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Deforestation and the ideologies of the frontier expansion: the case of criticism of the Brazilian Amazon monitoring program
In this article, we present some facts to contextualize the recent attacks against the Brazilian Amazon Monitoring Project carried out by the Brazilian government on the question of deforestation rates. We argue that these attacks represent a symptom of fundamental aspects of the case that need a sociological analysis of the ideologies that justify the reproduction of inequalities in the expansion of the frontier, as well as the influence that the beneficiaries of this process have acquired within the national policies for the Amazon region.
En este artículo, presentamos algunos elementos que permiten contextualizar los recientes ataques al Programa de Monitoreo de Deforestación Satelital de la Selva Amazónica de Brasil (PRODES) realizado por las negaciones del gobierno brasileño de las tasas de deforestación del Amazonas y el despido sumario del director del Instituto Nacional. de Investigación Espacial-INPE. Argumentamos que estos ataques son un síntoma de aspectos fundamentales para un análisis sociológico de los mecanismos de (re) producción de desigualdades en la expansión de la frontera, así como la influencia que los beneficiarios de este proceso pudieron adquirir dentro de las políticas nacionales para la Amazonía.Dans cet article, nous présentons quelques éléments qui permettent de contextualiser les récentes attaques contre le programme de surveillance de la déforestation par satellite (PRODES) par le gouvernement brésilien dans la forêt vierge amazonienne, dénoncées par le gouvernement brésilien quant au taux de déforestation de l'Amazonie et par le renvoi sans préavis du directeur de l'Institut national. de la recherche spatiale-INPE. Nous soutenons que ces attaques sont le symptôme d'aspects fondamentaux d'une analyse sociologique des mécanismes de (re) production d'inégalités dans l'expansion de la frontière, ainsi que de l'influence que les bénéficiaires de ce processus ont pu acquérir dans les politiques nationales de l'Amazone.Neste artigo, apresentamos alguns elementos que permitem contextualizar os recentes ataques ao Programa de Monitoramento do Desmatamento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite efetuados pelo governo brasileiro, sobre as taxas de desmatamento da Amazônia. Argumentamos que esses ataques representam um sintoma de aspectos fundamentais para uma análise sociológica das ideologias que justificam a reprodução de desigualdades na expansão da fronteira agrícola, bem como da influência que os beneficiários deste processo lograram adquirir no seio das políticas nacionais para a Amazônia
Anthropic transformation in the Gurupi river basin, eastern Amazon
The objective of this paper was to evaluate the degree of anthropic transformation of a river basin in the Amazon region. We used the digital data of the TerraClass Project to calculate the Anthropic Transformation Index - ATI. In order to verify spatial and temporal changes along a decade in the Gurupi river basin, we used the database of the years 2004 and 2014. The results showed an increase of anthropic changes in the basin over a decade, as a result of forest cover conversion into agricultural and pastures areas. Although the Gurupi river basin remains at a regular level of degradation after a decade, the intensification of land use and land cover change is a threat to the few rainforest remnants of the river basin, which can lead the region to the next level of degradation, if effective forest protection, conservation and restoration actions are not implemented in the region.
Este artigo tem como principal objetivo avaliar o grau de transformação antrópica de uma bacia hidrográfica amazônica. Para isso, foram utilizados dados do projeto TerraClass e aplicado o Índice de Transformação Antrópica - ITA para os anos de 2004 e 2014, a fim de verificar as mudanças espaciais ao longo de uma década. Os resultados mostraram que houve uma intensificação no nível de antropização da bacia do rio Gurupi ao longo dos dez anos avaliados, resultado da conversão de áreas de florestas para a expansão de atividades agropecuárias. Embora esta bacia possua um nível de degradação considerado regular, as intensas mudanças no uso e cobertura do solo da bacia constitui-se em uma ameaça direta aos poucos remanescentes de floresta madura ainda existentes, o que elevaria a região a um próximo patamar de degradação, se não houver ações de proteção, conservação e restauração florestal
Spatial-temporal evolution of landscape degradation on the Guamá River Basin, Brazil
Este estudo teve como objetivo determinar a intensidade da antropização da bacia hidrográfica do rio Guamá nos anos de 2000, 2008 e 2018 por meio do Índice de Transformação Antrópica. Os mapas de uso e cobertura da terra foram obtidos em duas bases de dados: Projeto Mapbiomas e PRODES. As classes majoritárias definidas no mapeamento são: floresta, formação natural não-florestal, agropecuária, vegetação secundária, infraestrutura urbana, água e outras. A vegetação secundária foi classificada como a área das intersecções entre as classes de floresta do Mapbiomas e a área desmatada do PRODES, utilizando o operador de álgebra de mapas. O processo de ocupação resultou na expansão da agropecuária, que cresceu cerca de 10%, ao passo que a floresta apresentou uma redução de quase 10%. A bacia do rio Guamá obteve um Índice de Transformação Antrópica de 4,44 em 2000; 5,04 em 2008 e 5,09 em 2018, passando de um estado