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    INDIGENISMO E INDIANISMO: UMA PROPOSTA DE ESTUDO COMPARADO ENTRE BRASIL E BOLÍVIA

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    This study aims to present some considerations about the performance of the Indigenous Movement in Brazil and Bolivia as well as analyzing the relations between the Indigenismo and Indianismo in the two countries, noting their special features and variations on the postures adopted by the State and Civil Society.Este estudo tem por objetivo apresentar algumas considerações acerca da atuação do Movimento Indígena no Brasil e na Bolívia, assim como analisar as relações entre o Indigenismo e o Indianismo nos dois países, observando suas especificidades e variações quanto às posturas adotadas pelo Estado e pela Sociedade Civil

    Authoritarian state, civil society and aspects of the emergence of Indigenous Movements

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    O objetivo deste artigo é analisar as relações entre Estado Autoritário e Sociedade Civil no Brasil, tendo como pano de fundo os indígenas e as sempre tensas questões que permeiam as posições e imposições relativas aos mesmos; especialmente no que tange às legislações indigenistas e aos olhares da sociedade mais ampla quanto aos direitos destes povos; além da atuação da Sociedade Civil organizada, durante o período de sistematização e emergência do Movimento Indígena no Brasil, no sentido de garantir estes direitos a partir de políticas efetivamente comprometidas. A hipótese central debruça-se sobre a assertiva de que as políticas indigenistas no Brasil apresentaram sempre um caráter autoritário, com vistas a atender aos interesses de setores outros diversos, e não propriamente os dos indígenas. A Ditadura Militar (1964-1985) notabiliza-se apenas por ser um momento no qual esta prática se torna mais evidente. Para tanto, foram utilizadas, entre outras, fontes históricas de diferentes matizes, com ênfase em dossiês relativos à temática indígena, produzidos durante o referido Regime, e obtidos junto ao Arquivo Nacional (Coordenação Regional de Brasília-DF). Ressaltam-se as contradições da política indigenista oficial, diante da ascendência do Movimento Indígena, permeada por ideologias pautadas nas noções de Segurança Nacional, assimilação e integração das populações indígenas à sociedade mais ampla. Por fim, é notória a presença de uma cultura política autoritária ao logo do processo de criação e formação do Movimento Indígena no Brasil, o que dificultou a sua sustentabilidade e ampliou a sua necessidade de continuar a luta por reconhecimento.   Palavras-chave: Movimento Indígena. Estado Autoritário. Sociedade Civil. Políticas Indigenistas. Legislação.The aim of this paper is to analyze the relation between the authoritarian State and civil society in Brazil, against the background of the indigenous people and the old issues that permeate positions and impositions related to them; specially regarding the legislation about the indigenous people and society’s broader view about the rights of these people; besides the organized civil society’s actions, during the period of systematization and emergence of the Brazilian Indigenous Movement that aimed to ensure these rights based effectively committed policies. The main hypothesis claims that the indigenous policies in Brazil have always had an authoritarian character, intending to meet only the interests of several other sectors instead of the indigenous people. The Military Dictatorship (1964-1985) only distinguishes itself for being a moment in which this practice has become clearer. For this purpose, the author used, among others, historical sources of different characteristics, focusing on dossiers related to the indigenous issue, produced during the mentioned Regime and obtained at the National Archive (Regional Coordination of Brasília-DF). The article highlights the inconsistencies of the official indigenous policies faced with the Indigenous Movement’s ascendance. The latter were permeated by ideologies guided by National Security notions and by the assimilation and integration of the indigenous population with the broader society. Finally, the presence of an authoritarian political culture during the creation and formation process of the Brazilian Indigenous Movement is notorious, which has been an obstacle for the Movement’s sustainability and reinforced the need to keep fighting for recognition

    Authoritarian state, civil society and aspects of the emergence of Indigenous Movements

