23 research outputs found

    Gender differences in cumulative life-course socioeconomic position and social mobility in relation to new onset diabetes in adults: the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil)

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    Purpose: We investigated gender-specific associations of cumulative socioeconomic position across life course and social mobility with new onset diabetes mellitus (NODM) in over 12,000 civil servants in Brazil. Methods: We used data from ELSA-Brasil baseline (2008e2010). The accumulation of risk was assessed using an education-based score and an occupation-based score. Educational and occupational social mobility were also evaluated. Results: In minimally adjusted models, NODM increased with increasing exposure to life-course social disadvantages, especially in men. This gender difference was pronounced when cumulative processes were evaluated by education-based scores (high vs. low cumulative social disadvantage, odds ratio [OR] ¼ 4.7; 95% confidence interval [CI]: 2.6e8.5 in men and OR ¼ 2.0; 95% CI: 1.1e3.6 in women). After including proximal diabetes risk factors possibly acting as mediators, these associations remained high only in men (high vs. low cumulative social disadvantage, OR ¼ 4.4; 95% CI: 2.4e8.1). Social mobility was associated with NODM in men. Compared to the high-stable trajectory, downward had greater associations than upward mobility. In women, when considering metabolic syndromeerelated variables, changes in social hierarchy did not seem to have an influence on their risk of diabetes. Conclusions: Accumulation of risk and social mobility were associated with NODM with gender-specific patterns, suggesting differences in mechanisms connecting life-course socioeconomic position and diabetes in men and women

    Greater aortic stiffness is associated with renal dysfunction in participants of the ELSA-Brasil cohort with and without hypertension and diabetes

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    Background Arterial stiffness has been associated with renal dysfunction and its progression, but the pathophysiological relation underlying this association has not been fully established, particularly among individuals without hypertension and diabetes. We investigated the cross-sectional associations between arterial stiffness and renal function in adults without cardiovascular disease, and whether this association remained among subjects without hypertension and diabetes. Methods All eligible participants from ELSA-Brasil (2008–2010), aged 35 to 74 years (N = 13,586) were included, of whom 7,979 were free from hypertension and diabetes. The response variables were: 1) low glomerular filtration rate (eGFR<60ml/min/1.73m2) estimated by CKD-EPI; 2) increased albumin/creatinine ratio (ACR ≥30mg/g); and 3) chronic kidney disease (CKD). Arterial stiffness was ascertained by the carotid-femoral pulse wave velocity (PWV). The covariates were sex, age, race/color, level of schooling, smoking, body mass index, total cholesterol/HDL-c glycated hemoglobin, diabetes, systolic blood pressure, heart rate and use of antihypertensive drugs. Logistic regression was used to examine the associations. Results After all adjustments, 1 m/s increase in PWV was associated with ORs equal to 1.10 (95%CI: 1.04–1.16), 1.10 (95%CI: 1.05–1.16) and 1.12 (95%CI: 1.08–1.17) of low eGFR, high ACR, and CKD, respectively. In subjects without hypertension and diabetes, these ORs were 1.19 (95%CI: 1.07–1.33), 1.20 (95%CI: 1.07–1.32) and 1.21 (95%CI: 1.11–1.30), respectively. Conclusion The increase in PWV was associated with all renal dysfunction markers, even in individuals without hypertension and diabetes, suggesting a relation that is not completely mediated by the presence of these conditions

    Status social subjetivo, autoavaliação de saúde e tabagismo: estudo longitudinal de saúde do adulto (ELSA-Brasil)

