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    Educação interprofissional no contexto da pandemia: avanços e desafios

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    Introdução: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde/ Interprofissionalidade (PET-SI) contribui para a formação generalista e humanizada¹. A educação interprofissional (EIP) visa melhorar a prática colaborativa e a qualidade da atenção à saúde². A pandemia da COVID-19 impôs novos desafios ao programa e ao desenvolvimento da EIP. Objetivo: Descrever o uso de ferramentas tecnológicas em atividades remotas para o desenvolvimento da EIP pelo PET-SI. Metodologia: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem, farmácia e medicina do PET-SI Três Lagoas-MS. A aplicação da EIP deu-se pela discussão simulada de caso clínico, de maneira remota, para a construção de um projeto terapêutico singular, na atenção básica, ressaltando-se as competências comuns, específicas e colaborativas. A plataforma utilizada foi o Google Meet. A atividade foi proposta em uma reunião do PET-SI, como alternativa ao cenário que impede atividades presenciais. Resultados: A escolha do tema foi pautada por uma vivência anterior dos acadêmicos. Simulou-se o caso clínico de uma mulher, 28 anos, solteira, nuligesta, sexualmente ativa, sangramento vaginal inespecífico, auto-medicada com anticoncepcional oral. Exame físico geral sem alterações, colo uterino centralizado, sangramento ativo. Passou pelo acolhimento com o enfermeiro e foi encaminhada à consulta médica. A colpocitologia oncótica foi realizada por ambos profissionais. Ao médico, coube a prescrição terapêutica. Na consulta de enfermagem, foi esclarecida sobre métodos contraceptivos disponíveis. A atenção farmacêutica norteou-se pela discussão da medicação. Sugeriu-se visita domiciliar pelo enfermeiro e farmacêutico para posterior reavaliação. Os alunos foram instigados a fomentar o protagonismo da paciente, como na atenção centrada na pessoa. Sobre os desafios dessa atividade, evidenciaram-se problemas de conexão, internet e pouco domínio da ferramenta tecnológica pelos profissionais. Na simulação utiliza-se um cenário ideal, que dificilmente ocorreria, pois é incomum no processo de trabalho da Unidade Básica de Saúde (UBS) a disponibilidade de profissionais para atendimento conjunto. O mesmo ocorre com acadêmicos, devido a polarização de grades curriculares e falta de suporte para flexibilizá-la³. Como avanços, percebe-se que a estratégia utilizada é uma alternativa viável e que auxilia na manutenção da EIP. Ademais, contribui para refletir sobre lacunas no processo de trabalho da UBS, para uma prática colaborativa e um cuidado integral. Conclusões: A EIP preconiza o desenvolvimento de habilidades que fomentam o trabalho colaborativo para qualificar a atenção. São evidentes as dificuldades para sua efetivação, porém, as ações do PET-SI auxiliam no enfrentamento desses desafios. A simulação e discussão remota de casos clínicos, com o uso de ferramentas tecnológicas, são uma alternativa factível para a conjuntura atual. Palavras-chave: Educação Interprofissional. Aprendizado Colaborativo. Assistência Integral à Saúde

    Mensuração do forame jugular em crânios secos provenientes da região centro-oeste do Brasil / Measurement of the jugular foramen in dry skulls from the Midwest region of Brazil

