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    Romantismo e objetividade: notas sobre um panorama do Rio de Janeiro

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    The article deals with the great Panorama of Rio de Janeiro exhibited in Paris, 1824, and its sources - a series of watercolours which have also generated succeeding engravings produced dur-ing the 1830s. Panoramas, in their early formal conventions are shown to interplay with Romanticism's and Naturphilosophie's theses and to put in motion the legacy of 11th-century paint-ing . As this geme of visual device develops, Rio's watercoulours display symptoms of a gradual dismissal of its initial ambilions, through lhe treatment of the natural site and the city. At last the invention of the daguerreotype and vai d'oiseau urban images, among other traits, signale the changes in sensibility related to the production and consumption of those circular canvasses. From 1840/50 on panoramas conceived by the will to fuse art and science and bya reflection on nature and liberty turn essentially into a mass entertainment.Romantismo e objetividade: notas sobre um panorama do Rio de Janeiro Margarelh da Silva Pereira Enfoca O grande Panorama do Rio de Janeiro, exibido em Paris em 1824, do qual se conhece a série de aquarelas que serviram de base tanto àquela ampliação quanto às sucessivas gravuras da cena que foram produzidas na década de 1830. Busca-se mostrar como os panoramas em sua formalização inicial dialogam com as teses do romantismo e da Naturphilosophie, mobilizan-do heranças da pintura seiscentista. No desenvolvimento desta forma de exibição as aquarelas do Rio apresentam sintomas do gradual afastamento das ambições iniciais através do tratamento dispensado ao sítio natural e à cidade. Por fim, a invenção do daguerreótipo, e as vistas urbanas em võo de pássaro, enlre outros, balizariam a mudança de sensibilidade na produção e na fruição dessas telas circulares. A partir de 1840/50 os panoramas engendrados pelo desejo de fusão entre arte e ciência e pela reflexão sobre a natureza e a liberdade, tornar-se-iam, sobretudo, um divertimento de massas

    Pátio cercado por árvores de espinho e outras frutas, sem ordem e sem simetria: O quintal em vilas e arraiais de Minas Gerais (séculos XVIII e XIX)

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    This article analyses urban and rural backyards in Minas Gerais, in the late18th and early 19th centuries. Sources include probate records, foreign travelers accounts, administrative documents and iconography. These spaces are interpreted as a part of material culture, as provisioning grounds, and places of sociability and family intimacy. The connections of yards within households and the surrounding streetscapes are examined, revealing that they can be viewed as instruments of balance in the overall urban landscape.O texto objetiva analisar os quintais urbanos e rurais em Minas Gerais, ao final do século XVIII e início do século XIX. Interpreta evidências documentais de inventários post mortem, narrativas de viajantes estrangeiros, documentos administrativos e iconográficos, interpretando esses espaços, na perspectiva da cultura material, como lugares de abastecimento alimentar, sociabilidades e da intimidade familiar. Considera a ligação dos quintais com a casa e as ruas e os vê como espaços de equilibrio da paisagem urbana
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