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    Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-13T19:57:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 disserta__o_lidyane_camelo_vers_o_final.pdf: 2341385 bytes, checksum: f76c54e4c0841d35e008142d08f98b8b (MD5) Previous issue date: 28INTRODUÇÃO: As iniquidades em saúde não resultam apenas dos níveis absolutos de renda, do grau de escolaridade ou do tipo de ocupação, mas também da posição relativa dos indivíduos na hierarquia social. O status social subjetivo expressa a percepção do indivíduo sobre sua localização relativa na hierarquia social. Objetiva apreender uma dimensão da estratificação social que não é captada pelos indicadores objetivos mais comuns de posição social, como renda e escolaridade. OBJETIVOS: Investigar se o status social subjetivo está associado à autoavaliação de saúde e ao tabagismo, independentemente de indicadores objetivos de posição social, entre servidores públicos participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil); e verificar se há diferenças nas magnitudes dessas associações entre três diferentes grupos de referência para o status social subjetivo: outras pessoas na sociedade, outras pessoas na mesma comunidade e outras pessoas do mesmo local de trabalho. METODOLOGIA: Foram elegíveis para análise todos os 15.105 servidores com idade entre 35 a 74 anos que participaram da linha de base do ELSA-Brasil, realizada entre 2008 e 2010. O ELSA é um estudo prospectivo multicêntrico desenvolvido em instituições de ensino superior e pesquisa em seis estados brasileiros: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Sul. Os participantes foram submetidos a entrevistas face a face. As variáveis resposta foram: autoavaliação de saúde (boa/ruim) e tabagismo (não fumantes/ex-fumantes/fumantes). A variável explicativa principal foi o status social subjetivo, mensurado pelas duas versões da escala de MacArthur de Status Social Subjetivo, que utiliza a sociedade e a comunidade como grupos de referência. Foi utilizada também uma adaptação dessa escala, utilizando como grupo de referência as pessoas no local de trabalho. As variáveis para ajuste foram sexo, idade, cor da pele, escolaridade e renda familiar líquida. Odds ratios (OR) e intervalo de 95% de confiança foram obtidos por regressão logística para autoavaliação de saúde e regressão multinomial para tabagismo. RESULTADOS: As escalas de status social subjetivo apresentaram correlações mais fortes entre si que com a renda e escolaridade. A prevalência de autoavaliação de saúde ruim foi de 19,9%; de ex-tabagismo, de 30% e de tabagismo atual, de 13,1%. Nas três escalas, quanto pior o status social subjetivo maior a prevalência de autoavaliação de saúde ruim. Tabagismo atual e ex-tabagismo também foram associados a um pior status social subjetivo nas três escalas, porém não apresentaram um gradiente para ex-tabagismo. Independente de medidas objetivas de posição social, pior status social subjetivo foi significantemente associado à autoavaliação de saúde ruim e ao ex-tabagismo. Entretanto, o mesmo não pode ser observado com tabagismo atual. Não foram identificadas diferenças significativas nas magnitudes dessas associações entre as três diferentes escalas de status social subjetivo. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que status social subjetivo, escolaridade e renda representam aspectos distintos das iniquidades sociais e sugerem que o efeito dessas variáveis na saúde ou no comportamento relacionado à saúde é diferente. Isso reforça a importância do status social subjetivo como medida complementar importante para o estudo das desigualdades sociais em saúde e contribui para o crescimento do corpo de pesquisas que evidenciam a importância da percepção do status social para a saúde.INTRODUCTION: Health inequities do not result exclusively from absolute income levels, education or type of occupation, but also from individuals relative position in social hierarchy. The subjective social status expresses individuals sense of their relative place in social hierarchy. The object is to apprehend a dimension of social stratification which is not captured by ordinary objective indicators of social position, such as income and education. OBJECTS: To investigate if subjective social status is associated with self-rated health and tobacco smoking, independently of objective indicators of social position, among civil servants participating in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). Additionally, we assess if there are differences in the magnitudes of theses associations, comparing three different reference groups for the subjective social status: other people from the society in general, other people from the local community and other people from the same work place. METHODOLOGY: Were legible for the study all the 15,105 civil servants between the age of 35 and 74 years who participated in the baseline of ELSA-Brasil (20082010). ELSA-Brasil is a prospective multicenter study developed in higher education and research institutions in six Brazilian states: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santo, Bahia e Rio Grande do Sul. All the participants were submitted to face-to-face interviews. The response variables were self-rated health (good/poor) and tobacco smoking (nonsmokers/former smokers/smokers). The main explanatory variable was the subjective social status measured by the two MacArthur Scales of Subjective Social Status, which use society and community as reference groups. A third scale was adapted for ELSA-Brasil, using the work environment as reference group. The adjustment variables were sex, age, skin color, education and net household income. Odds ratios (OR) and a 95% confidence interval were obtained by logistic regression for self-rated health, and multinomial regression for smoking. RESULTS: The correlations among SSS ladders were stronger than the association of these ladders with income and education. The prevalence of poor self-rated health was of 19.9%; of former smoking, 30%; and of current smoking, 13.1%. In all three scales, the lower the subjective social status, the higher the prevalence of poor self-rated health. Current and former smoking were also associated with low subjective social status in the three scales, but there was no gradient for former smoking. Independently of objective measures of social position, low subjective social status was significantly associated with poor self-rated health and former smoking, although not with current smoking. No significant differences were identified between the magnitudes of these associations in the three scales. CONCLUSION: The results suggest that subjective social status, education and income represent distinct aspects of social inequalities and indicate that the impact of these variables on health or health-related behavior is different. This reinforces the importance of subjective social status as a complementary measure in the study of social inequities in health and contributes to the increase of researches which highlight the importance of perception of social status to health

