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    Tecnologias de convivência com a seca e os pequenos agricultores do semi-árido nordestino.

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    A utilização de tecnologias para convivência com a seca pelos pequenos agricultores da região semi-árida do Nordeste, apresenta baixo nível de adoção. Isso devido, principalmente, à grande diversidade de fatores sócio- econômicos e geoambientais que se apresentam nesta região, como também a fatores relacionados diretamente com o processo de adoção das tecnologias. O objetivo desse trabalho foi identificar quais tecnologias de convivência com a seca foram adotadas pelos pequenos agricultores de três comunidades localizadas na região semi -árida da Bahia e Pernambuco e as causas da não adoção. O trabalho foi realizado nas comunidades de Fazenda Saco, no município de Jaguarari-BA, e Algodões, no município de Casa Nova-BA e Caiçara, em Petrolina-PE, no período de janeiro a dezembro de 2002. Em cada comunidade foi aplicado um questionário com os agricultores selecionados por meio de uma amostra aleatória simples, num total de 99 agricultores, com as seguintes variáveis: 1) agricultores que utilizam a cisterna rural; 2) agricultores que utilizam o barreiro para irrigação suplementar; 3) agricultores que utilizam a barragem subterrânea; 4) agricultores que utilizam o sistema de captação de água de chuva "in sim"; 5) agricultores que utilizam o capim búfel; 6) agricultores que utilizam a maniçoba e leucena, e 7) motivos da não utilização das tecnologias. A partir dos resultados, observa-se que 34,29% dos agricultores não utilizam as tecnologias. O desconhecimento das técnicas pelos agricultores é o principal motivo da não utilização, com Índice de 51,43% para o sistema de captação de água de chuva. As tecnologias mais utilizadas pelos agricultores das comunidades analisadas são aquelas voltadas para a obtenção de água para o consumo humano e para alimentação dos rebanhos nos períodos de seca. A cisterna rural é o principal meio de captação e armazenamento de água nas comunidades. O capim búfel, a maniçoba e a leucena são as alternativas mais utilizadas pelos agricultores para alimentação dos animais. Há um percenmal significativo de agricultores nas comunidades que não conhecem algumas tecnologias de convivência com a seca, as quais podem ter uma contribuição muito importante na melhoria das condições de subsistência dos pequenos agricultores diante das adversidades que ocorrem na região semi-árida do Nordeste

    Levantamento da produção de xilopódio e os efeitos de sua retirada sobre a frutificação e persistência de plantas nativas de imbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.).

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    Conduziu-se este trabalho com o objetivo de fazer um levantamento da produção de xilopódios no imbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.) e avaliar as conseqüências da retirada dos mesmos para a produção de frutos e sobrevivência da planta. O trabalho foi realizado com 16 plantas nativas encontradas na área de caatinga da Estação Experimental da Caatinga, Embrapa Semi-Árido, em Petrolina - PE, no período de novembro de 1994 a abril de 1999. Em 12 planas, foram demarcados quatro quadrantes medindo 2 m x 4 m, com 1 m de profundidade,afastados 1 m do tronco. Em cada ano, foram retirados os xilopódios de cada quadrante. As variáveis analisadas foram as seguintes: quantidade e peso total dos xilopódios por planta; período de ocorrência da brotação; floração e frutificação, e produção de frutos. A produção de xilopódio por planta foi, em média, de 367,25 com um peso médio de 683,52 kg por planta. A média de xilopódios encontrados por quadrante foi de 91,81, com peso médio de 1,92 kg. nâo houve diferença significativa no período de ocorrência da brotação, floração e frutificação entre as plantas avaliadas. No entanto, a produção de frutos sofreu uma redução média de 40,24% durante o período de observação

    Em busca de água no Sertão do Nordeste.

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    Nos sertões do Nordeste brasileiro, a água é o principal obstáculo para a sobrevivência dos agricultores e animais. A vulnerabilidade a que estão expostas as populações rurais, em decorrência da instabilidade climática, é dramatizada pelos períodos de seca que ocorrem, em média, a cada cinco anos. Este trabalho teve como objetivo fazer um levantamento com os agricultores de três comunidades da região semi-árida do município de Petrolina-PE, quanto à existência de cisternas rurais para captação e acumulação de água em suas residências no ano de 2002. Foram acompanhadas 48 famílias no período de janeiro a dezembro de 2002. Desse total, 35 possuem cisternas rurais em suas residências. Em uma comunidade, não foi encontrada nenhuma cisterna rural. Com esses resultados, pode-se concluir que as ações governamentais implementadas na região semi-árida do Nordeste, via programas de construção de cisternas rurais e outras fontes de captação e acumulação de água, embora tenham contribuído, em parte, para o alívio das populações rurais atendidas por esses programas, ainda não foram suficientes para a grande transformação da região, que é a convivência com a seca, pois a cada novo período de estiagem que ocorre na região, as calamidades provocadas pela seca voltam a trazer transtornos para os habitantes do semi-árido

    Capacidade de captação da água de chuva em cisternas de comunidades da zona rural do município de Petrolina, Pernambuco.

