22 research outputs found

    Processos migratórios e as disputas na “colônia modelo”: a companhia colonizadora metropolitana e a constituição do núcleo Nova Veneza

    Get PDF
    Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Licenciatura, no curso de História, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.Ao final do século XIX, foi vivenciado o que é chamado por muitos de “A grande Imigração”. Esta, foi resultado de inúmeras políticas por parte do governo no fomento de legislações que contribuíssem e facilitassem a entrada de imigrantes europeus no Brasil, sendo estes, vistos pelo estado e por parte da sociedade, como a via introdutória do trabalho no país e a possibilidade de “progresso”. Um dos locais constituído a partir dessas políticas foi a Colônia Nova Veneza, a qual será o fio condutor dessa presente discussão. Foram várias as tensões que esses fluxos migratórios acarretaram, tanto em uma questão sociocultural, quanto econômica, onde muitas vezes se confundiam e se perpassavam as ações realizadas pelo estado e pelas empresas particulares. Deste modo, essa pesquisa teve como principal objetivo, a partir das fontes consultadas e do referencial teórico estudado, analisar as migrações da segunda metade do século XIX, mas também perceber e investigar as tensões ocasionadas em detrimento do beneficiamento de empresas particulares, como a Companhia Metropolitana. Além disso, foi intuito também, problematizar os discursos que são naturalizados em regiões constituídas a partir da cultura italiana – neste caso Nova Veneza –, em que a partir do mito dos pioneiros, dos discursos dos memorialistas e da perspectiva tradicional, se constrói uma „história dos vencedores‟, silenciando diversos outros grupos e pessoas

    Fluxos migratórios e a busca pela dupla cidadania: um estado da arte a partir da plataforma Google Acadêmico (2005 – 2020)

    Get PDF
    Este artigo, objetiva realizar um estado da arte acerca das discussões sobre migrações internacionais. Para nortear a discussão, utilizamos as concepções das autoras Goes e Fernandez (2018). Foram analisados 30 trabalhos, sendo 29 artigos e uma seção temática de revista, a partir destas publicações, observamos seus principais temas, subtemas, periódicos que se destacam, os anos com maior índice de publicação, os descritores e indicadores, procedência dos autores(as) e suas áreas de formação

    Migrações para a Itália contemporânea e o desenvolvimento do sul catarinense: uma análise a partir da trajetória de trabalhadoras e trabalhadores criciumenses

    Get PDF
    Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestra em Desenvolvimento Socioeconômico.Ao longo da segunda metade do século XIX, e início do século XX, a região sul catarinense vivenciou uma diversidade de fluxos migratórios, no qual, inseridos nessa movimentação, estavam também os(as) imigrantes italianos(as). Anos depois, são seus/suas descendentes que buscam fazer o “caminho inverso”, vendo na cidadania italiana uma possibilidade de migrar. As migrações de retorno, são vistas pela literatura como a volta à terra dos antepassados, porém essa idealização de uma terra narrada e imaginada pelos familiares e pela ação do poder público que busca evidenciar um passado fundante, é modificada no contato com o local de destino (Itália). É nesse contexto que o pertencimento tão reivindicado nas cidades de colonização italiana entra em choque com o tratamento recebido pelos(as) emigrantes brasileiros(as), que são vistos(as) como estrangeiros(as) e não como italianos(as), mesmo que juridicamente provem ao contrário. Outro importante ponto de discussão é que essas migrações, a partir das décadas de 1980 e 1990, se transformaram em um grande fluxo na cidade criciumense, no momento em que o Brasil e toda a América Latina enfrentavam intensas crises devido a ascensão do neoliberalismo. Desse modo, muitos brasileiros e brasileiras observaram nas migrações uma oportunidade de mudança diante da crise econômica e política vivenciada. Portanto, esta pesquisa se fundamentou na história social do trabalho e sua principal abordagem metodológica foi a história oral. Para a construção da narrativa dialogamos com autores e autoras que versam sobre migrações, etnicidade, trabalho e divisão sexual do trabalho, visando o debate sobre o desenvolvimento socioeconômico da região sul de Santa Catarina, os quais destaco: Abdelmalek Sayad (1998), que fez importantes apontamentos a respeito da trajetória de pessoas em condição de migração; Fabio Perocco (2017), que discute a condição social dos trabalhadores(as) migrantes na Itália; Helena Hirata (2009; 2011) e suas pesquisas a respeito da divisão sexual do trabalho, pensando as desigualdades vivenciadas pelas mulheres, as quais, muitas vezes, são submetidas a precarização de forma ainda mais violenta; Philippe Poutignat e Jocelyne Streiff-Fenart (1997) e suas análises voltadas para o campo da etnicidade; Ricardo Antunes (2015) dialogando sobre a precarização do trabalho e as novas polissemias dos mundos do trabalho, principalmente pós ascensão do neoliberalismo. Destarte, a problemática dessa pesquisa se delineia da seguinte maneira: até que ponto as migrações internacionais, acionadas a partir da etnicidade, trazem “ganhos” significativos para os trabalhadores(as) brasileiros(as) e ítalo-brasileiros(as) de Criciúma? Levando em consideração não somente a questão econômica, o consumo e os investimentos feitos na cidade de origem, mas, também, questões que permeiam outras esferas, tais como: o trabalho digno, as relações estabelecidas com os(as) italianos(as) nacionais e seus empregadores. Deste modo, nosso principal objetivo nesta pesquisa desdobrou-se em analisar a trajetória e as experiências de trabalhadores e trabalhadoras criciumenses na Itália; bem como, pensar de que forma as migrações pretéritas impactam e dimensionam as migrações contemporâneas, principalmente, a partir da conquista da dupla cidadania; analisar de que maneira os(as) emigrantes da cidade de Criciúma se beneficiam da etnicidade, para assim, emigrarem para a Itália, objetivando fazer “o caminho inverso” de seus antepassados colonizadores em busca de trabalho bem remunerado e melhores condições de vida, os quais, na maioria das vezes, não são encontrados como fora idealizado; investigar as condições de trabalho e as funções comumente desenvolvidas pela mão de obra estrangeira, percebendo as tensões e diferenciações entre trabalhadores(as) migrantes “documentados” e “indocumentados”; observar de que modo as remessas de alguns migrantes de Criciúma são aplicadas e investidas na cidade de origem; e, por fim, perceber de maneira as redes sociais se constituem como importantes processos para a consolidação das migrações transnacionais