    Posição socioeconômica no curso de vida, inflamação crônica e aterosclerose subclínica no estudo longitudinal de saúde do adulto (ELSA-BRASIL)

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    Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-14T02:42:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_lidyane_camelo_1.pdf: 10409703 bytes, checksum: 2ac6d185e7c2326d1cafde98c9d62eef (MD5) Previous issue date: 21A exposição à adversidade social no curso de vida está associada a uma maior carga de morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares. Entretanto, pouco se sabe sobre os mecanismos biológicos, comportamentais e os relacionados ao estresse que poderiam mediar essa associação. O objetivo desta tese foi investigar a posição socioeconômica no curso de vida e sua associação com a inflamação crônica e a aterosclerose subclínica no contexto brasileiro. Adicionalmente, foram explorados fatores que poderiam mediar essa associação como os comportamentos de risco à saúde, alterações metabólicas e o estresse no trabalho. Como fonte de informações, utilizamos os dados da linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). A inflamação crônica foi mensurada por meio da proteína C-reativa (PCR). Utilizando modelos de regressão linear múltipla, encontramos que baixa posição socioeconômica na infância (mensurada pela escolaridade materna) foi associada a um aumento dos níveis séricos de PCR, entretanto essa associação não foi independente da posição social na juventude (aferida pela escolaridade do participante) e da posição social na vida adulta (avaliada por meio da classe social da ocupação e da renda familiar per capita). Apesar disso, encontramos que a PCR aumentou de forma linear à medida que o número de exposições às circunstâncias sociais desfavoráveis aumentou ao longo da vida. Utilizando modelos de equações estruturais, encontramos que a aglomeração de alterações metabólicas (obesidade, hipertensão arterial, baixo HDL, hipertrigliceridemia e diabetes) foi responsável por 49,5% do efeito total da posição socioeconômica cumulativa (variável latente composta pelos indicadores de posição social na infância, juventude e vida adulta) na PCR entre as mulheres, mas essa proporção foi inferior entre os homens (20,2%). A aglomeração de comportamentos de risco à saúde (tabagismo, inatividade física e consumo excessivo de álcool) foi responsável por 13,4% do efeito total da posição socioeconômica cumulativa na PCR entre os homens, mas esse mesmo percentual foi de apenas 4,4% entre as mulheres. Consequentemente, o efeito direto da posição socioeconômica cumulativa na PCR (não mediado pela aglomeração de alterações metabólicas e de comportamentos de risco à saúde) foi alto (63,2% e 44,6% entre homens e mulheres, respectivamente). A aterosclerose subclínica foi aferida por meio da espessura médio-intimal carotídea (IMT do inglês: intima-media thickness). Utilizando modelos de regressão linear múltipla, encontramos que apresentar baixa posição social na infância (mensurada pela escolaridade materna) foi associado a maiores níveis de IMT apenas entre as mulheres. Já a baixa posição social na juventude (mensurada pela escolaridade do participante) e na vida adulta (aferida pela classe social da ocupação) foi associada a um aumento no IMT em ambos os gêneros. O IMT também aumentou à medida que número de exposições a condições sociais adversas aumentou ao longo da vida, especialmente entre as mulheres. Foi construído um grafo acíclico dirigido para expressar as relações causais entre a posição socioeconômica ao longo da vida e o IMT com intuito de auxiliar na investigação do papel mediador do estresse no trabalho, avaliado por meio da versão brasileira do Swedish Demand-Control-Support Questionnaire (DCSQ). Encontramos que o estresse no trabalho, segundo o modelo teórico proposto por Karasek, e o baixo controle no trabalho falharam em explicar substancialmente a associação entre a baixa posição socioeconômica ao longo da vida e maiores níveis de IMT em ambos os gêneros. A baixa posição socioeconômica ao longo da vida foi associada à inflamação crônica e a aterosclerose subclínica no contexto brasileiro. Esses achados sugerem que intervenções sociais realizadas em uma única etapa da vida podem ser insuficientes para lidar com as desigualdades em saúde. Expressiva parcela da associação entre a posição social ao longo da vida e a PCR não foi mediada pelos comportamentos de risco à saúde e por alterações metabólicas, o que sugere que outros mecanismos podem estar envolvidos na mediação dessa associação, como o estresse psicossocial. Entretanto, encontramos que o estresse no trabalho não