10 research outputs found

    Cancer hospital morbility and mortality in the city of Ribeirão Preto (SP) - 1990/1993

    Get PDF
    Estudou-se as taxas de morbidade e mortalidade hospitalar por tumores (grupo II da CID) em Ribeirão Preto, nos anos de 1990 a 1993, em pacientes atendidos nos hospitais gerais do município, realizando um levantamento dos dados das folhas de altas hospitalares. Os coeficientes de mortalidade hospitalar (CMH), por tumores malignos (câncer), apresentaram uma discreta variação e sempre maior entre os homens. A mortalidade, referente aos homens, diminuiu de 15,37%, em 1990, para 12,79% em 1993. Quanto à localização, em 1990 e 1991, os tumores dos órgãos respiratórios e intratorácicos apresentaram um CMH pouco acima de 20% e, em 1992 e 1993, a localização mais letal foi a dos órgãos digestivos e peritônio. A mortalidade por câncer entre as mulheres, em 1990, foi de 12,96%, em 1992, 7,61% e, em 1993, 9,22%. Durante o período, observou-se um aumento contínuo na proporção de internações, variando de 5,89%, em 1990, para 7,39% em 1993. Quanto à duração média de internação (DMI), diminuiu de 6,15 dias para 4,62 dias entre os homens e de 4,75 dias para 3,61 dias entre as mulheres. Entre os homens, houve um aumento das internações nas faixas etárias até 69 anos, subindo de 74,5% em 1990, para 85,5% em 1993. As neoplasias mais freqüentes foram as de traquéia, brônquios e pulmões (CID-162) em primeiro (10%), em seguida as de estômago (CID-151), que diminuíram de 9 para 6%. Para as mulheres, não houve alterações nas faixas etárias no decorrer do estudo e o maior número de casos ocorreu na faixa de 40 a 59 anos (40%). Quanto às Neoplasias mais freqüentes foram o câncer de mama (CID-174) com 11% (bem mais alto do que para as demais), em seguida as Neoplasias de colo de útero (CID-180), de ovário e anexos (CID-183) e leucemia mielóide (CID-205).The rates of cancer morbility and mortality were determined in Ribeirão Preto city during the years 1990 to 1993 in patients of the Hospitals of the county. We realized a survey from hospitals discharges. The coefficent of cancer hospital mortality had a change discreet and always major in the men than women. The mortality decreased of 15,37% in 1990 to 12,79% in 1993. All that localization of the tumor in 1990 and 1991 were of tumors of the respiratory organs and inner thoraxic organs with a CMH above 20% in 1992 and 1993. The localization more letal was in the digestive organs and peritoneum. The mortality in the women in 1990 was 12,96%; 7,6 in 1992 and 9,22 in 1993. It was observed a constant increase in the proportion of internment changing of 5,89 in 1990 to 7,39 in 1993. The average duration of internment was 6,15 to 4,62 days for men and 4,75 to 3,61 for women. The men had a internment increase at the age to 69 years olds with elevation of 74,5% in 1990 to 85,5% in 1993. The neoplasms more frequents were: trachea, bronchi and lungs, 10% followed by stomach that decrease  of 9 to 6%. The majority of the cases occurred at the age 40 to 59 years olds (40%). The neoplasms more frequents were mamma cancer with 11% (the most elevate rates) continued by neoplasms of uterus; ovary and annexs and mieloid leuquemia

