9 research outputs found

    Sigilo médico em caso de gestantes com HIV/Aids

    Get PDF
    Introdução: A gestação de uma mulher HIV/AIDS positiva é preocupante para a futura mãe, para o bebê e para a saúde pública. Por isso, há necessidade de cuidados especiais com a paciente. Segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde, o número de gestantes diagnosticadas com HIV comparando capitais brasileiras teve uma redução significativa de 2004 a 2015 (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2016). Logo, cabe ao médico explicar de maneira simples os riscos da passagem viral em cada etapa da gestação (MATURANA et al., 2007) e explanar que sua sorologia é sigilosa perante a sociedade (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2003). Objetivos: Analisar a conduta médica relacionada ao sigilo profissional e identificar dificuldades no esclarecimento dos métodos preventivos da transmissão vertical do vírus HIV. Metodologia: Tratou-se de uma revisão sobre dilemas éticos do sigilo e a relação médico-paciente utilizando a busca on-line de artigos relacionados ao assunto nas bases científicas do Scielo e Google Acadêmico, utilizando-se os seguintes descritores: “HIV e gestantes” e “Sigilo médico e gestantes” a partir de 2007. Resultados: A maior parte (65%) da transmissão vertical do HIV ocorre durante o trabalho de parto e no parto, e o restante (35%) via intrauterina e por meio do aleitamento materno (MATURANA et al., 2007). Por isso, a comunicação sobre o uso de medicamentos antirretrovirais, a indicação de parto cesáreo e a impossibilidade de amamentação precisa ser feita de modo adequado, pois pode gerar sentimento de culpa diante da inviabilidade de escolhas da mulher. Observa-se, assim, a necessidade de ações de apoio socioemocional à paciente, pois o ciclo gravídico configura uma experiência singular e complexa (CARTAXO et al., 2013). Além disso, o médico precisa estar ciente de que, pelo Código de Ética Médica, o sigilo profissional deve ser respeitado em relação aos pacientes portadores do vírus da AIDS, salvo em algumas situações, como as que figuram justa causa, quando a gestante não cumpre o que foi indicado pelo médico, aumentando o risco para o bebê de adquirir HIV (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2003). Conclusão: O estudo permitiu concluir que o maior desafio está na condução do diálogo estabelecido na relação médico-paciente para esclarecer dúvidas e condutas gestacionais visando a um bom prognóstico e evitar danos psicológicos à paciente. Ao mesmo tempo, por meio desse elo, o profissional de saúde também cumpre seu papel ético e de responsabilidade pública, permitindo um melhor controle da transmissão do HIV da mãe para o feto sem expor sua sorologia positiva à sociedade.Palavras-chave: HIV. Ética médica. Relação médico-paciente. Transmissão vertical

    Influência da relação médico-familiar na comunicação do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA)

    Get PDF
    Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma doença de distúrbio cerebral de origem genética que afeta o convívio social e está presente em uma a cada 160 crianças (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2017). Por isso, a comunicação desse transtorno constitui um momento particularmente sensível, pelas implicações que acarreta na vida familiar e expectativas parentais (MARTINS et al., 2012). Objetivos: Analisar como os pais preferem receber o diagnóstico do filho com autismo, bem como estipular melhorias de comunicação na hora dessa declaração e fortalecer a relação médico-paciente com as famílias. Metodologia: Trata-se de uma análise de artigos sobre o diagnóstico de TEA associado a dilemas éticos relacionados à comunicação de más notícias; utilizou-se a busca on-line nas bases científicas do PubMed e Scielo utilizando-se os seguintes descritores: “Autismo e pais” e “Autismo e diagnósticos” a partir de 2015. Resultados: Na hora de exprimir o diagnóstico é de preferência dos pais que as informações transmitidas e todos os tratamentos disponíveis sobre o TEA sejam explanados de forma clara e compreensível, como prevê o Artigo 32 do Código de Ética Médica (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2009). Além disso, sugere-se que os médicos indiquem contatos de associações de pais de criança com o mesmo transtorno (MARTINS et al., 2012). Para a melhoria da relação médico-familiar é imprescindível um atendimento contínuo e periódico, capaz de acompanhar a trajetória do diagnosticado e indicar orientações de acordo com as condições que a criança apresenta em cada momento do seu desenvolvimento (CAMPOY, 2015). Ademais, o ato de informar más notícias provoca nos profissionais da saúde acentuado desconforto emocional, e isso é diminuído somente na habilidade prática da própria tarefa; como consequência, nota-se falta o estudo de protocolos médicos que ajudariam nessas situações (KOCH, 2017). Conclusão: A busca por uma efetivação de um protocolo na hora de anunciar o diagnóstico do Autismo aos familiares é essencial para guiar o médico-assistente e amparar os pais. Portanto, mais investimento em pesquisa nessa área é importante para padronizar tal comunicação e consequentemente melhorar a relação médico parental.Palavras-chave: Diagnóstico do TEA. Dilemas éticos. Relação médico-familiar. Revelação da verdade.

