12 research outputs found

    Pênfigo foliáceo endêmico (Fogo selvagem): casuística da região nordeste do Estado de São Paulo, Brasil, 1973-1998

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    Endemic Pemphigus Foliaceus (EPF) is a bullous autoimmune skin disease whose incidence used to be high in the State of São Paulo (SP), Brazil, during the forties, but has declined thereafter. OBJECTIVES: to report a series of EPF patients from the northeastern region of SP. METHODS: a retrospective study concerning demographic and epidemiological data of patients seen from 1973 to 1998 was conducted at the University Hospital, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, SP. RESULTS: bullous disease was diagnosed in 340 patients, 245 with EPF (72.1%), 9.4 cases per year, 60.4% females, and 70.2% white, 7 to 82 year-old (29.4% in their teens); 46.9% lived in the rural zone. Concerning profession, housewives predominated among women (67.6%) and agricultural workers among men (40.2%). The time of disease was less than 1 year in 62.0% of cases, followed by 1 and 5 years (27%), and more than 5 years for the remaining patients (11%). 36.7% of patients were referred by the Direção Regional de Saúde (DIR) XVIII of Ribeirão Preto, with the largest number of cases being from Ribeirão Preto and Batatais: 33.3% and 23.3%, respectively; 22% from DIR XIII (Franca); 13.5% from DIR VII (Araraquara); 2.9% from DIR IX (Barretos); 4.1% from other DIRs of SP, and 20.8% from other States (16.7% from Minas Gerais). Thirteen (5.3%) patients reported occurrence of the disease in some relative, and 4 (1.6%) in neighbors. CONCLUSIONS: the present data characterize the northeastern region of the state of São Paulo as a remaining endemic focus of EPF.FUNDAMENTOS: O pênfigo foliáceo endêmico (PFE) é doença bolhosa auto-imune, em que o Estado de São Paulo (SP) destacou-se por sua alta incidência na década de 1940, a partir da qual é descrito seu declínio. OBJETIVOS: relatar casuística do PFE na região nordeste de SP. MÉTODO: levantamento de prontuários de pacientes com doenças bolhosas, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 1973 a 1998, anotando-se aspectos demográficos e epidemiológicos. RESULTADOS: Do total de 340 pacientes com doença bolhosa, em 245 foi diagnosticado PFE (72,1%), 9,4 casos/ano. Desses, 60,4% eram mulheres e 70,2%, brancos, de 7 a 82 anos de idade (29,4% entre 10 e 19 anos); 46,9% eram de zona rural. Predominou a profissão doméstica entre as mulheres (67,6%), e lavrador entre os homens (40,2%). Em 62,0%, a duração da doença foi menor que 1 ano; em 27,0%, entre 1 e 5 anos, e, em 11,0%, maior que 5 anos. 36,7% eram procedentes da Direção Regional de Saúde (DIR) XVIII de Ribeirão Preto, sendo que os municípios de Batatais e de Ribeirão Preto apresentaram maior número de casos: 33,3% e 23,3%, respectivamente; 22,0% da DIR XIII (Franca); 13,5% da DIR VII (Araraquara); 2,9% da DIR IX (Barretos); 4,1% de outras DIRs de SP, e 20,8% de outros Estados (16,7% de MG). Treze (5,3%) pacientes relataram PFE em algum familiar, e 4 (1,6%), em vizinhos. CONCLUSÕES: Os dados confirmam a região nordeste de SP como foco endêmico remanescente de PFE

    Drug eruptions (hypersensitivity reactions)

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    Emphasis is given for the hypersensitivity reactions to drugs associated to the main immune mechanisms involved and to the cutaneous syndromes more commonly related. For each type of immune reaction, as well as for each cutaneous manifestation, the main involved drugs are related.É dada ênfase para as reações de hipersensililidade a drogas associando-as aos principais mecanismos de resposta imune e às síndromes dermatológicas mais comumente relacionadas. Para cada tipo de reação imunológica, assim como para cada manifestação cutânea, procurou-se relatar as principais drogas envolvidas

    Pityriasis lichenoides: clinical and immunogenetic studies

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    Type of study: Prevalence study. Objectives: Despite pityriasis lichenoides is an uncommon dermatosis, we observed 12 cases in the last 3 years. By this means, we review clinical and histopathologic findings of all patients with pityriasis lichenoides seen at our Division. Furthermore, since pathogenic features of the disease are unknown, we performed HLA class I and II typings to search for possible immunogenetic markers for pityriasis lichenoides. Methods: Twenty-one patients with biopsy-proven diagnosis of pityriasis lichenoides were evaluated. HLA class I and II antigens were typed using conventional serological procedures. Results: Children and young adults were predominantly affected. Most of the cases were seen in fall and winter time. Typical disseminated lesions were observed more frequently. Both acute and chronic patterns were observed at histology. Compared to controls, the HLA-B17 antigen was overrepresented in patients (P< 0.005). Conclusions: Although pityriasis lichenoides remains a cutaneous disease of undetermined origin, our findings show that the disease is associated with the HLA-B17 antigen. .Modelo de estudo:Estudo de prevalência. Objetivos: Embora a pitiríase liquenóide seja uma dermatose incomum, 12 casos foram por nós observados nos últimos três anos. Assim, neste estudo, avaliamos os perfis clínicos e histopatológicos dos pacientes com pitiríase liquenóide, atendidos na Divisão de Dermatologia. Além disso, tipificamos os antígenos HLA de classes I e II nesses pacientes.Metodologia: Foram estudados 21 pacientes com diagnóstico clínico e histopatológico de pitiríase liquenóide. As tipificações dos antígenos de histocompatibilidade de classes I e II foram realizadas, utilizando-se métodos sorológicos. Resultados: A maioria dos casos ocorreu entre crianças e ou adultos jovens, no outono e inverno. As lesões típicas de forma disseminada foram as mais freqüentes. Os achados histopatológicos mostraram lesões dos tipos agudo e crônico. O antígeno HLA-B17 estava significantemente aumentado nos pacientes em relação aos controles (P<0,005).Conclusões: Embora a etiologia da pitiríase liquenóide não seja conhecida, os achados aqui relatados mostram que o marcador HLA-B17 é prevalente entre os doentes