    Migrações históricas, história oral e trajetórias de vida: uma conversa com o Professor Dr. Luis Fernando Beneduzi

    Get PDF
    Nesta “conversa” realizada com o professor Dr. Luis Fernando Beneduzi, iremos discutir algumas questões referentes as migrações internacionais, especialmente a trajetória de brasileiros e brasileiras na Itália. Utilizamos o termo “conversa” pois, em consonância com a área da antropologia, o professor advoga ser conveniente utilizar o termo, demonstrando mais proximidade e respeito com aqueles e aquelas que cedem seus relatos e compartilham suas histórias de vida. Beneduzi, é natural do Brasil, Rio Grande do Sul, mas reside e é docente há anos na Itália. Atua, principalmente, nos seguintes eixos temáticos: imigração italiana e movimentos transnacionais, identidade nacional na América Latina, memória, imaginário social, identidade, nostalgia, sensibilidade, História e Literatura. Este trabalho, é resultado de uma atividade avaliativa proposta na disciplina de Teoria e Historiografia (doutorado) do PPGH/UDESC, no ano de 2020, onde os(as) discentes entraram em contato com pesquisadores(as) de referência em sua área de pesquisa

    MIGRAÇÕES PARA A ITÁLIA CONTEMPORÂNEA E O DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO DO SUL CATARINENSE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA TRAJETÓRIA DE TRABALHADORES/AS DO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA E NOVA VENEZA

    Get PDF
    O sul catarinense é uma região marcada por diversos fluxos migratórios. Em fins do século XIX centenas de famílias europeias provenientes de distintos países foram inseridas em diferentes projetos migratórios cujo objetivo era povoar e desenvolver economicamente uma região que era considerada pelo império brasileiro e posteriormente, pelo governo republicano um “vazio demográfico”. No sul catarinense foram criadas, nesse período, as colônias Azambuja (1877), Grão-Pará (1882), Urussanga (1878), Cresciuma (1880), e já no governo republicano, a Colônia Nova Veneza (1891). As antigas colônias se fragmentaram política e geograficamente dando origem a diversos municípios do sul catarinense. Atualmente os/as descendentes destes/as imigrantes estão se inserindo em um novo movimento migratório, acionando a dupla cidadania para alavancar projetos pessoais, motivados por diversos objetivos, dentre os quais destacamos o capital cultural e econômico, este último em especial. Neste sentido, buscaremos analisar como as migrações contemporâneas, contribuem ou não para o desenvolvimento socioeconômico da região. Esse processo de uma “busca pela identidade” pautado pela questão étnica, passa a ser reafirmado na década de 1970 no Rio Grande do Sul, ganhando força em Santa Catarina na década de 1980, quando ocorreram as comemorações dos centenários de imigração em diversas cidades do Brasil meridional, em especial, nos dois estados acima citados. Nesse movimento, muitos/as descendentes procuraram obter a dupla cidadania italiana. As “migrações de retorno” configuram-se como a volta a uma Itália imaginada e narrada por seus parentes, sendo a idealização quebrada ao contato com o local de destino, pois os/as emigrantes que aqui manifestam um sentimento de pertencimento a uma cultura italiana, lá geralmente são tratados/as como estrangeiros/as, mostrando o quão diversa e complexa são as migrações de retorno, que não apresentam nem a Itália imaginada e idealizada a partir dos relatos familiares e nem evocam o sentimento de pertencimento tão reivindicado nas cidades de colonização. Estes movimentos migratórios protagonizados pelos/as descendentes já foram estudados no Rio Grande do Sul por Luis Fernando Beneduzi (2004) e Maria Catarina Chitolina Zanini (2002); e em Santa Catarina por Gláucia de Oliveira Assis (2004), Emerson César Campos e Michele Gonçalves Cardoso (2011). Entretanto, ainda são poucos os trabalhos locais que buscam analisar os impactos socioeconômicos desses fluxos contemporâneos nas cidades do sul catarinense, em especial em Criciúma e Nova Veneza, e tendo como recorte as migrações direcionadas somente para a Itália. Em 2011, em sua dissertação de mestrado, Michele Gonçalves Cardoso analisou os investimentos realizados pelos criciumenses que migraram para os Estados Unidos ao longo da década de 1990, a partir da conquista da dupla cidadania italiana, e percebeu que as remessas enviadas por este grupo foram determinantes para o aquecimento da construção civil na cidade de Criciúma. Deste modo, este projeto, que encontra-se em estágio inicial, tem como objetivo geral: identificar as ações e investimentos de trabalhadores/as migrantes em seus locais de origem no sul catarinense. Para a construção desse trabalho, iremos nos ancorar na metodologia da história oral, em diálogo com as abordagens teóricas sobre migrações, memória, trabalho e gênero.Palavras – chave: Trabalhadores, Desenvolvimento Socioeconômico, Migração Contemporânea

