406 research outputs found

    La notion de reprise et ses applications

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    La reprise est un concept fondamental de la philosophie d’Eric Weil. Conjointement avec le couple attitude/catégorie de la Logique de la philosophie, il désigne l’acte même par lequel se constitue, pour Eric Weil, le discours philosophique. C’est aussi un concept opéra­toire par lequel il est possible d’appliquer les catégories philosophiques à l’analyse histo­rique des discours humains dans leur complexité. Il fait ainsi le lien entre logique et pratique de la philosophie, sous la forme d’une logique appliquée et d’une pratique du dialogue philosophique. Cet article commence par situer la reprise par rapport aux concepts d’attitude et de catégorie. Puis, il envisage quelques uns des usages possibles du concept de reprise avant de conclure en esquissant, sans prétendre à l’exhaustivité, quelques unes des orientations possibles de la recherche sur ce concept.A retomada é um conceito fundamental da filosofia de Eric Weil. Juntamente com o par atitude/categoria que podemos encontrar na Lógica da Filosofia, designa o próprio ato mediante o qual, para Weil, o discurso filosófico se constitui. É também um conceito operatório através do qual se torna possível aplicar as categorias filosóficas à análise histórica dos discursos humanos na sua complexidade. Assim, este conceito estabelece a ligação entre lógica e prática da filosofia, sob a forma de uma lógica aplicada e de uma prática do diálogo filosófico. Este artigo começa por situar a retomada em relação aos conceitos de atitude e de categoria. Em seguida, considera alguns dos usos possíveis do conceito de retomada. Em conclusão, avançam-se algumas das orientações possíveis da pesquisa sobre este conceito, sem qualquer pretensão de exaustividade

    O kantismo de Eric Weil

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    Segundo uma fórmula já consagrada, a filosofia de Eric Weil é um kantismo pós-hegeliano. Mas em que sentido se trata de um kantismo? Para responder a essa questão, devemos sublinhar dois aspectos: primeiro, que o projeto sistemático de Eric Weil reserva um lugar determinado à filosofia de Kant, revelando suas limitações. Depois, que, no seu conjunto, a sua filosofia é uma retomada do modo de pensar kantiano. Nas páginas que seguem, abordarei estes dois aspectos partindo do pensamento de Eric Weil para remontar à sua fonte kantiana. Mais precisamente, partirei da Lógica da filosofia para chegar à Crítica da faculdade de julgar e à interpretação que lhe dá Weil

    Éric Weil e a Filosofia do direito de Hegel

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    Este artigo trata da relação do pensamento político de Eric Weil com a Filosofia do Direito de Hegel, a partir de dois textos de Eric Weil: “Hegel e o Conceito de Revolução” e “A Filosofia do Direito e a Filosofia da História Hegeliana”, traduzidos e publicados no Brasil em um volume intitulado Hegel e nós. O artigo inicialmente analisa esses dois textos. O primeiro, mostra como o conceito hegeliano de revolução incide mais sobre a “situação revolucionária” - sua problemática - do que sobre a revolução como acontecimento. Isso permite apreender distinções fundamentais em Éric Weil, como a diferença entre revolta e revolução e as duas modalidades de revolução: uma baseada num movimento de massa, a outra que um governo responsável deve implementar para lidar com as mudanças necessárias antes que elas sejam impostas por uma revolta violenta. O segundo texto, situa a Filosofia do Direito na teoria hegeliana da história. Isso permite diferenciar entre a atitude teórica de Hegel, da qual procede uma compreensão essencialmente especulativa da história, e a abordagem de Eric Weil que enfatiza a ação. A partir da análise desses dois textos e sublinhando o contexto histórico em que Éric Weil desenvolve seu próprio pensamento, o artigo oferece elementos de comparação e diferenciação entre a Filosofia do Direito hegeliana e a Filosofia Política publicada por Eric Weil em 1956

