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    Colecções, gabinetes e museus em Portugal no século XVIII

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    "Sem resumo feito pelo autor"; - A ideia de que em Portugal, ao longo do séc. XVIII, não teriam existido verdadeiras realizações museais (colecções privadas ou museus de iniciativa institucional) encontra-se mais divulgada do que se poderia supor, mesmo em alguns meios universitários ligados à história, à história da arte e à literatura. Esta ocorrência encontra expressão no facto de os raros estudos de conjunto elaborados nos últimos anos - quase exclusivamente firmados em fontes secundárias - terem revelado óbvias dificuldades heurísticas, exibindo, talvez por esta limitação documental, uma dimensão narrativa pouco ambiciosa' . A desvalorização historiográfica do tema museológico é igualmente comprovável pela quase total ausência de referências nas sucessivas histórias de Portugal que, desde a monumental história 'de Barcelos' (1928-1938) até à dirigida por José Mattoso (1992-1993), se têm vindo a editar, bem como no facto de não ser matéria de publicação habitual nas revistas especializadas da área das ciências humanas e sociais, sabendo-se como não tem sido possível até hoje assegurar a publicação periódica de uma revista de estudos museológicos. As razões de tal alheamento podem ser múltiplas mas relacionam-se em grande medida com o facto de ser muito recente entre nós o estatuto universitário da museologia ou, se se preferir a designação anglosaxónica, dos museum studies. De facto, há um fundamento indiscutível nesta asserção quando se confronta a débil produção de textos originais no âmbito dos antigos cursos de conservadores de museus (leccionados no Museu Nacional de Arte Antiga) com a qualidade metodológica e conceptual já atingida por recentes dissertações de doutoramento e de mestrado em museologia histórica. Deve ser lembrado, porém, que mesmo nas escolas de maior produção teórica nesta área (inglesa, francesa, italiana e norte-americana) os estudos modernos sobre a história das colecções começaram a surgir aproximadamente há década e meia , sendo significativo que a revista de referência em língua inglesa - o Journal of the History of Collections - tenha ganho corpo apenas na década de noventa. Com a conhecida e honrosa excepção da Universidade checa de Brno (a primeira a institucionalizar o ensino e a investigação em museologia), a recepção universitária a estes novos conteúdos disciplinares foi conseguida muito lentamente em todo o espaço europeu, sendo relativamente recentes, por exemplo, os casos da Escandinávia e da Espanha , como recentes são três das reuniões científicas internacionais que mais eco obtiveram entre os investigadores da realidade museológica setecentista: L'anticomanie. La collection d'antiquités aux 18e et 19e siécles (Montpellier-Lattes, 1988), Visions of Empire: voyagesr botany, and nepresentations of nature (Los Angeles,1991), e Les Musées en Europe à la veille de !'ouverture du Louvre (Paris, 1993) . Também nos E. U. A., na University of Southern California de Los Angeles, sobrevieram sérias resistências quando ali se delineou, em 1981, um programa de post-graduação para conservadores. A sua responsável, Selma próprio meio universitário: "A pesar de lo atractivo y fascinante de este reto, era completamente consciente de que ni los profesionales del entorno dei museo, ni los historiadores de arte, los científicos o los etnólogos comprometidos con el medio universitario estaban preparados para aceptar los estudios de la Museología como una via legítima (y menos aún, necesaria) de especialización dentro de la Universidad" Hoje, são os próprios organismos responsáveis pelos museus estatais que incentivam a colaboração com as universidades , de acordo aliás com o percurso normal de aceitação de novos saberes em constituição que ultrapassam, como bem evidenciou Tomislav Sala, o universo físico do Museu: "museology is not a science of museums, i.e. institution-centred

