60 research outputs found

    Ecologia das relações espaciais : as preposições do crioulo-guineense

    Get PDF
    O artigo propõe uma análise das preposições criolo-guineense levando em consideração a relação entre linguagem e meio ambiente (espaço físico). Não só o meio ambiente social (que é mais abordado atualmente), mas também o meio ambiente mental e natural onde a língua está inserida

    A poesia crioula bissau-guineense

    Get PDF
    O objetivo deste artigo é falar da literatura que se manifesta em crioulo da Guiné-Bissau, mas apenas a poesia. Por isso, na seção 2, faço um apanhado geral do que foi possível encontrar sobre as origens dessa poesia. Na seção 3, falo de alguns poemas publicados aqui e ali por diversos autores, inclusive em antologias. A seção 4 é dedi­cada a publicações individuais que contêm poemas em crioulo. Na seção 5, temos o momento culminante, até agora, da poesa crioula, ou seja, a coletânea Kebur (colhei­ta). Na seção 6, incluo alguns poemas que ainda não vieram a público sob a forma impressa mas que já estão disponíveis na internet ou por outros meios. Na seção 7, faço alguns comentários gerais sobre a poesia crioula bissau-guineense. Por fim, temos as observações finais na seção 8

    Ecolinguistics

    Get PDF
    O objetivo deste ensaio é mostrar que a Ecolinguística e a Análise do Discurso deveriam colaborar uma com a outra. Uma vez que a segunda é largamente conhecida, eu apresento só a primeira, que é definida como sendo o estudo das relações entre língua e meio ambiente. Entre os tópicos ecolinguísticos que têm afinidades com a AD, eu discuto a linguagem preconceituosa, o discurso dos poluidores que pretendem passar-se por amigos do meio ambiente, bem como a questão do desenvolvimento. Além do impacto que ele tem na natureza, eu tento mostrar que a própria palavra ‘desenvolvimento’ já contém em si a ideia de algo que não é bom a longo prazo. O prefixo “des-“, bem como seus equivalentes nas línguas da Europa, tem a ver com “destruir”. Minha conclusão é a de que a colaboração entre as duas disciplinas pode se bastante produtiva. __________________________________________________________________________________ ABSTRACTThe objective of this essay is to show how Ecolinguistics and Discourse Analysis could collaborate with one another. Once the latter is widely known, I present only the former, which is defned as the study of the relationships between language and environment. Among the topics per- taining to it that have affnities with DA, I discuss prejudicious language, the discourse of polluters who intend to sell themselves as environment- friendly, as well as the subject development. Besides the impact it has on nature, I try to show that the term “development” contains in itself the idea of something undesirable at long term. The prefx “de- and its equi- valents in European languages, has to do with concepts such as “des- troy”. My conclusion is that a collaboration between the two disciplines would be very profcuous

    A comunicação homem-animal numa fazenda de Minas Gerais

    Get PDF
    ABSTRACT: The purpose of this paper is to analyse man-animal çommunication, a widespread phenomenon on farms. There are specific expressions for each kind of animal (dogs, cats, cows, chickens, etc), ali of them highly context-bound. Thus, pragmatic (kinesic, proxemic) aspects play an important role in this kind of communication. Finally, suggestions are made about some possible "universals of communication"

    As narrativas orais crioulo-guineenses

    Get PDF
    ABSTRACT: The main purpose of this essay is to show that the storias, i.e., Kriol fables are a good testing case for the study of the interrelationships between language and world. They arouse out of the struggle of their users with the world in their everyday life. For this reason, they reflect the environment in which Guineans live and work. This reflex is seen not only in the narratives' plot but also in the specific vocabulary they contain

