7 research outputs found

    Corpo desviante: olhar perplexo

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    No bojo da ampla questão da intolerância à diversidade, o artigo procura identificar alguns elementos presentes nas interações pessoais que envolvam um parceiro portador de corpo desviante, diferente, deficiente ou atípico e, portanto, estigmatizado: perplexidade, estranheza, atração/repulsa, fascínio/terror, rejeição, negação etc. Para consubstanciar a reflexão são explorados alguns conceitos como os de corpo, desvio, anormalidade, anomalia, mecanismos de defesa, sentimentos, atitudes, preconceitos, estereótipos e estigma. A metáfora do monstro é utilizada como forma de exploração da dimensão sócio-histôrica frente ao insólito, ao grotesco, ao anômalo; dimensão essa que permite identificar ou inferir os valores que engendram a cristalização do estigma imputado àqueles que têm (ou são, como diria Sartre) um corpo desviante.Assuming intolerance to diversity, this paper discusses some reactions aroused by the interaction with a partner who has an unusual or disabled, thence stigmatized, body. The monster metaphor is used to analyse the historical approach to abnormality, thus identifying the value judgements responsible for the perpetuity of the stigma attributed to those who have (or who are, as Sartre would put it) a deviant body

    Corpo desviante: olhar perplexo

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    No bojo da ampla questão da intolerância à diversidade, o artigo procura identificar alguns elementos presentes nas interações pessoais que envolvam um parceiro portador de corpo desviante, diferente, deficiente ou atípico e, portanto, estigmatizado: perplexidade, estranheza, atração/repulsa, fascínio/terror, rejeição, negação etc. Para consubstanciar a reflexão são explorados alguns conceitos como os de corpo, desvio, anormalidade, anomalia, mecanismos de defesa, sentimentos, atitudes, preconceitos, estereótipos e estigma. A metáfora do monstro é utilizada como forma de exploração da dimensão sócio-histôrica frente ao insólito, ao grotesco, ao anômalo; dimensão essa que permite identificar ou inferir os valores que engendram a cristalização do estigma imputado àqueles que têm (ou são, como diria Sartre) um corpo desviante

    Deficiência e autodeterminação humana: compaixão e insensibilidade no caso Vincent Humbert Human handicap and self-determination: compassion and insensibility in the Vincent Humbert case

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    Discute a questão da autodeterminação de pessoas com deficiência, sem comprometimento das funções cognitivas. Traz como pano de fundo a história de Vincent Humbert, francês de 22 anos que ficou tetraplégico, cego e mudo após um acidente automobilístico. O sofrimento intenso do rapaz durou vários meses, resultando em insistente pedido de eutanásia aos médicos e à sua mãe. A morte de Humbert, após uma tentativa frustrada de eutanásia praticada pela mãe, reabre a polêmica em torno da eutanásia e do suicídio assistido. Partindo desse contexto, apresenta aspectos históricos da deficiência e analisa criticamente a autonomia e a eutanásia de Humbert.<br>This work has the objective of discussing human self-determination among handicapped people with unaffected cognitive functions. The background for the article is the history of 22 year-old Vincent Humbert, who became tetraplegic, blind and speech-impaired after a car accident. The young man intense suffering lasted for several months and resulted in an insistent request for euthanasia to his mother. Humbert's death, after his mother's unsuccessful effort to conduct the euthanasia, restates the polemics concerning euthanasia and assisted suicide. In this context, the article presents historical aspects of human handicap and critically analyzes Humbert's autonomy and euthanasia

    Desfazendo mitos para minimizar o preconceito sobre a sexualidade de pessoas com deficiências Dispelling myths to minimize prejudice about the sexuality of people with disability

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    Este texto aborda a presença de idéias preconceituosas sobre a sexualidade de pessoas com deficiência discorrendo, de modo critico e reflexivo, sobre diversos mitos, tais como: (1) pessoas com deficiência são assexuadas: não têm sentimentos, pensamentos e necessidades sexuais; (2) pessoas com deficiência são hiperssexuadas: seus desejos são incontroláveis e exacerbados; (3) pessoas com deficiência são pouco atraentes, indesejáveis e incapazes para manter um relacionamento amoroso e sexual; (4) pessoas com deficiência não conseguem usufruir o sexo normal e têm disfunções sexuais relacionadas ao desejo, à excitação e ao orgasmo; (5) a reprodução para pessoas com deficiência é sempre problemática porque são pessoas estéreis, geram filhos com deficiência ou não têm condições de cuidar deles. A crença nesses mitos revela um modo preconceituoso de compreender a sexualidade de pessoas com deficiência como sendo desviante a partir de padrões definidores de normalidade e isso se torna um obstáculo para a vida afetiva e sexual plena daqueles que são estigmatizados pela deficiência. Esclarecer esses mitos é um modo de superar a discriminação social e sexual que prejudica os ideais de uma sociedade inclusiva.<br>This article discusses the presence of prejudice regarding the sexuality of people with disabilities. The issues that are described in a critical and reflective manner include various myths, such as: (1) people with disabilities are asexual: they have no feelings, thoughts and sexual needs, (2) people with disabilities have hightened sexuality: their desires are uncontrollable and exacerbated, (3) people with disabilities are unattractive, undesirable and unable to love and have sexual relationship, (4) people with disabilities are unable to enjoy normal sex and have sexual dysfunctions related to desire, excitement and orgasm, (5) reproduction for people with disabilities is always problematic because they are infertile, have children with disability or are unable to care of them. Belief in these myths reveals a biased understanding of sexuality of disabled people, seen as deviant, from normal standards. This is a barrier to affection and sex fulfillment for those who are stigmatized by disability. Clarifying these myths is a way of overcoming social and sexual discrimination that hinders the ideal of an inclusive society
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