3,283 research outputs found

    Shareholder concentration and dividend policy in the Brazilian electricity sector

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    The aim of this paper is to demonstrate the influence of the shareholding concentration and the size of the company on the dividend policy of companies in the Brazilian electric sector. The shareholding control data of companies in the electricity sector and other sectors were collected from the B3 website during 2019. Based on the results, the following conclusions were reached: 1) companies in the electricity sector have lower payouts than companies in other sectors; 2) there was no difference between the companies in the electric sector and the others regarding the payout in relation to the shareholding concentration, both between companies considered large and those of smaller size; 3) regarding the size of the companies, there was no statistically significant difference between the payout paid by the electricity sector and the other companies; 4) the smaller size of the company was related to the higher occurrence of losses both in the electricity sector and in the group of other companies.

    The efficacy of psychological interventions for depression in patients with cancer - A systematic review and meta-analysis

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    Dissertação de mestrado, Psicologia (Área de Especialização em Psicologia Clínica e da Saúde - Psicoterapia Cognitivo-Comportamental e Integrativa), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2021Cancer is a leading cause of disease morbidity and mortality worldwide (World Health Organization, 2020). There is a growing concern regarding the mental health of this clinical population, where 58% of cancer patients develop depressive symptoms, of which 38% fulfil the criteria for major depressive disorder (MDD) (Massie, 2004; Mitchell et al., 2011). It is known that cancer patients with psychological comorbidities have worse quality of life, worse oncological prognosis, and lower survival rates, when compared to patients without affective symptoms (Wang et al, 2019). The two main approaches to treat depressive symptoms in cancer patients are psychological interventions and pharmacotherapy (Smith et al, 2015). Within the former, several modalities have been proposed often with equivocal results (Williams & Dale, 2006) In that sense, it becomes fundamental to systematize the available evidence in a broad fashion to understand the efficacy of psychotherapeutic interventions for this clinical population and, if possible, to optimize its implementation. In this work we propose to systematically review and meta-analyse the evidence regarding the efficacy of psychological interventions for depressive symptoms in patients with cancer. A systematic review of published literature was conducted. The protocol is available at PROSPERO database where the methodology used is fully described (CRD42021235167). Four different electronic libraries were searched (MEDLINE/PubMed, EMBASE, EBSCOhost and Web of Science). The resulting list of articles was reviewed, separately, by two researchers. Disagreements were discussed and resolved by consensus, until we obtained a final list of eligible articles. Data was extracted and synthetised on excel by two researchers, independently, and analyses were performed using Rstudio, through netmeta package (Rucker et al, 2021). All analyses include 66 studies (all randomized controlled trials –RCT), comparing 11 psychotherapeutic approaches, considering 6884 patients with cancer and depressive symptomatology. This work supports the idea that psychological interventions are efficacious in treating/managing depressive symptoms in patients with cancer. More specifically, Supportive psychotherapy, Existential therapies, Cognitive-behavioural based therapies and Mindfulness-based interventions are relevant psychotherapeutic approaches to treat depressive symptoms in this clinical population. Exploratory analyses suggest that the efficacy of psychotherapy changes according to certain clinical and procedural circumstances, giving flexibility for clinicians to implement their practice accordingly. Nonetheless, for future research in this