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    O forame jugular (FJ) é considerado uma grande abertura irregular localizada na parte posterior da sutura occipitomastóidea entre o processo jugular do osso occipital e a fossa jugular; por ele passa uma série de estruturas importantes: a veia jugular interna, os nervos cranianos glossofaríngeo, vago, acessório e eventualmente o seio petroso inferior, o que evidencia a importância clínica de se entender a anatomia desse forame bem como as relações e possíveis complicações de suas estruturas. Dessa forma, nosso objetivo foi realizar a análise morfológica e morfométrica do FJ em crânios humanos, comparando os diâmetros anteroposterior (AP) e médio-lateral (ML) entre os sexos. Foram selecionados de forma aleatória 104 crânios humanos do acervo do Laboratório de anatomia da Universidade Federal de Mato Groso do Sul - Três Lagoas, sendo divididos em 52 crânios masculinos e 52 crânios femininos. A mensuração foi realizada utilizando-se um paquímetro analógico 6” da marca zaas precision. Avaliou-se a morfometria do FJ no sentido AP e ML. Foi usado o software GraphPad Prism, versão 6.01, inicialmente aplicando conceitos de estatística descritiva e posteriormente o teste t de Studant para averiguar se existem diferenças entre os FJ no mesmo crânio ou quando comparamos os gêneros. Foi pesquisada a presença de septação óssea completa e incompleta. Nossos resultados mostram que o diâmetro médio de todos os FJ, em ambos os sexos, no eixo AP foi de 9,30 mm no lado direito e 8,45 mm no esquerdo e no eixo ML foi 13,73 mm do lado direito e 13,72 mm do esquerdo; evidenciando uma tendência do FJ ser maior no diâmetro AP direito. Nenhum destes dados foi estatisticamente significante, exceto quando comparada a lateralidade do diâmetro AP dentro do grupo de crânios femininos, em que se obteve maior medida do lado direito 9,33 mm P ?0,05. Notamos um aspecto oval do FJ ao longo do eixo médio-lateral. O FJ é uma estrutura importante para o estudo da base do crânio devido a sua diversificada anatomia relações entre suas estruturas neurovasculares e seu variado aspecto e tamanho, logo compreender e estudar tal estrutura atrai a atenção de muitos neurocirurgiões e especialistas da área

    Avaliação da incidência do forame de Vesálius (forame emissário esfenoidal) em crânios secos provenientes da região centro-oeste do Brasil / Evaluation of the Versálius foramen incidence (Sphenoidal emissary foramen) in dry skulls from Brazil's midwest region

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    O forame emissário esfenoidal, forame de Vesálius (FV), localizado na asa maior do osso esfenoide, transmite veias emissárias conectando o seio cavernoso com o plexo venoso pterigoideo. Também comunicam veias extracranianas e intracranianas tornando-se uma importante rota de drenagem sanguínea em casos de aumento da pressão intracraniana. O objetivo deste estudo foi averiguar a incidência e variações morfológicas do forame de Vesálius em crânios de diferentes gêneros (masculino e feminino), através de crânios secos do Centro-oeste do Brasil. Selecionou-se uma amostra de 108 crânios humanos, 54 crânios masculinos e 54 crânios femininos. Os crânios foram limpos e seccionados no sentido fronto-occipital. Observou-se então na base do crânio o osso esfenoide a incidência do FV. Os forames encontrados foram classificados em redondo, oval e irregular. Encontrou-se a incidência total de 43,5% do FV sendo 38% unilateral e 5,56% bilateral. Na comparação da incidência do FV, de acordo com sexo (masculino e Feminino) no sexo masculino observou a incidência do FV de 37% (22,2% lado direito, 3,7% lado esquerdo e 5,6% bilateral). Já no sexo feminino observou-se a incidência do FV em 50% (18,5% lado direito, 20,4% lado esquerdo e 5,6% bilateral).  Em relação a sua morfologia foram encontrados a incidência do FV de aspecto redondo 55,3% (46,5% direito e 68,4% esquerdo), oval 25,5% (28,6% direito e 21,1% esquerdo) e irregular 19,1% (25% direito e 10,5% esquerdo). Estudos sobre a incidência do FV faz se necessário pela grande variabilidade que se pode encontrar na sua incidência. O conhecimento da anatomia craniana nos diversos países e regiões do Brasil permite um detalhado conhecimento anatômico e assim o avanço no desenvolvimento e na realização de técnicas cirúrgicas mais seguras, principalmente na microneurocirurgia e acessos a fossa média do crânio
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