    Assistência hospitalar como indicador da desigualdade social

    Get PDF
    OBJECTIVE: To test a model for the study of inequalities in hospitalizations in the city of Ribeirão Preto (SP), understanding them to be due both to the social position of inpatients and also to health care policies in Brazil. MATERIAL AND METHOD: Using a hospital information system in existence for more than 25 years in the city of Ribeirão Preto - SP, 56.293 hospitalizations of municipal inhabitants occurring in some of the 12 general hospitals in 1993, were studied. Using the Brazilian occupancy classification for mortality, these inpatients were grouped on 6 occupational levels, as in the British classification: professional, intermediate, qualified non manual, qualified manual, partially qualified and unqualified. RESULTS AND CONCLUSION: Two-thirds of the inpatients had no place in the i.e. did not belong to the economically active population - and consisted of housewives, pensioners, children and students - and one third had some economic activity and thus belonged to the economically the active population. A close association was found between social strata and the classification of the hospital financing system into private, private group clinic and public health system patients. There were differences in hospital parameters as well as in morbidity patterns between these groups. The inequalities relating to average age, average age of hospital deaths, mean lengths of stay, hospital mortality, re-internment and frequency of diseases are discussed.This model allows the social position of the inpatient to be estimated using the hospital financing system, including also those patients with no economic activity, which covers the majority of the population. Social mechanisms created to compensate for inequalities in the welfare state do not cancel out the social differences.OBJETIVO: Testar um modelo para o estudo das desigualdades nas hospitalizações no Município de Ribeirão Preto (SP), entendidas como decorrentes da posição social dos pacientes e das políticas de assistência médico-hospitalar no Brasil. MATERIAL E MÉTODO: Foram estudadas 56.293 internações, ocorridas no ano de 1993, de pessoas residentes em Ribeirão Preto (SP) hospitalizadas nos 12 hospitais da cidade. Foram estabelecidos 6 níveis ocupacionais segundo a classificação brasileira de ocupações, a saber: profissionais, intermédios, qualificados não manuais, qualificados manuais, semiqualificados e não qualificados. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Dois terços dos pacientes internados não tinham inserção econômica (fora da População Economicamente Ativa (PEA) - constituídos por donas-de-casa, aposentados, menores, estudantes - e um terço deles possuía uma ocupação definida na PEA. Foi encontrada forte associação entre os estratos sociais e o sistema de financiamento da hospitalização, classificado em particulares, medicina de grupo e sistema único de saúde. Houve diferenças em parâmetros das hospitalizações bem como no perfil de morbidade desses grupos. Foram discutidas as desigualdades na idade na hospitalização, idade ao morrer na internação, na duração média das internações, no coeficiente de mortalidade hospitalar, nas reinternações e na freqüência das doenças à internação. Este modelo permitiu inferir a posição social dos pacientes pelo sistema médico que utilizam nas hospitalizações, mesmo naqueles sem inserção econômica e que constituem a maioria. Os mecanismos sociais compensatórios do estado de bem-estar não conseguiram anular as diferenças

    Estudo da assistência hospitalar pública e privada em bases populacionais, 1986-1996

    No full text
    INTRODUÇÃO: Tendo em vista que esta última década é o período da criação e implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) - público, universal e equânime - com o objetivo de corrigir distorções da estrutura dos serviços e oferecer ampla cobertura às necessidades de saúde da população, foi estudada a evolução da assistência hospitalar pública e privada, em bases populacionais, no período de criação e implantação do SUS. MÉTODOS: Foram estudadas 984.142 internações nos hospitais gerais de Ribeirão Preto no período 1986 a 1996, selecionando aquelas dos residentes no próprio município. As internações são classificadas segundo o sistema de financiamento em particulares, de pré-pagamento e do SUS. Estudou-se a composição social dos pacientes de cada sistema assistencial e o perfil de morbidade hospitalar. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Observou-se crescimento contínuo de hospitalizações, tanto em número absoluto como em coeficiente por mil habitantes, passando de 43.773 a 55.844 internações ao ano. Todavia, estudando as categorias das internações, verificou-se que as particulares apresentaram redução em números absolutos e em coeficiente por habitantes - de 3.181 e 7,3 para 2.215 e 3,9; as internações do SUS oscilaram apresentando decréscimo de um terço em números absolutos e percentualmente passando de 33.254 e 76,0 para 29.373 e 51,7 ao final do período. Ao contrário destas, as internações por sistemas de pré-pagamento triplicaram em números absolutos e duplicaram em coeficiente ­ de 7.338 e 16,8 para 25.256 e 44,4. A assistência do SUS foi consumida principalmente por trabalhadores manuais não qualificados e semiqualificados, ficando os profissionais, técnicos, não manuais e qualificados manuais, com serviços privados. A morbidade hospitalar dos pacientes SUS foi diferente do perfil de morbidade dos pacientes dos sistemas privados. A política de saúde no período, limitando o financiamento do SUS, reprimindo demanda e desestimulando os prestadores privados a trabalhar com pacientes SUS levou a uma seletividade negativa para o SUS. O resultado foi que aumentou a diferença nos padrões de assistência entre os serviços públicos e privados

    Assistência hospitalar como indicador da desigualdade social

    No full text
    OBJETIVO: Testar um modelo para o estudo das desigualdades nas hospitalizações no Município de Ribeirão Preto (SP), entendidas como decorrentes da posição social dos pacientes e das políticas de assistência médico-hospitalar no Brasil. MATERIAL E MÉTODO: Foram estudadas 56.293 internações, ocorridas no ano de 1993, de pessoas residentes em Ribeirão Preto (SP) hospitalizadas nos 12 hospitais da cidade. Foram estabelecidos 6 níveis ocupacionais segundo a classificação brasileira de ocupações, a saber: profissionais, intermédios, qualificados não manuais, qualificados manuais, semiqualificados e não qualificados. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Dois terços dos pacientes internados não tinham inserção econômica (fora da População Economicamente Ativa (PEA) - constituídos por donas-de-casa, aposentados, menores, estudantes - e um terço deles possuía uma ocupação definida na PEA. Foi encontrada forte associação entre os estratos sociais e o sistema de financiamento da hospitalização, classificado em particulares, medicina de grupo e sistema único de saúde. Houve diferenças em parâmetros das hospitalizações bem como no perfil de morbidade desses grupos. Foram discutidas as desigualdades na idade na hospitalização, idade ao morrer na internação, na duração média das internações, no coeficiente de mortalidade hospitalar, nas reinternações e na freqüência das doenças à internação. Este modelo permitiu inferir a posição social dos pacientes pelo sistema médico que utilizam nas hospitalizações, mesmo naqueles sem inserção econômica e que constituem a maioria. Os mecanismos sociais compensatórios do estado de bem-estar não conseguiram anular as diferenças

