76 research outputs found

    Tratamento da leishmaniose visceral

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    Fulminant hepatitis: a clinical review of 11 years

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    24 cases of fulminant hepatitis (FH) hospitalized in the Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo during the period from January 1976 to December 1986 were reviewed from their clinical, epidemiological and laboratorial aspects. 88% of the patients died; 20 patients (83%) presented hemorrhages and, of these, 19 died. Bacterial infections occurred in 14 patients (58%) all of whom died. Ascitis was noted in 3 cases; cerebral edema was present in 16 cases. Maximal ALT levels for each patient during hospitalization ranged widely from 81 to 4,460 UI/l. Thirteen patients presented high creatinine levels (54%). Prothrombin time activity ranged from 2.1% to 67%. Fever was present in 20 cases (83%). Encephalopathy occurred within the first 2 weeks of illness in 72% of the cases. In 7 cases other illnesses were present. The etiology could not be determined in 13 cases. In 3 cases it was due to yellow fever and 6 cases were caused by viruses other than yellow fever. In one case the cause was drug usage and in another case, possibly alcohol. The authors believe that the clinical definition of FH requires further discussion before it is established. In this study FH is a young person's disease. The mortality found was similar to that by other authors. Factors that contributed to death were: hemorrhages and bacterial infection. Factors that worsened the prognosis of hepatitis were: associated illnesses and surgical procedure. The levels of ALT during hospitalization did not correlate well with the severity of the hepatitis. The authors believe that yellow fever should be considered a cause of FH where the clinical picture meets the criteria for such, although its mechanisms of encephalopathy remain obscure. The clinical details of the 3 cases of yellow fever are presented.Vinte e quatro casos de hepatite fulminante (HF), internados na Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo durante o período de janeiro de 1976 a dezembro de 1986, foram revistos para a obtenção de dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais. 88% dos pacientes morreram. Vinte (83%) dos pacientes apresentaram hemorragias, dentre os quais 19 morreram (95%). Infecções bacterianas secundárias ocorreram em 14 pacientes (58%) todos os quais faleceram. Ascite foi notada em 3 casos e edema cerebral em 16 casos. Os valores máximos de ALT obtidos para cada paciente durante a internação variaram de 81 a 4.460 UI/l. Treze pacientes tiveram elevação de creatinina (54%). A atividade do tempo de protrombina variou de 2,1% a 67%. A febre esteve presente em 20 casos (83%). A encefalopatia surgiu durante as 2 primeiras semanas de doenças em 72% dos casos. Em 7 casos havia doenças associadas à hepatite. A etiologia não pode ser determinada em 13 casos; 3 casos foram por febre amarela; e 6 casos por outros vírus. Em 1 caso a causa foi drogas e em um caso, possivelmente, foi álcool. Os autores acreditam que a definição de HF merece discussão antes de ser totalmente aceita. Neste estudo, a HF foi uma doença que acometeu principalmente jovens. A letalidade encontrada foi semelhante a de outros estudos. Fatores que contribuíram para o óbito foram hemorragias e infecções bacterianas secundárias. Fatores de piora do prognóstico da hepatite foram a presença de outras doenças associadas e de procedimento cirúrgico. Os níveis de ALT durante a internação não refletiram a gravidade da hepatite. Os autores acreditam que a febre amarela deve ser considerada um agente etiológico de HF quando o seu quadro clínico seja compatível com tal, embora os mecanismos fisiopatológicos da encefalopatia sejam ainda obscuros. Os dados clínicos dos 3 casos de febre amarela são apresentados à parte

    Prevalência e fatores de risco da hepatite C em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana

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    The objective of this study was to evaluate the prevalence and risk factors associated with HCV infection in a group of HIV seropositive patients. We analyzed the medical records of 1,457 patients. All patients were tested for HCV infection by third generation ELISA. Whenever possible, a sample of the positive patients was also tested for HCV by PCR. HCV positive patients were analyzed according to their risk factors for both infections. The prevalence of anti-HCV positive patients was 17.7% (258 patients). Eighty-two (82) of these patients were also tested by PCR and 81 were positive for HCV virus (98%). One hundred fifty-one (58.5%) were intravenous drug users (IDU); 42 (16.3%) were sexual partners of HIV patients; 23 (8.9%) were homosexual males; 12 (4.7%) had received blood transfusion; 61 (17.5%) had promiscuous sexual habits; 14 (5.4%) denied any risk factor; 12 (4.7%) were sexual partners of IDU. Two hundred four patients mentioned only one risk factor. Among them, 28 (10.9%) were sexual partners of HIV-positive patients. Although intravenous drug use was the most important risk factor for co-infection, sexual transmission seemed to contribute to the high HCV seroprevalence in this group of patients.O objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência e os fatores de risco associados à infecção pelo vírus da hepatite C (VHC) em um grupo de pacientes soropositivos para o HIV. Analisamos os prontuários médicos de 1.457 pacientes. O diagnóstico laboratorial de infecção pelo VHC foi feito utilizando-se ELISA de terceira geração. Uma parte dos pacientes soropositivos para VHC foram também submetidos à realização de PCR. Os pacientes soropositivos para VHC foram analisados em relação aos fatores de risco para ambas as infecções. A prevalência de pacientes soropositivos para VHC foi de 17,7% (258 pacientes). 82 desses pacientes foram testados para VHC por PCR e 81 (98%) apresentaram-se com resultado positivo. 151 (58,5%) referiram uso de drogas endovenosas (UDE), 42 (16,3%) eram parceiros sexuais de pacientes infectados pelo HIV, 23 (8,9%) eram homossexuais masculinos, 12 (4,7%) tinham recebido transfusão sanguínea, 61 (17,5%) referiram promiscuidade sexual, 14 (5,4%) negaram qualquer fator de risco, 12 (4,7%) eram parceiros sexuais de UDE. 204 pacientes referiram apenas um fator de risco, 51 referiram dois diferentes fatores de risco e três referiram três diferentes fatores de risco. Entre os pacientes que referiram apenas um fator de risco, 28 em 204 (10,9%) eram parceiros sexuais de pacientes infectados pelo HIV. Embora o uso de drogas endovenosas tenha sido o fator de risco mais importante na determinação da co-infecção, a transmissão sexual parece ter contribuído para a alta soroprevalência do VHC nesse grupo de pacientes

