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    Manicômio em circuito: os percursos dos jovens e a internação psiquiátrica The psychiatric hospital circuit: the trajectories of yong people prior to psychiatric hospitalization

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    Este artigo analisa a internação psiquiátrica de jovens, tomando-a não a partir de uma perspectiva psicopatológica individual, mas de uma dimensão subjetivo-social com base nos percursos desses jovens até a internação. O estudo foi realizado no Centro Integrado de Atenção Psicossocial para crianças e adolescentes do Hospital Psiquiátrico São Pedro, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, por meio de oficinas com os jovens que estavam em atendimento na internação deste serviço. Percebeu-se uma recorrência que marca o percurso desses jovens e expressa um determinado modo de funcionamento da rede de atenção até a internação, acarretando na produção de um certo perfil desses jovens: pobreza sócio-econômica, baixa escolaridade e uso de drogas. Outro aspecto importante é o papel da ordem judicial nos encaminhamentos à internação, que obedece tanto a uma lógica de punição aos jovens e aos serviços, como também, paradoxalmente, constitui-se numa estratégia de acesso aos serviços de saúde.<br>This article analyzes psychiatric hospitalization of young patients from a contemporary social-subjective (rather than a psychopathological) perspective, following the trajectory of these youth prior to their admission. The study was conducted at the Center for Comprehensive Psychosocial Care for Children and Adolescents, São Pedro Psychiatric Hospital, in the city of Porto Alegre, Rio Grande do Sul State, Brazil. Recurrent traits in the trajectory of these youth expressed how the health care network functioned with them prior to their hospitalization, with a consistent pattern of socioeconomic deprivation, low schooling, and drug use. Another key aspect was the role of the court system in referring them for hospitalization, adhering to a kind of logic that punished both the youth and the services and paradoxically formed a strategy for access to health services

    Situação de crianças e adolescentes brasileiros em relação à saúde mental e à violência The situation of Brazilian children and adolescents with regard to mental health and violence

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    Este artigo reflete sobre as violências cometidas contra crianças e adolescentes brasileiros e suas repercussões sobre a saúde mental, propondo um debate sobre a necessidade das políticas públicas de saúde priorizarem temáticas de tamanha relevância. No país, tem-se verificado que a discussão dos temas "violência e problemas de saúde mental em crianças e adolescentes" vem ocorrendo de forma fragmentada e pouco consistente. Este trabalho traz uma seleção não sistemática de estudos epidemiológicos desenvolvidos em escolas e comunidades brasileiras sobre o assunto. A ampla variedade e a prevalência da violência familiar e comunitária e dos problemas de saúde mental são apontadas, ressaltando-se as diferenças metodológicas dos métodos de aferição e a concentração de estudos nas regiões sul e sudeste do país. A ainda escassa rede de atendimento para os problemas aqui tratados é sinalizada, assim como a falta de preocupação com a prevenção do transtorno mental e com a promoção da saúde mental.<br>This article reflects about the situation of mental health and violence against Brazilian children and adolescents, proposing a discussion about the need for public health policies including these extremely relevant issues in their priority agenda. In Brazil, the debate about this problem has occurred in a fragmented and not very consistent way. This article presents a non-systematic selection of epidemiological investigations on this subject conducted in Brazilian schools and communities. The great variety and prevalence of familiar and community violence and of mental health problems is pointed out and the methodological differences between the studies and the concentration of studies in the South and Southeastern regions of the country are emphasized. The article still highlights to the scarce service network for dealing with this kind of problem and the lack of concern with the prevention of mental disorders and promotion of mental health
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