field, it important to improve certain methodological aspects, such as the exclusive inclusion of patients with significant depressive symptoms and consider carefully to type of comparators used in the trial.O Cancro é a causa mais frequente de morbilidade e mortalidade no mundo inteiro, tendo provocado a morte a cerca de 10 milhões de pessoas no ano de 2020 (World Health Organization, 2020). O diagnóstico de cancro e consequente processo, como tratamento cujo impacto físico é severo, podem enquadrar-se num evento de vida capaz de gerar disfunção do funcionamento psicológico (Gorman, 2018). Em várias situações, doentes com cancro acabam por desenvolver sintomatologia depressiva que extravasa uma reação natural a um evento adverso de vida. Assim, verifica-se uma crescente preocupação com a saúde mental desta população clínica, onde cerca de 58% dos pacientes com cancro desenvolvem sintomas depressivos e 38% acabam mesmo por preencher critérios para o diagnóstico formal de perturbação depressiva major (PDM) (Massie, 2004; Mitchell et al., 2011). Adicionalmente, a evidência científica suporta a ideia de que doentes com cancro que desenvolvem sintomatologia depressiva apresentam pior qualidade de vida, pior prognóstico no que à sua doença oncológica diz respeito e menores taxas de sobrevivência, quando comparados com doentes oncológicos que não desenvolvem sintomatologia afetiva (Wang et al, 2019). Torna-se assim fundamental compreender quais as estratégias, não só para prevenir, mas para mitigar a manifestação de sintomatologia depressiva em doentes com cancro. Existem dois principais grupos de intervenções cuja eficácia é conhecida para sintomatologia depressiva em doentes com cancro: psicoterapia e farmacoterapia (Li et al, 2016). No que diz respeito à psicoterapia, são diversas as abordagens aplicadas em contexto oncológico para intervenção sobre sintomatologia depressiva. São exemplo, a terapia cognitivo-comportamental, Intervenções baseadas em mindfulness, Psicoterapia de suporte, terapias existenciais, entre outras. No entanto, os resultados são equívocos e não existem revisões atualizadas que tenham a preocupação de avaliar a eficácia das diversas intervenções psicológicas para o tratamento/gestão de sintomas depressivos em doentes com cancro (e.g. Faller et al, 2013). Assim, torna-se fundamental proceder a uma nova revisão da literatura sobre esta temática, atualizando a evidência sobre a eficácia destas intervenções. Para além do mais, novas técnicas estatísticas metaanalíticas permitem a hierarquização das diferentes intervenções psicoterapêuticas quanto à sua eficácia, algo que também será utilizado neste trabalho. VI Este projeto propõe rever de forma sistemática e proceder a meta-análises que permitam avaliar a eficácia de intervenções psicológicas para sintomatologia depressiva em doentes com cancro, quando comparado com a mesma população clínica, mas alocada a um grupo de controlo. Este trabalho tem como objetivo dar resposta às seguintes perguntas: 1. São as intervenções psicoterapêuticas eficazes no tratamento/gestão de sintomatologia depressiva em doentes com cancro? Se sim, quais as mais eficazes? E em que circunstâncias? Numa perspetiva exploratória, estabelece-se o objetivo de analisar em que medida certas circunstâncias e fatores influenciam a eficácia e respetiva hierarquia das intervenções psicoterapêuticas nesta população clínica. Para tal, iremos considerar componentes das intervenções, tais como o formato, a modalidade e a extensão da intervenção. Iremos também considerar aspetos clínicos, tais como o diagnóstico oncológico e estádio em que este se encontra. Finalmente, iremos realizar análises que permitam elucidar o impacto de alguns aspetos metrológicos dos ensaios incluídos nos resultados obtidos, tais como um diagnóstico formal de PDM e adequação dos controlos utilizados. Nesta dissertação foi levada a cabo uma revisão sistemática de literatura publicada. O protocolo encontra-se disponível na base de dados do site PROSPERO, onde a metodologia utilizada encontra-se descrita (CRD42021235167). Quatro diferente base de dados eletrónicas foram consultadas (MEDLINE/PubMed, EMBASE, EBSCOhost e Web of Science). A lista de artigos resultante foi revista, separadamente, por dois