231 research outputs found

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    Texto para catálogo de exposição com desenhos de Joaquim Pinto Vieira, Daniel Silvestre Silva, Manuel Mendes, Nuno Sousa, Miguel Bandeira Duarte, José Miguel Cardoso, Paulo Freire de Almeida. A exposição decorreu na Escola de Arquitectura da Universidade do Minho em junho de 2015 e no Palacete da Praça de S. Tiago / Extensão do Museu Alberto Sampaio em outubro de 2015.FCTMEC, FEDER, PT2020

    Deslocações na paisagem: recursos de transfiguração na paisagem moderna

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    Qual pode ser o sentido de desenhar a paisagem atualmente? Que pode acrescentar a pintura ou desenho em relação ao registo documental da fotografia e imagem digital? A transformação da paisagem urbana e espe- cialmente suburbana é um dos efeitos mais marcantes da evolução social e política. Este texto insere-se num projeto de estudo sobre a condição da representação gráfica e pictórica da paisagem contemporânea. Aqui se reúnem quatro pintores em duas linhas de afinidade geográfica e históri- ca: Laura Oldfield Ford e George Shaw são dois pintores britânicos con- temporâneos e Kurt Dornis e Franz Radziwill são dois pintores alemães de gerações diferentes mas ligados à Nova Objetividade/ Realismo Mágico. Ford, Shaw, Dornis, Radziwill desenvolvem uma prática de ‘Psicogeografia’ com um sentido de “deriva” e deslocação pelo espaço envolvente e anónimo, focando a atenção do espetador em paisagens desqualificadas, banais e quotidianas. O registo destes artistas é realista, ora sob a forma de fotorrealismo ou sob a designação de “Verismo”. Todavia, nos quatro pintores existe o recurso deliberado a uma luminosidade e cromatismo di- vergente de critérios naturalistas. Nesses pintores, a cor e a luz funcionam como dimensão disruptiva sob a qual assenta o seu dispositivo retórico: perturbar a perceção da realidade e introduzir um distanciamento face à familiaridade dos lugare

    O quotidiano na construção do imaginário e da identidade

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    Usually the artist doesn’t create useful objects. In fact, utility and functionality are design problems. However, the artists are interested in the depiction and status of objects and urban equipment with the stories and meanings associated with those artifacts. In this paper, it is argued that art has recovered to identity, a landscape devoid of identity qualities: the suburbs, the wasteland, the “non-place” (Augé 1994). In the context of Everyday Aesthetics there is a claim of ‘ prosaic or colloquial’ forms as opposed to ‘poetic’ ones (Mandoki). As Haapala wrote, art and aesthetics are related to the strange and unique space, without attention to the everyday functional objects. So, houses, streets, urban equipment are depleted in its functional roles. But the aesthetics of everyday life looks for fulfilment and identity in familiar places. In the fine arts of painting and drawing there is a return to the depiction of daily-domestic landscape and domestic interior where the presence of the prosaic and ordinary furniture, common objects, equipment, signs and clothes, creates a paradox. On the one hand, ordinary comodities suggest the destruction of local identity and traditional landscape and memory. On the other hand establish new visual references not yet assimilated. This paper cross the theory about the aesthetics of the everyday life of Arto Haapala and Katya Mandoki with three contemporary artists: George Shaw (1966), Matthias Weischer (1973) and Simon Stalenhag (1984), in which realism is underlined by the identity of prosaic and everyday elements of architecture and design, opening room for dream, the absurdity and science fiction. The solution for this apparent contradiction between reality and reverie lies in reference to quotidian and prosaic, filtered by the concepts of anachronism, melancholy and desertion. In these paintings the design of the objects and equipment is vital in the statement of the identity of places and authors through a process of time encapsulation.Lab2PT. Projeto UID/AUR/04509 e da FCTMEC, cofinanciamento do FEDER, no âmbito do novo acordo de parceria PT202

    Expansão e (in) definição do design, breves notas

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    Este texto é um desenvolvimento da intervenção na mesa redonda “Estratégias do Desenvolvimento sustentável: a função do design em geral e do design inclusivo em particular”. O texto baseia-se na resposta à questão colocada sobre a relação entre arte e design na perspetiva da experiência pessoal, desde os anos noventa. Tratando-se de um texto, retomará os tópicos dessa intervenção coloquial e algo improvisada, com maior desenvolvimento e estrutura

    Erro e equilíbrio

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    O erro não é apenas uma falha ou uma falta de atenção. Surge muitas vezes como a solução possível ou, o compromisso entre o que se vê e o que se sabe sobre o objeto. Em fases iniciais de aprendizagem o erro é paradoxalmente uma tentativa de corrigir a aparência e adapta-la à experiência não visual do mundo

