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    Avaliação do abuso e negligência de pessoas idosas : contributos para a sistematização de uma visão forense dos maus-tratos

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    As transformações demográficas especialmente as mudanças dos padrões de distribuição de idades estão a levar a uma atenção especial aos mais idosos numa proporção que é nova na história humana. O aumento do número de idosos levanta inúmeros desafios às sociedades contemporâneas e novos problemas sociais, dos quais o tema dos maus-tratos é apenas um de muitos e que, entre nós, parece ainda não ser reconhecido como tal. Neste artigo procura-se definir e compreender o que é o abuso de idosos, a sua prevalência, teorizações explicativas do fenómeno e apresentar um modelo geral de avaliação dos maus-tratos, contribuindo assim para a sistematização de uma visão forense dos maus-tratos a idosos

    Psychological practice with older adults: a substantiated reading of APA guidelines

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    O comportamento humano visto como um dos alvos de consideração mais importantes na saúde humana é, em Portugal, uma conquista relativamente recente no estabelecimento concomitante de práticas de cuidados primários, secundários e terciários. Esta ênfase no comportamento como um determinante importante da saúde humana é, provavelmente, ainda mais importante quando consideramos a saúde de pessoas idosas. Em 2004, no que à população idosa diz respeito, a APA publicou um conjunto de orientações que constituem a sua política oficial sobre o fornecimento de serviços psicológicos a pessoas idosas. Serão apresentadas essas orientações, comentadas na sua substância e adicionadas algumas evidências teóricas e empíricas que as podem sustentar, contribuindo, desta forma, para reforçar uma referência relativa aos mais elevados padrões de conhecimento e de prática profissional para a população idosa.Human Behavior seen as one of the most important targets of attention when one is considering human health is in Portugal a relatively recent conquest on the establishment of health care at several levels. This emphasis on behavior as an important determinant of human health is probably even more important when one is considering older adults. In 2004, The American Psychological Association (APA) published a set of guidelines for psychologists who want to work with older adults. These guidelines will be presented and commented with some of the scientific evidence that support them, bringing thus a reference for the most highest patterns of psychological practice with older adults in Portuga

    Factores de risco e indicadores de abuso e negligência de idosos

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    Muitos técnicos de saúde e forenses bem como a opinião pública em geral parecem estar mais conscientes do que nunca do fenómeno dos maus-tratos na infância e também da violência doméstica. De forma significativamente menos consciente está o problema dos maus-tratos e negligência exercidos contra pessoas idosas por parte dos seus cuidadores. Embora ainda não tenhamos dados da prevalência dos maus-tratos a idosos no nosso país eles não devem ser diferentes dos encontrados em outros países Europeus, Asiáticos e também nos EUA. Os dados de prevalência situam o fenómeno entre os 1% e os 10% na comunidade. Neste artigo, além de revermos esses dados da prevalência, exploraremos o conceito de abuso de idosos, e resumiremos os principais indicadores e factores de risco para o abuso apontados por vários autores

    Avaliação da discriminação social de pessoas idosas em Portugal

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    O envelhecimento da população Portuguesa está a fazer emergir problemas sociais novos, muitos dos quais ainda não visíveis ou tematizados. Um desses problemas é a discriminação social veiculada através de comportamentos, atitudes e preconceitos presentes nas interacções diárias com pessoas idosas e/ou difundidos através dos meios de comunicação. O objectivo deste estudo é conhecer o ponto de vista das pessoas idosas, ou seja, a sua própria percepção de ocorrências de episódios de discriminação. Utilizando um instrumento específico concebido por Palmore procurámos caracterizar a percepção de 324 pessoas, homens e mulheres com mais de 60 anos e residentes em vários concelhos de Portugal, algumas institucionalizadas e outras vivendo integradas, em condições normais, na comunidade. Os resultados apontam para uma percepção de discriminação por uma parte significativa da amostra. As ocorrências mais frequentemente percepcionadas situam-se em interacções com profissionais de saúde e em outros contextos interpessoais em que os interlocutores supõem a priori que a pessoa idosa já não ouve bem ou não compreende bem. Encontramos uma associação positiva da percepção da discriminação com a idade. Discutiremos os dados apontando algumas direcções para outros trabalhos de investigação e para a prevenção do fenómeno.The aging of the Portuguese population is accompanied with the emergence of new problems, many of which we are not fully aware of. One of those problems is ageism or social discrimination carried out by behaviours, attitudes and prejudices in the daily interaction with elderly people or spread by mass media. This descriptive observational study’s aim is to find out the self perception of elderly people concerning their experience with discrimination. Using a specific instrument designed by Palmore, we characterize the self perception of 324 older persons, men and women older than 60 years and living in several regions of Portugal, some of them living within residential facilities and the others living in the community. The results point to a real self perception of discrimination or ageism. The events with more prevalence of occurrence are with health professionals, either a physician or a nurse, or in other settings in which one assumes that the older person could not hear well or could not understand because of his/her age. We found a strong association between self perception of discrimination and age. We will discuss the data and point some directions to new research and prevention of this phenomenon.El envejecimiento de la población portuguesa está haciendo que surgan problemas sociales nuevos, muchos de los cuales todavía no están demasiado claros. Uno de estos problemas es la discriminación social reflejada en comportamientos, actitudes y prejuicios presentes en las interacciones diarias con personas mayores difundidos a través de los medios de comunicación. El objetivo de este estudio descriptivo es conocer el punto de vista de las personas de edad, es decir, su propia percepción de la ocurrencia de episodios de discriminación. Utilizando un instrumento específico concebido por Palmore pretendemos caracterizar la percepción de 324 hombres y mujeres de más de 60 años residentes en varios lugares de Portugal, algunos institucionalizados y otros viviendo integrados en condiciones normales en la comunidad. Los resultados muestran una percepción de discriminación por una parte significativa de la muestra. Las ocurrencias más frecuentemente percibidas se sitúan en las interacciones con los profesionales de la salud y en otros contextos interpersonales en los que los interlocutores suponen a priori que la persona de edad ya no oye o comprende bien. Encontramos una asociación positiva de la percepción de la discriminación con la edad. Se discuten los datos apuntando algunas directrices para futuros trabajos de investigación y para la prevención del fenómeno