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    O objetivo deste artigo é analisar as relações entre Estado Autoritário e Sociedade Civil no Brasil, tendo como pano de fundo os indígenas e as sempre tensas questões que permeiam as posições e imposições relativas aos mesmos; especialmente no que tange às legislações indigenistas e aos olhares da sociedade mais ampla quanto aos direitos destes povos; além da atuação da Sociedade Civil organizada, durante o período de sistematização e emergência do Movimento Indígena no Brasil, no sentido de garantir estes direitos a partir de políticas efetivamente comprometidas. A hipótese central debruça-se sobre a assertiva de que as políticas indigenistas no Brasil apresentaram sempre um caráter autoritário, com vistas a atender aos interesses de setores outros diversos, e não propriamente os dos indígenas. A Ditadura Militar (1964-1985) notabiliza-se apenas por ser um momento no qual esta prática se torna mais evidente. Para tanto, foram utilizadas, entre outras, fontes históricas de diferentes matizes, com ênfase em dossiês relativos à temática indígena, produzidos durante o referido Regime, e obtidos junto ao Arquivo Nacional (Coordenação Regional de Brasília-DF). Ressaltam-se as contradições da política indigenista oficial, diante da ascendência do Movimento Indígena, permeada por ideologias pautadas nas noções de Segurança Nacional, assimilação e integração das populações indígenas à sociedade mais ampla. Por fim, é notória a presença de uma cultura política autoritária ao logo do processo de criação e formação do Movimento Indígena no Brasil, o que dificultou a sua sustentabilidade e ampliou a sua necessidade de continuar a luta por reconhecimento.   Palavras-chave: Movimento Indígena. Estado Autoritário. Sociedade Civil. Políticas Indigenistas. Legislação.The aim of this paper is to analyze the relation between the authoritarian State and civil society in Brazil, against the background of the indigenous people and the old issues that permeate positions and impositions related to them; specially regarding the legislation about the indigenous people and society’s broader view about the rights of these people; besides the organized civil society’s actions, during the period of systematization and emergence of the Brazilian Indigenous Movement that aimed to ensure these rights based effectively committed policies. The main hypothesis claims that the indigenous policies in Brazil have always had an authoritarian character, intending to meet only the interests of several other sectors instead of the indigenous people. The Military Dictatorship (1964-1985) only distinguishes itself for being a moment in which this practice has become clearer. For this purpose, the author used, among others, historical sources of different characteristics, focusing on dossiers related to the indigenous issue, produced during the mentioned Regime and obtained at the National Archive (Regional Coordination of Brasília-DF). The article highlights the inconsistencies of the official indigenous policies faced with the Indigenous Movement’s ascendance. The latter were permeated by ideologies guided by National Security notions and by the assimilation and integration of the indigenous population with the broader society. Finally, the presence of an authoritarian political culture during the creation and formation process of the Brazilian Indigenous Movement is notorious, which has been an obstacle for the Movement’s sustainability and reinforced the need to keep fighting for recognition

    AS EXPRESSIVIDADES ARTÍSTICAS DOS KAYAPÓ DO SUL SOB O OLHAR DOS VIAJANTES POHL E SAINT-HILLAIRE

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    O objetivo deste artigo é discorrer sobre as expressividades artísticas de uma etnia indígena que viveu no sul do Estado de Goiás antes e durante o período de colonização, os Kayapó do Sul. Para tanto, buscamos analisar as obras dos viajantes europeus Johann Emanuel Pohl e Auguste de Saint-Hillaire, que visitaram o Brasil em meados do século XIX. O contexto de antagonismos e conflitos entre indígenas e não indígenas, bem como a visão eurocêntrica contida no discurso desses autores, foram dificuldades impostas para a realização dessa pesquisa, no entanto, após a leitura crítica, em sua maioria foram sanadas. Constatou-se grande variedade artística dessa etnia, a qual foi e ainda é menosprezada e inferiorizada pela cultura dominante. Esse trabalho se insere no contexto de valorização da cultura e das artes indígenas

    A sabedoria popular do cerrado goiano: os raizeiros na cidade de Anápolis/GO

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    A cultura e a natureza fazem parte da vida de todos os seres humanos. Com a cultura o indivíduo ganha uma identidade e começa a se sentir como parte do meio social em que está inserido; e a natureza faz parte desse meio. Estudando os aspectos naturais podemos entender o que é usado na alimentação, no material das moradias e como elas foram feitas para suportar as agressões naturais do tempo, onde foram construídas, e, principalmente, as narrativas de cura. Nas mais diversas sociedades, a sabedoria inerente aos remédios naturais e a sua eficácia é passada de geração a geração, e na nossa sociedade não é diferente, aprendemos com nossos pais e avós quais plantas podem fazer bem para a saúde. Neste ínterim, há aqueles que aprenderam com seus antepassados os segredos destas plantas e com elas ganham a vida, eles são os raizeiros. Na cidade de Anápolis/GO percebemos que o crescimento urbano afetou a propagação dos saberes populares dos raizeiros, gerando graves consequências

    A influência dos saberes indígenas na configuração simbólica da Cultura Sertaneja na atualidade

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    Resumo: Considerando que a cultura sertaneja nasce da necessidade de adaptação em meio à fronteira, cercada de perigos e incômodos, lugar propício para a criação de um modo de vida particular, apontaremos ao longo deste artigo algumas características da cultura dos povos indígenas brasileiros, que podem ser revisitadas, na perspectiva de se compreender as raízes do que tem se denominado “Cultura Sertaneja no Cerrado”. Palavras-chave: Indígenas; Cerrado; Cultura sertaneja
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