51 research outputs found

    Challenges for a new health pact: biotechnology and risk

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    Este artigo discute a incorporação e o uso da biotecnologia na Saúde Pública, no contexto da sociedade de risco. Tendo por referência autores da teoria social contemporânea, analisam-se as implicações das práticas biotecnológicas. O artigo está dividido em três partes. Na primeira, são apresentados alguns exemplos de manipulação biológica desenvolvidos no âmbito da saúde e as consequências da utilização dessas técnicas na dinâmica ecológica das populações envolvidas. A partir desses exemplos, discute-se o que vem a ser esses seres biologicamente modificados, híbridos, e como ocorre sua incorporação nas práticas sociais, especialmente as de Saúde Pública. A segunda parte apresenta o referencial teórico utilizado para análise, que situa a sociedade contemporânea na etapa reflexiva da modernização e que tem na sociedade de risco uma de suas configurações. A última parte do artigo problematiza os usos da biotecnologia em saúde, mais especificamente em Saúde Pública, abordando os aspectos de risco dessa aplicação, propondo o necessário debate sobre um outro pacto sanitário.This article discusses the use and the incorporation of biotechnological practices in Public Health, in a risk society context. Considering the contemporary social theoreticians, the implications of the biotechnological uses have been analyzed. The article was divided into three different parts. In the first part, the examples of biological manipulation are presented, developed in the health scope and the consequences of using the techniques on the ecological dynamic of the populations involved on it. Then it presents what these biological modified hybrid species are, and how their incorporation on the common practices of Public Health occurs. The second part presents the theoretical references, which are used to the analysis that situates the contemporary society in the reflexive stage of modernization and has its form in the risk society. The third and last part of the article argues the biotechnological uses on health, specifically on Public Health, tackling the risk aspects of its application, showing that another sanitary pact is needed

    Saúde pública e sociedade de risco

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     O presente trabalho apresenta uma síntese sobre o conceito de sociedade de risco, formulada por Ulrich Beck, o principal autor nesse campo da teoria social contemporânea, estabelecendo correlações desta nova etapa da sociedade moderna com questões enfrentadas pela saúde pública. A sociedade de risco emerge no contexto da modernização reflexiva em que a sociedade industrial entra numa etapa de autoconfrontação, ou seja, os riscos são produzidos pelas certezas da sociedade industrial: o pensamento, a ação das pessoas, as instituições. As políticas públicas, neste contexto, e dentre elas as de saúde pública, não permanecem ilesas ao processo de produção sistemática, residual e multiplicadora de riscos e perigos, explícitos e silenciosos. Este fenômeno coloca aos profissionais do campo da saúde, sociedade civil, formuladores de políticas e legisladores o desafio da construção de pactos de segurança considerando esse novo cenário da modernidade industrial.

    Editorial

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    Saúde pública e sociedade de risco

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     O presente trabalho apresenta uma síntese sobre o conceito de sociedade de risco, formulada por Ulrich Beck, o principal autor nesse campo da teoria social contemporânea, estabelecendo correlações desta nova etapa da sociedade moderna com questões enfrentadas pela saúde pública. A sociedade de risco emerge no contexto da modernização reflexiva em que a sociedade industrial entra numa etapa de autoconfrontação, ou seja, os riscos são produzidos pelas certezas da sociedade industrial: o pensamento, a ação das pessoas, as instituições. As políticas públicas, neste contexto, e dentre elas as de saúde pública, não permanecem ilesas ao processo de produção sistemática, residual e multiplicadora de riscos e perigos, explícitos e silenciosos. Este fenômeno coloca aos profissionais do campo da saúde, sociedade civil, formuladores de políticas e legisladores o desafio da construção de pactos de segurança considerando esse novo cenário da modernidade industrial.

    Questões contemporâneas sobre natureza e cultura: notas sobre a Saúde Coletiva e a sociologia no Brasil

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    This article discusses some aspects of the relationship between the biological and the social object by focusing on the field of Public Health in Brazil and on the field of the social sciences, specifically sociology. It starts from the assumption that the concept that guides the field of Public Health, that of social determination (formulated in the mid-1970s and 1980s), was deeply marked by a certain reading of the social category, imbued with the classical theoretical framework of the social sciences and marked by the political-institutional environment in which the fields of Public Health and of the Social Sciences were historically. The aim is to discuss the exhaustion of this theoretical formulation in view of the profound changes that have occurred in contemporary societies in their late industrial, post-industrial or late-modern stage. It is believed that, with the discussion about the theoretical frameworks that constitute the field of Public Health, the health issues are tackled in a way that is consonant with the social changes that have occurred.O presente artigo discute alguns aspectos da relação entre biológico e social, tomando por objeto o campo da Saúde Coletiva no Brasil e o campo das Ciências Sociais, mais especificamente a sociologia. Parte-se do pressuposto de que o conceito que norteia o campo da Saúde Coletiva, o da determinação social (formulado em meados dos anos 1970 e 1980), foi profundamente marcado por certa leitura do social, impregnada dos marcos teóricos clássicos das ciências sociais e marcada pelo cenário político-institucional em que os campos - da Saúde Coletiva e das Ciências Sociais - encontravam-se historicamente. O objetivo é discutir o esgotamento dessa formulação teórica tendo em vista o cenário das profundas mudanças ocorridas nas sociedades contemporâneas em sua etapa industrial tardia, pós-industrial ou tardo-moderna. Acredita-se que a discussão sobre os marcos teóricos constitutivos do campo da Saúde Coletiva contribuirá para um enfrentamento das questões de saúde mais consoante com as mudanças sociais ocorridas

