12 research outputs found

    Aprendizagens da relatividade: as experiências químicas de Matias Aires

    Get PDF
    O conceito de relatividade admite dois grandes sentidos, os quais, para a respectiva compreensão, deverão ser difraccionados pelo prisma dos planos de efectuação e dominância, ontolôgico, ético, gnosiológico, metafísico: um, lato, que corresponde a estar em relação, ser relacionado, ser perspectivado, etc, e, outro, estrito, estabelecido no campo da Física. Constantemente em acção na história do pensamento, porquanto conota um processo típico da racionalidade, o de estabelecer relações, funcionou no interior de sistemas complexos, assumindo maior ou menor destaque, permitindo uma aproximação a determinadas categorias, mas só a partir da modemidade se toma num centro de discursividade com potencial para determinar uma orientação epistemológica global, uma configuração determinada do saber, um programa de investigação, e suscitar a designação de uma teoria com o estatuto de concepção do mundo. Podemos apreender devidamente esta alteração se tivermos em conta como aparecia em Aristóteles sujeita à prevalência da substância, enquanto, a admitir-se, hoje, a validade da categoria da substância será, inevitavelmente, como resultado da relação. Todavia, a diferença mais significativa está dada na própria linguagem pela substituição da relação pela relatividade, ou seja, pela valorização de uma modalidade de uma modalidade

    O fascínio da presença: linguagem e discurso na "Logique de la philosophie" de Eric Weil

    Get PDF
    Eric Weil nasceu em 1904, na Alemanha, e faleceu em 1977, em Nice. Em 1928, defendeu a sua Dissertação de Licenciatura intitulada Das Pietro Pomponazzi Lehre von dem Menschen und der Welt, sob orientação de Emst Cassirer. Oriundo de uma família judia, é forçado a partir para França em 1932, adoptando a nacionalidade francesa em 1938. Durante a Guerra é feito prisioneiro e permanece intemado num campo de concentração durante cerca de cinco anos, acontecimento que tem decerto o seu peso no optimismo que perpassa a sua filosofia. Profundo conhecedor da obra de Hegel, mas também das de Kant e de Aristóteles, fez parte do grupo do Seminário de Alexandre Kojève e fundou, com Georges Bataille, a revista Critique. Professor em Lille, a partir de 1956, e em Nice, desde 1969, foi eleito membro da Académie des Sciences Morales et Polidques em 1976

    España y Portugal: globalización y ruptura (1580-1700)

    Get PDF
    UID/HIS/04666/2013Los trabajos aquí reunidos tratan sobre las relaciones hispano-lusas entre 1580 y 1700 bajo la mirada de la historia global. Naturalmente, podemos seguir leyendo el ciclo portugués de la Monarquía Hispánica con el lenguaje de la historia política, económica y social más o menos convencionales. Sin embargo, el enfoque mundialista también ayuda a reinterpretar la experiencia imperial hispánica. De hecho, los siglos XV a XVIII representaron la primera fase del proceso globalizador contemporáneo. Fue entonces cuando se establecieron sus tres rasgos decisivos: la conexión planetaria consciente e irreversible; la progresiva integración económica, a veces tan dramática, con sus desigualdades y dependencias; y el mestizaje cultural, directo o mediatizado, pacífico o violento. Portugal inauguró esta nueva era antes que España, aunque la unión de coronas de 1580 imprimió al proceso una energía renovadora cargada de consecuencias. Los protagonistas de este libro son los escenarios conexos de América, Europa, Asia y África, con el fin de buscar respuestas a cómo y por qué una unión que empezó abriendo un horizonte ilimitado a miles de súbditos y territorios, fracasó a causa de una rebelión en la Península pero irradiada hacia ultramar. En cierto modo, la escisión hispano-portuguesa de 1640 supuso también un combate contra la mundialización cuyas repercusiones afectaron a Sevilla, Brasil, México o Goa. Al margen de las consecuencias que para Portugal y España comportó la ruptura ibérica, la globalización ya estaba hecha.publishersversionpublishe

    Os mercadores-banqueiros alemães e a Expansão Portuguesa no reinado de D. Manuel I

    Get PDF
    UID/HIS/04666/2013No alvorecer da Modernidade, os Descobrimentos Portugueses influenciaram, como nenhum outro acontecimento desta época, o interesse alemão em Portugal e no império português. Devido à Expansão Portuguesa os contactos luso-alemães aumentaram gradualmente e atingiram, nas primeiras duas décadas do século XVI, o apogeu. Esta fase coincide aproximadamente com o reinado de D. Manuel I, o qual contribuiu decisivamente para a intensificação das relações económicas com os mercadores-banqueiros de Nuremberga e de Augsburgo, atraindo-os com privilégios muito favoráveis que conduziram ao estabelecimento de diversas empresas alemãs em Lisboa e à participação directa dos seus representantes em várias viagens à Índia. Os Welser, os Fugger e outras grandes casas comerciais da Alta Alemanha desempenharam um papel fundamental como fornecedores de cobre e prata, dois metais indispensáveis para efectuar as compras de mercadoria no ultramar português. Deste modo, os mercadores-banqueiros alemães tornaram-se, temporariamente, os parceiros comerciais mais relevantes da Coroa portuguesa.publishersversionpublishersversionpublishe

