73 research outputs found

    Utilização dos serviços de saúde pela população coberta pela Estratégia de Saúde da Família

    Get PDF
    OBJECTIVE: To analyze health service use patterns in communities covered by the Estratégia de Saúde da Família (Family Health Strategy). METHODS: Population-based cross-sectional study with a sample of 2,988 individuals, of all ages, living in areas covered by the Estratégia de Saúde da Família, in the city of Porto Alegre, Southern Brazil, between July and September 2003. Pre-coded questionnaires about demographic, socioeconomic and health information were applied to all residents of selected households. Prevalence ratios and 95% confidence intervals were calculated and chi-square tests were applied in the analyses. Poisson regression was used in the multivariable analysis to control for potential confounding factors. RESULTS: Females, persons aged 60 years or older, white, with better socioeconomic level, without health care plan coverage and with poor health self-perception were more likely to use the local family health unit. Regarding users of other health services, a similar pattern for sex, age and health self-perception was observed. However, greater use was found among people with better socioeconomic level and with health care plan coverage. CONCLUSIONS: Use of a local family health unit was greater among people from a lower socioeconomic level and without health care plan coverage, revealing the poorer individuals to be the priority of governmental actions. Model changes made to health care with the implementation of the Estratégia Saúde da Família tend to progressively improve the health conditions of the poorer population, with consequent reduction of health inequalities.OBJETIVO: Analizar los patrones de utilización de los servicios de salud en comunidades cubiertas por la Estrategia de Salud de la Familia. MÉTODOS: Estudio transversal de base poblacional con muestra de 2.988 individuos, de todas las edades, residentes en áreas que abarcadas por la Estrategia de Salud de la Familia, en Porto Alegre (Sur de Brasil), entre julio y septiembre de 2003. Fueron aplicados cuestionarios pre-codificados a todos los moradores de los domicilios sorteados sobre informaciones demográficas, socioeconómicas y de salud. En los análisis fueron calculados tasas de prevalencias, intervalos con 95% de confianza y aplicados pruebas de qui-cuadrado. Se realizó regresión de Poisson en el análisis multivariable para posibles factores de confusión. RESULTADOS: Personas del sexo femenino, con 60 años o más, con color de piel blanca, con menor nivel socioeconómico, sin cobertura por seguro de salud y con autopercepción de salud ruin tuvieron mayor probabilidad de utilizar la unidad de salud de la familia local. Con relación a los usuarios de otros servicios de salud, el patrón fue semejante para las variables sexo, edad y autopercepción de salud, pero fue encontrada una mayor utilización por personas con mayor nivel socioeconómico y con cobertura por seguro de salud. CONCLUSIONES: La utilización de la unidad salud de la familia local fue mayor entre las personas con menor nivel socioeconómico y sin cobertura por seguro de salud, indicando individuos más pobres como prioritarios de las acciones gubernamentales. El cambio del modelo asistencial y la implantación de la Estrategia de Salud de la Familia tienden a mejorar progresivamente las condiciones de salud de la población más pobre, minimizando las desigualdades en salud.OBJETIVO: Analisar os padrões de utilização dos serviços de saúde em comunidades cobertas pela Estratégia de Saúde da Família. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra de 2.988 indivíduos, de todas as idades, residentes em áreas de abrangência da Estratégia de Saúde da Família, em Porto Alegre (RS), entre julho e setembro de 2003. Foram aplicados questionários pré-codificados a todos os moradores dos domicílios sorteados sobre informações demográficas, socioeconômicas e de saúde. Nas análises foram calculadas razões de prevalências, intervalos com 95% de confiança e aplicados testes do qui-quadrado. Realizou-se regressão de Poisson na análise multivariável para possíveis fatores de confusão. RESULTADOS: Pessoas do sexo feminino, com 60 anos ou mais, com cor da pele branca, com menor nível socioeconômico, sem cobertura por plano de saúde e com autopercepção de saúde ruim tiveram maior probabilidade de utilizar a unidade de saúde da família local. Em relação aos usuários de outros serviços de saúde, o padrão foi semelhante para as variáveis sexo, idade e autopercepção de saúde, mas foi encontrada uma maior utilização por pessoas com maior nível socioeconômico e com cobertura por plano de saúde. CONCLUSÕES: A utilização da unidade de saúde da família local foi maior entre as pessoas com menor nível socioeconômico e sem cobertura por plano de saúde, indicando indivíduos mais pobres como prioritários das ações governamentais. A mudança do modelo assistencial e a implantação da Estratégia de Saúde da Família tendem a melhorar progressivamente as condições de saúde da população mais pobre, minimizando as desigualdades em saúde