    TUMORES RELACIONADOS AO HPV: ESTUDO RETROSPECTIVO DE QUATRO CASOS SOBRE MULHERES PÓS-MENOPAUSA

    Get PDF
    Papilomavírus humano (HPV) é um vírus transmitido sexualmente que pode ficar no organismo por anos e não desenvolver sintomas; porém os tipos de alto risco, como 16 e 18, estão associados à maior incidência de câncer de colo de útero (INCA, 2016). No presente estudo teve-se como objetivo analisar casos em que mulheres no período pós-menopausa não detectaram a presença do vírus HPV antes de o tumor se desenvolver. Trata-se de uma análise de relatos de caso encontrados no PubMed de quatro mulheres com quadros parecidos de não diagnóstico da patologia citada. Os quatro casos estudados são de mulheres no período pós-menopausa, entre 63 e 79 anos, que desenvolveram câncer de colo de útero em razão da presença do HPV. Em um dos casos, o exame citopatológico não foi capaz de detectar a existência do vírus, e nos outros três, o diagnóstico tardio veio apenas para confirmar a suspeita da relação entre o desenvolvimento do câncer com o HPV (SHI et al., 2015; ZAPPACOSTA, 2015). A importância de efetuar o preventivo é evidente em qualquer faixa etária. Em mulheres de meia idade, inclusive as pós-menopáusicas, o exame deve ser indispensável e anual, visto que muitas o negligenciam por acreditarem não estar mais suscetíveis a determinadas patologias depois de certa idade. Por possuir algumas limitações como alta taxa de falsos negativos, outras formas de diagnóstico para infecção decorrente de HPV devem ser utilizadas. A partir da análise dos casos, evidencia-se a necessidade de um acompanhamento bem feito da saúde da mulher idosa, seja por Papanicolau ou exames complementares, como testes biomoleculares para HPV, pois esta é a melhor maneira de identificá-lo e prevenir o câncer de colo de útero (SHI et al., 2015; ZAPPACOSTA, 2015).Palavras-chave: HPV pós-menopausa. Papanicolau. Câncer de colo de útero.

    Influência da relação médico-familiar na comunicação do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA)

    No full text
    Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma doença de distúrbio cerebral de origem genética que afeta o convívio social e está presente em uma a cada 160 crianças (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2017). Por isso, a comunicação desse transtorno constitui um momento particularmente sensível, pelas implicações que acarreta na vida familiar e expectativas parentais (MARTINS et al., 2012). Objetivos: Analisar como os pais preferem receber o diagnóstico do filho com autismo, bem como estipular melhorias de comunicação na hora dessa declaração e fortalecer a relação médico-paciente com as famílias. Metodologia: Trata-se de uma análise de artigos sobre o diagnóstico de TEA associado a dilemas éticos relacionados à comunicação de más notícias; utilizou-se a busca on-line nas bases científicas do PubMed e Scielo utilizando-se os seguintes descritores: “Autismo e pais” e “Autismo e diagnósticos” a partir de 2015. Resultados: Na hora de exprimir o diagnóstico é de preferência dos pais que as informações transmitidas e todos os tratamentos disponíveis sobre o TEA sejam explanados de forma clara e compreensível, como prevê o Artigo 32 do Código de Ética Médica (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2009). Além disso, sugere-se que os médicos indiquem contatos de associações de pais de criança com o mesmo transtorno (MARTINS et al., 2012). Para a melhoria da relação médico-familiar é imprescindível um atendimento contínuo e periódico, capaz de acompanhar a trajetória do diagnosticado e indicar orientações de acordo com as condições que a criança apresenta em cada momento do seu desenvolvimento (CAMPOY, 2015). Ademais, o ato de informar más notícias provoca nos profissionais da saúde acentuado desconforto emocional, e isso é diminuído somente na habilidade prática da própria tarefa; como consequência, nota-se falta o estudo de protocolos médicos que ajudariam nessas situações (KOCH, 2017). Conclusão: A busca por uma efetivação de um protocolo na hora de anunciar o diagnóstico do Autismo aos familiares é essencial para guiar o médico-assistente e amparar os pais. Portanto, mais investimento em pesquisa nessa área é importante para padronizar tal comunicação e consequentemente melhorar a relação médico parental.Palavras-chave: Diagnóstico do TEA. Dilemas éticos. Relação médico-familiar. Revelação da verdade.