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    A cisterna é uma forma milenar de armazenar água das chuvas em regiões que não dispõem de fornecimento de água permanente. No semi-árido do Nordeste brasileiro, a cisterna tem sido uma das principais formas de captação e armazenamento da água da chuvas, todavia, os longos períodos de estiagem que ocorre na região a água das cisternas não têm sido suficiente para atender as necessidades das famílias rurais. Este trabalho teve como objetivo fazer um levantamento junto aos agricultores de quatro comunidades do município de Petrolina, PE, quanto capacidade de captação e armazenamento de água de chuva em cisternas. O trabalho foi realizado de janeiro a dezembro de 2004 com os agricultores das comunidades de Caldeirão, Varginha e Cacimba do Baltazar. Foram acompanhadas 33 famílias. Os resultados obtidos demonstraram que o período analisado a precipitação média foi de 813,6 mm. A água da chuva acumulada nas cisternas não foi suficiente para atender as necessidades dos agricultores no período da seca. Os carros-pipa têm contribuído significativamente na complementação da água para os agricultores da zona rural. Com esses resultados, pode-se concluir que as cisternas embora tenham contribuído em parte para solução do problema da falta de água na região, não acumulam água suficiente para o atendimento das famílias no período de seca

    Transporte e armazenamento de água para consumo humano no Sertão do Nordeste em período de seca.

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    A questão da água na região semi-árida não está limitada unicamente ao seu fornecimento para os habitantes, pois a qualidade da mesma e sua conservação têm sido causa de alguns transtornos para muitas famílias, principalmente da zona rural, devido a fatores contaminantes, tanto biológicos com naõ biológicos. Há relatos de contaminação com vários microrganismos do grupo coliformes fecais e bactérias. Este trabalho teve como objetivo fazer um levantamento dos meios utilizados para o transporte e armazenamento de água para o consumo humano em alguns municípios do semi-árido do Nordeste em período de seca. Para realização desse estudo foram realizadas viagens a alguns municípios e comunidades da região com o objetivo de observar a forma que a água estava sendo transportada e armazenada para atender as necessidades de consumo de água das famílias nas zonas rurais e urbanas no período de janeiro a dezembro de 2003. Em cada localidade visitada foram obtidas informações quanto à fonte de água, os meios de transporte da água e o tipo de recipiente utilizado para armazenar a mesma. Foram realizadas entrevistas com agricultores, motoristas de carros-pipa e vendedores de bombonas e tambores de aço utilizados para o transporte e o armazenamento de água. Os resultados obtidos indicam que, os meios de transporte de água utilizados para o atendimento das populações em períodos de seca não atendem as exigências da legislação em vigor. Há falta de fiscalização na utilização dos carros-pipa para o transporte de água para o consumo humano. Alguns recipientes utilizados pelos agricultores para o transporte e o armazenamento de água para o consumo não são adequados e pode causar danos a saúde

    A falta de chuvas e as dificuldades para os pequenos agricultores do semi-árido alimentarem os animais na seca.

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    Na região semi-árida do Nordeste, as irregularidades das chuvas têm contribuído para que os sistemas de exploração dos pequenos agficultores não alcancem resultados satisfatórios, com implicações severas para as condições de renda e, consequentemente, de vida desses agricultores. O objetivo deste estudo foi identificar quais alternativas tecnológicas os pequenos agricultores de cinco comunidades localizadas na região semi-árida dos e~tados da Bahia e Pernambuco utilizaram para alimentação dos animais nas secas de 2000, 2001 e 2002. Para realização deste estudo, foi aplicado um questionário com 539 pequenos agricultores das comunidades de Santo Antônio (Jaguarari-BA), Riacho do Sobrado (Casa Nova-BA), Poço do Canto (Petrolina-PE), Caldeirão da Serra (Uauá-BA) e Sítio Caladinho (Curaçá-BA), no período de janeiro a dezembro de cada ano. Os resultados obtidos demonstraram que nas secas de 2000, 2001 e 2002 as alternativas mais utilizadas nas comunidades para alimentação dos animais foram o mandacaru, a macambira e o facheiro. O barreiro foi a principal fonte de água utilizada para os animais

    Colheita e comercialização de frutos de imbuzeiro pelos agricultores da Região Semi-Árida do Nordeste.

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    O imbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) é uma fruteira nativa da Região Semi-Árido do Nordeste, de grande importância para as populações rurais da região. Além de fonte de renda alternativa para os agricultores, a safra do imbuzeiro é também a principal atividade de absorção de mão-de-obra das famílias rurais na época da colheita. O objetivo deste estudo é verificar a participação do extrativismo do fruto do imbuzeiro na absorção de mão-de-obra e na geração de renda dos agricultores de cinco comunidades da Região Semi-Árida do Estado da Bahia, nas safras 2001, 2002 e 2003. Foram acompanhados 878 agricultores participantes da colheita de imbu, e os resultados obtidos demonstram que, na safra de 2001, em média 68 agricultores de cada comunidade participaram do extrativismo do fruto, cuja renda média foi, para cada um deles, de R328,82.Nasafrade2002houveumareduc\ca~odopercentualdessestrabalhadores,oqualcaiuenta~opara58,comumarendameˊdiadeR 328,82. Na safra de 2002 houve uma redução do percentual desses trabalhadores, o qual caiu então para 58, com uma renda média de R 334,44 para cada agricultor. Na safra de 2003, a média de agricultores por comunidade caiu para 48, o que significou uma redução na participação da colheita, e proporcionou uma das rendas médias mais baixas do período analisado. Com esses resultados, pode-se concluir que a colheita e a comercialização do fruto do imbuzeiro são de fundamental importância para a formação da renda dos agricultores, bem como para a absorção de mão-de-obra no meio rural no período da safra

    Produção de frutos do imbuzeiro (Spondias tuberosa, Arruda) na região semi-árida do Nordeste.

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    O objetivo deste estudo foi fazer o levantamento da produção de frutos de 36 plantas nativas de imbuzeiro localizadas em três comunidades de pequenos agricultores da região semi-árida do Estado da Bahia
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