investigadores. Discórdias foram discutidas e resolvidas por consenso, até obter uma lista final de artigos elegíveis. Dados relativos às variáveis pré-estabelecidas foram extraídas e sintetizadas. As meta-análises foram conduzidas utilizando o software de análise Rstudio, através do pacote netmeta e meta (Rucker et al, 2021). No total, 66 estudos foram incluídos para análise quantitativa (todos ensaios clínicos randomizados), comparando 11 abordagens psicoterapêuticas distintas, considerando 6884 pacientes com cancro e sintomatologia depressiva. As intervenções consideradas foram as seguintes: Terapia de aceitação e compromisso, Terapias baseada em abordagens cognitivo-comportamentais, Terapias existencialistas, Terapias baseadas em Mindfulness, Psicoterapia psicodinâmica de curta duração, Psicoterapia interpessoal, Psicoterapia de suporte, Psicoterapia positiva, Terapia focada nas emoções, Terapia de casal. Em termos de eficácia das intervenções, os resultados desta revisão suportam a hipótese de que a psicoterapia é eficaz no tratamento/gestão dos sintomas depressivos em pacientes com cancro, independentemente de seu referencial teórico e técnicas específicas. Os dados analisados nesta revisão e as técnicas estatísticas aplicadas permitem-nos, não só compreender a sua eficácia em termos gerais, mas também estabelecer uma hierarquia de abordagens psicoterapêuticas específicas mais adequadas a esta população clínica. Concretamente, Psicoterapia de suporte, Terapias existenciais, Terapias baseadas em abordagens cognitivo-comportamentais e Intervenções baseadas em Mindfulness mostraram-se as abordagens psicoterapêuticas mais eficazes para tratar/gerir sintomas depressivos em pacientes com cancro, respetivamente. As análises exploratórias levadas a cabo permitiram encontrar algumas especificidades quanto à eficácia das intervenções psicoterapêuticas para pacientes com cancro, em determinadas circunstâncias. Por exemplo, no que diz respeito ao formato de realização da psicoterapia, apenas implementações em grupo e individuais parecem ser eficazes para o tratamento/gestão dos sintomas depressivos nesta população clínica. Além disso, tanto em formato de grupo como individual, a Psicoterapia de suporte foi classificada como a abordagem mais eficaz. Outro conjunto exploratório de análises revelou que as modalidades de psicoterapia à distância e presencial são eficazes. Dentro das psicoterapias administradas remotamente, descobrimos que a única abordagem psicoterapêutica eficaz são as Terapias Existenciais. No que diz respeito às intervenções presencialmente, a Psicoterapia de suporte foi classificada como a mais eficaz. Outra característica das abordagens psicoterapêuticas exploradas foi sua duração, medida em semanas. Nesse sentido, vemos que, independentemente do número de sessões, as psicoterapias parecem ser eficazes no tratamento/gestão dos sintomas depressivos em pacientes com cancro. De entre as terapias que duram 8 semanas, vemos que a Psicoterapia de Suporte e as Terapias baseadas em abordagens cognitivo-comportamental são as mais eficazes. Ao considerar intervenções psicoterapêuticas que apresentam mais de 8 semanas no seu processo psicoterapêutico, as análises mostraram que as terapias de base cognitivo-comportamental foram as únicas significativamente eficaz. Finalmente, para abordagens psicoterapêuticas que duram menos de 8 semanas, as Terapias existenciais são as psicoterapias mais eficazes. Análises exploratórias também foram realizadas utilizando variáveis clínicas como critérios. Ao considerar o diagnóstico de cancro, vemos que as abordagens psicoterapêuticas parecem ser eficazes para pacientes com cancro colorretal, de pulmão e de mama. Os resultados sugerem também que as intervenções psicoterapêuticas foram eficazes, independentemente do estádio do cancro em que o paciente se encontrava. Em suma, este trabalho sugere uma eficácia das intervenções psicoterapêuticas no tratamento/gestão de sintomatologia depressiva em doentes com cancro, independentemente da abordagem teórica ou outros fatores técnicos ou clínicos. Parece também ficar evidente que certas abordagens psicoterapêuticas se verificam mais eficazes em determinadas circunstâncias tal como já referido. Assim, este trabalho providencia evidencia que permite uma prática clínica neste contexto, demonstrando várias possibilidades passiveis de implementar. No entanto, no que diz respeito às implicações deste trabalho para a investigação futura nesta área, será fundamental melhorar certos aspetos metodológicos, tais como a inclusão de apenas pacientes que apresentem sintomatologia depressiva significante, formalmente avaliada e será também fundamental melhorar o controlo das intervenções nestes estudos experimentais