    TUMORES RELACIONADOS AO HPV: ESTUDO RETROSPECTIVO DE QUATRO CASOS SOBRE MULHERES PÓS-MENOPAUSA

    No full text
    Papilomavírus humano (HPV) é um vírus transmitido sexualmente que pode ficar no organismo por anos e não desenvolver sintomas; porém os tipos de alto risco, como 16 e 18, estão associados à maior incidência de câncer de colo de útero (INCA, 2016). No presente estudo teve-se como objetivo analisar casos em que mulheres no período pós-menopausa não detectaram a presença do vírus HPV antes de o tumor se desenvolver. Trata-se de uma análise de relatos de caso encontrados no PubMed de quatro mulheres com quadros parecidos de não diagnóstico da patologia citada. Os quatro casos estudados são de mulheres no período pós-menopausa, entre 63 e 79 anos, que desenvolveram câncer de colo de útero em razão da presença do HPV. Em um dos casos, o exame citopatológico não foi capaz de detectar a existência do vírus, e nos outros três, o diagnóstico tardio veio apenas para confirmar a suspeita da relação entre o desenvolvimento do câncer com o HPV (SHI et al., 2015; ZAPPACOSTA, 2015). A importância de efetuar o preventivo é evidente em qualquer faixa etária. Em mulheres de meia idade, inclusive as pós-menopáusicas, o exame deve ser indispensável e anual, visto que muitas o negligenciam por acreditarem não estar mais suscetíveis a determinadas patologias depois de certa idade. Por possuir algumas limitações como alta taxa de falsos negativos, outras formas de diagnóstico para infecção decorrente de HPV devem ser utilizadas. A partir da análise dos casos, evidencia-se a necessidade de um acompanhamento bem feito da saúde da mulher idosa, seja por Papanicolau ou exames complementares, como testes biomoleculares para HPV, pois esta é a melhor maneira de identificá-lo e prevenir o câncer de colo de útero (SHI et al., 2015; ZAPPACOSTA, 2015).Palavras-chave: HPV pós-menopausa. Papanicolau. Câncer de colo de útero.

    SARS-CoV-2 in a Mink Farm in Italy: Case Description, Molecular and Serological Diagnosis by Comparing Different Tests

    No full text
    This study described a SARS-CoV-2 infection in minks on an Italian farm. Surveillance was performed based on clinical examination and a collection of 1879 swabs and 74 sera from dead and live animals. The farm was placed under surveillance for 4.5 months, from the end of July 2020, when a man working on the farm tested positive by RT-PCR, till mid-December 2020 when all the animals were sacrificed. Clinical examination revealed no clinical signs or increased mortality rates attributable to SARS-CoV-2, while diagnostic tests detected only four weak PCR-positive samples, but 100% of sera were positive for SARS-CoV-2 anti-S antibodies. The phylogenetic analysis of two SARS-CoV-2 sequences from two minks and the sequence of the worker showed that they belonged to different clades. It could be therefore assumed that two distinct introductions of the virus occurred on the farm, and that the first introduction probably occurred before the start of the surveillance period. From the data collected, and especially from the detection of specific antibodies through the combination of different tests, it can be postulated that syndromic surveillance combined with genome detection by PCR may not be sufficient to achieve a diagnosis in asymptomatic animals. In particular, the serological approach, especially when using tests directed towards the S protein, may be useful for improving the traceability of virus circulation in similar environments

    N-3 fatty acids in patients with multiple cardiovascular risk factors

    No full text

    N-3 fatty acids in patients with multiple cardiovascular risk factors

    No full text
    BACKGROUND: Trials have shown a beneficial effect of n-3 polyunsaturated fatty acids in patients with a previous myocardial infarction or heart failure. We evaluated the potential benefit of such therapy in patients with multiple cardiovascular risk factors or atherosclerotic vascular disease who had not had a myocardial infarction. METHODS: In this double-blind, placebo-controlled clinical trial, we enrolled a cohort of patients who were followed by a network of 860 general practitioners in Italy. Eligible patients were men and women with multiple cardiovascular risk factors or atherosclerotic vascular disease but not myocardial infarction. Patients were randomly assigned to n-3 fatty acids (1 g daily) or placebo (olive oil). The initially specified primary end point was the cumulative rate of death, nonfatal myocardial infarction, and nonfatal stroke. At 1 year, after the event rate was found to be lower than anticipated, the primary end point was revised as time to death from cardiovascular causes or admission to the hospital for cardiovascular causes. RESULTS: Of the 12,513 patients enrolled, 6244 were randomly assigned to n-3 fatty acids and 6269 to placebo. With a median of 5 years of follow-up, the primary end point occurred in 1478 of 12,505 patients included in the analysis (11.8%), of whom 733 of 6239 (11.7%) had received n-3 fatty acids and 745 of 6266 (11.9%) had received placebo (adjusted hazard ratio with n-3 fatty acids, 0.97; 95% confidence interval, 0.88 to 1.08; P=0.58). The same null results were observed for all the secondary end points. CONCLUSIONS: In a large general-practice cohort of patients with multiple cardiovascular risk factors, daily treatment with n-3 fatty acids did not reduce cardiovascular mortality and morbidity. Copyright © 2013 Massachusetts Medical Society

    Are all people with diabetes and cardiovascular risk factors or microvascular complications at very high risk? Findings from the Risk and Prevention Study

    No full text
    corecore