    Métodos subsidiários para o diagnóstico da Leishmaniose tegumentar americana (LTA): comparação dos resultados do seqüenciamento de DNA e da PCR-RFLP para determinação da espécie de leishmania em amostras cutâneo-mucosas

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    FUNDAMENTOS: Métodos moleculares têm-se mostrados mais eficazes para o diagnóstico da LTA. OBJETIVOS: Comparar os resultados da intradermorreação de Montenegro (IRM), presença de leishmania em biópsia (Bc), reação de imunofluorescência indireta (Rifi), seqüenciamento de DNA e PCR-RFLP (-restriction fragment lenght polymorphism) para o diagnóstico da LTA. MÉTODOS: Foram estudados 152 pacientes com LTA. Para a PCR em Bc, utilizaram-se primers específicos para seqüência de 120bp do kDNA do minicírculo comum a todas as espécies de leishmanias. O produto da PCR, utilizado para seqüenciamento e para restrição enzimática com Hae III, foi comparado às culturas L. (L.) amazonensis e L. (V.) braziliensis. RESULTADOS: Houve predomínio do sexo masculino (75%), da cor branca (80%) e da profissão urbana (48%). A idade variou de três a 77 anos, com 56,5% entre 21 e 50 anos. 65,8% eram do Estado de São Paulo, prevalecendo a forma cutânea (79,6%). A IRM foi positiva em 73,4%, e a Rifi em 59,7%, enquanto a Bc evidenciou presença de leishmania em 30,6%. A PCR foi positiva em 81,6%, e a PCR-RFLP identificou L. (V.) braziliensis como espécie predominante (66%), o que também ocorreu com o seqüenciamento. Comparando PCR-RFLP e seqüenciamento, houve 61% de concordância entre os resultados, mostrando significância da PCR-RFLP para L. (V.) braziliensis. CONCLUSÕES: A IRM e a PCR foram estatisticamente equivalentes como métodos subsidiários para o diagnóstico da LTA, a PCR-RFLP e o seqüenciamento também o foram na identificação das espécies de leishmania, o primeiro apresentando menores custo e tempo de execução comparado ao seqüenciamento de DNA

    Maxadilan (MAX) - Proteína salivar de Lutzomyia longipalpis: detecção de anticorpos antiMAX em leishmaniose tegumentar americana (LTA) e expressão gênica e protéica de MAX em Lutzomyia neivai

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    FUNDAMENTOS: AA proteína MAX, componente salivar de Lutzomyia longipalpis, vetor do calazar ou leishmaniose sistêmica, tem sido empregada como vacina para leishmaniose tegumentar experimental, com funções de vasodilatação e imunomodulação. OBJETIVOS: Detectar anticorpos séricos antiMAX em pacientes com LTA e verificar a expressão de MAX em L. neivai, vetor da LTA na região em estudo. MÉTODOS: Anticorpos antiMAX foram detectados por Elisa em soro de 42 pacientes com LTA e 63 controles. A extração de proteínas e de DNA de L. longipalpis (controle positivo) e de L. neivai foi realizada pelo método Trizol e seguida pela detecção de proteínas por eletroforese e pela expressão gênica de MAX por PCR-RFLP (polymerase chain reaction-restriction fragment length polymorphism) com as enzimas Hha I e Rsa I. RESULTADOS: Títulos maiores de anticorpos antiMAX foram observados na LTA (p=0,0132). A eletroforese de proteínas mostrou frações semelhantes para L. longipalpis e L. neivai, tendo-se observado para ambos fração protéica de peso molecular similar à proteína MAX. A expressão gênica de MAX em L. longipalpis e L. neivai foi confirmada por PCR-RFLP. CONCLUSÕES: A presença de antiMAX nos grupos em estudo tornou imprescindível a pesquisa de MAX no vetor de LTA da região, tendo sido registrada pela primeira vez expressão protéica e gênica de MAX em L. neivai. Detecção de antiMAX em controles confirma exposição a picadas de flebótomos. Títulos de anticorpos antiMAX maiores na LTA sugerem exposição prévia e natural à picada e, conseqüentemente, à proteína MAX, não protegendo da doença e desfavorecendo seu emprego em vacinação
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