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Estimulação cardíaca provisória com eletrodo de marcapasso definitivo
Introdução: A estimulação cardíaca temporária eventualmente é necessária por mais de 15 dias. Este contexto clínico está associado a complicações como o deslocamento de eletrodo e perfuração cardíaca, havendo a necessidade de reposicionamento ou troca de eletrodo. Além disto, os eletrodos e geradores convencionais para estimulação cardíaca temporária impõem ao paciente a restrição ao leito e suas consequências. Objetivo: avaliar um método previamente estudado de estimulação temporária relacionado à menor incidência de complicações e que permite a deambulação do paciente. Método: foram estudados 24 pacientes, entre janeiro de 2015 e dezembro de 2017, submetidos a implante de marcapasso provisório com o uso de eletrodo de fixação ativa. Resultados: a média de idade foi de 68,9 anos, e predominantemente do sexo masculino. O tempo médio de uso do marcapasso (MP) provisório foi de 9,7 dias,
variando de dois a 28 dias. Durante um tempo total de 233 pacientes/dia, não houve deslocamento de eletrodos, falhas de estimulação ou necessidade de revisão do sistema. Conclusão: a estimulação provisória utilizando eletrodos de MP definitivo de fixação ativa foi segura e impactou positivamente na qualidade de vida dos pacientes.
Mapeamento endocárdico e epicárdico para a ablaçao do substrato arritmogênico de pacientes com cardiomiopatia chagásica e taquicardia ventricular refratária ao tratamento farmacológico
OBJETIVO: Avaliar a segurança e a eficácia da ablaçao por cateter de substrato endocárdico e epicárdico de pacientes com cardiomiopatia chagásica e taquicardia ventricular refratária ao tratamento farmacológico.
MÉTODO: 34 pacientes foram incluídos no estudo. Durante o ritmo sinusal, foi realizado o mapeamento eletroanatômico (CARTO-XP) endoepicárdico de voltagem utilizando critérios padronizados (cicatriz pace mapping) na borda da cicatriz. A ablaçao foi realizada após definiçao do circuito e do substrato pelas técnicas descritas.
RESULTADOS: Foram realizados 34 procedimentos, com sucesso imediato de 79%. Foi encontrada cicatriz epicárdica em 88% dos pacientes. Nao houve tamponamento cardíaco ou qualquer outra complicaçao grave relacionada ao procedimento. No seguimento de 12 meses, a taxa de recorrência foi de 15% sem induçao de taquicardia ventricular e três pacientes morreram devido a progressao da falência cardíaca.
CONCLUSAO: A ablaçao endocárdica e epicárdica foi segura e efetiva para o controle da taquicardia ventricular em pacientes com doença de Chagas
Mapeamento endocárdico e epicárdico para a ablaçao do substrato arritmogênico de pacientes com cardiomiopatia chagásica e taquicardia ventricular refratária ao tratamento farmacológico
OBJETIVO: Avaliar a segurança e a eficácia da ablaçao por cateter de substrato endocárdico e epicárdico de pacientes com cardiomiopatia chagásica e taquicardia ventricular refratária ao tratamento farmacológico.
MÉTODO: 34 pacientes foram incluídos no estudo. Durante o ritmo sinusal, foi realizado o mapeamento eletroanatômico (CARTO-XP) endoepicárdico de voltagem utilizando critérios padronizados (cicatriz pace mapping) na borda da cicatriz. A ablaçao foi realizada após definiçao do circuito e do substrato pelas técnicas descritas.
RESULTADOS: Foram realizados 34 procedimentos, com sucesso imediato de 79%. Foi encontrada cicatriz epicárdica em 88% dos pacientes. Nao houve tamponamento cardíaco ou qualquer outra complicaçao grave relacionada ao procedimento. No seguimento de 12 meses, a taxa de recorrência foi de 15% sem induçao de taquicardia ventricular e três pacientes morreram devido a progressao da falência cardíaca.