    HÁBITO CULTURAL DE VISITAR MUSEUS: ESTUDO DE PÚBLICO SOBRE O MUSEU DO HOMEM DO NORDESTE, BRASIL

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    A relação museu e público visitante é recorrente em investigações das áreas da Museologia e da Ciência da Informação, sendo na primeira sob a denominação de estudo de público e na última ancorada pelos estudos de usuários. Desta forma, a pesquisa em relato tem como objetivo analisar o hábito cultural de visitar museus e a percepção do público/visitante, no caso estudantes do Curso de Graduação em Biblioteconomia da Universidade Federal da Paraíba, sobre o Museu do Homem do Nordeste. Para tanto, a partir da compreensão de Turismo Acadêmico, apresenta enquadramento teórico sobre definição, importância e funções dos espaços museais; iniciativas e diagnósticos de estudos de público; relação dos estudos de público da área da Museologia e os estudos de usuários da área da Ciência da Informação. Utiliza como instrumento de coleta de dados questionários elaborados mediante o aplicativo Google docs. Como principais resultados, constata que o grupo investigado frequenta raramente os espaços museais, apontando majoritariamente, o desconhecimento dos museus da cidade em que vivem, seguido da falta de interesse, falta de tempo e dificuldade de acesso aos espaços museais. Conclui que o hábito cultural de visitar museus precisa e deve ser fomentado na formação dos estudantes, considerando a raiz cultural e epistemológica que une a Museologia e a Biblioteconomia, com possibilidade de enriquecimento teórico-prático na utilização do Turismo Acadêmico como estratégia didático-metodológica na formação destas áreas

    Aspectos mineralógicos das "Viagens Filosóficas" pelo território brasileiro na transição do século XVIII para o século XIX Mineralogical aspects of 'Philosophical Voyages' through the Brazilian territory during the transition from the eighteenth to the nineteenth centuries

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    O objetivo deste artigo é mostrar os aspectos mineralógicos das "Viagens Filosóficas" realizadas no Império português na transição do século XVIII para o XIX, com ênfase no Brasil. Tais expedições científicas e seus resultados inserem Portugal e suas possessões no contexto científico do período. Acreditamos que as "Viagens Filosóficas" estão entre os elementos mais relevantes para entender o processo de institucionalização das ciências naturais no Brasil, particularmente - no caso deste artigo - as ciências mineralógicas.<br>The late eighteenth- and early nineteenth-century scientific expeditions undertaken by the Crown earned Portugal and its possessions a place on the period's scientific stage. These Philosophical Voyages provide us with invaluable elements for understanding the process by which the natural sciences were institutionalized in Brazil, especially - in the case of this article - the mineralogical sciences

    Ciência, Crise e Mudança. 3.º Encontro Nacional de História das Ciências e da Tecnologia. ENHCT2012

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    III Encontro Nacional de História das Ciências e da Tecnologia. O Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência, organiza o 3.º Encontro Nacional de História da Ciência e da Técnica, sob o tema «Ciência, Crise e Mudança» que tem lugar na Universidade de Évora, nos dias 26, 27 e 28 de Setembro de 2012. O Primeiro Encontro Nacional de História da Ciência teve lugar em 21 e 22 Julho de 2009, no seguimento do programa de estímulo ao de¬senvolvimento da História da Ciência em Portugal e de valorização do património cultural e científico do País, lançado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) em 31 de Janeiro desse ano. A sua organização coube a investigadores do Instituto de História Contemporânea (IHC), da FCSH da UNL, e do Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), em cujas instalações se realizou. De en¬tre as conclusões do Encontro, destacou-se a de realizar periodicamen¬te novos Encontros Nacionais, a serem organizados de forma rotativa por diferentes centros e núcleos de investigadores. Na sequência deste Primeiro Encontro, o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT) organizou, entre 26 e 28 de Julho de 2010, o II Encontro, dedicado ao tema “Comunicação das Ciências e da Tecnologia em Portugal: Agentes, Meios e Audiências”. Cabe agora ao CEHFCi cumprir o que foi decidido no final deste Encontro. Na situação económica e política que hoje vivemos torna-se particularmente urgente aprofundar o estudo e o debate sobre a interação entre a Sociedade, a Ciência e a sua História. Coordenação Científica e Executiva do encontro estiveram a cargo de dois investigadores CEHFCi: Maria de Fátima Nunes, José Pedro Sousa Dia

    As viagens científicas realizadas pelo naturalista Martim Francisco Ribeiro de Andrada na capitania de São Paulo (1800-1805)

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