38 research outputs found

    Reproductive planning in Indigenous area and the search for differentiated care: the dilemmas between inequality and difference

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    Differentiated care is a fundamental principle for a non-colonizing care of the Indigenous populations. One of the challenges within this field is reproductive planning since it involves tensions between collective and individual wills, as well as between authority and autonomy, especially with the more continuous insertion of professionals with the Programa Mais Médicos (More Doctor Program), as occurred in the Yanomami Territory. This article aims to discuss the aspects involved in a differentiated care regarding reproductive planning by comparing the work of health professionals in Indigenous and non-Indigenous areas. Thus, an ethnographic case study was conducted based on participant observation of the teams’ practice, accessed via the Programa Mais Médicos Supervision, and interviews with six professionals, selected for the diversity of their profile. From the content analysis, three categories were identified: difference and inequality, similarities, and challenges. These divisions allows for the notion of physiological comparison, which generates a biomedical approach, encompassing the confusion between difference and inequality, the aspect responsible for favoring colonization and the denial of rights – and even the understandings of professionals about the culture – which permeates the intercultural dialogue.A atenção diferenciada é um princípio fundamental para um cuidado não colonizador das populações indígenas. Um dos desafios nesse campo é o planejamento reprodutivo, por envolver tensões entre vontades coletivas e individuais, além da tutela e da autonomia, principalmente com a inserção mais contínua de profissionais via Programa Mais Médicos, como ocorreu no Território Yanomami. O objetivo deste artigo é discutir os aspectos envolvidos na atenção diferenciada ao planejamento reprodutivo, por meio da comparação entre o trabalho de profissionais de saúde em área indígena e não indígena. Para tanto, foi realizado um estudo de caso etnográfico com observação participante do exercício das equipes acessadas pela Supervisão do Programa Mais Médicos e entrevistas com seis profissionais, selecionados pela diversidade de seus perfis. A partir da análise de conteúdo, foram identificadas três categorias: diferença e desigualdade; similaridades; e desafios. Tais divisões trazem a noção de comparação fisiológica, que gera abordagem biomédica, passando pela confusão entre diferença e desigualdade, aspecto responsável por favorecer a colonização e a negação dos direitos – e até as compreensões dos profissionais sobre a cultura – que atravessam o diálogo intercultural

    Planejamento reprodutivo em área indígena e a busca pela atenção diferenciada: os dilemas entre desigualdade e diferença

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    Differentiated care is a fundamental principle for non-colonizing care for indigenous populations. One of the challenges in this field is reproductive planning, as it involves tensions between collective and individual wills, in addition to the guardianship and the autonomy, especially with the more continuous insertion of professionals with the Mais Médicos Program, as occurred in the Yanomami Territory. This study aims to discuss the aspects involved in differentiated attention to reproductive planning, by comparing the work of health professionals in indigenous and non-indigenous areas. To this end, an ethnographic case study based on participant observation of the teams’ exercise accessed by the Supervision of the Mais Médicos Program and interviews with six professionals, selected for their diversity of their profile. From the content analysis, three categories were identified: difference and inequality, similarities; and challenges. These divisions bring the notion of physiological comparison, which generates a biomedical approach, going through the confusion between difference and inequality, the aspect responsible for favoring colonization and the denial of rights – and even the understandings of professionals about the culture – which cross the intercultural dialogue.A atenção diferenciada é um princípio fundamental para um cuidado não colonizador das populações indígenas. Um dos desafios nesse campo é o planejamento reprodutivo, por envolver tensões entre vontades coletivas e individuais, além da tutela e da autonomia, principalmente com a inserção mais contínua de profissionais via Programa Mais Médicos, como ocorreu no Território Yanomami. O objetivo deste artigo é discutir os aspectos envolvidos na atenção diferenciada ao planejamento reprodutivo, por meio da comparação entre o trabalho de profissionais de saúde em área indígena e não indígena. Para tanto, foi realizado um estudo de caso etnográfico com observação participante do exercício das equipes acessadas pela Supervisão do Programa Mais Médicos e entrevistas com seis profissionais, selecionados pela diversidade de seus perfis. A partir da análise de conteúdo, foram identificadas três categorias: diferença e desigualdade; similaridades; e desafios. Tais divisões trazem a noção de comparação fisiológica, que gera abordagem biomédica, passando pela confusão entre diferença e desigualdade, aspecto responsável por favorecer a colonização e a negação dos direitos – e até as compreensões dos profissionais sobre a cultura – que atravessam o diálogo intercultural