    Indicadores de maus-tratos a pessoas idosas na cidade de Braga : estudo preliminar

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    Objectivo: Recolher em condições seguras alguns indicadores de maus-tratos físicos, psicológicos, financeiros e de negligência, numa amostra sectorial da população idosa da cidade de Braga Participantes: 82 pessoas, 18 das quais do sexo masculino e 64 do sexo masculino, com idades entre os 63 e os 88 anos que frequentam um de três centros de dia que seleccionamos na cidade de Braga Instrumentos: Questions to Elicit Elder Abuse (Carney, Kahan & Paris, 2003), traduzido pelos autores deste estudo. Resultados: Os resultados indicam a presença de indicadores de maus-tratos num número muito significativo de participantes, sobretudo indicadores de negligência e de abuso emocional; a variável estudada mais associada à presença de indicadores de maus-tratos foi a percepção do estado de saúde. Contudo o género e a idade também aparecem significativamente associados ao fenómeno. Discussão: Os dados obtidos sugerem a importância de se estender a outros locais nacionais e de se usar outras metodologias para investigar o abuso a pessoas idosas. Dos dados obtidos, parecem estar em maior risco de abuso as pessoas com mais idade, o género feminino e pessoas com percepção de má saúde. Obviamente que importará conhecer mais sobre as condições de ocorrência do abuso, substanciando-o, recolhendo e explorando episódios de maus-tratos, para que o estudo neste domínio seja não só um conjunto de descrições de ocorrências onde se cruzam necessariamente certas variáveis mas, também, uma tarefa de compreensão do comportamento humano

    Atherogenesis and Vascular Disease in SLE

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    PEANOW Prevalence study of abuse and violence against older women: literature review (Israel)

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    The present paper pretends to identify, describe and compare the prevalence studies of elder abuse and neglect developed in Israel. The research method used international databases and specific keywords to develop the research. Results show the dominance of communitarian 2 setting in elderly abuse and neglect studies and a comprehensive approach to specific populations (Arab-Israeli, Jewish). The results indicate lower levels of prevalence of abuse and neglect (2.5% and 0.5%) when local sample are considered, whereas when the national survey is taken into account, higher prevalence indices of abuse (18%) and even higher of neglect (26%) can be observed. Emotional / psychological abuses, followed by neglect, were the prevalent forms of abuse. All instruments employed were purposely designed for the different studies through research of international literature. In conclusion, several characteristics of the abused elders and perpetrators do encountered what has been found in other developed countries revealing that family is probably the primary setting where elderly abuse and neglect takes place.Daphne III, University of Minho

    "Ser" aluno: o segredo do "ser" professor

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    Ser aluno, é mais do que a denominação para o destinatário final de um sistema educativo. É também uma categorização carregada de significados sociais e culturais que ultrapassa em muito aquilo que habitualmente designa. É um conceito que interfere e regula o nosso pensamento e as nossas acções mais privadas. Na nossa cultura e na nossa sociedade, ser aluno ainda é uma espécie de moratória, de um período de baixo estatuto epistemológico, para um período de autonomia, auto-suficiência e conhecimento. Neste artigo, depois de desconstruir este conceito, defenderemos o ponto de vista de que o ser aluno é a atitude permanente mais adaptativa para viver o estatuto de docente, nesta era a que já muitos autores rotularam de pós-moderna. Enfatizaremos o poder transformacional e revolucionário que a condição de aluno pode trazer para todo o sistema educativo, nomeadamente na prática educativa

    O que faz e o que sabe um professor? Algumas reflexões sobre a docência

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    Comunicação apresentada no "4º Seminário Nacional - A Componente de Psicologia na Formação de Professores e Outros Agentes Educativos" em Évora em 1993.O ponto de interrogação do título sugere problemas de identidade para a classe docente. Procuraremos fazer uma incursão sobre alguns aspectos conceptuais que orientam a forma como se encara a docência e a formação dos seus profissionais e que concorrem para os seus problemas de identidade. Discutiremos basicamente dois aspectos que, em nosso entender, afectam o prestígio e o desenvolvimento do conhecimento da profissão, enfraquecendo em simultâneo as possibilidade de desenvolvimento pessoal e profissional dos professores: (1) a ausência de reconhecimento de um corpo específico de conhecimentos e atitudes característicos da actividade docente; e (2) o facto da formação de professores ser formal e maioritariamente orientada pela crença na suficência do conhecimento científico em detrimento do conhecimento da prática. A partir daqui sugerimos duas mudanças conceptuais na forma como habitualmente se encara a docência. Num primeiro momento defenderemos a asserção de que a natureza da profissão docente é basicamente a de ajuda, explorando implicações várias desta consideração. Num segundo momento defenderemos que a formação de professores e os encontros de formação de professores devem começar a dar maior ênfase ao conhecimento da prática
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