mediou à associação entre posição social ao longo da vida e o IMT. O estresse no trabalho é apenas um aspecto do estresse psicossocial e outras fontes de estresse, não avaliadas nesta tese, podem ser aspectos importantes para explicar as desigualdades sociais em saúde no contexto brasileiro, o que poderá ser explorado no futuro com dados da coorte do ELSA-Brasil.The exposure to social adversity across the life course is associated with a higher burden of cardiovascular disease morbidity and mortality. However, little is known about the mechanisms that could mediate this association such as biological and behavioral mechanisms, as well as the mechanisms related to stress. The aim of this dissertation was to investigate the socioeconomic position (SEP) across the life course and its association with chronic inflammation and subclinical atherosclerosis in Brazilian context. In addition, we explored factors that could mediate this association as health-risk behaviors, metabolic alterations and job stress. As a source of information, we use data from the baseline (2008-2010) of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). Chronic inflammation was measured by C-reactive protein (CRP). Using multiple linear regression models, we found that low childhood SEP (measured by maternal education) was associated with increased CRP. However, this association was not independent of young SEP (evaluated by participants own education) and adulthood SEP (assessed by occupational social class and by per capita household income). Nevertheless, we found that CRP increased linearly with increasing numbers of exposure to unfavorable social circumstances over the life course. Using structural equation modeling, we found that the clustering of metabolic alterations (obesity, hypertension, low HDL, hypertriglyceridemia and diabetes) accounted for 49.5% of the total effect of cumulative SEP (latent variable composed by indicators of SEP in childhood, young and adulthood) in CRP among women, but this proportion was lower among men (20.2%). The clustering of health-risk behaviors (smoking, physical inactivity and excessive alcohol consumption) accounted for 13.4% of the total effect of cumulative SEP in CRP in men, but this percentage was only 4.4% among women. Consequently, the direct effect of cumulative SEP in CRP (which was not mediated by the clustering of metabolic alterations and health-risk behaviors) was high (63.2% and 44.6% among men and women, respectively). Subclinical atherosclerosis was assessed by carotid intima-media thickness (IMT). Using multiple linear regression models, we found that low childhood SEP (measured by maternal education) was associated with higher levels of IMT only among women. Low young SEP (evaluated by participants own education) and adulthood SEP (measured by occupational social class) were associated with an increase in IMT in both genders. IMT also increased with increasing numbers of exposure to adverse social conditions throughout the life course, especially among women. We performed a directed acyclic graph (DAG) to express the causal relationships between life course SEP and IMT in order to investigate the mediating role of job stress, assessed by the Brazilian version of the Swedish Demand-Control-Support Questionnaire (DCSQ). Neither job strain, evaluated by Karasekmodel, nor low job control substantially explained the association between low life course SEP and increased IMT, since job strain and low job control were not associated with IMT independently of SEP in men, and in women the passive work and low control only slightly attenuated the association between IMT and all SEP indicators. Low life course SEP was associated with chronic inflammation and subclinical atherosclerosis in Brazilian context. These findings suggest that social interventions in a single life stage may be insufficient to deal with the health inequalities. Significant portion of the association between life course SEP and CRP was not mediated by health-risk behaviors and metabolic alterations, which suggests that other mechanisms may be involved in mediating this association, such as psychosocial stress. However, we found that job stress did not mediate the association between life course SEP and IMT. Job stress is only one aspect of psychosocial stress and other sources of stress, which were not evaluated in this dissertation, may be important in explaining the health inequalities in Brazilian context, which can be explored in the future using data of the ELSA-Brasil cohort

    Subjective social status, self-rated health and tobacco smoking : brazilian longitudinal study of adult health (ELSA-Brasil).

