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Educação e prevenção ao abuso de drogas: limites e possibilidades
A tese intitulada Educação e prevenção
ao abuso de drogas: limites e possibilidades
caracteriza-se como uma pesquisa
de campo, de cunho qualitativo,
que tem por objetivo analisar o papel da
educação formal na prevenção ao abuso
de drogas. Busca desvelar quais concepções
de prevenção estão presentes na
escola pública brasileira (o caso de
Curitiba e Região Metropolitana), bem
como quais seus limites e possibilidades,
a partir da escuta de grupos de professores
− os atores sociais, segundo a
técnica de grupo focal. Também foi
estruturado em grupo focal com estudantes
adolescentes, usuários de drogas,
cuja escuta possibilitou compreender os
desencontros da prevenção. Para o tratamento
dos dados, utilizou-se a técnica
de análise de conteúdo. Fez-se uma
análise do material proveniente de cada
um dos grupos, primeiro individualmente
e, posteriormente, uma análise final,
buscando sentido(s) e as possibilidades
de aproximação (categorização), culminando
com sua descrição e interpretação.
No corpo do trabalho, referente aos
fundamentos teóricos, o estudo se dedica
a enfocar a prevenção ao abuso de
drogas, enquanto concepção possível, e
seus desdobramentos em ações, que revelaram
encontros e desencontros, em
lugar de se centrar nas drogas, seus tipos
e efeitos. Contudo, uma contextualização
das mesmas foi realizada, à
guisa de esclarecimentos. A tese tem
como premissa que a prevenção ao abuso
de drogas é um processo de valorização
e crescimento do ser humano que
se antecipa aos problemas, procurando
inibi-los, eliminá-los ou reduzir danos,
e deve se dar, basicamente, pela educação.
Portanto, um processo que tem
como foco as pessoas e não as drogas.
Dentre as questões resultantes da análise,
destaca-se o despreparo do professor
e o seu pedido de socorro para
poder realizar esse enfrentamento. Sugere-
se, então, um modelo de projeto
didático que poderá ser experienciado
pelos professores do ensino fundamental
e médio, objetivando auxiliá-los na
superação de suas possíveis dificuldades
Percepções sobre a discriminação homofóbica entre concluintes do Ensino Médio no Brasil entre 2004 e 2008
A discriminação homofóbica no contexto escolar é um problema grave em vários níveis de ensino, e está associada negativamente à percepção dos estudantes sobre o ambiente escolar. O presente estudo utiliza dados de 6.414.302 estudantes com idade entre 16 e 25 anos disponíveis no questionário sócioeconômico do Exame Nacional do Ensino Médio entre 2004 e 2008. São apresentados dados sobre a incidência de três fatores associados à homofobia entre concluintes do ensino médio: (1) sofrer discriminação homofóbica, (2) presenciar discriminação homofóbica e (3) admitir homofobia. A análise da associação entre a homofobia e a percepção dos estudantes sobre sua educação no ensino médio revela que os estudantes que não relatam ter sido alvos da discriminação homofóbica avaliam sua experiência escolar de forma mais positiva que seus pares que sofreram discriminação. Palavras-chave: discriminação; homofobia; escola; ensino médio
ASPECTOS COGNITIVOS, METACOGNITIVOS E AFETIVOS ENVOLVIDOS NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS
A partir de uma experiência desenvolvida com estudantes do ensino médio envolvendo a Resolução de Problemas Matemáticos em sala de aula utilizando-se procedimentos heurísticos, tem-se por objetivo a discussão, sob o ponto de vista teórico, acerca dos aspectos cognitivos, metacognitivos e afetivos subjacentes à resolução de problemas de matemática. Sem descaracterizar o modelo tradicional de Resolução de Problemas Matemáticos, discutir e propor possibilidades para a prática pedagógica do(a) professor(a) de matemática que envolva o(a) estudante diretamente no processo, contribui para o ensino e aprendizagem significativo na resolução de problemas e estimula a formação reflexiva dos(as) sujeitos, com ênfase no diálogo
Apresentação
A proposta deste dossiê teve sua origem no Programa “Brasil sem homofobia” (2004) do Governo Brasileiro, sob a responsabilidade da Secretaria Especial de DireitosHumanos enquanto articuladora dos diferentes Ministérios e Secretarias do Governo envolvidas no compromisso de estabelecer e manter uma política inclusiva destinada à promoção do respeito à diversidade, de combate à homofobia e de mudança de comportamento da sociedade brasileira em relação aos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transgêneros (LGBTT)
Vulnerabilidade ao abuso de drogas e a outras situações de risco
As situações de risco que envolvem crianças e adolescentes, especialmente as oriundas de famílias de baixa renda,
exigem um repensar das estratégias de enfrentamento dos problemas. A Secretaria Municipal da Criança de Curitiba,
através da Gerência de Programas Sócio-Preventivos, em parceria com o Setor de Educação da UFPR, se lança a este
trabalho. Realizou-se, então, uma pesquisa junto a 2096 crianças e adolescentes, com idade entre 10 e 17 anos, de
ambos os sexos, atendidas nos turnos da manhã e tarde, pelas vinte e nove Unidades PIÁS, pela Casa do Pequeno
Jornaleiro e pelas ONGs conveniadas. Assim, são objetivos deste artigo difundir a fase de investigação e socializar
algumas das reflexões possíveis desenvolvidas a partir da noção de vulnerabilidade e sua adequação na relação com a
situação da infância e da adolescência.
Abstract
Risky situations involving children and teenagers, specially the poor ones, required a second thought on strategies to
face these problems. The Municipal Children´s Bureau in Curitiba , by means of the Socio-Preventive Managing
Programs and the help from the School of Education of the Federal University of Parana , is launching a new task.
2,096 male and female children, from 10 to 17 years old, were researched, during mornings and afternoons by 29 PIÁS
Units, the Little Newspaper Children Units and ONG exchange programs. This paper aims at publicizing the
investigation period and some possible reflexions about it, from a notion of vulnerability and its appropriateness to
children and teenagers at present
PAULO FREIRE, EDUCAÇÃO PREVENTIVA INTEGRAL E DESENVOLVIMENTO HUMANO
Para promover o desenvolvimento pleno do ser humano, acredita-se que a Educação é uma das ferramentas fundamentais que estimulam a formação humanizadora em sua totalidade, de maneira a democratizar a sociedade e de atuar como uma cultura libertadora. Evidenciam-se possibilidades de voltar o olhar para o sujeito a partir de seu contexto, em um processo permanente de humanizar-se. Por meio de refl exões acerca da Educação como transformação social e provocadora do desenvolvimento humano, apresenta-se neste presente artigo a base teórica emergida das obras de Paulo Freire (1979, 1987, 1996, 2000, 2001), destacando a interpretação de tais obras para a prática da Educação Preventiva Integral. A escolha advém do reconhecimento da importância de Paulo Freire para a promoção da Educação humanista e humanizadora. O objetivo geral é reforçar a Educação Preventiva Integral como uma dimensão educativa fundamental para a evolução humana à luz de Paulo Freire, patrono da Educação, educador e fi lósofo. Trata-se de um estudo teórico bibliográfi co, de caráter exploratório. Pensa-se que no processo de humanização por meio da Educação, é necessário obter a consciência de que a construção e desenvolvimento da aprendizagem possibilita que o ser humano alcance a emancipação, com o potencial de entrelaçar os conhecimentos por meio das relações sociais