    Postpartum depression among women with unintended pregnancy

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    OBJECTIVE To analyze the association between unintended pregnancy and postpartum depression. METHODS This is a prospective cohort study conducted with 1,121 pregnant aged 18 to 49 years, who attended the prenatal program devised by the Brazilian Family Health Strategy, Recife, PE, Northeastern Brazil, between July 2005 and December 2006. We interviewed 1,121 women during pregnancy and 1,057 after childbirth. Unintended pregnancy was evaluated during the first interview and postpartum depression symptoms were assessed using the Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale. The crude and adjusted odds ratios for the studied association were estimated using logistic regression analysis. RESULTS The frequency for unintended pregnancy was 60.2%; 25.9% presented postpartum depression symptoms. Those who had unintended pregnancies had a higher likelihood of presenting this symptoms, even after adjusting for confounding variables (OR = 1.48; 95%CI 1.09;2.01). When the Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) variable was included, the association decreased, however, remained statistically significant (OR = 1.42; 95%CI 1.03;1.97). CONCLUSIONS Unintended pregnancy showed association with subsequent postpartum depressive symptoms. This suggests that high values in Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale may result from unintended pregnancy.OBJETIVO Analisar a associação entre gravidez não pretendida e depressão pós-parto. MÉTODOS Estudo de coorte prospectivo realizado com 1.121 mulheres grávidas de 18 a 49 anos, acompanhadas no pré-natal pela Estratégia de Saúde da Família, Recife, PE, entre julho de 2005 e dezembro de 2006. Durante a gravidez e após o parto foram entrevistadas, respectivamente, 1.121 e 1.057 mulheres. A gravidez não pretendida foi avaliada durante a primeira entrevista e os sintomas depressivos após o parto foram avaliados utilizando-se a Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale. Foram estimados os odds ratios simples e ajustados para a associação estudada, utilizando-se análise de regressão logística. RESULTADOS A frequência de gravidez não pretendida foi de 60,2%; 25,9% apresentaram sintomas depressivos após o parto. Aquelas com gravidez não pretendida tiveram maior chance de apresentar esse desfecho, mesmo após ajuste para variáveis de confundimento (OR = 1,48; IC95% 1,09;2,01). Ao se incluir a variável Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), a associação diminuiu, mas manteve-se estatisticamente significativa (OR = 1,42; IC95% 1,03;1,97). CONCLUSÕES Gravidez não pretendida mostrou-se associada a sintomas depressivos após o parto. Isso sugere que valores elevados na Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale podem resultar de gravidez não pretendida

    On gestating and giving birth to a child with congenital zika virus syndrome: a case study