    Alguns Aspetos da Relação entre Filosofia e Poesia na Obra de José Enes

    No full text
    UID/HIS/04666/2013The link between philosophy and poetry is a main concern of José Enes’s philosophy. In Autonomia da Arte (1965), it appears as a hierarchical relation between two different activities that an anthropological experience allows to unify. Since À Porta do Ser (1969), he follows instead the thread of an original utterance, prior to conceptual and disciplinary distinctions, implying the idea of a "poetize thinking ", occupied with the meaning of meaning. The apparent asymmetry of the two paths leads us to ponder the logic of the evolution and raise the hypothesis of a certain unity of the philosophical intentionality. A reflexão sobre as relações entre filosofia e poesia constitui uma constante do pensamento de José Enes. Em A Autonomia da Arte (1965), concebe- as como um encontro hierarquizado entre actividades diferenciadas que a experiência antropológica permite unificar. Já a partir de À Porta do Ser (1969), segue o fio de uma enunciação original, prévia às distinções conceptuais e disciplinares, implicando a ideia de um «poetar pensante», ocupado com a questão do sentido do sentido. A aparente assimetria dos dois rumos leva-nos a ponderar a lógica da evolução e a suscitar a hipótese de uma certa unidade da intencionalidade filosófica.publishersversionpublishe

    Linguageme discurso. Uma hipôtese hermenêutica sobre a Filosofia de Eric Weil

    Get PDF
    Dissertação de Doutoramento em Filosofia, especialidade Filosofia Gera

    A filosofia moral em acção: construção e transmissão do conhecimento filosófico

    No full text
    Quando nos propusemos participar nos Encontros Interdisciplinares, tínhamos entendido o seu teor como correspondendo a uma vontade de reflexão sobre os processos epistemológicos que sustentam e legitimam a importância e o alcance da investigação na Universidade. Para nós, tratar-se- -ia de discudr as modalidades de construção e de transmissão do conhecimento, nas várias áreas científicas, do que, eventualmente, resultaria tanto o reconhecimento de proximidades e divergências, quanto uma crítica da sujeição da racionalidade inquiridora aos limites impostos pela racionalidade polídca. Assim, supusemos oportuno debater a confusão disseminada entre uma certa concepção da acção polídca, incluindo a política científica, e a acção cognitiva. Para o efeito, demos conta de um mal-estar causado pelo pressuposto de que o modelo comunicativo interactivo, assente na analogia entre socialização e direito processual, por via da confiança nos procedimentos, modalidade "fraca" da categoria marxista de "praxis", mas, supostamente, melhor ajustada à descrição das formas de regulação e normalização da convivência democrática, pode ser transposto, com resultados garantidos, mediante variações de escala e de instrumentos crídcos, para o domínio da investigação. A origem desse sendmento reside no facto de ficar por formalizar a pergunta sobre a escala das escalas, não com o propósito de impor uma meta-escala, mas de compreender o sentido dos procedimentos praticados

    Algumas Breves Reflexões a partir do Opúsculo de Baudelaire

    No full text
    UID/HIS/04666/2013Neste artigo, propomos uma interpretação da obra do caricaturista oitocentista português, Rafael Bordalo Pinheiro, a partir do ensaio de Charles Baudelaire, «Le Peintre de la vie moderne». Esta leitura segue um triplo propósito: determinar um conjunto de correspondências entre o que o autor francês preconiza e o que os trabalhos de Bordalo revelam; refletir sobre a respetiva relação com a Modernidade e, por essa via, sobre a nossa própria; caracterizar o modo privilegiado como a caricatura se inscreve no etos moderno. Esse percurso leva-nos a introduzir a ideia, que cremos inovadora, de um riso de inclusão, a par dos já convencionais riso de exclusão e riso de acolhimento.publishersversionpublishe

    «Por toda la Tierra». España y Portugal: globalización y ruptura (1580-1700)

    Get PDF
    Los trabajos aquí reunidos tratan sobre las relaciones hispano-lusas entre 1580 y 1700 bajo la mirada de la historia global. Naturalmente, podemos seguir leyendo el ciclo portugués de la Monarquía Hispánica con el lenguaje de la historia política, económica y social más o menos convencionales. Sin embargo, el enfoque mundialista también ayuda a reinterpretar la experiencia imperial hispánica. De hecho, los siglos XV a XVIII representaron la primera fase del proceso globalizador contemporáneo. Fue entonces cuando se establecieron sus tres rasgos decisivos: la conexión planetaria consciente e irreversible; la progresiva integración económica, a veces tan dramática, con sus desigualdades y dependencias; y el mestizaje cultural, directo o mediatizado, pacífico o violento. Portugal inauguró esta nueva era antes que España, aunque la unión de coronas de 1580 imprimió al proceso una energía renovadora cargada de consecuencias. Los protagonistas de este libro son los escenarios conexos de América, Europa, Asia y África, con el fin de buscar respuestas a cómo y por qué una unión que empezó abriendo un horizonte ilimitado a miles de súbditos y territorios, fracasó a causa de una rebelión en la Península pero irradiada hacia ultramar. En cierto modo, la escisión hispano-portuguesa de 1640 supuso también un combate contra la mundialización cuyas repercusiones afectaron a Sevilla, Brasil, México o Goa. Al margen de las consecuencias que para Portugal y España comportó la ruptura ibérica, la globalización ya estaba hecha.Apoio da Embaixada de Espanha em Portugalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio
    corecore