    Notas sobre o conceito de texto na linguística ecossistêmica

    Get PDF
    The main objective of this article is to show that the text is not the prototypical manifestation of the language activity. According to the branch of ecolinguistics known as ecosystemic linguistics, the nucleus of language is communicative interaction. Therefore, the most genuine product of this activity is the dialog. However, the text is basically monological. In this case, dialogical texts are the kind of text that most approximate the ideal of ecosystemic text, like a play. Ecosystemic linguistics looks at its object from a holistic point of view. This implies that what has been called “monological text” in our occidental culture are seen as produced by somebody in order to be read by somebody else. In other words, these texts are complete only when the cycle sender-hearer is reached, i. e., when there is a feedback from the hearer to the sender and vice-versa. Ecosystemic linguists depart from the act of communicative interaction to its parts, one of which is the text. Traditional approaches to text act the other way round, from the text in search of its conditions of production .O objetivo central deste artigo é argumentar no sentido de que o texto não é a manifestação prototípica da atividade linguística. Para o ramo da ecolinguística chamado linguística ecossistêmica, o núcleo da linguagem é a interação comunicativa. Consequentemente, o produto mais genuíno dessa atividade é o diálogo. O texto, no entanto, é basicamente monológico. Assim sendo, o texto que mais se aproxima da prototipicidade é o dialógico, como a peça teatral. Por outro lado, como a linguística ecossistêmica encara seu objeto de modo holístico, o que se tem chamado de “texto monológico”, a maioria dos textos produzidos em nossa cultura ocidental, são tidos como produzidos por alguém, com vistas a que ele seja lido por outrem. Portanto, esses textos só se completam quando se completa o ciclo emissor-receptor e, se possível, quando há um retorno do segundo ao primeiro e vice-versa. Os linguistas ecossistêmicos partem dos atos de interação comunicativa para chegar a suas partes, entre elas o texto. As abordagens tradicionais fazem o contrário: partem do texto (uma coisa) e procuram pelo contexto em que ele emergiu.  &nbsp

    O QUE VEM A SER ECOLINGUÍSTICA, AFINAL?

    Get PDF
    The main purpose of this article is to give an overview of what is done at the University of Brasília in terms of ecolinguistics. After refuting some misunderstandings related to it, the papers presented during the I Brazilian Meeting of Ecolinguistics (I EBE) are briefly presented. This is followed by a presentation of the main areas of investigation in the domain of ecolinguistics, showing that there are several ones. Then we have an extensive presentation of ‘ecosystemic linguistics’, the specific type of ecolinguistics practiced by the members of the Brasília School of Ecolinguistics. It does not apply ecological concepts to language phenomena as metaphors. On the contrary, it sees its object of study as a part of general ecology, i.e., ecological linguistics, or ecolinguistics for short. The ‘ecology of communicactive interaction’ is an important component of this view. It is the nucleus of language, from which everything emerges. It also includes ‘communion’, first suggested by Malinowski as ‘phatic communion’. In order for there to be a smooth process of ‘communicative interaction’ there must be a local ‘microcommunion’, whereas for there to be a ‘system’ there must first be a ‘system communion’. Last but not least, it is shown that ecolinguistics is not simply a new theory in the market, but a new way of looking at language, a holistic one. Keeping it in mind, it is possible to investigate any kind of language phenomena, including ‘systemic’ ones.se vem fazendo na Universidade de Brasília em termos de ecolinguística. Após refutar alguns mal-entendidos de que ela tem sido vítima, apresenta o que foi discutido durante o I Encontro Brasileiro de Ecolinguística (I EBE), seguido de um breve conspecto das principais áreas de investigação ecolinguística, mostrando que elas já são muitas. A seguir, vem uma detalhada apresentação da ‘linguística ecossistêmica’, vertente da ecolinguística praticada pela Escola Ecolinguística de Brasília. Ela não aplica conceitos ecológicos nos estudo dos fenômenos da linguagem como metáforas. Pelo contrário, considera a ecolinguística como um ramo da ecologia geral, a ecologia linguística, mais comumente chamada de ‘ecolinguística’. Um dos componentes centrais dessa visão da linguagem é a ‘ecologia da interação comunicativa’. É a partir dos ‘atos de interação’ que a compõem que emerge tudo na linguagem. Inclui o conceito de ‘comunhão’, derivado da ‘comunhão fática’ de Malinowski. Trata-se de uma espécie de solidariedade, de predisposição para a comunicação, que mantém a coesão tanto dos atores de um ato de interação comunicativa quanto do sistema como um todo. Finalmente, mostra que a ecolinguística não é apenas mais uma teoria linguística no mercado. Ela é um novo modo de se encararem os fenômenos da linguagem, holística, ecológica. Mantendo isso em mente, pode-se estudar qualquer fenômeno linguístico, inclusive gramaticais, ecolinguisticamente

