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    Silício alterando compostos derivados da pirólise de bainhas foliares de plantas de arroz infectadas por Rhizoctonia solani.

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    Este trabalho teve como objetivo elucidar, por meio da pirólise analítica acoplada à cromatografia gasosa e espectrometria de massa, alterações na composição química da lignina nas bainhas de plantas de arroz das cultivares BR-Irga 409 e Labelle supridas ou não com silício (Si) e infectadas por Rhizoctonia solani. A concentração de Si nas bainhas das plantas supridas com esse elemento foi significativamente maior (2,7 dag kg-1) em comparação com as plantas não supridas (0,45 dag kg-1). Na presença de Si, a área abaixo da curva do progresso da queima das bainhas foi significativamente reduzida em 19 e 25%, respectivamente, para as plantas das cultivares BR-Irga-409 e Labelle em relação à ausência desse elemento na solução nutritiva. Com base nos espectros de massas obtidos, foram identificados 33 compostos, dos quais 10 foram produtos da degradação de carboidratos e 23 derivados da lignina. Dentre os derivados da lignina, oito compostos eram do tipo p-hidroxifenila, 11 compostos do tipo guaiacila e quatro compostos do tipo siringila. Nas bainhas das plantas das duas cultivares de arroz, supridas ou não com Si, a concentração de lignina (p-hidroxifenila, siringila (S) e guaiacila (G)) foi de, aproximadamente, 15%. Houve aumento na relação S/G apenas nas bainhas das plantas da cultivar BR-Irga 409 supridas com Si e infectadas por R. solani. A maior concentração de Si nas bainhas das plantas de arroz das duas cultivares, que por sua vez resultou em aumento na relação S/G, contribuiu para reduzir os sintomas da queima das bainhas

    Análise microscópica da resistência do arroz à queima das bainhas mediada pelo silício.

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    A queima das bainhas, causada pelo fungo Rhizoctonia solani Kühn, é uma das mais importantes e destrutivas doenças que afetam a produção de arroz no mundo. Embora o silício (Si) seja capaz de reduzir a intensidade da queima das bainhas, os mecanismos de resistência mediados por esse elemento permanecem desconhecidos. Assim, este trabalho teve como objetivo investigar a nível microscópico o efeito do Si na resistência do arroz à infecção por R. solani. Plantas de arroz das cultivares BR-Irga-409 e Labelle foram cultivadas em solução nutritiva contendo 0 ou 2 mM de Si e inoculadas no estádio de máximo perfilhamento utilizando-se pedaços de palito de dente colonizados por R. solani. Ambos cultivares supridas com Si apresentaram intensa e homogênea deposição de Si nos tecidos das bainhas colonizados por R. solani. A maior concentração de Si nas bainhas de plantas de arroz de ambas cultivares contribuiu para reduzir os sintomas da queima das bainhas. Com o auxílio da microscopia de luz e da microscopia eletrônica de varredura, observou-se menor crescimento micelial do fungo sobre as bainhas foliares das plantas de ambas cultivares que foram supridas com Si. Secções das bainhas de plantas de ambos cultivares supridas com Si exibiram intensa autofluorescência nos tecidos próximos a regiões necrosadas devido a colonização por R. solani. Em conclusão, o suprimento de Si às plantas de arroz desempenhou um papel importante na redução dos sintomas da queima das bainhas
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