de não inferioridade para avaliar imunogenicidade da vacina inativada (Coronavac/Butantan), com braço aberto em crianças de 3 a 17 anos, comparado a adultos que receberam Coronavac. Todos receberam duas doses de 0,5 mL, com intervalo de 28 dias. Para determinação quantitativa de anticorpos contra a porção Receptor Binding Domain - RBD da proteína Spike do SARS-CoV-2 foi empregado o ensaio de eletroquimioluminescência do tipo sanduíche-duplo denominado Anti-SARS-CoV-2 S da Abbott. Considerou positivo ≥50 AU/mL ou 7,1 BAU/mL. Foram coletadas amostras nos tempos: pré-vacinação, 28 dias, 3, 6 e 12 meses após segunda dose. O tamanho da amostra considerou análise de não inferioridade, taxa de soroconversão, poder de estudo de 80%, erro alfa de 5% e perdas de 30%. Resultados: 958 crianças e adolescentes (3-17 anos) receberam a vacina Coronavac e foram comparados a adultos (18-65 anos) que também receberam Coronavac (n = 266). A soroconversão foi 100% em todos os grupos, com títulos médios geométricos significativamente maiores após a vacinação. Na análise intra-grupo das crianças primovacinadas que receberam Coronavac, os títulos médios geométricos foram maiores nas crianças 3-4 anos e decrescentes com a idade. Nas crianças de 3-4 anos foi 1,3x maior comparado com crianças 5-9 anos, 2,1x com crianças e adolescentes 10-17 anos, 2,9x mais que adultos de 18-49 anos, e 3,6 x mais que participantes mais velhos que 50 anos. Nos indivíduos soropositivos no baseline, ou seja, que já tinham imunidade natural conferida com contato prévio com o vírus SARS-Cov-2, houve aumento dos títulos após vacinação, maiores nas crianças 3-4 anos (4,3x) comparado com as crianças de 5-9 (3x) e 10-17 (2,5x). Conclusão: A vacinação com a vacina inativada (Coronavac) contra SARS- CoV-2 em crianças de 3-4 anos resultou em soroconversão não inferior e com maiores títulos de anticorpos, em comparação a crianças mais velhas, adolescentes e adultos. Estudo registrado no ClinicalTrials.gov NCT05225285

    IMUNOGENICIDADE E SEGURANÇA DA VACINA INATIVADA (CORONAVAC) COMPARADA À VACINA BNT162B2 (PFIZER) CONTRA SARS-COV-2 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES (PROJETO CURUMIM)

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    Introdução/Objetivo: A maioria dos casos pediátricos de COVID-19 é leve, porém casos graves podem ocorrer. No Brasil ocorreram mais de 300 óbitos em em crianças e adolescentes, no ano de 2022, destacando a necessidade da vacinação. Este ensaio clínico avaliou imunogenicidade e segurança da vacinação de crianças e adolescentes, de 3 a 17 anos, com a vacina inativada (Coronavac) contra o SARS-Cov2 com grupo controle que recebeu a vacina BNT162b2 (Pfizer). Métodos: Ensaio clínico de não inferioridade para avaliar imunogenicidade e segurança da vacina inativada (Coronavac/Butantan) em crianças de 3 a 17 anos, com braço randomizado, duplo-cego de comparação com imunizante BNT/Pfizer. Os participantes (5-17 anos) do braço randomizado foram divididos em dois grupos (2:1) e receberam vacina Coronavac/Butantan ou BNT162b2 (Pfizer). Todos receberam duas doses com intervalo de 28 dias. Foram coletadas amostras nos tempos: pré-vacinação, 28 dias, 3 meses, 6 meses e 12 meses após segunda dose. Para determinação quantitativa de anticorpos contra a porção Receptor Binding Domain - RBD da proteína Spike do SARS-CoV-2 foi empregado o ensaio de eletroquimioluminescência do tipo sanduíche-duplo denominado Anti-SARS-CoV-2 S da Abbott. Considerou positivo ≥50 AU/mL ou 7,1 BAU/mL. O tamanho da amostra considerou análise de não inferioridade, taxa de soroconversão, poder de estudo de 80%, erro alfa de 5% e perdas de 30% (160 indivíduos por grupo). Resultados: Foram incluídas 1.125 crianças de 3 a 17 anos, sendo 460 de 5 a 17 anos no braço randomizado (293 no grupo Coronavac e 167 no grupo Pfizer). Não houve eventos adversos moderados ou graves em nenhum grupo. A frequência geral de eventos adversos locais ou sistêmicos foi menor no grupo Coronavac em comparação à Pfizer. Os eventos sistêmicos foram mais comuns em crianças de 3-4 anos. A soroconversão foi 100% em todos os grupos, com títulos médios geométricos significativamente maiores após a vacinação. Coronavac foi não inferior a BNT/Pfizer para induzir soroconversão de anticorpos (anti-RBD IgG-S) mas a BNT/Pfizer induz títulos maiores de IgG-S comparado com Coronavac, na faixa etária de 5-17 anos. Conclusão: A Coronavac foi menos reatogênica e não inferior à BNT/Pfizer na indução de soroconversão de anticorpos anti-RBD IgG-S. Ambas as vacinas foram seguras, sem eventos adversos graves ou moderados. Estudo registrado no ClinicalTrials.gov NCT05225285
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