    Saúde pública e sociedade de risco

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    O presente trabalho apresenta uma síntese sobre o conceito de sociedade de risco, formulada por Ulrich Beck, o principal autor nesse campo da teoria social contemporânea, estabelecendo correlações desta nova etapa da sociedade moderna com questões enfrentadas pela saúde pública. A sociedade de risco emerge no contexto da modernização reflexiva em que a sociedade industrial entra numa etapa de autoconfrontação, ou seja, os riscos são produzidos pelas certezas da sociedade industrial: o pensamento, a ação das pessoas, as instituições. As políticas públicas, neste contexto, e dentre elas as de saúde pública, não permanecem ilesas ao processo de produção sistemática, residual e multiplicadora de riscos e perigos, explícitos e silenciosos. Este fenômeno coloca aos profissionais do campo da saúde, sociedade civil, formuladores de políticas e legisladores o desafio da construção de pactos de segurança considerando esse novo cenário da modernidade industrial

    O campo temático das ciências sociais em saúde no Brasil

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    The article presents the field of the social sciences in health, part of the field of collective health, consolidated in Brazil during the 1970s. It discusses some of the sociohistorical factors central to their constitution: the restructuring of medical teaching and postgraduate courses in the 1950s and 60s, incorporating the social sciences, and the insertion of social sciences in health services as part of the struggle to restore democracy in the country during the 1970s and 80s. The article problematizes the contact between social sciences and health, taking the latter as an object, which leads into a discussion of epistemological questions seldom explored by the social sciences in Brazil to date: the relations between the biological and the social, and technological mediation in the social production of health-sickness.O artigo apresenta o campo das ciências sociais em saúde, que integra o da saúde coletiva, no Brasil, consolidados na década de 1970. Discute alguns pressupostos sócio-históricos dessa constituição: a reestruturação do ensino médico e das pós-graduações nos anos de 1950 e 1960, que incorporaram as ciências sociais, e a inserção de cientistas sociais nos serviços de saúde no contexto de luta pela redemocratização nas décadas de 1970 e 1980. Problematiza o contato de cientistas sociais com a saúde, tomando-a como objeto, o que resulta na discussão de questões de cunho epistemológico pouco exploradas até então pelas ciências sociais no Brasil: as relações do biológico e do social e a mediação tecnológica na produção social da saúde-doença

    Biodiversidade e Saúde Pública: questões para uma nova abordagem

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    To verify biodiversity today and the human interventions that cause and determine its destruction or conservation implies considering the phenomenon of life and the relationship between environment and health. In ecological processes the frequency of plants, animals and humans depends on the frequency of all living entities. The same happens in health where the natural history of a disease depends on the history of all diseases. It depends on natural history and on human history. The emergence and re-emergence of infectious diseases demonstrate the environmental fragility balance. These problems necessarily replace the critical threshold between men and nature relationship, between biological and social categories. Disclosing the connection between these categories through Epidemiology, a structural discipline of Public Health in Brazil, permits to disclose the ecological consequences of this social practice.Verificar o estado da biodiversidade e as intervenções que provocaram ou provocam a sua destruição ou comprometem a sua conservação implica problematizar aspectos fundamentais do fenômeno da vida, das relações entre saúde e ambiente. Na dinâmica ecológica, a freqüência de determinados seres vivos depende em grande medida da freqüência de outros seres vivos. Também na saúde, a história de cada doença é dependente da história de todas as doenças, da história natural e da dos homens. A emergência e reemergência de doenças infecto-contagiosas colocam em evidência a fragilidade do equilíbrio ambiental. Esses problemas implicam necessidade de reposicionar o limiar crítico das relações do homem com a natureza, do biológico com o social. Articular a interface dessas categorias por meio da Epidemiologia, disciplina estruturante da Saúde Pública no Brasil, possibilita desvendar as implicações ecológicas dessa prática social

    Anthropological shock and the contemporary subject: Ulrich Beck on ecology, sociology and politics

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    O pensamento político em saúde latinoamericano: Floreal Antonio Ferrara e seus primeiros passos para repensar os caminhos da Saúde Coletiva

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    Reconstruímos a biografia de Floreal Antonio Ferrara a partir do primeiro tomo de sua obra intitulada ‘Teoria Política e Saúde’. Trabalhamos com uma abordagem qualitativa mista com uso do levantamento histórico-biográfico e análise de conteúdo clássica cujas ‘unidades de texto’ foram excertos do autor que exemplificavam aquilo que Júnior e Pogrebinschi delimitam como ‘teoria política’. Desta leitura, foi confeccionado de um ensaio crítico, especialmente ressaltando sua visão ampliada sobre política em comparação com aquela defendida por Mario Testa. Finalmente, sugerimos que a Saúde Coletiva inspire-se nessa experiência como forma de reorientar o debate sobre a categoria política nos dias atuais
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