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    Avaliação de mortalidade e grau de dependência na UTI e após dois anos de pacientes sépticos e não sépticos criticamente enfermos

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    INTRODUÇÃO: Sepse é uma entidade extremamente frequente nas UTIs. A maioria dos estudos vinha avaliando os desfechos da sepse em 28 dias, e pouco se conhece em relação a desfechos de longo prazo dessa síndrome, seja em relação à mortalidade ou grau de dependência. Estudos recentes demonstram um aumento da mortalidade nos anos subsequentes à sepse associada a uma piora do grau de dependência e, consequentemente, uma piora da qualidade de vida dos indivíduos, com declínio persistente de sua função física e cognitiva. OBJETIVOS: Aferir a mortalidade e o grau de dependência de pacientes sépticos após dois anos da alta da UTI. MÉTODOS: Análise retrospectiva de um estudo de coorte prospectivo, em duas UTIs gerais brasileiras, comparando os dados coletados após dois anos da alta da UTI, via contato telefônico, com os dados da internação nessa unidade. Foram incluídos todos os pacientes adultos que internaram na UTI das duas instituições participantes, no período de um ano, e que permaneceram internados por mais de 24 horas. O grau de dependência (ou estado físico) foi mensurado pela escala de Karnofsky e Lawton. RESULTADOS: Foram avaliados 1219 pacientes. Os pacientes sépticos apresentaram uma mortalidade de 57,4% enquanto os pacientes não sépticos de 34,2 %, após dois anos da alta da UTI (p<0,001), sendo que 41,7% dos sépticos morreu nos primeiros três meses após a alta hospitalar. As causas da internação na UTI mais frequentes entre os sépticos foram as ventilatórias, enquanto nos não sépticos foram as cardiovasculares. A escala APACHE II era mais alta nos sépticos, mostrando que esses pacientes já se apresentavam em estado mais grave. Tanto a escala Karnofsky (p<0,004) quanto Lawton (p<0,011) demonstraram piora do grau de Mortalidade e grau de dependência de pacientes sépticos após dois anos da UTI 11 dependência nos sépticos em comparação aos não sépticos. Conforme a regressão de Cox, ajustada para idade e APACHE II, os sépticos tem 1,34 vezes mais chance de óbito que os não sépticos. CONCLUSÃO: As consequências da sepse vão muito além da alta hospitalar. Os indivíduos admitidos por sepse na UTI têm maior mortalidade após dois anos da alta, quando comparados a indivíduos admitidos na UTI por outras causas, além de um maior grau de dependência e, consequentemente, pior qualidade de vida.INTRODUCTION: Sepsis is an extremely frequent even in ICUs. Previously, studies assessed sepsis outcomes after 28 days, and there is little to no knowledge regarding long term outcomes in terms either of mortality or degree of dependence. Recent studies show increased mortality rates in the years following sepsis, associated to worsening degrees of dependence and, consequently, worse quality of life for individuals, with persistent decline of their physical and cognitive function. OBJECTIVE: To measure the mortality and degree of dependence of septic patients two years after discharge from the ICU. METHODS: Retrospective analysis of a prospective cohort study in two general ICUs in Brazil, comparing data collected through telephone interviews two years after discharge from the ICU with data from the stay at the unit. All adult patients admitted to the ICUs of both institutions during one year and whose stay lasted longer than 24 hours were included in the study. Degree of dependence (or physical condition) was measured using the Karnofsky and Lawton scales. RESULTS: Septic patients had a mortality rate of 57.4 percent, while the rate for non-septic patients was 34.2 percent, two years after being discharged from the ICU (p < 0.001), with 41.7 percent of septic patients dying within three months of discharge. The most frequent causes for admission to the ICU among septic patients were respiratory-related, while for non-septic patients they were cardiovascular-related. Septic patients had higher APACHE II scores, indicating the condition of these patients was already more severe. Both the Karnofsky Performance Status Scale (p < 0.004) and the Lawton Instrumental Activities of Daily Living Scale (p < 0.011) show septic patients had worse degrees of dependence than non-septic Mortalidade e grau de dependência de pacientes sépticos após dois anos da UTI 13 patients. According to the Cox regression, adjusting for age and APACHE II scores, septic patients were 1.34 times as likely to die as non-septic patients. CONCLUSION: The consequences of sepsis last beyond hospital discharge. Individuals admitted to the ICU for sepsis have greater mortality rates two years after hospital discharge compared to individuals admitted to the ICU for other causes, as well as a greater degree of dependence and, consequently, worse quality of life

