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    Infra-estrutura e produtividade no Brasil

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    Este artigo analisa a relação entre infra-estrutura e produtividade total dos fatores (PTF) no Brasil entre 1950 e 2000. O estoque de capital público é utilizado como proxy para o capital de infra-estrutura. A hipótese a ser testada é a de que um aumento no estoque de infra-estrutura de maneira mais acentuada que uma elevação no estoque de capital privado tem um efeito positivo sobre a produtividade no longo prazo. Para tanto, utilizou-se o procedimento de Johansen com o objetivo de testar a cointegração entre a PTF e a razão capital público/privado. De fato, comprovou-se que essa relação de complementaridade (capital público-privado) ajuda a explicar a trajetória da PTF de 1950 a 2000. Os resultados se mostraram robustos a diferentes medidas de produtividade e da proporção capital público/privado. Além disso, a análise de curto (médio) prazo indicou que choques nesta proporção têm um impacto significativo sobre a PTF, mas o contrário não ocorre. Assim, a diminuição dos investimentos em infra-estrutura pode ser uma possível explicação para a queda da PTF verificada nos anos 70 e 80.

    Ensaios em política fiscal

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    O objetivo desta tese é colaborar com a discussão sobre o papel da política fiscal em nível macroeconômico, seja em termos do impacto sobre as flutuações de curto prazo no produto e demais variáveis agregadas, ou no efeito que esta exerce sobre o crescimento e bem estar de longo prazo, sendo que uma atenção especial será dada ao papel dos gastos produtivos do governo. A análise de curto prazo é baseada em um modelo de Real Business Cycle (RBC) em que o capital público entra na função de produção como um insumo adicional ao capital privado e ao trabalho, sendo que o governo mantém o orçamento equilibrado a cada período. Os resultados indicam que o modelo consegue reproduzir bem a alta volatilidade dos gastos do governo e o caráter procíclico da política fiscal no Brasil, para o período de 1950 a 2003. Posteriormente, é feita a estimação dos principais parâmetros que influenciam a política fiscal pelo método bayesiano. As variáveis fiscais (investimento, consumo e taxa de impostos) ajudam a explicar boa parte do comportamento das variáveis privadas. Em termos de bem estar, o modelo prevê que aumentar o investimento do governo através de uma diminuição no consumo do mesmo gera um ganho de bem estar considerável, bem como reduções na taxa de impostos. A análise de longo prazo é baseada um modelo de gerações sobrepostas e crescimento endógeno com dívida pública, onde o governo executa gastos considerados produtivos e improdutivos. Os resultados do modelo teórico indicam que o impacto dos gastos produtivos do governo sobre o crescimento de longo prazo depende negativamente do tamanho da dívida, da carga tributária e do déficit primário, podendo ocorrer um cenário com equilíbrios múltiplos. De maneira a testar as predições teóricas, é estimada uma equação de crescimento em função do gasto produtivo e interações com as demais variáveis fiscais para uma amostra de países heterogêneos, e de fato, comprovam-se empiricamente os resultados do modelo teórico

    Infrastructure and productivity in Latin America: is there a relationship in the long run?

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    Purpose – The purpose of this paper is to analyse the relationship between infrastructure and total factor productivity (TFP) in the four major Latin American economies: Argentina, Brazil, Chile, and Mexico. Design/methodology/approach – The authors hypothesise that an increase in infrastructure has an indirect effect on output by raising productivity. To assess this theory, the traditional Johansen methodology was used for testing the cointegration between TFP and physical measures of infrastructure stock, such as energy, roads, and telephones. The Lütkepohl, Saikkonen and Trenkler Test, which considers a possible level shift in the series and has better small sample properties, was applied to the same data set and the two tests were compared. Findings – The results do not support a robust long-term relationship between the series; the authors do not find strong evidence that cuts in infrastructure investment in some Latin American countries were the main reason for the fall in TFP during the 1970s and 1980s. Originality/value – The present paper addresses the empirical relationship between infrastructure and economic growth for Argentina, Brazil, Chile, and Mexico between 1950 and 2000, using new time series econometric methods finding new evidences on this relationship.Argentina, Brazil, Chile, Cointegration, Economic growth, Fiscal policy, Infrastructure, Latin America, Mexico, Structural breaks, Total factor productivity

    Política Fiscal e Crescimento Econômico no Brasil e na América Latina

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    Este artigo desenvolve um modelo de geraçõess sobrepostas e crescimento endógeno com dívida pública onde o governo pode alocar seus gastos de diferentes formas. Assim, para aumentar a parcela de gastos em educação ou infraestrutura como proporção da renda o governo tem de se endividar. Os resultados indicam que os efeitos dos gastos produtivos do governo sobre o crescimento dependem do tamanho da dívida, da carga tributária, e do superávit primário podendo ocorrer um cenário com equilábrios múltiplos. Além disso, a equação de crescimento baseada no modelo teórico é estimada para a América Latina, comprovando as predições teóricas.Dívida Pública, Crescimento Endógeno, Política Fiscal.

    Ciclos reais e política fiscal no Brasil

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    Neste artigo buscamos desenvolver um modelo de ciclos reais com governo e capital público, de maneira a estudar o efeito dos choques fiscais sobre o ciclo econômico e reproduzir os principais fatos estilizados da política fiscal no Brasil do pós-guerra (1950-2006). O modelo reproduz bem as principais características das variáveis fiscais ao longo do ciclo econômico, notadamente, uma volatilidade maior dos gastos públicos (consumo e investimento) vis-à-vis os respectivos gastos privados e o caráter procíclico da política fiscal brasileira. Dentre as variáveis fiscais analisadas, a razão carga tributária/PIB é a que menos varia ao longo do ciclo econômico, porém, é a mais importante para explicar o ciclo do produto além da produtividade
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