    Le rapport privé / public chez Hannah Arendt et Eric Weil

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    The relationship between private and public is thematized by Hannah Arendt and by Eric Weil under different angles. Our interest is to find in the way the authors elaborate the problems of the private-public relation, some proposals to understand the modern situation of the individual. The relation between private and public is thematized by Hannah Arendt and by Eric Weil under different angles. Our interest is to find in the way in which the authors elaborate the problems of the private-public relation, some propositions to understand the modern situation of the individual. The confrontation of Arendt's phenomenology and Weil's reflexive and formal philosophy leads us to glimpse the problem of the relation of reflection to the concrete, which in this case is that of life in the state: the methodological problem is linked to the political problem.La relation entre privé et public est thématisée par Hannah Arendt et par Eric Weil sous des angles différents. Notre intérêt est de trouver dans la manière dont les auteurs élaborent les problèmes de la relation privé-public, quelques propositions pour comprendre la situation moderne de l’individu. La confrontation de la phénoménologie arendtienne et de la philosophie réflexive et formelle de Weil nous conduit à entrevoir le problème du rapport de la réflexion au concret, qui en l’occurrence est celui de la vie dans l’Etat : le problème méthodologique est lié au problème politique.A relação entre privado e público é tematizada por Hannah Arendt e Eric Weil a partir de ângulos diferentes. O nosso interesse é encontrar na forma como os autores elaboram os problemas da relação público-privada, algumas propostas para compreender a situação moderna do indivíduo. O confronto da fenomenologia de Arendt e da filosofia reflexiva e formal de Weil leva-nos a vislumbrar o problema da relação da reflexão com o concreto, que neste caso é o da vida no Estado: o problema metodológico está ligado ao problema político

    Educação e contra-educação nas sociedades democráticas

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    The question of the relationship between education and democracy emerges from two perspectives. On the one hand, it relates to the role of educational institutions. On the other hand, it involves the democratic process itself, i.e. the interactions and power relations between groups and institutions in the context of delegating power, making collective decisions and implementing the decisions taken. In this article, I will seek to develop the idea that the democratic process consists of an educational exchange between civil society and the state, between the governed and the governors. I will try to demonstrate that this process occurs in such a way that it also produces counterproductive effects on education. The paradox of the democratic process lies in the fact that it enables collective decision-making through a “political pedagogy”, while at the same time engendering a kind of counter-pedagogy by arousing anti-social sentiments. The result is a political variant of Kant’s sociable sociability (ungesellige Geselligkeit), that is, a form of sociable sociability that manifests itself not only in terms of social cooperation (as in the “Essay on Universal History from a Cosmopolitan Point of View”), but also in terms of collective action to address problems that can only be solved jointly, both nationally and internationally. I intend to draw some conclusions from this description at both levels.A questão da relação entre educação e democracia emerge de duas perspectivas. Por um lado, está relacionada ao papel das instituições educacionais. Por outro, envolve o próprio processo democrático, ou seja, as interações e as relações de poder entre grupos e instituições no âmbito da delegação de poder, tomada de decisões coletivas e implementação das decisões tomadas. Neste artigo, buscarei desenvolver a ideia de que o processo democrático consiste em uma troca educativa entre a sociedade civil e o Estado, entre os governados e os governantes. Procurarei demonstrar que esse processo ocorre de tal forma que também produz efeitos contraproducentes à educação. O paradoxo do processo democrático reside no fato de permitir a tomada de decisões coletivas por meio de uma “pedagogia política”, enquanto, ao mesmo tempo, engendra um tipo de contrapedagogia ao despertar sentimentos antissociais. O resultado é uma variante política da sociabilidade sociável de Kant (ungesellige Geselligkeit), ou seja, uma forma de sociabilidade sociável que se manifesta não apenas em termos de cooperação social (como em "Ideia de uma História Universal com um propósito cosmopolita"), mas também em termos de ação coletiva para abordar problemas que só podem ser solucionados de forma conjunta, tanto em âmbito nacional quanto internacional. Pretendo extrair algumas conclusões dessa descrição em ambos os níveis