CONCLUSAO: A ablaçao endocárdica e epicárdica foi segura e efetiva para o controle da taquicardia ventricular em pacientes com doença de Chagas
Impacto da ablação da fibrilação atrial na pressão de enchimento ventricular esquerdo e remodelamento atrial esquerdo
Fundamento:A disfunção diastólica do ventrículo esquerdo (VE) está associada a novos episódios de fibrilação atrial (FA), e a estimativa das pressões de enchimento do VE através da razão E/e' está relacionada a um pior prognóstico em pacientes com FA. Entretanto, não se sabe se a restauração do ritmo sinusal pode reverter este processo.Objetivo:Avaliar o impacto da ablação da FA na estimativa da pressão de enchimento do VE.Métodos:Um total de 141 pacientes foi submetido à ablação por radiofrequência (RF) para o tratamento da FA refratária a drogas. Foi realizado ecocardiograma transtorácico 30 dias antes e 12 meses após a ablação. Foram avaliados os parâmetros funcionais do VE, volume do átrio esquerdo indexado (VAEi) e Doppler transmitral pulsado e Doppler tecidual do anel mitral (e' e E/e'). Dezoito pacientes apresentavam FA paroxística, 102 persistente e 21 pacientes FA persistente de longa duração. O acompanhamento incluiu ECG e monitoramento pelo sistema Holter 24h, 3, 6 e 12 meses após a ablação.Resultados:Cento e dezessete pacientes (82,9%) não apresentaram FA durante o acompanhamento (média de 18 meses ± 5 meses). O VAEi apresentou redução significativa no grupo com sucesso (30,2 mL/m2 ± 10,6 mL/m2 para 22,6 mL/m2 ± 1,1 mL/m2, p < 0,001) em comparação ao grupo sem sucesso (37,7 mL/m2 ± 14,3 mL/m2 para 37,5 mL/m2 ± 14,5 mL/m2, p = ns). A melhora da estimativa da pressão de enchimento do VE, avaliada através da redução na razão E/e', foi observada apenas após ablação com sucesso (11,5 ± 4,5 vs. 7,1 ± 3,7, p < 0,001), não sendo observada em pacientes com FA recorrente (12,7 ± 4,4 vs. 12 ± 3,3, p = ns). A taxa de sucesso foi menor no grupo com FA persistente de longa duração (57% vs. 87%, p = 0,001).Conclusão:A ablação da FA com sucesso está associada ao remodelamento reverso do átrio esquerdo (AE) e a uma melhora da estimativa na pressão de enchimento do VE.Background:Left ventricular (LV) diastolic dysfunction is associated with new-onset atrial fibrillation (AF), and the estimation of elevated LV filling pressures by E/e' ratio is related to worse outcomes in patients with AF. However, it is unknown if restoring sinus rhythm reverses this process.Objective:To evaluate the impact of AF ablation on estimated LV filling pressure.Methods:A total of 141 patients underwent radiofrequency (RF) ablation to treat drug-refractory AF. Transthoracic echocardiography was performed 30 days before and 12 months after ablation. LV functional parameters, left atrial volume index (LAVind), and transmitral pulsed and mitral annulus tissue Doppler (e' and E/e') were assessed. Paroxysmal AF was present in 18 patients, persistent AF was present in 102 patients, and long-standing persistent AF in 21 patients. Follow-up included electrocardiographic examination and 24-h Holter monitoring at 3, 6, and 12 months after ablation.Results:One hundred seventeen patients (82.9%) were free of AF during the follow-up (average, 18 ± 5 months). LAVind reduced in the successful group (30.2 mL/m2 ± 10.6 mL/m2 to 22.6 mL/m2 ± 1.1 mL/m2, p < 0.001) compared to the non-successful group (37.7 mL/m2 ± 14.3 mL/m2 to 37.5 mL/m2 ± 14.5 mL/m2, p = ns). Improvement of LV filling pressure assessed by a reduction in the E/e' ratio was observed only after successful ablation (11.5 ± 4.5 vs. 7.1 ± 3.7, p < 0.001) but not in patients with recurrent AF (12.7 ± 4.4 vs. 12 ± 3.3, p = ns). The success rate was lower in the long-standing persistent AF patient group (57% vs. 87%, p = 0.001).Conclusion:Successful AF ablation is associated with LA reverse remodeling and an improvement in LV filling pressure
Impact of Atrial Fibrillation Ablation on Left Ventricular Filling Pressure and Left Atrial Remodeling
Background: Left ventricular (LV) diastolic dysfunction is associated with new-onset atrial fibrillation (AF), and the estimation of elevated LV filling pressures by E/e' ratio is related to worse outcomes in patients with AF. However, it is unknown if restoring sinus rhythm reverses this process. Objective: To evaluate the impact of AF ablation on estimated LV filling pressure. Methods: A total of 141 patients underwent radiofrequency (RF) ablation to treat drug-refractory AF. Transthoracic echocardiography was performed 30 days before and 12 months after ablation. LV functional parameters, left atrial volume index (LAVind), and transmitral pulsed and mitral annulus tissue Doppler (e' and E/e') were assessed. Paroxysmal AF was present in 18 patients, persistent AF was present in 102 patients, and long-standing persistent AF in 21 patients. Follow-up included electrocardiographic examination and 24-h Holter monitoring at 3, 6, and 12 months after ablation. Results: One hundred seventeen patients (82.9%) were free of AF during the follow-up (average, 18 ± 5 months). LAVind reduced in the successful group (30.2 mL/m2 ± 10.6 mL/m2 to 22.6 mL/m2 ± 1.1 mL/m2, p < 0.001) compared to the non-successful group (37.7 mL/m2 ± 14.3 mL/m2 to 37.5 mL/m2 ± 14.5 mL/m2, p = ns). Improvement of LV filling pressure assessed by a reduction in the E/e' ratio was observed only after successful ablation (11.5 ± 4.5 vs. 7.1 ± 3.7, p < 0.001) but not in patients with recurrent AF (12.7 ± 4.4 vs. 12 ± 3.3, p = ns). The success rate was lower in the long-standing persistent AF patient group (57% vs. 87%, p = 0.001). Conclusion: Successful AF ablation is associated with LA reverse remodeling and an improvement in LV filling pressure