    Hepatitis C virus: molecular and epidemiological evidence of male-to-female transmission

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    INTRODUCTION: There is general consensus that hepatitis C virus is efficiently transmitted by the parenteral route, whereas data on viral transmission by sexual or non-sexual intrafamilial contact are conflicting. OBJECTIVE AND METHOD: The aim of this study was to investigate the transmission of hepatitis C virus in nine heterosexual couples. RESULT: The mean age of the couples was 43.7 years. When interviewed, all of the women denied the presence of risk factors for acquisition of the infection, whereas the cause of infection in the nine husbands could be attributed to blood transfusions in two of them (22.2%), use of intravenous and inhaled drugs in six (66.7%), acupuncture in one (11.1%), and tattooing in one (11.1%). All men and none of the women reported sexual relations with sex professionals. The mean homology score (Non Structural 5b-hepatitis C virus) was 98.4%. Among the nine couples with matching subtypes, one (11.1%) was infected with subtype 1a, three (33.3%) with subtype 1b, and five (55.5%) with subtype 3a. Shared personal hygiene items showed a much higher correlation with the possible route of transmission and were better supported by the sequence homology data than the other associated risk factors. Three (33.3%) couples shared toothbrushes, seven (77.8%) shared razor blades, eight (88.8%) shared nail clippers, and six (66.7%) shared manicure cutters. CONCLUSION: Sharing of personal hygiene items was a confounding factor in the discussion of sexual hepatitis C virus transmission and the hypothesis of male-to-female transmission was supported in this stud

    Avaliação clínico-laboratorial de pacientes co-infectados com o vírus da hepatite C e HIV-1 em relação ao tipo de terapia antirretroviral recebida

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    During the year of 2001, a retrospective, descriptive study in order to determine the influence of the antiretroviral therapy received by 111 HIV-HCV coinfected patients who had undergone at least one liver biopsy was conduced, 74 of them were treated with a protease inhibitor regimen (WPI), and 37 with a non-protease inhibitor regimen (NPI). The main characteristics found were: a young patient population (mean age 41 years old in both groups), composed in most part of male individuals (74.3% WPI and 51.4% NPI) with previous risk factors for both infections (WPI 93.2% and NPI 89.2%). The most significant findings included AIDS-defining disease (WPI 18.9% and NPI 13.5% of the cases), elevated hepatic enzyme levels (WPI: SGOT 52.1 and NPI 53.2), absence of liver disease-related symptoms (16.2% for both groups), average CD4 count >; 350 for both groups (WPI 362.2 and NPI 378.1), predominantly low-grade fibrosis in both populations (0-2 in 63.6% of WPI patients and in 80% of NPI patients), with necro-inflammatory activity ranging from 5-7 in 51.3% and 42.9% of WPI patients and NPI patients, respectively. It is suggested a sequential biopsy to better evaluate the evolution of the hepatic disease, according to the HAART regimen received.Durante o ano de 2001, um estudo retrospectivo e descritivo foi efetuado a fim de determinar a influência da terapia antirretroviral recebida por 111 pacientes co-infectados HIV-HCV que tinham se submetido ao menos a uma biopsia hepática. Destes, 74 foram tratados com um regime contendo inibidor da protease (WPI) e 37 com um regime do não contendo inibidor da protease (NPI). As características principais encontradas eram: uma população de pacientes jovem (idade média 41 anos em ambos os grupos), composta na maior parte por indivíduos masculinos (74,3% WPI e 51,4% NPI) com fatores de risco precedentes para ambas as infecções (WPI 93,2% e NPI 89,2%). Os achados mais significativos incluíram doença definidora de AIDS (WPI 18,9% e NPI 13,5% dos casos), nível elevado de enzimas hepáticas (WPI: SGOT 52.1 e NPI 53.2), ausência de sintomas relacionáveis à doença hepática (16.2% para ambos os grupos), CD4 contagem média 350 para ambos os grupos (WPI 362.2 e NPI 378.1), fibrose predominantemente de baixo grau em ambas as populações (0-2 em 63,6% de pacientes de WPI e em 80% de pacientes de NPI), com atividade necro-inflamatória que varia de 5-7 em 51.3% e em 42,9% de pacientes de WPI e de pacientes de NPI, respectivamente. Foi concluído que uma nova biópsia hepática deveria ser executada em todos os pacientes para determinar melhor qual a diferença no avanço da doença em ambos os grupos