    Assistência hospitalar como indicador da desigualdade social Hospital assistance as an indicator of social inequality

    No full text
    OBJETIVO: Testar um modelo para o estudo das desigualdades nas hospitalizações no Município de Ribeirão Preto (SP), entendidas como decorrentes da posição social dos pacientes e das políticas de assistência médico-hospitalar no Brasil. MATERIAL E MÉTODO: Foram estudadas 56.293 internações, ocorridas no ano de 1993, de pessoas residentes em Ribeirão Preto (SP) hospitalizadas nos 12 hospitais da cidade. Foram estabelecidos 6 níveis ocupacionais segundo a classificação brasileira de ocupações, a saber: profissionais, intermédios, qualificados não manuais, qualificados manuais, semiqualificados e não qualificados. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Dois terços dos pacientes internados não tinham inserção econômica (fora da População Economicamente Ativa (PEA) - constituídos por donas-de-casa, aposentados, menores, estudantes - e um terço deles possuía uma ocupação definida na PEA. Foi encontrada forte associação entre os estratos sociais e o sistema de financiamento da hospitalização, classificado em particulares, medicina de grupo e sistema único de saúde. Houve diferenças em parâmetros das hospitalizações bem como no perfil de morbidade desses grupos. Foram discutidas as desigualdades na idade na hospitalização, idade ao morrer na internação, na duração média das internações, no coeficiente de mortalidade hospitalar, nas reinternações e na freqüência das doenças à internação. Este modelo permitiu inferir a posição social dos pacientes pelo sistema médico que utilizam nas hospitalizações, mesmo naqueles sem inserção econômica e que constituem a maioria. Os mecanismos sociais compensatórios do estado de bem-estar não conseguiram anular as diferenças.OBJECTIVE: To test a model for the study of inequalities in hospitalizations in the city of Ribeirão Preto (SP), understanding them to be due both to the social position of inpatients and also to health care policies in Brazil. MATERIAL AND METHOD: Using a hospital information system in existence for more than 25 years in the city of Ribeirão Preto - SP, 56.293 hospitalizations of municipal inhabitants occurring in some of the 12 general hospitals in 1993, were studied. Using the Brazilian occupancy classification for mortality, these inpatients were grouped on 6 occupational levels, as in the British classification: professional, intermediate, qualified non manual, qualified manual, partially qualified and unqualified. RESULTS AND CONCLUSION: Two-thirds of the inpatients had no place in the i.e. did not belong to the economically active population - and consisted of housewives, pensioners, children and students - and one third had some economic activity and thus belonged to the economically the active population. A close association was found between social strata and the classification of the hospital financing system into private, private group clinic and public health system patients. There were differences in hospital parameters as well as in morbidity patterns between these groups. The inequalities relating to average age, average age of hospital deaths, mean lengths of stay, hospital mortality, re-internment and frequency of diseases are discussed.This model allows the social position of the inpatient to be estimated using the hospital financing system, including also those patients with no economic activity, which covers the majority of the population. Social mechanisms created to compensate for inequalities in the welfare state do not cancel out the social differences

    Assistência hospitalar como indicador da desigualdade social

    No full text
    OBJETIVO: Testar um modelo para o estudo das desigualdades nas hospitalizações no Município de Ribeirão Preto (SP), entendidas como decorrentes da posição social dos pacientes e das políticas de assistência médico-hospitalar no Brasil. MATERIAL E MÉTODO: Foram estudadas 56.293 internações, ocorridas no ano de 1993, de pessoas residentes em Ribeirão Preto (SP) hospitalizadas nos 12 hospitais da cidade. Foram estabelecidos 6 níveis ocupacionais segundo a classificação brasileira de ocupações, a saber: profissionais, intermédios, qualificados não manuais, qualificados manuais, semiqualificados e não qualificados. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Dois terços dos pacientes internados não tinham inserção econômica (fora da População Economicamente Ativa (PEA) - constituídos por donas-de-casa, aposentados, menores, estudantes - e um terço deles possuía uma ocupação definida na PEA. Foi encontrada forte associação entre os estratos sociais e o sistema de financiamento da hospitalização, classificado em particulares, medicina de grupo e sistema único de saúde. Houve diferenças em parâmetros das hospitalizações bem como no perfil de morbidade desses grupos. Foram discutidas as desigualdades na idade na hospitalização, idade ao morrer na internação, na duração média das internações, no coeficiente de mortalidade hospitalar, nas reinternações e na freqüência das doenças à internação. Este modelo permitiu inferir a posição social dos pacientes pelo sistema médico que utilizam nas hospitalizações, mesmo naqueles sem inserção econômica e que constituem a maioria. Os mecanismos sociais compensatórios do estado de bem-estar não conseguiram anular as diferenças