    Fatores associados ao uso de medicamentos na coorte de nascimentos de Pelotas 2004

    Get PDF
    OBJETIVO: Identificar factores asociados al uso de medicamentos en los niños de la cohorte de nacimientos de 2004 de Pelotas, Sur de Brasil. MÉTODOS: Estudio de delineamiento prospectivo, utilizando como resultado final el uso de medicamentos por los niños a los tres, 12 y 24 meses (independientemente del motivo, indicación o grupo terapéutico). El estudio incluye 3.985 niños en el seguimiento a los tres meses, 3.907 en el de 12 meses y 3.868 en el último seguimiento a los 24 meses. Se realizó entrevista con las madres, con relación al uso de medicamento durante el período recordatorio de 15 días anteriores. El desenlace fue analizado de acuerdo con variables sociodemográficas, perinatales, de la percepción materna de salud del niño y de amamantamiento. Se realizaron análisis bruto y ajustado utilizando regresión de Poisson y siguiendo un modelo jerarquizado del análisis. RESULTADOS: La prevalencia del uso de medicamentos varió entre 55% y 65% en los tres seguimientos. Posterior al análisis ajustado algunas variables permanecieron asociadas al uso de medicamentos sólo en el acompañamiento de los tres meses, con mayor utilización entre los niños con madres más jóvenes, cuando hubo algún problema de salud en el momento del parto, bajo peso al nacer, en los niños que nunca mamaron y cuando hubo internación hospitalaria del niño. También se asoció al mayor uso de medicamentos: a los tres y 12 meses el hecho de ser primogénito, a los 12 y 24 meses la percepción de salud del niño por la madre como regular o mala y el hecho de la madre poseer seguro de salud; y en los tres acompañamientos, la mayor escolaridad de las madres. CONCLUSIONES: Variables diferentes influencian la utilización de medicamentos en los dos primeros años de vida en función del avance de la edad del niño, en particular factores asociados a la madre del niño y a problemas de salud del niño.OBJETIVO: Identificar fatores associados ao uso de medicamentos nas crianças da coorte de nascimentos de 2004 de Pelotas, RS. MÉTODOS: Estudo de delineamento prospectivo, utilizando como desfecho o uso de medicamentos pelas crianças aos três, 12 e 24 meses (independentemente do motivo, indicação ou grupo terapêutico). O estudo inclui 3.985 crianças no seguimento aos três meses, 3.907 no de 12 meses e 3.868 no último seguimento aos 24 meses. Foi realizada entrevista com as mães, referente ao uso de medicamento durante período recordatório de 15 dias anteriores. O desfecho foi analisado de acordo com variáveis sociodemográficas, perinatais, da percepção materna de saúde da criança e de amamentação. Foram realizadas análises bruta e ajustada utilizando regressão de Poisson e seguindo um modelo hierarquizado de análise. RESULTADOS: A prevalência do uso de medicamentos variou entre 55% e 65% nos três seguimentos. Após análise ajustada, algumas variáveis permaneceram associadas ao uso de medicamentos apenas no acompanhamento dos três meses, com maior utilização entre as crianças com mães mais jovens, quando houve algum problema de saúde no momento do parto, baixo peso ao nascer, nas crianças que nunca mamaram e quando houve internação hospitalar da criança. Também se associou ao maior uso de medicamentos: aos três e 12 meses o fato de ser primogênito; aos 12 e 24 meses a percepção de saúde da criança pela mãe como regular ou ruim e o fato de a mãe possuir plano de saúde; e nos três acompanhamentos, a maior escolaridade das mães. CONCLUSÕES: Variáveis diferentes influenciam a utilização de medicamentos nos primeiros dois anos de vida em função do avanço da idade da criança, sobretudo fatores associados à mãe da criança e a problemas de saúde da criança.OBJECTIVE: To identify factors associated to medicine use among children from the 2004 Pelotas Birth Cohort, Brazil. METHODS: Prospective study to evaluate medicine use in children aged 3, 12 and 24 months regardless of the reasons, therapeutic indication or class. The study included 3,985 children followed up at three months of age, 3,907 at 12 months, and 3,868 at the last follow-up time of 24 months. Mothers were interviewed to collect information on medicine use during the recall period of 15 days prior to the interview. The outcome was studied according to sociodemographic and perinatal variables, mother's perception of child's health and breastfeeding status. Crude and adjusted analyses were performed by Poisson regression following a hierarchical model. RESULTS: The prevalence of medicine use ranged from 55% to 65% in the three follow-ups. After controlling for confounders, some variables remained associated to medicine use only at the three-month follow-up with greatest use among children of younger mothers, those children who had intrapartum complications, low birthweight, were never breastfed and were admitted to a hospital. Greatest medicine use was also associated with being a firstborn child at 3 and 12 months; mother's perception of their child health as fair or poor and children whose mothers have private health insurance at 12 and 24 months; highest maternal education level at all follow-up times. CONCLUSIONS: Different variables influence medicine use among children during the first two years of life and they change as the child ages especially maternal factors and those associated to the child's health problems

