13 research outputs found

    A "grande política" ou Merleau-Ponty leitor de Maquiavel

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    Este artigo pretende abordar a obra de Nicolau Maquiavel principalmente a partir da leitura feita por Maurice Merleau-Ponty. Para isto, apresentaremos, em um primeiro momento, alguns traços gerais da filosofia política merleau-pontiana com o intuito de rastrear a presença de Maquiavel no espectro de sua obra. Tratar-se-á, também, de indicar as balizas que guiam MerleauPonty na leitura de um texto filosófico. Quanto à discussão da filosofia maquiaveliana, procuraremos, em seguida, destacar os pontos que fizeram do secretário florentino o primeiro pensador político moderno, momento em que teremos a oportunidade de explicitar a interpretação de Merleau-Ponty. Para concluir, serão colocados em relevo os aspectos que, segundo a expressão de Claude Lefort, fazem com que a política em Maquiavel seja compreendida como “grande política”.This article intends to consider the work of Niccolo Machiavelli from the approach made by Maurice Merleau-Ponty in his text “Note on Machiavelli”. In order to do that, we shall present some general aspects of Merleau-Ponty’s political philosophy, trying to track the presence of Machiavelli in the work of the French philosopher. We shall also consider the elements which guided Merleau-Ponty’s reading of philosophical texts. Regarding Machiavelli’s philosophy, we shall try to highlight the aspects that made the Florentine the first modern political thinker, according to Merleau-Ponty. In conclusion, we shall also consider, following Claude Lefort’s expression, the aspects that make politics in Machiavelli’s thought to be understood as “la grande politique”

    The literary expression in Merleau-Ponty

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    O objetivo deste artigo é apresentar o modo como Merleau-Ponty discute otema da expressão criadora na literatura. Para isto, nos valeremos principalmente dos textosdo período intermediário em que se trata de colocar em evidência o fato de que a criaçãoliterária é tributária de um arranjo dos próprios signos da linguagem sedimentada.This article aims to show the way that Merleau-Ponty discusses the subject ofthe creative expression on literature. In order to do that, we shall analyze the texts of theintermediary period to point out the creative literature is due to arrangement of the ownsigns of the common language

    Pintura, literatura e filosofia segundo Claude Lefort

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    This article aims to situate the position of Claude Lefort in the old and still current debate on the relations between modes of expression, particularly the modes of expression by word and image. We sustain, after the exposition of the detail of the philosopher’s text, that his position in the debate is political, and that the relationships he noticed between modes of expression is democratic one.Este artigo pretende situar a posição de Claude Lefort no antigo e ainda atual debate sobre as relações entre os modos de expressão, particularmente os modos de expressão pela palavra e pela imagem. Defenderemos, após exposição do detalhe do texto do filósofo, que sua posição no debate é política, e que as relações que ele entrevê entre os modos de expressão são democráticas

    A FORJA DO MITO EM AS MOSCAS DE SARTRE

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    A peça de teatro As moscas, de Sartre, será abordada com o intuito de acompanhar o modo como seu autor reinventa o mito de Orestes, presente na tragédia grega. Sartre subscreve pontos de partida que nos fazem perceber que, em seu diálogo com a tradição, ele trabalha com a liberdade no avesso da necessidade, o que termina invertendo a tradição. Ele adota certa concepção da relação entre o passado e o mundo atual que nos permite ler o mito de Orestes de tal forma que ele não exclui o passado, antes, o exige. Orestes não se faz do nada, sua ação não se estabelece através de uma simples continuidade com o passado. Trata-se de investigar a importância que o passado desempenha no interior dessa peça, assim como indicar, a partir desse ponto de vista, o lugar que nossas aquisições devem ocupar no mundo atual

    A percepção segundo Barbaras

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    Este artigo pretende apresentar o conceito de percepção assim como o interpreta o filósofo francês Renaud Barbaras. Ele parte da recolocação do problema da percepção entre imanência e transcendência para indicar os traços fundamentais que caracterizam este fenômeno segundo seu próprio ponto de vista: o sujeito da percepção como sujeito vivo e a essência da vida como desejo. Não se trata, para ele, de aproximar-se da percepção através daquilo que ela não é. Para compreender verdadeiramente a percepção é preciso nos deixar formar junto à própria experiência perceptiva, ou antes, é preciso pensar segundo a própria percepção.This article presents the concept of perception as well as plays the French philosopher Renaud Barbaras. He starts with the replacement of the problem of perception between immanence and transcendence to indicate the fundamental features that characterize this phenomenon according to his own point of view: the subject of perception as a living subject and the essence of life as desire. It is not for him to approach the perception through what is not. To truly understand the perceived need to let us form with the perceptual experience itself, or rather, one must think according to their perception

    "A Ebulição na Massa d'Água" ou a linguagem segundo Merleau-Ponty

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    Este trabalho investiga alguns desdobramentos das relações entre a linguagem criadora e a linguagem sedimentada na obra de Maurice Merleau-Ponty. Trata-se de avaliar as diferentes posições adotadas pelo filósofo a propósito desta relação utilizando como fio condutor a imagem do líquido em ebulição. A força heurística desta imagem nos ajudará, por um lado, a compreender os diferentes pontos de vista utilizados para interpretar o fenômeno da linguagem; por outro, servirá como índice para acompanharmos a retificação e o aprofundamento interno desta filosofia.  The present article investigates some consequences from the rapport ofthe creative and the sedimented language in Maurice Merleau-Ponty's works. It aims at analyzing the different positions adopted by the philosopher on that rapport by considering the image of a boiling liquid as the guide for such analysis. The heuristic power of this image will help, on one side, to comprehend the different standpoints used to interpret the phenomenon of language; on the other side, it will serve as an index to follow the rectification and the radicalization of his philosophy

    Fazer ver e fazer falar: notas sobre o estilo filosófico de Merleau-Ponty

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    Through the investigation of these two figures of classical rhetoric in Merleau-Ponty’s work we intend to verify how he incorporates them into his philosophy. To accomplish this task the article compares passages from all periods of his work. When the philosopher uses these figures, he makes us think about the relations of painting, cinema and literature with philosophy. By working through these questions, the article aims not only to conduct a deep question about how Merleau-Ponty works with traditional issues, but also about the scope of ontology.Através da investigação destas duas figuras da retórica clássica na obra de Merleau-Ponty pretende-se verificar como ele as incorpora a sua filosofia. Para realizar esta tarefa o artigo compara passagens de todos os períodos de sua obra. Quando o filósofo usa estas figuras ele nos faz pensar nas relações da pintura, do cinema e da literatura com a filosofia. Ao trabalhar estas questões o artigo pretende não só conduzir uma interrogação de fundo sobre o modo como Merleau-Ponty trabalha com questões tradicionais, mas também sobre o alcance da ontologia

    A FORJA DO MITO EM AS MOSCAS DE SARTRE

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    RESUMO: A peça de teatro As moscas, de Sartre, será abordada com o intuito de acompanhar o modo como seu autor reinventa o mito de Orestes, presente na tragédia grega. Sartre subscreve pontos de partida que nos fazem perceber que, em seu diálogo com a tradição, ele trabalha com a liberdade no avesso da necessidade, o que termina invertendo a tradição. Ele adota certa concepção da relação entre o passado e o mundo atual que nos permite ler o mito de Orestes de tal forma que ele não exclui o passado, antes, o exige. Orestes não se faz do nada, sua ação não se estabelece através de uma simples continuidade com o passado. Trata-se de investigar a importância que o passado desempenha no interior dessa peça, assim como indicar, a partir desse ponto de vista, o lugar que nossas aquisições devem ocupar no mundo atual
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