    MIGRAÇÕES PARA A ITÁLIA CONTEMPORÂNEA E O DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO DO SUL CATARINENSE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA TRAJETÓRIA DE TRABALHADORES/AS DO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA E NOVA VENEZA

    Get PDF
    O sul catarinense é uma região marcada por diversos fluxos migratórios. Em fins do século XIX centenas de famílias europeias provenientes de distintos países foram inseridas em diferentes projetos migratórios cujo objetivo era povoar e desenvolver economicamente uma região que era considerada pelo império brasileiro e posteriormente, pelo governo republicano um “vazio demográfico”. No sul catarinense foram criadas, nesse período, as colônias Azambuja (1877), Grão-Pará (1882), Urussanga (1878), Cresciuma (1880), e já no governo republicano, a Colônia Nova Veneza (1891). As antigas colônias se fragmentaram política e geograficamente dando origem a diversos municípios do sul catarinense. Atualmente os/as descendentes destes/as imigrantes estão se inserindo em um novo movimento migratório, acionando a dupla cidadania para alavancar projetos pessoais, motivados por diversos objetivos, dentre os quais destacamos o capital cultural e econômico, este último em especial. Neste sentido, buscaremos analisar como as migrações contemporâneas, contribuem ou não para o desenvolvimento socioeconômico da região. Esse processo de uma “busca pela identidade” pautado pela questão étnica, passa a ser reafirmado na década de 1970 no Rio Grande do Sul, ganhando força em Santa Catarina na década de 1980, quando ocorreram as comemorações dos centenários de imigração em diversas cidades do Brasil meridional, em especial, nos dois estados acima citados. Nesse movimento, muitos/as descendentes procuraram obter a dupla cidadania italiana. As “migrações de retorno” configuram-se como a volta a uma Itália imaginada e narrada por seus parentes, sendo a idealização quebrada ao contato com o local de destino, pois os/as emigrantes que aqui manifestam um sentimento de pertencimento a uma cultura italiana, lá geralmente são tratados/as como estrangeiros/as, mostrando o quão diversa e complexa são as migrações de retorno, que não apresentam nem a Itália imaginada e idealizada a partir dos relatos familiares e nem evocam o sentimento de pertencimento tão reivindicado nas cidades de colonização. Estes movimentos migratórios protagonizados pelos/as descendentes já foram estudados no Rio Grande do Sul por Luis Fernando Beneduzi (2004) e Maria Catarina Chitolina Zanini (2002); e em Santa Catarina por Gláucia de Oliveira Assis (2004), Emerson César Campos e Michele Gonçalves Cardoso (2011). Entretanto, ainda são poucos os trabalhos locais que buscam analisar os impactos socioeconômicos desses fluxos contemporâneos nas cidades do sul catarinense, em especial em Criciúma e Nova Veneza, e tendo como recorte as migrações direcionadas somente para a Itália. Em 2011, em sua dissertação de mestrado, Michele Gonçalves Cardoso analisou os investimentos realizados pelos criciumenses que migraram para os Estados Unidos ao longo da década de 1990, a partir da conquista da dupla cidadania italiana, e percebeu que as remessas enviadas por este grupo foram determinantes para o aquecimento da construção civil na cidade de Criciúma. Deste modo, este projeto, que encontra-se em estágio inicial, tem como objetivo geral: identificar as ações e investimentos de trabalhadores/as migrantes em seus locais de origem no sul catarinense. Para a construção desse trabalho, iremos nos ancorar na metodologia da história oral, em diálogo com as abordagens teóricas sobre migrações, memória, trabalho e gênero.Palavras – chave: Trabalhadores, Desenvolvimento Socioeconômico, Migração Contemporânea
    corecore