    Retinotopia, desenhos de uma visão condicionada

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    A distribuição celular no córtex visual preserva a localização dos fotorreceptores na retina. Designada por Retinotopia, essa correspondência é ilustrada pela experiência de Roger Tootell] ou, na sugestiva descrição de Bruce Goldstein:“Looking at the tree results in a image on the retina which then results in a pattern of activation on the striate cortex that looks something like the tree, because of the retinotopic map in the cortex.” (Sensation and Perception, Wadsworth, Cengage Learning, 2007, p. 86)Porém, não cabendo aqui aprofundar o seu sentido clínico, interessa-nos o conceito de Retinotopia como metáfora referencial para o desenho de observação. Do mesmo modo que Svetlana Alpers indicou a imagem retineana, ou pictura segundo Kepler, enquanto modelo para a pintura holandesa do século XVII, parte dos processos do moderno desenho de observação a partir do século XIX implicam a consciência sobre o funcionamento ocular, como demonstrou Jonathan Crary. Se para Alpers, pictura corresponde a uma projecção límpida e especular, as imagens do século XIX integram as idiossincrasias fisiológicas da visão, apontados por Crary: a dualidade entre visão central e periférica, campo visual e ponto focal, atenção e distracção, fixação e movimento, desvios cromáticos e a substituição do comportamento óptico da luz por um comportamento nervoso (dependente de impulsos eléctricos). Tais idiossincrasias terão sido integradas como condicionalismos: ver exclusivamente em mancha, contorno, ou cor; numa visão condicionada a uma sensação específica onde as tarefas gráficas serão a extensão retinotópica das operações fisiológicas. Em oposição à pictura de Kepler, a Retinotopia sugere imagens insuficientes, onde a visão encontra em si mesma os obstáculos à plena representação. Retinotopia será o conceito para reunir argumentos caracterizadores do desenho de observação, considerando os condicionalismos percetivos e a topografia diferenciada da retina, permitindo a introdução de novas didáticas e exercícios curriculares.The cellular distribution in the visual cortex preserves the locations of the photoreceptors on the retina. Designated by Retinotopy , this correspondence is illustrated by the experience of Roger Tootell or, in the evocative description of Bruce Goldstein: "Looking at the tree results in the image on the retina Which then results in a pattern of activation on the striate cortex that lo oks something like the tree, because of the retinotopic map in the cortex." (Sensation and Perception, Wadsworth, Cengage Learning , 2007, p. 86) . However, beyond the clinical sense, we are interested in the concept of Retinotop y as metaphor and reference for observation drawing. In the same way Svetlana Alpers indicated the retinal image, or pictura as stated by Kepler as a model for the seventeenth - century Dutch painting, part of the processes in modern observation drawing from the nineteenth century, imp ly an awareness about the physiological aspects of the eye, as demonstrated by Jonathan Crary. For Alpers, “pictura” projection corresponds to a clear and specular images, the nineteenth century visuality integrate physiological idiosyncrasies of vision, p ointed out by Crary: the duality between central and peripheral vision, visual field and focus, attention and distraction, fixation and movement, chromatic deviations and the replacing of the optical behavior of light by a neurobehavioral (dependent electr ical im pulses). Such idiosyncrasies have been integrated as constraints: to see exclusively on shade, contour, or color, in a vision tied to a specific sensation where tasks are retinotopic graphic extension for physiological operations. In opposition to K epler’s pictura , Retinotopy suggests the insufficient condition of images, where vision creates obstacles to full representation. Retinotopy may be the concept to assemble arguments to characterize the observation drawing, given the constraints and percept ual distinctive topography of the retina, allowing the introduction of new exercises in observation drawing

    Apresentação: arquivo como Memória Expandida

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    Texto de apresentação de conferênciaNa prática do desenho, o arquivo assume uma dimensão dinâmica sempre renovada. O seu funcionamento expansivo permite ativar memórias latentes

    Retinopatia, a imagem como sintoma, o desenho como cicatriz

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    Este texto percorre alguma da bibliografia sobre arte, imagem e visão incidindo em curiosidades de relevância variável sob o modo como a representação gráfica revela efeitos sintomáticos, como patologias da retina ou perturbações visuais de origem fisiológica. Essa identidade entre sintoma e imagem, assumida também como metafórica, decorre de um conceito onde a primeira instância do desenho de observação se inscreve na própria superfície da retina como marca de luz no tecido celular. Os exemplos dados a partir das referências selecionadas apresentam-se como lesões, marcas e cicatrizes enquanto evidência da observação como tarefa fisiológica implicada no desenho e na representação

    Do desenho como material e acção prática

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    A experiência prática do desenho é um valor fundamental para o a sua própria investigação

    Paisagem e visualidade na música, lugares e universos paralelos

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    Existem ligações entre a percepção da imagem e da música por analogias formais, mas também por sobreposições culturais, hábitos de consumo e convenções sociais. A paisagem como motivo recorrente na cultura é um elemento frequente dessa associação. E nessa relação, a paisagem – como identificador geográfico e objecto lúdico - tanto pode assumir um valor perceptivo como meramente convencional. Neste capítulo estuda-se essa ligação no contexto específico das capas de discos, onde se pode estabelecer um sentido estável para uma visualidade aplicada à música.There are links between the perception of image and music by formal analogies, but also by cultural layers, consumption habits and social conventions. Landscape is a recurring motif in culture acting as a frequent element of this association between music and pictures. In this relationship, the landscape – as a geographical identifier and contemplative object – may assume both roles, a perception mechanism or a conventional value. This chapter studies this link in the specific context of disc layouts, where can be established a stable sense for a visual culture applied to music.Este trabalho tem o apoio financeiro do Projeto Lab2PT - Laboratório de Paisagens, Património e Território - AUR/04509 com o apoio financeiro da FCT/MCTES através de fundos nacionais (PIDDAC) e o cofinanciamento do Fundo Europeu de Desenvolvim ento Regional (FEDER), refª POCI-01-0145-FEDER-007528, no âmbito do novo acordo de parceria PT2020 através do COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI)
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