    Use of drugs to treat respiratory tract infections in the community

    Get PDF
    OBJECTIVE: This study describes the utilization of drugs to treat respiratory tract infections in a community setting. The description of antimicrobial and non-antimicrobial drugs use is important to design interventions aimed at improving treatment strategies for these common illnesses. METHODS: In a population-based cross-sectional study, 6145 individuals living in an urban area in southern Brazil were inquired about the use of drugs for the treatment of respiratory tract infections in the 30 days previous to the interview. The Pearson chi-square test was used for statistical analyses. RESULTS: The global prevalence of respiratory infections treated with drugs was 6.3%. The prevalence was higher for children under 4 years of age (18%) and lower for the elderly (3%; pOBJETIVO: Descrever o perfil dos tratamentos medicamentosos usados nas infecções respiratórias, com o intuito de auxiliar o estabelecimento de ações que otimizem o manejo dessas importantes entidades nosológicas. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal de base populacional que incluiu uma amostra de 6.145 indivíduos residentes na zona urbana do município de Pelotas, RS, localizado na Região Sul do Brasil, no período de 1999/2000. Para coleta de dados foram utilizadas entrevistas com questionário estruturado contendo perguntas sobre o uso de medicamentos para o tratamento de infecções respiratórias nos 30 dias que antecederam a entrevista. Para análise estatística dos dados utilizou-se o teste de qui-quadrado de Pearson. RESULTADOS: A prevalência global de infecções respiratórias tratadas foi de 6,3%. Ela foi maior nas crianças de até quatro anos de idade (18%) e menor nos idosos (60 anos ou mais) (3%;

    Utilização de antimicrobianos em uma população urbana

    Get PDF
    OBJECTIVE: The emergence of multiresistant microorganisms has been a concerning matter worldwide in the last decades. Indiscriminate use of antibiotics has been associated to this phenomenon. The present study was designed to determine the pattern of antimicrobial drug use in an urban community. METHODS: A population-based cross-sectional study was carried out and 6,145 subjects of all ages living in the urban area of Pelotas, Brazil, were interviewed on the use of antimicrobial drugs in the 30 days previous to the interview. RESULTS: The overall prevalence of antimicrobial drug use was 8%. It was higher for children under 4 years of age (14%; pOBJETIVO: A emergência de cepas microbianas com crescentes níveis de resistência aos antimicrobianos tem sido objeto de preocupação em todo o mundo. Entre as causas apontadas para o fenômeno, está o uso abusivo e indiscriminado de drogas antimicrobianas. O presente estudo visa fornecer informações sobre o padrão de utilização dessas drogas em uma população urbana. MÉTODOS: Em um estudo transversal, de base populacional, 6.145 indivíduos de todas as idades residentes na zona urbana de Pelotas, Rio Grande do Sul, foram entrevistados sobre o uso de antimicrobianos nos 30 dias que antecederam a entrevista. RESULTADOS: A prevalência global de utilização de antimicrobianos encontrada foi de 8%. Essa foi maior entre as crianças até quatro anos de idade (14%;