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    Este artigo busca analisar o contexto de gestação, pré-natal e parto de uma criança com Síndrome Congênita do Zika (SCZ). É um estudo exploratório qualitativo, tipo estudo de caso único, delineado a partir de entrevista em profundidade realizada com uma mãe de criança diagnosticada com SCZ em Pernambuco. A análise dos dados ocorreu mediante a categorização do conteúdo da entrevista em quatro núcleos temáticos: contexto da descoberta da gestação; condições da assistência ao pré-natal e ao parto; condições de diagnóstico e assistência à criança; e sentimentos envolvidos na descoberta da gestação e do diagnóstico da síndrome. Esse caso sinaliza falhas no planejamento reprodutivo e na assistência ao pré-natal e parto; despreparo dos profissionais de saúde; e mudanças significativas na rotina da família, que implicam escolhas difíceis num contexto de deficitária assistência pública à saúde. A epidemia da SCZ revelou problemas que vão além do controle vetorial do mosquito. O panorama atual escancara vulnerabilidades dessas famílias, intensificadas com o surgimento e as consequências da covid-19, o que tem exposto ainda mais as fragilidades da atenção integral à saúde da mulher e a necessidade de manter uma rede articulada e resolutiva na assistência e vigilância em saúde.This study analyzes the context of pregnancy, prenatal care and birth of children with Congenital Zika Syndrome (CZS). A single case exploratory study was conducted with a mother of a child diagnosed with CZS in Pernambuco, Brazil. Data were collected by an in-depth interview and content was categorized into four themes: discovery of pregnancy; conditions of prenatal and childbirth care; conditions of diagnosis and childcare; and feelings involved in the pregnancy discovery and syndrome diagnosis. This case study highlights failures in reproductive planning and in prenatal and childbirth care; unpreparedness of health professionals; and significant changes in the family’s routine, which imply difficult choices under a deficient public health care. CZS epidemic uncovered problems that go beyond mosquito vector control. The current scenario highlights the vulnerabilities of these families, intensified by the emergence and consequences of COVID-19, which has further exposed the weaknesses of women’s comprehensive health care and the need to maintain an articulated and resolute network in health care and surveillance

    Previous experience of family violence and intimate partner violence in pregnancy

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    OBJECTIVE To estimate differential associations between the exposure to violence in the family of origin and victimization and perpetration of intimate partner violence in pregnancy. METHODS A nested case-control study was carried out within a cohort study with 1,120 pregnant women aged 18–49 years old, who were registered in the Family Health Strategy of the city of Recife, State of Pernambuco, Brazil, between 2005 and 2006. The cases were the 233 women who reported intimate partner violence in pregnancy and the controls were the 499 women who did not report it. Partner violence in pregnancy and previous experiences of violence committed by parents or other family members were assessed with a standardized questionnaire. Multivariate logistic regression analyses were modeled to identify differential associations between the exposure to violence in the family of origin and victimization and perpetration of intimate partner violence in pregnancy. RESULTS Having seen the mother suffer intimate partner violence was associated with physical violence in childhood (OR = 2.62; 95%CI 1.89–3.63) and in adolescence (OR = 1.47; 95%CI 1.01–2.13), sexual violence in childhood (OR = 3.28; 95%CI 1.68–6.38) and intimate partner violence during pregnancy (OR = 1.47; 95% CI 1.01 – 2.12). The intimate partner violence during pregnancy was frequent in women who reported more episodes of physical violence in childhood (OR = 2.08; 95%CI 1.43–3.02) and adolescence (OR = 1.63; 95%CI 1.07–2.47), who suffered sexual violence in childhood (OR = 3.92; 95%CI 1.86–8.27), and who perpetrated violence against the partner (OR = 8.67; 95%CI 4.57–16.45). CONCLUSIONS Experiences of violence committed by parents or other family members emerge as strong risk factors for intimate partner violence in pregnancy. Identifying and understanding protective and risk factors for the emergence of intimate partner violence in pregnancy and its maintenance may help policymakers and health service managers to develop intervention strategies

    Frequency and pattern of intimate partner violence before, during and after pregnancy