    Prevalência das hepatites B e C em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana, em São Paulo, Brasil

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    The objective of this study was to evaluate the prevalence of hepatitis B and C viruses in a group of HIV infected patients, followed at a single institution since 1996. 1,693 HIV positive patients (1,162 male, 531 female) were tested for HBV infection. Virological markers for HBV included HBsAg and total anti-HBc by ELISA. 1,457 patients (1,009 male, 448 female) were tested for HCV infection. Detection of HCV antibodies was carried out by ELISA. A sample of HCV antibody positive patients was tested for HCV by PCR to confirm infection. Of 1,693 patients tested for HBV, 654 (38.6%) and 96 (5.7%) were anti-HBc and HBsAg positive, respectively. Of 1,457 patients tested for HCV, 258 (17.7%) were anti-HCV positive. 82 of these patients were also tested by PCR and 81 were positive (98%). Of 1,411 patients tested for HBV and HCV 26 (1.8%) were positive for both viruses.O objetivo do presente trabalho é avaliar a prevalência da infecção causada pelos vírus da hepatite B (HBV) e da hepatite C (HCV) em um grupo de pacientes infectados pelo HIV e acompanhados em uma única instituição desde 1996. 1.693 pacientes infectados pelo HIV (1.162 do sexo masculino e 531 do sexo feminino) foram testados para o HBV. Os marcadores virológicos utilizados para o HBV foram o HBsAg e o anti-HBc total por ELISA. 1.457 pacientes (1009 do sexo masculino e 448 do sexo feminino) foram testados para o HCV. Realizou-se a detecção dos anticorpos para o HCV através da reação de ELISA. Um grupo de pacientes anti-HCV positivos realizou PCR (polimerase chain reaction) para pesquisa do HCV, para confirmação da infecção. Dos 1.693 pacientes testados para HBV, 654 (38,6%) e 96 (5,7%) eram anti-HBc total e HBsAg positivos, respectivamente. Dos 1.457 pacientes testados para HCV, 258 (17,7%) eram anti-HCV positivos. 82 desses pacientes realizaram PCR para HCV e 81 foram positivos (98%). Dos 1.411 pacientes testados para ambos os vírus HBV e HCV 26 (1,8%) foram positivos para ambos os vírus

    A carga viral do vírus da hepatite C não prediz a evolução: indo além dos números

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    The analysis of 58 patients with chronic hepatitis C without cirrhosis and treated with interferon-alpha demonstrated that hepatitis C viral (HCV) load does not correlate with the histological evolution of the disease (p = 0.6559 for architectural alterations and p = 0.6271 for the histological activity index). Therefore, the use of viral RNA quantification as an evolutive predictor or determinant of the severity of hepatitis C is incorrect and of relative value. A review of the literature provided fundamental and interdependent HCV (genotype, heterogeneity and mutants, specific proteins), host (sex, age, weight, etc) and treatment variables (dosage, time of treatment, type of interferon) within the broader context of viral kinetics, interferon-mediated immunological response (in addition to natural immunity against HCV) and the role of interferon as a modulator of fibrogenesis. Therefore, viral load implies much more than numbers and the correct interpretation of these data should consider a broader context depending on multiple factors that are more complex than the simple value obtained upon quantification.Através da análise de 58 pacientes tratados com Interferon Alfa em função de hepatite C crônica e sem cirrose, demonstramos que a carga viral do Vírus da Hepatite C (VHC) não se correlacionou com a evolução histológica da doença (p = 0,6559 para alterações arquiteturais e p = 0,6271 para o Índice de Atividade Histológica-IAH). Assim a utilização da quantificação do RNA viral como preditor evolutivo ou determinante da gravidade da hepatite C é incorreto e de valor relativo. Revisando o tema encontramos variáveis do VHC (genótipo, heterogeneidade e mutantes, proteínas específicas), do hospedeiro (sexo, idade, peso, etc) e dos medicamentos (posologia, tempo de tratamento, tipo de Interferon) fundamentais e interdependentes, inseridas no contexto mais amplo da cinética viral, da resposta imunológica mediada pelo Interferon (além da imunidade natural em resposta ao VHC) e do papel do Interferon como modulador da fibrogênese. Assim, há muito mais que números por trás da Carga Viral e sua correta interpretação deve ser feita considerando-se um horizonte mais amplo dependente de múltiplos fatores mais complexos que o simples valor obtido na quantificaçã
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