    Estudo da assistência hospitalar pública e privada em bases populacionais, 1986-1996 Study of public and private hospital care on a populational basis, 1986-1996

    No full text
    INTRODUÇÃO: Tendo em vista que esta última década é o período da criação e implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) - público, universal e equânime - com o objetivo de corrigir distorções da estrutura dos serviços e oferecer ampla cobertura às necessidades de saúde da população, foi estudada a evolução da assistência hospitalar pública e privada, em bases populacionais, no período de criação e implantação do SUS. MÉTODOS: Foram estudadas 984.142 internações nos hospitais gerais de Ribeirão Preto no período 1986 a 1996, selecionando aquelas dos residentes no próprio município. As internações são classificadas segundo o sistema de financiamento em particulares, de pré-pagamento e do SUS. Estudou-se a composição social dos pacientes de cada sistema assistencial e o perfil de morbidade hospitalar. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Observou-se crescimento contínuo de hospitalizações, tanto em número absoluto como em coeficiente por mil habitantes, passando de 43.773 a 55.844 internações ao ano. Todavia, estudando as categorias das internações, verificou-se que as particulares apresentaram redução em números absolutos e em coeficiente por habitantes - de 3.181 e 7,3 para 2.215 e 3,9; as internações do SUS oscilaram apresentando decréscimo de um terço em números absolutos e percentualmente passando de 33.254 e 76,0 para 29.373 e 51,7 ao final do período. Ao contrário destas, as internações por sistemas de pré-pagamento triplicaram em números absolutos e duplicaram em coeficiente ­ de 7.338 e 16,8 para 25.256 e 44,4. A assistência do SUS foi consumida principalmente por trabalhadores manuais não qualificados e semiqualificados, ficando os profissionais, técnicos, não manuais e qualificados manuais, com serviços privados. A morbidade hospitalar dos pacientes SUS foi diferente do perfil de morbidade dos pacientes dos sistemas privados. A política de saúde no período, limitando o financiamento do SUS, reprimindo demanda e desestimulando os prestadores privados a trabalhar com pacientes SUS levou a uma seletividade negativa para o SUS. O resultado foi que aumentou a diferença nos padrões de assistência entre os serviços públicos e privados.<br>INTRODUCTION: The last decade saw the creation and implementation of the Brazilian National Health System (NHS) ­ public, universal and equalitarian ­ with the objective of offering wide coverage to meet the population's health needs. The objective of the study was the assessment of the evolution of public and private hospital care on a populational basis during the period of the implementation of the NHS. METHODS: The 984,142 inpatients of the general hospitals of Ribeirão Preto, Brazil, during the period 1986 to 1996 were studied and those of them living in their own municipal district were selected. The inpatients are classified according to the financing system as private, pre-payment and NHS; the social situation of the patients and the profile of hospital morbidity are analysed. RESULTS: In the period studied a continuous growth in the number of hospitalizations is observed, both in absolute numbers and in coefficient per thousand inhabitants, increasing from 43,773 to 55,844 inpatients per year. Though when the categories of the hospitalizations are studied, it is seen that private inpatients present a reduction both in absolute numbers and as a coefficient from 3,181 (7.3%) to 2,215 (3.9%); the NHS inpatients decrease in absolute numbers and in a percentage by a third at the end of the period - falling from 33,254 (76.0%) to 29,373 (51.7%). On the other hand the pre-payment inpatient system triplicates in absolute numbers and duplicates by rate for inhabitant - from 7,338 (16.8%) to 25,256 (44.4%). The NHS hospital care attends mainly unskilled and semi-skilled manual workers; the professionals, technicians, non manual and skilled manual workers being assisted by the private services. The hospital morbidity of NHS inpatients is different from that of the private inpatient systems. The health policy in that period, limiting NHS financing, repressing demand and discouraging the private providers to work with NHS inpatients led to negative selectivity. The result was an increase in difference between standards of care as between the public and private services
    corecore