    Linguística Ecossistêmica

    Get PDF
    The main objective of this article is to present the Brazilian version of ecolinguistics, called ecosystemic linguistics (EL). Its name is due to the fact that it departs from the central concept of ecology, ecosystem, in order to build its epistemological foundations. The central concept of the ecosystem is interaction. For this reason, the kern of EL is the ecology of communicative interaction (dialogue). This, on its part takes place inside a linguistic ecosystem, as a speech community which generally belongs to a larger language community. The article also shows that EL does not use ecological concepts as mere metaphors. On the contrary, it is linguistic ecology, not ecological linguistics. Its practitioners are ecologists studying linguistic phenomena, not linguists dealing with language phenomena using ecological concepts as metaphors. EL sees its object holistically. It departs from the ecological view of the world, from which one can study both external (linguistic exoecology) and internal language phenomena (linguistic endoecology). The former includes ecological discourse analysis.  O objetivo principal deste artigo é apresentar a versão brasileira da ecolinguística, chamada linguística ecossistêmica (LE). O nome se deve ao fato de ela partir do conceito central da ecologia, o ecossistema, para erigir seu arcabouço epistemológico. O conceito central do ecossistema é o de interações, motivo pelo qual o núcleo da LE é a ecologia da interação comunicativa (diálogo). Esta, por sua vez, se dá no interior de um ecossistema linguístico, como comunidade de fala que se encontra no interior de uma comunidade de língua. O artigo mostra que a LE não usa conceitos da ecologia como metáforas. Pelo contrário, ela é ecologia linguística, não linguística ecológica. Seus praticantes são ecólogos que estudam fenômenos da linguagem, não linguistas que estudam esses fenômenos linguísticos auxiliados pela ecologia. A LE vê seu objeto holisticamente. Ela parte da visão ecológica de mundo, a partir da qual se pode estudar todo e qualquer fenômeno da linguagem, tanto da exterioridade (exoecologia linguística) quanto da interioridade (endoecologia linguística). Na primeira está incluída a análise do discurso ecológica

    A microtoponímia nas interações indivíduo-mundo e indivíduo-indivíduo

    Get PDF
    Um dos principais objetivos deste artigo é discutir os nomes que os membros de uma pequena comunidade de fala do interior de Minas Gerais dão a aspectos de seu entorno tais como colinas, bosques, árvores, córregos, enfim, todo acidente geográfico que de alguma forma chame a atenção. Seguindo a teoria e a metodologia da Linguística Ecossistêmica, o ensaio mostra que os nomes nascem devido à necessidade que os locais têm de se comunicar sobre esses acidentes. Nesse processo, mostra-se a dupla face das interações ecológicas: interações organismo-mundo e interações organismo-organismo. Linguístico-ecossistemicamente, as primeiras são a referência; as segundas, a comunicação. As pessoas se referem a algo fora da linguagem se comunicando e se comunicam referindo-se a algo fora da linguagem. O artigo mostra adicionalmente o processo onomasiológico de surgimento das palavras e sua confirmação semasiológica, inclusive nos chamados “pronomes” que, na verdade, ontogenética e filogeneticamente são depois substituídos por “nomes”

    Mapa Mental

    Get PDF
    The main objective of this article is to show that there is a mental map inside the mental ecosystem of language, and of our general cognitive ecosystem at large. This mental map is intimately assosiated to our cognitive map. After characterizing the very concept of mental map and associating it to similar concepts, I presente the mental map I had of Brasília, due to the fact of having lived there for over 30 years. Since I moved to Goiânia, my knowledge of this map started to fade away. However, I am forming a new mental map of Goânia, as a specular process. I also show that mental maps are dynamic and need to be continually fed both by going through it and talking about it to other people. Otherwise our knowledge about it goes little by little to a kind of “dead files”. This “dead files” can be put on line in order to be used.O objetivo principal deste artigo é mostrar que no interior do ecossistema mental da língua, e do nosso ecossistema cognitivo geral, existe uma parte que se pode chamar de mapa mental, intimamente associado ao mapa cognitivo. Após caracterizar o conceito de mapa mental e de associá-lo a conceitos assemelhados, comento o mapa mental que eu tinha de Brasília, por ter vivido lá por mais de 30 anos. Como me mudei para Goiânia, comecei a perder partes do mapa mental de Brasília. Por outro lado, estou formando um mapa mental de Goiânia, de modo inversamente proporcional à perda paulatina do mapa mental de Brasília. Mostro também que o mapa mental é dinâmico e precisa ser alimentado percorrendo o lugar que ele representa e/ou falando sobre ele com outras pessoas. Do contrário, o conhecimento que temos dele tende a ir para uma espécie de arquivo morto. Por outro lado, o mapa mental pode ser “desarquivado” e posto novamente em uso
    corecore