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    OBJECTIVE: To estimate the prevalence and analyze the pattern of intimate partner violence, before and during pregnancy and in the postpartum period. METHODS: This was a cohort study undertaken on 960 women aged 18 to 49 years, who were registered in the Family Health Program of the city of Recife, Northeastern Brazil, between 2005 and 2006. The women were interviewed during pregnancy and in the postpartum period, using a questionnaire adapted from the World Health Organization's Multi-country Study on Women's Health and Domestic Violence. To assess the pattern of intimate partner violence occurrences between a given time period and the subsequent period, the odds ratio (OR) was calculated with 95% confidence intervals (95%CI). RESULTS: The prevalence of intimate partner violence before, during and/or after pregnancy was estimated to be 47.4%. For the three periods separately, it was 32.4%, 31.0% and 22.6% respectively. The women who reported violence before pregnancy were 11.6 times more likely to report violence during pregnancy (95%CI: 8.3;16.2). When the women reported violence during pregnancy, the chance of reports in the postpartum period was 8.2 times higher (95%CI: 5.1;11.7). Psychological violence was more prevalent, especially during pregnancy (28.8%; 95%CI: 26.0%;31.7%). Sexual violence was less prevalent, especially after delivery (3.7%; 95%CI: 2.6%;5.0%). Physical violence diminished by almost 50% during pregnancy, in comparison with the preceding period. CONCLUSIONS: A significant proportion of women of reproductive age experience situations of intimate partner violence. The periods of prenatal and childcare consultations are opportunities for healthcare professionals to identify situations of violence.OBJETIVO: Estimar la prevalencia y analizar el patrón de violencia por pareja íntima, antes y durante la gestación y en el postparto. MÉTODOS: Estudio de cohorte realizado con 960 mujeres de 18 a 49 años, catastradas en el Programa Salud de la Familia de la ciudad de Recife, Noreste de Brasil, entre 2005 y 2006. Las mujeres fueron entrevistadas durante la gestación y en el puerperio, utilizándose un cuestionario adaptado del Estudio Multipaíses sobre la Salud de la Mujer y Violencia Domestica de la Organización Mundial de la Salud. Para evaluar el patrón de ocurrencia de la violencia por pareja íntima, entre un determinado periodo y el subsecuente, el odds ratio (OR) fue calculado con intervalos de 95% de confianza (IC95%). RESULTADOS: La prevalencia de violencia por pareja íntima antes, durante y/o después de la gestación fue estimada en 47,4% y para cada período aislado, en 32,4%, 31,0% y 22,6%, respectivamente. Las mujeres que relataron violencia antes del embarazo tuvieron chance 11,6 veces mayor (IC95%:8,3;6,2) de relatar violencia durante el embarazo. Cuando las mujeres relataron violencia durante el embarazo, el chance de relatos en el postparto fue 8,2 veces mayor (IC95%:5,1;11,7). La violencia psicológica fue la de mayor prevalencia, principalmente durante la gestación (28,8%; IC95%:26,0%;31,7%); la sexual, la menos prevalente, especialmente en el postparto (3,7%; IC95%: 2,6%;5,0%); y la física disminuyó casi 50% durante la gestación en comparación con el período anterior. CONCLUSIONES: Parcela significativa de as mujeres en edad reproductiva experimenta situaciones de violencia por pareja íntima. Los períodos de consultas de prenatal y de puericultura son oportunidades para que el profesional de salud pueda identificar situaciones de violencia.OBJETIVO: Estimar a prevalência e analisar o padrão da violência por parceiro íntimo antes e durante a gestação e no pós-parto. MÉTODOS: Estudo de coorte realizado com 960 mulheres de 18 a 49 anos, cadastradas no Programa Saúde da Família da cidade do Recife, PE, entre 2005 e 2006. As mulheres foram entrevistadas durante a gestação e no puerpério, utilizando-se um questionário adaptado do Estudo Multipaíses sobre a Saúde da Mulher e Violência Doméstica da Organização Mundial da Saúde. Para avaliar o padrão de ocorrência da violência por parceiro íntimo, entre um determinado período e o subseqüente, o odds ratio foi calculado com intervalos de 95% de confiança (IC95%). RESULTADOS: A prevalência de violência por parceiro íntimo antes, durante e/ou depois da gestação foi estimada em 47,4% e, para cada período isolado, em 32,4%, 31,0% e 22,6%, respectivamente. As mulheres que relataram violência antes da gravidez tiveram chance 11,6 vezes maior (IC95%: 8,3;16,2) de relatar violência durante a gravidez. Quando as mulheres relataram violência durante a gravidez, a chance de relatos no pós-parto foi 8,2 vezes maior (IC95%: 5,1;11,7). A violência psicológica foi a de maior prevalência, principalmente durante a gestação (28,8%; IC95%: 26,0%;31,7%); a sexual, a menos prevalente, especialmente no pós-parto (3,7%; IC95%: 2,6%;5,0%); e a física diminuiu quase 50% durante a gestação em comparação com o período anterior. CONCLUSÕES: Parcela significativa das mulheres em idade reprodutiva vivencia situações de violência por parceiro íntimo. Os períodos de consultas de pré-natal e de puericultura são oportunidades para que o profissional de saúde possa identificar situações de violência

