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    Avaliação da efetividade da atenção farmacêutica no controle da hipertensão arterial.

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    Introdução: Com o aumento do número de medicamentos disponíveis, após o crescimento da indústria farmacêutica, o incentivo ao uso racional de medicamentos foi dificultado. O uso indiscriminado dos medicamentos acarreta uma série de conseqüências para o paciente, como reações adversas aos medicamentos, agravamento do quadro de saúde, hospitalizações entre outros (CIPOLLE et al.2004; HEPLER & SEGAL, 2003). O processo de busca da otimização dos resultados farmacoterapêuticos traduziu-se na atenção farmacêutica definida como o cuidado centrado no paciente, no qual os praticantes assumem a responsabilidade pela farmacoterapia dos pacientes (CIPOLLE et al. 2004). Os pacientes com hipertensão arterial, apresentam, na maioria das vezes um baixo índice de sucesso terapêutico, dados da literatura indicam que apenas 34% dos pacientes hipertensos tratados controlam seus valores da pressão arterial (NHI, 2004). A hipertensão arterial apresenta elevado custo médico-social por ser um dos mais importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares, sendo essas responsáveis por um terço das mortes no mundo (SBC/SBH/SBN, 2006; Le WINGTHON et al., 2002). Ensaios clínicos demonstram que o tratamento farmacológico da hipertensão arterial pode reduzir o risco de AVC em 30 a 43% e o infarto agudo do miocárdio em 15%, e a redução em 5 mmHg na pressão arterial sistólica contribui para a redução de 14% nas taxas de mortalidade por AVC e 9% das causas de enfermidades cardíacas (NHI, 2004). Objetivo geral: Avaliar a efetividade da atenção farmacêutica no controle pressórico de pacientes que apresentam hipertensão arterial sistêmica não controlada. Metodologia: Estudo experimental, randomizado, controlado, pareado por sexo e idade e aberto. A taxonomia para dos problemas relacionados com os medicamentos (PRM) segue a adotada pelo projeto de Minnessota, adaptado por Gutierrez e cols. Foram avaliados 222 pacientes, por seis meses, divididos em dois grupos, controle (103 pacientes) e intervenção (119 pacientes). No método, o processo de atenção é composto por três componentes: avaliação, plano de atenção e seguimentos, que foram rigorosamente documentados por questionários elaborados pelos pesquisadores. As informações foram analisadas para identificação dos PRM reais e/ou potenciais. Elaboraram-se os planos de atenção com as devidas intervenções. O paciente foi avaliado quanto à evolução das metas terapêuticas propostas e sempre que necessário, o médico responsável foi comunicado por meio de cartas entregues pelo paciente. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas nos hábitos de vida entre os pacientes dos grupos controle e intervenção. Em relação aos fatores de risco para a hipertensão arterial, o único parâmetro que apresentou queda significativa entre os grupos controle e intervenção foi a medida da circunferência da cintura (0,7 cm versus 44,3 cm). No início do estudo foi encontrada uma média de 1,76 PRM por paciente do grupo controle e 1,86 PRM por paciente do grupo intervenção. A maioria dos PRM encontrados no grupo intervenção estava relacionada com a conveniência (73,22%), seguida por segurança (14,75%), indicação (8,74%) e efetividade (3,28%). No grupo controle, os PRMs mais encontrados também relacionavam-se com a conveniência (53,71%), seguido por segurança (17,47%), efetividade (16,60%) e indicação (12,23%). Ao final dos seis meses de acompanhamento, os pacientes, do grupo intervenção apresentaram 99,1% dos seus PRM resolvidos. Quanto ao controle da pressão arterial, a atenção farmacêutica se mostrou efetiva ao controlar os valores da pressão arterial dos pacientes nos estágios I e III da hipertensão arterial. Ao final do estudo, dos pacientes do grupo intervenção, 90,1% apresentaram seus valores da pressão arterial dentro do considerado normal pelas V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, o que ocorreu com aproximadamente 10,5 % dos pacientes do grupo controle. A queda, em mmHg, apresentada pelos pacientes do grupo controle foi 4,27 mmHg e, nos pacientes do grupo intervenção, 28,5 mmHg. A avaliação da satisfação dos pacientes do grupo intervenção com os serviços de atenção farmacêutica mostrou que a satisfação média dos pacientes, numa escala de 8-40 pontos, foi de 38 pontos. Conclusão: A análise dos dados mostrou a efetividade da atenção farmacêutica no controle da pressão arterial, na redução, em mmHg, dos valores da pressão arterial sistólica e diastólica e na resolução de PRM, todavia, não foi efetiva para promover modificações nos hábitos de vida destes pacientes, nas condições estabelecidas para a realização deste trabalho e considerando as limitações do estudo

    Potentially inappropriate medication use in a comprehensive therapy management service: clinical outcomes and interventions

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    This study aimed to describe potentially inappropriate medication (PIM) use according to the Beers criteria among older adults followed in a comprehensive medication management (CMM) service, the pharmacists´ interventions, and the clinical outcomes of PIM use. All older adults in a CMM service delivered in the Brazilian public primary care system were included in the study (n = 389). Two methodological approaches were developed: (I) cross-sectional - prevalence of PIM use and associated factors were identified (univariate analysis - Pearson’s chi-square; multivariate - logistic regression); (II) documental analysis of the negative clinical outcomes potentially associated with PIM use and pharmacists’ interventions. The prevalence of PIM use was 48.3%, and it was independently and positively associated with the use of ≥ 5 drugs. For 21.3% of PIMs, a potential negative clinical outcome was identified. The most common negative clinical outcome was hypotension (35.1% of the negative outcomes), fractures or diagnosis of osteoporosis (21.1%), and hypoglycemia (14.0%). For most of them (78.9%), an intervention was performed to mitigate harm or discontinue use. A high prevalence of PIM was detected and was associated with polypharmacy. A significant proportion of PIM showed potential negative clinical outcomes that were identified by clinical pharmacists, and the majority of pharmacists’ interventions aimed at its mitigation or deprescription. Overall, our findings reinforce the potential of CMM services for reducing PIM use and the occurrence of negative outcomes
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