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    Using baseline data from ELSA-Brasil (N = 15,105), we investigated whether subjective social status, measured using three 10-rung “ladders,” is associated with self-rated health and smoking, independently of objective indicators of social position and depression symptoms. Additionally, we explored whether the magnitude of these associations varies according to the reference group. Subjective social status was independently associated with poor self-rated health and weakly associated with former smoking. The references used for social comparison did not change these associations significantly. Subjective social status, education, and income represent distinct aspects of social inequities, and the impact of each of these indicators on health is different

    Qualidade de vida relacionada à saúde em idosos residentes em região de alta vulnerabilidade para saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais

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    RESUMO: Objetivo: Investigar se as relações sociais, juntamente com características sociodemográficas, hábitos de vida e condições de saúde estão associados à qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) em idosos residentes em região considerada de alta vulnerabilidade para a saúde. Métodos: Estudo transversal realizado com amostra aleatória de 366 idosos (≥ 60 anos) adscritos a um centro de saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais. A QVRS foi aferida pelo Medical Outcomes Study 12-Item Short-Form Health Survey (SF-12) e os escores obtidos nos componentes físico (PCS) e mental (MCS) foram utilizados como variáveis resposta. As variáveis explicativas foram divididas em quatro blocos: sociodemográfico, relações sociais, hábitos de vida e condições de saúde. Modelos de regressão linear múltipla foram utilizados. Resultados: Nos modelos multivariados finais, encontramos que elevado número de diagnósticos de doenças crônicas e ter estado acamado nos últimos 15 dias foram variáveis associadas à pior QVRS no domínio físico e mental. Entretanto, ausência de escolaridade, insatisfação com relacionamentos pessoais e não ter sempre que necessário o apoio de alguém para ajudar a ficar de cama, ir ao médico e preparar refeições foi associado à pior QVRS apenas no MCS. Ter declarado cor da pele preta, ausência de atividade de trabalho, não praticar atividade física, não consumir álcool e internação nos últimos 12 meses estiveram associados à pior QVRS apenas no PCS. Conclusão: Além da adversidade social, hábitos de vida e condições de saúde, alguns aspectos funcionais das relações sociais foram importantes para compreensão da QVRS em idosos em vulnerabilidade social

    Qualidade de vida relacionada ? sa?de em idosos residentes em regi?o de alta vulnerabilidade para sa?de de Belo Horizonte, Minas Gerais.

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    Objetivo: Investigar se as rela??es sociais, juntamente com caracter?sticas sociodemogr?ficas, h?bitos de vida e condi??es de sa?de est?o associados ? qualidade de vida relacionada ? sa?de (QVRS) em idosos residentes em regi?o considerada de alta vulnerabilidade para a sa?de. M?todos: Estudo transversal realizado com amostra aleat?ria de 366 idosos (? 60 anos) adscritos a um centro de sa?de de Belo Horizonte, Minas Gerais. A QVRS foi aferida pelo Medical Outcomes Study 12?Item Short?Form Health Survey (SF?12) e os escores obtidos nos componentes f?sico (PCS) e mental (MCS) foram utilizados como vari?veis resposta. As vari?veis explicativas foram divididas em quatro blocos: sociodemogr?fico, rela??es sociais, h?bitos de vida e condi??es de sa?de. Modelos de regress?o linear m?ltipla foram utilizados. Resultados: Nos modelos multivariados finais, encontramos que elevado n?mero de diagn?sticos de doen?as cr?nicas e ter estado acamado nos ?ltimos 15 dias foram vari?veis associadas ? pior QVRS no dom?nio f?sico e mental. Entretanto, aus?ncia de escolaridade, insatisfa??o com relacionamentos pessoais e n?o ter sempre que necess?rio o apoio de algu?m para ajudar a ficar de cama, ir ao m?dico e preparar refei??es foi associado ? pior QVRS apenas no MCS. Ter declarado cor da pele preta, aus?ncia de atividade de trabalho, n?o praticar atividade f?sica, n?o consumir ?lcool e interna??o nos ?ltimos 12 meses estiveram associados ? pior QVRS apenas no PCS. Conclus?o: Al?m da adversidade social, h?bitos de vida e condi??es de sa?de, alguns aspectos funcionais das rela??es sociais foram importantes para compreens?o da QVRS em idosos em vulnerabilidade social.Objective: To investigate whether social relations, sociodemographic characteristics, lifestyle, and health conditions are associated with health-related quality of life (HRQOL) among elderly persons living in regions classified as high vulnerable in terms of health. Methods: A cross-sectional study conducted with a population-based random sample of 366 elderly (? 60 years of age) persons registered at a primary healthcare unit in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. HRQOL was measured using the Medical Outcomes Study 12-Item Short-Form Health Survey (SF-12) and the scores obtained in the physical component score (PCS) and mental component score (MCS) were our response variables. Social relations, sociodemographic characteristics, lifestyle, and health conditions were considered our groups of explanatory variables. Multiple linear regression models were used for the analysis. Results: In the final multivariate models, we found that elevated number of diagnosis of chronic diseases, and being bedridden for the last 15 days were variables associated with worse PCS and MCS. However, lack of education, dissatisfaction with personal relationships, lack of support and help when bedridden or to go to the doctor, and to prepare meals were associated with worse HRQOL only in MCS. Participants who reported black race/color, absence of work activity, lack of physical activity, no alcohol consumption, and hospitalization in the last 12 months had worse HRQOL only in PCS. Conclusion: In addition to the aspects related to social adversity, lifestyle, and health conditions, some functional aspects of social relations were important for understanding the HRQOL in elderly persons living in social vulnerability