    External causes and maternal mortality: proposal for classification

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    OBJETIVO: Analisar os óbitos por causas externas e causas mal definidas em mulheres em idade fértil ocorridos na gravidez e no puerpério precoce. MÉTODOS: Foram estudados 399 óbitos de mulheres em idade fértil de Recife, PE, de 2004 a 2006. A pesquisa utilizou o método Reproductive Age Mortality Survey e um conjunto de instrumentos de investigação padronizados. Foram usados como fontes de dados laudos do Instituto Médico Legal, prontuários hospitalares e da Estratégia Saúde da Família e entrevistas com os familiares das mulheres falecidas. Óbitos por causa externa na gravidez foram classificados de acordo com a circunstância da morte usando-se o código O93 e calculadas as razões de mortalidade materna antes e depois da classificação. RESULTADOS: Foram identificados 18 óbitos na presença de gravidez. A maioria das mulheres tinha entre 20 e 29 anos, de quatro a sete anos de estudo, eram negras, solteiras. Quinze óbitos foram classificados com o código O93 como morte relacionada à gravidez (13 por homicídio - O93.7; dois por suicídio - O93.6) e três mortes maternas obstétricas indiretas (uma homicídio - O93.7 e duas por suicídio - O93.6). Houve incremento médio de 35,0% nas razões de mortalidade materna após classificação. CONCLUSÕES: Os óbitos por causas mal definidas e no puerpério precoce não ocorrem por acaso e sua exclusão dos cálculos dos indicadores de mortalidade materna aumentam os níveis de subinformação.OBJETIVO: Analizar los óbitos por causas externas y causas mal definidas en mujeres en edad fértil ocurridos en el embarazo y en el puerperio precoz. MÉTODOS: Se estudiaron 399 óbitos en mujeres en edad fértil de Recife, PE, de 2004 a 2006. La investigación utilizó el método Reproductive Age Mortality Survey y un conjunto de instrumentos de investigación estandarizados. Se usaron como fuente de datos, laudos del Instituto Médico Legal, prontuarios hospitalarios y de la Estrategia Salud de la Familia y entrevistas con los familiares de las mujeres fallecidas. Óbitos por causa externa en el embarazo fueron clasificados de acuerdo con la circunstancia de la muerte usándose el código O93 y calculados los cocientes de mortalidad materna antes y después de la clasificación. RESULTADOS: Se identificaron 18 óbitos en la presencia del embarazo. La mayoría de las mujeres tenía entre 20 y 29 años, de cuatro a siete años de estudio, de piel negra y soltera. Quince óbitos fueron clasificados con el código O93 como muerte relacionada con el embarazo (13 por homicidio - O93.7; 2 por suicidio - O93.6), y tres muertes maternas obstétricas indirectas (una por homicidio - O93.7 y dos por suicidio - O93.6). Hubo incremento promedio de 35,0% en las RMM posterior a la clasificación. CONCLUSIONES: Los óbitos por causas mal definidas y en el puerperio precoz no ocurren por casualidad y su exclusión de los cálculos de los indicadores de mortalidad materna aumenta los niveles de sub-información.OBJECTIVE To analyze deaths from external causes and undefined causes in women of childbearing age occurring during pregnancy and early postpartum. METHODS The deaths of 399 women of childbearing age, resident in Recife, Northeastern Brazil, in the period 2004 to 2006, were studied. The survey utilized the Reproductive Age Mortality Survey method and a set of standardized questionnaires. Data sources included reports from the Institute of Legal Medicine, hospital and Family Health Strategy records and interviews with relatives of the deceased women. External causes of death during pregnancy were classified according to the circumstance of death, using the O93 code (ICD) and maternal mortality ratios before and after the classification were calculated. RESULTS Eighteen deaths during pregnancy were identified. The majority were aged between 20 and 29, had between 4 and 7 years of schooling, were black and single parents. Fifteen deaths were classified using the O93 code as pregnancy related death (13 for homicide – code 93.7; 2 by suicide – code 93.6) and three were classified as indirect obstetric maternal deaths (one homicide – code 93.7 and two by suicide – code 93.6). There was an average increment of 35% in the RMM after classification. CONCLUSIONS Deaths from undefined causes in and in early postpartumdid not occur by chance and their exclusion from the calculations of maternal mortality indicators only increases levels of underreporting