    L'education du citoyen

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    Le Rapport de stage et la distanciation par rapport à soi

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    Le rapport de stage se laisse identifier comme un travail à la fois personnel et professionnel. Il est à la fois subjectif et objectif : subjectif car il porte sur une expérience singulière du terrain ou d’un lieu de stage ; objectif car il est censé présenter une expérience singulière de façon à la faire reconnaître, c’est-à-dire « valider » par la communauté des professionnels. L’effort vers l’objectivité oblige le rapporteur à une double distanciation : il lui faut se distancier non seulement d’un lieu de stage ou d’une pratique pour en faire un objet professionnel, mais aussi de sa propre implication dans la situation professionnelle en question. L’objectif de cet article est d’examiner l’un des moyens linguistiques par lesquels les rédacteurs de rapports de stage affrontent cette double contrainte. Ce moyen linguistique et textuel est l’emploi du je autobiographique en alternance avec le pronom on. L’analyse insiste sur l’importance de la relation avec le destinataire

    Le Rapport de stage et la distanciation par rapport à soi

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    Le rapport de stage se laisse identifier comme un travail à la fois personnel et professionnel. Il est à la fois subjectif et objectif : subjectif car il porte sur une expérience singulière du terrain ou d’un lieu de stage ; objectif car il est censé présenter une expérience singulière de façon à la faire reconnaître, c’est-à-dire « valider » par la communauté des professionnels. L’effort vers l’objectivité oblige le rapporteur à une double distanciation : il lui faut se distancier non seulement d’un lieu de stage ou d’une pratique pour en faire un objet professionnel, mais aussi de sa propre implication dans la situation professionnelle en question. L’objectif de cet article est d’examiner l’un des moyens linguistiques par lesquels les rédacteurs de rapports de stage affrontent cette double contrainte. Ce moyen linguistique et textuel est l’emploi du je autobiographique en alternance avec le pronom on. L’analyse insiste sur l’importance de la relation avec le destinataire

    Quelle importance ont les noms d’auteurs dans le discours historique?

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    L’étude traite de différentes catégories de signatures (et/ou de noms d’auteurs) et de leur fonctionnement dans l’écriture de l’histoire. L’histoire est une écriture dialogique au sens où elle s’appuie sur les écrits d’autres spécialistes, mais aussi sur une matérialité documentaire signée par des acteurs de l’histoire. En se référant à la parole d’autrui, l’historien valide son propre travail. Le principal indice de ce dialogue est le nom propre d’auteur associé à un propos qui représente pour l’historien une référence. L’étude met en évidence l’aptitude des noms d’auteur à recevoir une corporalité et/ou une voix. La thèse est la suivante: dès que le lecteur peut attribuer un corps et un certain renom à une signature, celle-ci peut être utilisée comme instrument de la preuve. Une attention particulière est portée aux signataires inconnus, aux noms des rédacteurs de «témoignages». Au centre de notre intérêt se trouvent les «ajouts» des historiens (titres, annotations, notes en bas de page, etc.) qui introduisent sur la scène académique les propos des «auteurs inconnus». Des ajouts accompagnant une carte postale, représentée dans l’ouvrage Lettres de Drancy, sont analysés de près.The paper deals with different categories of signature (authors names). It questions their functioning in the process of writing history. History is a permanent dialogue: the historian refers to the texts of other specialists as well as to a variety of written material signed by the protagonists of the events. That is how history works as a scientific activity and that is how the names of other authors become rhetorical tools for legitimating the scientific interests of the historian and his discourse. The paper shows how these signatures receive a «body» and a «voice» and how they take part in the process of elaborating «material evidence».The paper is particularly concerned with the ways the historians «prepare» documents for publication. A postcard signed by an unknown author, figuring in the book Lettres de Drancy, is taken as an example. The analysis is focused on the notes written by a historian. They are added in order to give the card an adequate historical context and to provide some elements for a life history. The signature of an unknown author is thus given a body
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