    Avaliação de mortalidade e grau de dependência na UTI e após dois anos de pacientes sépticos e não sépticos criticamente enfermos

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    INTRODUÇÃO: Sepse é uma entidade extremamente frequente nas UTIs. A maioria dos estudos vinha avaliando os desfechos da sepse em 28 dias, e pouco se conhece em relação a desfechos de longo prazo dessa síndrome, seja em relação à mortalidade ou grau de dependência. Estudos recentes demonstram um aumento da mortalidade nos anos subsequentes à sepse associada a uma piora do grau de dependência e, consequentemente, uma piora da qualidade de vida dos indivíduos, com declínio persistente de sua função física e cognitiva. OBJETIVOS: Aferir a mortalidade e o grau de dependência de pacientes sépticos após dois anos da alta da UTI. MÉTODOS: Análise retrospectiva de um estudo de coorte prospectivo, em duas UTIs gerais brasileiras, comparando os dados coletados após dois anos da alta da UTI, via contato telefônico, com os dados da internação nessa unidade. Foram incluídos todos os pacientes adultos que internaram na UTI das duas instituições participantes, no período de um ano, e que permaneceram internados por mais de 24 horas. O grau de dependência (ou estado físico) foi mensurado pela escala de Karnofsky e Lawton. RESULTADOS: Foram avaliados 1219 pacientes. Os pacientes sépticos apresentaram uma mortalidade de 57,4% enquanto os pacientes não sépticos de 34,2 %, após dois anos da alta da UTI (p<0,001), sendo que 41,7% dos sépticos morreu nos primeiros três meses após a alta hospitalar. As causas da internação na UTI mais frequentes entre os sépticos foram as ventilatórias, enquanto nos não sépticos foram as cardiovasculares. A escala APACHE II era mais alta nos sépticos, mostrando que esses pacientes já se apresentavam em estado mais grave. Tanto a escala Karnofsky (p<0,004) quanto Lawton (p<0,011) demonstraram piora do grau de Mortalidade e grau de dependência de pacientes sépticos após dois anos da UTI 11 dependência nos sépticos em comparação aos não sépticos. Conforme a regressão de Cox, ajustada para idade e APACHE II, os sépticos tem 1,34 vezes mais chance de óbito que os não sépticos. CONCLUSÃO: As consequências da sepse vão muito além da alta hospitalar. Os indivíduos admitidos por sepse na UTI têm maior mortalidade após dois anos da alta, quando comparados a indivíduos admitidos na UTI por outras causas, além de um maior grau de dependência e, consequentemente, pior qualidade de vida.INTRODUCTION: Sepsis is an extremely frequent even in ICUs. Previously, studies assessed sepsis outcomes after 28 days, and there is little to no knowledge regarding long term outcomes in terms either of mortality or degree of dependence. Recent studies show increased mortality rates in the years following sepsis, associated to worsening degrees of dependence and, consequently, worse quality of life for individuals, with persistent decline of their physical and cognitive function. OBJECTIVE: To measure the mortality and degree of dependence of septic patients two years after discharge from the ICU. METHODS: Retrospective analysis of a prospective cohort study in two general ICUs in Brazil, comparing data collected through telephone interviews two years after discharge from the ICU with data from the stay at the unit. All adult patients admitted to the ICUs of both institutions during one year and whose stay lasted longer than 24 hours were included in the study. Degree of dependence (or physical condition) was measured using the Karnofsky and Lawton scales. RESULTS: Septic patients had a mortality rate of 57.4 percent, while the rate for non-septic patients was 34.2 percent, two years after being discharged from the ICU (p < 0.001), with 41.7 percent of septic patients dying within three months of discharge. The most frequent causes for admission to the ICU among septic patients were respiratory-related, while for non-septic patients they were cardiovascular-related. Septic patients had higher APACHE II scores, indicating the condition of these patients was already more severe. Both the Karnofsky Performance Status Scale (p < 0.004) and the Lawton Instrumental Activities of Daily Living Scale (p < 0.011) show septic patients had worse degrees of dependence than non-septic Mortalidade e grau de dependência de pacientes sépticos após dois anos da UTI 13 patients. According to the Cox regression, adjusting for age and APACHE II scores, septic patients were 1.34 times as likely to die as non-septic patients. CONCLUSION: The consequences of sepsis last beyond hospital discharge. Individuals admitted to the ICU for sepsis have greater mortality rates two years after hospital discharge compared to individuals admitted to the ICU for other causes, as well as a greater degree of dependence and, consequently, worse quality of life

    Bases Moleculares da Hiperplasia Adrenal Congênita

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