    On gestating and giving birth to a child with congenital zika virus syndrome: a case study

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    Este artigo busca analisar o contexto de gestação, pré-natal e parto de uma criança com Síndrome Congênita do Zika (SCZ). É um estudo exploratório qualitativo, tipo estudo de caso único, delineado a partir de entrevista em profundidade realizada com uma mãe de criança diagnosticada com SCZ em Pernambuco. A análise dos dados ocorreu mediante a categorização do conteúdo da entrevista em quatro núcleos temáticos: contexto da descoberta da gestação; condições da assistência ao pré-natal e ao parto; condições de diagnóstico e assistência à criança; e sentimentos envolvidos na descoberta da gestação e do diagnóstico da síndrome. Esse caso sinaliza falhas no planejamento reprodutivo e na assistência ao pré-natal e parto; despreparo dos profissionais de saúde; e mudanças significativas na rotina da família, que implicam escolhas difíceis num contexto de deficitária assistência pública à saúde. A epidemia da SCZ revelou problemas que vão além do controle vetorial do mosquito. O panorama atual escancara vulnerabilidades dessas famílias, intensificadas com o surgimento e as consequências da covid-19, o que tem exposto ainda mais as fragilidades da atenção integral à saúde da mulher e a necessidade de manter uma rede articulada e resolutiva na assistência e vigilância em saúde.This study analyzes the context of pregnancy, prenatal care and birth of children with Congenital Zika Syndrome (CZS). A single case exploratory study was conducted with a mother of a child diagnosed with CZS in Pernambuco, Brazil. Data were collected by an in-depth interview and content was categorized into four themes: discovery of pregnancy; conditions of prenatal and childbirth care; conditions of diagnosis and childcare; and feelings involved in the pregnancy discovery and syndrome diagnosis. This case study highlights failures in reproductive planning and in prenatal and childbirth care; unpreparedness of health professionals; and significant changes in the family’s routine, which imply difficult choices under a deficient public health care. CZS epidemic uncovered problems that go beyond mosquito vector control. The current scenario highlights the vulnerabilities of these families, intensified by the emergence and consequences of COVID-19, which has further exposed the weaknesses of women’s comprehensive health care and the need to maintain an articulated and resolute network in health care and surveillance

    Delays in access to care for abortion-related complications: the experience of women in Northeast Brazil.

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    Around 18 million unsafe abortions occur in low and middle-income countries and are associated with numerous adverse consequences to women's health. The time taken by women with complications to reach facilities where they can receive appropriate post-abortion care can influence the risk of death and the extent of further complications. All women aged 18+ admitted for abortion complications to public-sector hospitals in three capital cities in the Northeastern Brazil between August-December 2010 were interviewed; medical records were extracted (N = 2,804). Nearly all women (94%) went straight to a health facility, mainly to a hospital (76.6%); the rest had various care-seeking paths, with a quarter visiting 3+ hospitals. Women waited 10 hours on average before deciding to seek care. 29% reported difficulties in starting to seek care, including facing challenges in organizing childcare, a companion or transport (17%) and fear/stigma (11%); a few did not initially recognize they needed care (0.4%). The median time taken to arrive at the ultimate facility was 36 hours. Over a quarter of women reported experiencing difficulties being admitted to a hospital, including long waits (15%), only being attended after pregnant women (8.9%) and waiting for a bed (7.4%). Almost all women (90%) arrived in good condition, but those with longer delays were more likely to have (mild or severe) complications. In Brazil, where access to induced abortion is restricted, women face numerous difficulties receiving post-abortion care, which contribute to delay and influence the severity of post-abortion complications
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