regular para degradado em 18 anos. Esses resultados estão relacionados à expansão da agricultura e da pastagem, especialmente em áreas de ocupação antiga. O processo de ocupação provocou grandes alterações nos componentes naturais da paisagem, ao longo de 18 anos, principalmente na quantidade de floresta. A proteção dos 35% da floresta primária remanescente na paisagem da bacia hidrográfica do rio Guamá é vital para a conservação dos recursos hídricos vulneráveis às mudanças no uso do solo.The goal of this study was to determine the anthropization evolution of the Guamá river basin in the years 2000, 2008 and 2018 by means of the Anthropic Transformation Index. Land use and cover maps were obtained from two databases, Project Mapbiomas (Brazilian Annual Land Use and Land Cover Mapping Project) and PRODES (Project for the Satellite Monitoring of the Brazilian Amazon Forest). The main classes defined in the mapping process are: forest, natural non-forest vegetation, agriculture and livestock farming, secondary vegetation, urban infrastructure, water and others. Secondary vegetation was considered as the area where the forest classes of Mapbiomas intersects with the deforested areas of PRODES, as determined by the map algebra operator. The expansion of agriculture and livestock farming achieved an increase of about 10%, while the forest was reduced in almost 10%. The Guamá river basin obtained an Anthropic Transformation Index of 4.44 in 2000, 5.04 in 2008 and 5.09 in 2018, going from a regular to a degraded state in 18 years. The occupation process caused major alterations in the natural components of the landscape over the course of 18 years, notably in the amount of forest. Protection of 35% of the remnant primary forest in the Guamá river basin is vital for the conservation of water resources vulnerable to changes in land use
Expansão territorial da monocultura do eucalipto na Amazônia oriental
O artigo analisa a expansão da cultura de eucalipto (Eucalyptus spp.) no leste da Amazônia, especificamente nos municípios de Paragominas, Dom Eliseu, Rondon do Pará e Ulianópolis no estado do Pará, aplicando o Índice de Monocultura (IM) como indicador de gestão territorial. O IM foi adaptado para esses municípios e os limites foram estabelecidos com base na área disponível para uso nos imóveis rurais localizados na região amazônica. Os índices de monocultura para 2018 e 2021 variaram muito entre os municípios e os maiores índices foram encontrados nos municípios de Dom Elizeu e Ulianópolis, os quais foram considerados com índice de restrição de área para expansão do eucalipto. Portanto, este índice pode ser utilizado no planejamento de projetos florestais, auxiliando na gestão do território e na definição de políticas que orientem empreendimentos e municípios no uso de espécies florestais para o reflorestamento na região amazônica
Transformações antrópicas da paisagem agrícola com palma de óleo no Pará
Este estudo teve como objetivo identificar os principais usos da terra e determinar o nível de antropização da paisagem em áreas de expansão do dendezeiro (Ubá, Arauai e Mamorana), nos anos de 2013 e 2017, no leste do Pará. Utilizaram-se imagens do satélite Landsat 8, de 2013 e 2017. E a classificação dos usos da terra foi realizada por meio do método árvore de decisão. A pressão antrópica foi analisada por meio do Índice de Transformação Antrópica (ITA) que foi considerado regular e degradado em todas as áreas, nos dois anos analisados. A área de maior pressão foi Arauai e Ubá a de menor pressão. O desmatamento da floresta primária e a expansão da agropecuária e da palma de óleo evidenciam as maiores pressões na paisagem e a necessidade de controle e preservação dos remanescentes florestais no território analisado
Territorial and environmental management in the indigenous lands of Paru de Leste river: a collective challenge in the northern Brazilian Amazon
The National Policy for Environmental and Territorial Management of Indigenous Reserves ”“ (PNGATI in Portuguese) aims to promote quality of life in a sustainable way for indigenous peoples in their lands, respecting socio-cultural autonomy and their own forms of territoriality. This text shows and discusses its socio-political reach and mobilization involved in the implementation of PNGATI with the indigenous peoples of the Paru de Leste River, northern Amazon. Data were collected during the construction stages and execution of the Territorial and Environmental Management Plan through 2014 to 2018. The data suggest that despite some permanent implementation challenges, the management plan was built in order to respect the constitutional precepts of autonomy and collective well-being, empowering, within the limits of this public policy, the indigenous peoples of the region.A Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial - PNGATI objetiva promover a qualidade de vida de forma sustentável aos povos indígenas em suas terras, respeitando a autonomia sociocultural e suas próprias formas de territorialidade. Discute-se nessas linhas seu alcance sociopolítico e mobilização envolvidas na implementação da PNGATI com os povos indígenas do rio Paru de Leste, norte da Amazônia. Dados foram levantados durante as etapas de construção execução do Plano de Gestão Territorial e Ambiental, de 2014 a 2018. Os resultados sugerem que, apesar de alguns desafios permanentes de implementação, o plano de gestão foi construído de forma a respeitar os preceitos constitucionais da autonomia e bem-estar coletivo, empoderando, dentro dos limites da política pública, os povos indígenas da região.