    Comportamentos saudáveis e escolaridade no Brasil: tendência temporal de 2008 a 2013

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    Resumo Este estudo analisou dados do Sistema de Vigilância por Inquérito Telefônico (Vigitel) com o objetivo de estimar a prevalência de aglomeração de comportamentos saudáveis (não fumar, consumo não abusivo de álcool, prática de atividade física regular no lazer e consumo recomendado de frutas e hortaliças) e sua tendência temporal entre 2008 e 2013. Adicionalmente, avaliamos se a associação entre a escolaridade e a aglomeração de 3 ou mais comportamentos saudáveis reduziu em magnitude nesse mesmo período. Razões de prevalências foram obtidas por regressão de Poisson. Encontramos que entre 2008 e 2013, a prevalência de aglomeração de 3 ou mais comportamentos saudáveis aumentou de 20% para 25% entre os homens, e passou de 26% para 32% entre as mulheres, sugerindo um aumento da prevalência de padrões de comportamentos saudáveis no Brasil. Esse aumento foi evidenciado em todas as faixas de escolaridade. Entretanto, a magnitude da associação entre escolaridade e prevalência da aglomeração dos 3 ou mais comportamentos saudáveis permaneceu constante no período. Assim, os resultados sugerem que as disparidades por escolaridade na aglomeração de 3 ou mais comportamentos saudáveis não se alteraram ao longo do tempo, apesar das melhorias sociais observadas no país nos últimos anos

    Maior Rigidez Arterial Prediz Doença Renal Crônica no Estudo de Coorte ELSA-Brasil

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    Resumo Fundamento A rigidez arterial pode afetar diretamente os rins, que são perfundidos passivamente por alto fluxo. No entanto, determinar se a relação entre rigidez arterial e função renal depende das condições de diabetes e hipertensão é uma questão controversa. Objetivo Investigar a relação entre a rigidez arterial, por velocidade da onda de pulso carotídea-femoral (VOPcf), e a incidência de doença renal crônica (DRC) em indivíduos e verificar se essa associação está presente em indivíduos sem hipertensão e diabetes. Métodos Estudo longitudinal com 11.647 participantes do ELSA-Brasil acompanhados por quatro anos (2008/10-2012/14). A VOPcf basal foi agrupada por quartil, de acordo com pontos de corte específicos com relação a sexo. A presença de DRC foi verificada pela taxa de filtração glomerular (TFGe-CKD-EPI) < 60 ml/min/1,73 m2 e/ou relação albumina/creatinina ≥ 30 mg/g. Modelos de regressão logística foram executados para toda a coorte e uma subamostra livre de hipertensão e diabetes no início do estudo, após ajuste para idade, sexo, raça, escolaridade, tabagismo, relação colesterol/HDL, índice de massa corporal, diabetes, uso de anti-hipertensivos, pressão arterial sistólica, frequência cardíaca e doenças cardiovasculares. A significância estatística foi fixada em 5%. Resultados A chance de DRC foi de 42% (IC de 95%: 1,05;1,92) maior entre indivíduos no quartil superior da VOPcf. Entre os participantes normotensos e não diabéticos, os indivíduos do 2º, 3º e 4º quartis da VOPcf apresentaram maiores chances de desenvolver DRC, quando comparados aos do quartil inferior, sendo a magnitude dessa associação maior para aqueles do quartil superior (OR: 1,81 IC de 95%: 1,14;2,86). Conclusão A maior VOPcf aumentou as chances de DRC, e sugere que esse efeito é ainda maior em indivíduos sem diabetes e hipertensão
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