    Utilização das unidades básicas de saúde da ESF conforme a cobertura por plano de saúde

    Get PDF
    OBJECTIVE: To describe the utilization of basic health units according to coverage by discount card or private health insurance. METHODS: Household survey in the area covered by Family Health Strategy in Pelotas, state of Rio Grande do Sul, Brazil, from December 2007 to February 2008, with persons of all age groups. The frequency of (medical or non-medical) healthcare seeking at the basic health units in the last six months and the prevalence of basic health unit utilization for the last medical consultation (in case it had been performed up to six months before, for a non-routine reason) were analyzed by Poisson regression adjusted for the sampling design. RESULTS: Of the 1,423 persons, 75.6% had no discount card or private health insurance. The average frequency of (medical or non-medical) healthcare seeking was 1.6 times in six months (95%CI 1.3–2.0); this frequency was 55.8% lower (p < 0.001) among privately insured persons compared to those with no discount card or private health insurance. Among the last medical consultations, 35.8% (95%CI 25.4–47.7) had been performed at the basic health units; this prevalence was 36.4% lower (p = 0.003) among persons covered by discount card and 87.7% lower (p = 0.007) among privately insured persons compared to those without both coverages. CONCLUSIONS: Private health insurance and, to a lesser degree, discount card coverage, are related to lower utilization of basic health units. This can be used to size the population under the accountability of each Family Health Strategy team, to the extent that community health workers are able to differentiate discount card from PHI during family registration.OBJETIVO: Descrever a utilização de unidades básicas de saúde conforme a cobertura por cartão de desconto e plano de saúde. MÉTODOS: Inquérito domiciliar na área de abrangência da Estratégia Saúde da Família de Pelotas, RS, entre dezembro de 2007 e fevereiro de 2008, incluindo pessoas de todas as faixas etárias. A frequência de busca por atendimento (médico ou não) nas unidades básicas de saúde nos últimos seis meses e a prevalência do uso das unidades básicas de saúde para a última consulta médica (caso esta tivesse sido realizada até seis meses atrás, e tivesse tido um motivo que não rotina) foram analisadas por regressão de Poisson ajustada para o delineamento amostral. RESULTADOS: Das 1.423 pessoas, 75,6% não estavam cobertas por cartão de desconto ou plano de saúde. A frequência média da busca por atendimento (médico ou não) foi de 1,6 vezes em seis meses (IC95% 1,3–2,0); essa frequência foi 55,8% menor (p < 0,001) entre as pessoas cobertas por plano de saúde em comparação às pessoas sem cartão de desconto ou plano de saúde. Dentre as últimas consultas médicas, 35,8% (IC95% 25,4–47,7) tinham sido realizadas nas unidades básicas de saúde; essa prevalência foi 36,4% menor (p = 0,003) entre as pessoas cobertas por cartão de desconto e 87,7% menor (p = 0,007) entre as pessoas cobertas por plano de saúde em comparação às pessoas com ambas as coberturas. CONCLUSÕES: A cobertura por plano de saúde e, em menor grau, a cobertura por cartão de desconto associam-se a uma menor utilização das unidades básicas de saúde. Isso pode ser utilizado para dimensionar a população sob a responsabilidade de cada equipe de Estratégia Saúde da Família, na medida em que os agentes comunitários de saúde sejam capazes de diferenciar cartão de desconto e plano de saúde durante o cadastramento das famílias