 
Barômetro da Sustentabilidade aplicado a assentamentos rurais do leste do Estado do Pará, Brasil
The sustainability of rural settlements projects in Amazon has been questioned with regard to environmental impacts and socio-economic precariousness of rural populations. In recent years, several methods of assessing the sustainability of these settlements have been proposed, but the challenges are still enormous in order to incorporate a multidimensional view in assessing the quality of these settlements. This study aims to analyze the level of sustainability of rural settlements of Pará state, Brazil through the Sustainability Barometer (BS). Four themes were selected (social, economic- productive, organizational and environmental) and 28 indicators drawn from a social and environmental assessment made by the National Institute of Colonization and Agrarian Reform – INCRA. Two categories of settlements were compared: Conventional Projects (PAC) and Environmental Differentiated Projects (PAD). Both categories of rural settlements were demonstrated not to provide good quality of life to families considering the precariousness of basic services offered to rural settlers. On the other hand, both categories of settlement are in the same situation in terms of sustainability (Potentially Unsustainable - according to BS), the PAD model presents greater potential for economic and ecological sustainability.A sustentabilidade dos projetos de assentamentos rurais na Amazônia tem sido questionada no que diz respeito aos impactos ambientais e à precariedade socioeconômica das populações assentadas. Nos últimos anos, várias metodologias de avaliação da sustentabilidade desses assentamentos têm sido propostas, porém os desafios ainda são enormes, no sentido de incorporar uma visão multidimensional na avaliação da qualidade dos assentamentos. O presente trabalho tem por objetivo, então, analisar o nível de sustentabilidade dos assentamentos do Pará, Brasil, por meio da ferramenta Barômetro da Sustentabilidade (BS). Foram selecionados quatrotemas (social, econômico-produtivo, organizacional e ambiental) e 28 indicadores, extraídos de um diagnóstico socioambiental efetuado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária –INCRA – e foram comparadas duas categorias de assentamentos: Projetos de Assentamentos Convencionais (PAC) e Projetos de Assentamentos Diferenciados (PAD). A pesquisa mostrou que as duas categorias de assentamentos rurais não têm proporcionado uma boa qualidade de vida às famílias, considerando a precariedade de serviços básicos ofertada aos assentados. Por outro lado, os projetos de assentamentos diferenciados, embora estejam na mesma situação de sustentabilidadedos convencionais (Potencialmente Insustentável, segundo o BS), apresentam-se com maior potencial de sustentabilidade econômica e ecológica
Historical trajectory and resilience in an agro-extractive settlement project in the Lower Tocantins River, Pará, Brazil
The São João Batista riverside community experienced a golden phase in the production of cachaça from sugar cane (Saccharum officinarum L.). It underwent a period of decay around 1975 and, in 2004, became an Agro-extractive Settlement Project (PAE), with an economic system based on the exploitation and commercialization of açaí (Euterpe oleracea Mart.). This study analyzes the resilience of PAE São João Batista, Abaetetuba, Pará, from the establishment of sugar cane mills to the transition of their economic system to the exploitation and commercialization of açaí. It was based on field research conducted with 141 riverside dwellers employing semi-structured interviews. The adaptive cycle was built up, from which resilience was analyzed. The growth of the açaí fruit market identifies the community's point of resilience. The sugar cane-açaí economic system transition enabled riparian populations to experience changes and to create conditions for reorganizing themselves as a settlement.The São João Batista riverside community experienced a golden phase in the production of cachaça from sugar cane (Saccharum officinarum L.). It underwent a period of decay around 1975 and, in 2004, became an Agro-extractive Settlement Project (PAE), with an economic system based on the exploitation and commercialization of açaí (Euterpe oleracea Mart.). This study analyzes the resilience of PAE São João Batista, Abaetetuba, Pará, from the establishment of sugar cane mills to the transition of their economic system to the exploitation and commercialization of açaí. It was based on field research conducted with 141 riverside dwellers employing semi-structured interviews. The adaptive cycle was built up, from which resilience was analyzed. The growth of the açaí fruit market identifies the community's point of resilience. The sugar cane-açaí economic system transition enabled riparian populations to experience changes and to create conditions for reorganizing themselves as a settlement.The São João Batista riverside community experienced a golden phase in the production of cachaça from sugar cane (Saccharum officinarum L.). It underwent a period of decay around 1975 and, in 2004, became an Agro-extractive Settlement Project (PAE), with an economic system based on the exploitation and commercialization of açaí (Euterpe oleracea Mart.). This study analyzes the resilience of PAE São João Batista, Abaetetuba, Pará, from the establishment of sugar cane mills to the transition of their economic system to the exploitation and commercialization of açaí. It was based on field research conducted with 141 riverside dwellers employing semi-structured interviews. The adaptive cycle was built up, from which resilience was analyzed. The growth of the açaí fruit market identifies the community's point of resilience. The sugar cane-açaí economic system transition enabled riparian populations to experience changes and to create conditions for reorganizing themselves as a settlement.The São João Batista riverside community experienced a golden phase in the production of cachaça from sugar cane (Saccharum officinarum L.). It underwent a period of decay around 1975 and, in 2004, became an Agro-extractive Settlement Project (PAE), with an economic system based on the exploitation and commercialization of açaí (Euterpe oleracea Mart.). This study analyzes the resilience of PAE São João Batista, Abaetetuba, Pará, from the establishment of sugar cane mills to the transition of their economic system to the exploitation and commercialization of açaí. It was based on field research conducted with 141 riverside dwellers employing semi-structured interviews. The adaptive cycle was built up, from which resilience was analyzed. The growth of the açaí fruit market identifies the community's point of resilience. The sugar cane-açaí economic system transition enabled riparian populations to experience changes and to create conditions for reorganizing themselves as a settlement
Urban sustainability: advances and challenges in the Baixo Amazonas Integration Region, Pará, Brazil
This paper analyzes urban sustainability panorama of the Integration Region (RI) Baixo Amazonas for the years 2000 and 2010 and reports advances and challenges toward sustainability. RI is defined as a unit of analysis composed of 13 municipalities located in the northern half of the state of Pará, Brazil. The region was chosen because it brings together large mining projects along with intense agricultural activity, a situation that justifies the importance of measuring the level of municipal sustainability. To this end, the Urban Sustainability Index System (SISU) was applied, characterized by three thematic indicators, in order to obtain a three-dimensional panorama, namely: the Municipal Human Development Index (IDHM); the Political-Institutional Capacity Index (ICP); and, the Environmental Quality Index (IQA). It was found in the time sample made available by official agencies, that only the IDHM showed advances in all municipalities studied. As for the ICP, only Santarém and Monte Alegre showed no increases, while Juruti stood out for more increases in the improvement in fiscal autonomy and municipal public management. As for the IQA, four municipalities (Belterra, Juruti, Santarém and Terra Santa) expressed advances in the studied period, while the other municipalities had their indices reduced. In general, the study points out that the main challenges faced by these municipalities towards sustainability are related to low basic sanitation coverage, especially regarding the adequacy of facilities, increases in energy consumption due to domestic pressure, significant use of the vehicle fleet, and also reduction rates of vegetation cover, deforestation and forest degradation across IR.Este artigo analisa o panorama da sustentabilidade urbana da Região de Integração (RI) Baixo Amazonas para os anos 2000 e 2010 e relataos respectivos avanços e desafios em direção à sustentabilidade. RI é definida como uma unidade de análise composta por 13 municípios situados na metade setentrional do estado do Pará, Brasil. A região foi escolhida por reunir grandes empreendimentos minerários juntamente com intensa atividade agropecuária, situação que justifica a importância de mensurar o nível de sustentabilidade municipal. Para tal, aplicou-se o Sistema de Índices de Sustentabilidade Urbana (SISU), caracterizado por três indicadores temáticos, a fim de se obter um panorama tridimensional, a saber: o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM); o Índice de Capacidade Político-Institucional (ICP); e, o Índice de Qualidade Ambiental (IQA). Apurou-se na amostra temporal disponibilizada pelos órgãos oficiais, que apenas o IDHM apresentou avanços em todos os municípios estudados. Quanto ao ICP, somente Santarém e Monte Alegre não apresentaram incrementos, enquanto Juruti destacou-se por mais acréscimos na melhoria na autonomia fiscal e gestão pública municipal. Quanto ao IQA, quatro municípios (Belterra, Juruti, Santarém e Terra Santa) expressaram avanços no período pesquisado, enquanto os demais municípios tiveram seus índices reduzidos. Em geral, o estudo aponta que os principais desafios encontrados para estes municípios rumo à sustentabilidade relacionam-se à baixa cobertura de saneamento básico, notadamente quanto à adequação das instalações, aumentos do consumo de energia pela pressão doméstica, uso expressivo da frota de veículos, taxas de redução da cobertura vegetal, desmatamento e degradação florestal em toda a RI
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