    Sintomas de doenças sexualmente transmissíveis em adultos: prevalência e fatores de risco

    Get PDF
    OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of sexually transmitted disease (STD) symptoms and associated risk factors in an adult population. METHODS: A population-based cross-sectional study was conducted among residents of the metropolitan area of Pelotas, Brazil. Subjects were 20 years old or more. A self-administered questionnaire was used to gather information about sexual behavior and STD symptoms. Multivariate analysis was undertaken using logistic regression. RESULTS: The prevalence of STDs was 13.5%. A higher risk of STDs was found in non-white younger women with more sexual partners and who did not use condoms in their last sexual relationship. Among men, early initiation of sexual activity and anal sex were positively associated with the outcome. Higher risks were found among women with lower schooling. CONCLUSIONS: The present study identified a significant prevalence of STD symptoms in this population and showed differences in risk factors according to gender. Since many STDs are asymptomatic and symptomatic cases are often either not perceived as disease by patients or not diagnosed in health services, the actual prevalence may be even greater. The study results suggest that cohabitation with a sexual partner does not reduce the risk of STDs in this population and showed sex differences for risk factors, both of which should be taken into account while approaching this issue.OBJETIVO: Medir a prevalência de sintomas de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e seus fatores de risco em uma população adulta. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional. A amostra foi constituída de adultos com 20 anos ou mais de idade, da zona urbana de Pelotas, RS. Utilizou-se questionário auto-aplicado para obtenção de informações de comportamento sexual e de sintomatologia para DST. A análise ajustada foi realizada por regressão logística. RESULTADOS: A prevalência de sintomas de DST foi de 13,5%. Pessoas do sexo feminino, mais jovens e cor não branca, bem como aquelas que não usaram preservativo na última relação sexual e que tiveram maior número de parceiros apresentaram maior risco para DST. Após estratificar por sexo, idade precoce de iniciação sexual e prática de sexo anal, as DST mostraram-se associadas com o desfecho apenas para os homens, e a menor escolaridade mostrou-se associada com o desfecho apenas para as mulheres. CONCLUSÕES: Este estudo mostrou uma prevalência importante de sintomas de DST. Levando-se em conta que muitas DST são assintomáticas e casos sintomáticos freqüentemente não são percebidos como patológicos pelos doentes e/ou não são diagnosticados pelos serviços, considera-se que o problema é ainda maior. Os resultados contribuíram também para aprofundar a discussão sobre o fato de viver com companheiro sexual não ser fator de proteção para a presença de sintomas dessas doenças e indicaram diferenças nos fatores de risco entre os sexos, sendo necessário considerar estas peculiaridades na abordagem deste assunto

    Can mothers rely on the Brazilian health system for their deliveries? An assessment of use of the public system and out-of-pocket expenditure in the 2004 Pelotas Birth Cohort Study, Brazil

    Get PDF
    <p>Abstract</p> <p>Background</p> <p>In a country where comprehensive free health care is provided via a public health system (SUS), an unexpected high frequency of catastrophic out-of-pocket expenditure has been described. We studied how deliveries were financed among mothers of a birth cohort and whether they were an important source of household out-of-pocket expenditure.</p> <p>Methods</p> <p>All deliveries occurring in the city of Pelotas, Brazil, during 2004, were recruited for a birth cohort study. All mothers were interviewed just after birth and three months later. Comprehensive data on the pregnancy, delivery, birth conditions and newborn health were collected, along with detailed information on expenses related to the delivery.</p> <p>Results</p> <p>The majority of the deliveries (81%) were financed by the public health system, a proportion that increased to more than 95% among the 40% poorest mothers. Less than 1% of these mothers reported some out-of-pocket expenditure. Even among those mothers covered by a private health plan, nearly 50% of births were financed by the SUS. Among the 20% richest, a third of the deliveries were paid by the SUS, 50% by private health plans and 17% by direct payment.</p> <p>Conclusion</p> <p>The public health system offered services in quantity and quality enough to attract even beneficiaries of private health plans and spared mothers from the poorest strata of the population of practically any expense.</p
    corecore