    Cortical excitability and its modulation, in vivo, using transcranial magnetic stimulation

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    Tese de mestrado, Neurociências, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2020Introduction: Over the last 30 years, use of Transcranial Magnetic Stimulation (TMS) has grown exponentially, from therapeutic application in major depressive disorder (MDD) to research use for modulation of cortical activity regions or assessment of neuronal excitability. TMS modulatory interventions, through repetitive Transcranial Magnetic Stimulation (rTMS), have been regularly associated with the manipulation of neuroplasticity-like phenomena (Hallet et al, 2007). Nonetheless, assessing these effects in vivo in human models is challenging. Some studies have demonstrated this phenomenon using Electromyography (EMG), through measurement of Motor Evoked Potential (MEP) amplitude change after rTMS of the Primary Motor Cortex (M1) (e.g. Maeda et al, 2000). Furthermore, this physiological marker (ΔMEP) has shown predictive properties for rTMS treatment-response in patients with MDD (Oliveira-Maia et al, 2017). Objectives: My main aim was to confirm the modulatory effects of 10Hz rTMS applied on the left M1, on corticospinal excitability of the contralateral upper limb. Exploratory analyses of contralateral effects on corticospinal excitability, potentially modulated by inter-hemispheric modulation of the non-stimulated motor cortex, were also performed. Finally, I explored variables that influenced excitability modulation in order to understand potential improvements of the data acquisition protocol. Methods: After confirmation of eligibility and psychometric assessment, TMS was performed. Initially, Motor Threshold (MT) and MEPs were acquired from both the left and right hemisphere. After 10 Hz rTMS of the left M1, MEPs were re-assessed and variation of MEP amplitude from pre- to post-rTMS (ΔMEP) was calculated for both hemispheres, as a measure of excitability modulation. Results: Thirty-two healthy volunteers were enrolled. Significant modulatory effects of rTMS were found on the left hemisphere (p = 0.032), in accordance with previous studies (e.g. Maeda et al 2000). No effects were found contralaterally. Regarding the impact of several factors concerning experimental design, I found that participants in whom MEPs were assessed first in the left M1 demonstrated a robust modulatory effect (p = 0.046), which is not observed in participants who were assessed first in the right hemisphere (p= 0.5). Furthermore, modulatory effects were conserved in participants in whom TMS was performed in the morning (p = 0.04), but not those tested in the afternoon (p = 0.6). Further exploratory analyses, comparing participants with and without prior history of MDD showed no differences (p = 0.9). Conclusion: The present study confirms an increase in MEP mean amplitude after 10Hz rTMS delivered to the left M1 protocol, and the absence of modulatory effects of the contralateral hemisphere. The order by which hemispheres are assessed and the moment of the day the TMS session takes place seem to affect the modulatory effect, with enhanced modulation in participants starting MEP assessment in the left hemisphere or participants assessed in the morning. Absence of differences between participants with previous depressive episodes suggest that any potential depression-related differences in neuroplastic processes, may be transient state-markers, rather than trait-markers. Nevertheless, this data contributes for definition of adequate protocol for in vivo comparisons of excitability modulation between patients with MDD and healthy volunteers.Introdução: Ao longo dos últimos 30 anos, o uso da Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) tem crescido exponencialmente, desde a sua aplicação terapêutica na perturbação depressiva major (PDM), até à utilização na investigação da modulação da atividade de regiões corticais ou a avaliação de excitabilidade neuronal. EMT é uma técnica que se baseia na indução eletromagnética. Através da indução de uma corrente elétrica numa bobine, são gerados campos eletromagnéticos perpendiculares a esta que, por sua vez, ao interagir com um material condutor, por exemplo, o tecido cerebral, geram a corrente elétrica nesse material. Com base neste mecanismo, podem considerar-se duas formas de aplicação da técnica. A primeira é designada por EMT de pulsos únicos, que podem ser aplicados, por exemplo, na região do córtex motor primário (M1), responsável pela atividade de um determinado músculo da mão. Desta forma, estes pulsos podem gerar uma resposta fisiológica, registada através de eletromiografia (EMG), sendo esta considerada uma medida de excitabilidade cortical, i.e, uma medida da ativação das populações neuronais subjacentes à estimulação. A segunda forma da EMT a ser considerada está relacionada com a aplicação de pulsos repetidos de acordo com determinados protocolos, em que o fator frequência parece ser determinante na tendência do efeito modulatório deste mecanismo. Assim, altas frequências (≥5Hz) tendem a facilitar a excitabilidade cortical da região estimulada para além do período de estimulação propriamente dita, sendo que o inverso acontece com frequências mais reduzidas (≤1Hz) que inibem a excitabilidade (Fitzgerald et al, 2004). Esta abordagem designa-se por EMT repetitivo (EMTr). Diversas aplicações destas abordagens têm surgido para o estudo do cérebro humano in vivo, tanto em contexto normativo, como patológico. Particularmente, o estudo de efeitos modulatórios da excitabilidade cortical torna-se possível através do emparelhamento de EMT com EMG, onde as medições de excitabilidade cortical, através de Potenciais Evocados Motores (PEM), são feitas antes e após um protocolo de EMTr. Estas são designadas por medidas de modulação da excitabilidade cortical. Um dos grandes interesses destas medidas prende-se com a sua associação à manipulação de fenómenos de neuroplasticidade (Hallet et al, 2007), cujo estudo in vivo é desafiante em humanos. Na verdade, a avaliação de processos de neuroplasticidade é muito relevante em contexto clínico, particularmente no que diz respeito a perturbações neuropsiquiátricas como a PDM. Na verdade, uma das teorias que propõe explicar a fisiopatologia da doença sugere que os doentes com depressão apresentam défices em termos de processos neuroplásticos (Feldman, 2009). Assim, importa perceber se os valores obtidos em medidas de modulação da excitabilidade cortical, em doentes com depressão, se encontram de facto disfuncionais, em comparação com sujeitos saudáveis. Tal iria confirmar a presença de défices de processos plásticos em contexto desta doença, podendo mesmo permitir o desenvolvimento de um marcador de diagnóstico. Num dos estudos de EMTr do córtex motor foi demonstrado que a aplicação de um protocolo de 10Hz no córtex motor esquerdo induz facilitação da excitabilidade cortical em voluntários saudáveis (Maeda et al, 2000). Por outro lado, num outro estudo, esta medida demonstrou ter propriedades preditivas da resposta a EMTr para tratamento de depressão (Oliveira-Maia et al, 2017). Ou seja, antes de tratamento com um ciclo de EMTr prefrontal, foi aferida, em doentes com depressão esta medida de modulação da excitabilidade do córtex motor. Os resultados demonstraram que, quanto maior o valor obtido nesta medida, maior a resposta ao tratamento (Oliveira-Maia et al, 2017). Neste estudo foram também comparados, indiretamente, os valores médios da medida referida com aqueles obtidos em voluntários saudáveis no estudo de Maeda e colaboradores (2000), verificando-se uma diferença limítrofe com os resultados obtidos em doentes com depressão. Naturalmente, estes resultados carecem de corroboração por comparação direta entre as duas populações, no que diz respeito a esta medida de modulação da excitabilidade cortical. Por fim, alguma evidência sugere que os efeitos modulatórios de EMTr num determinado hemisfério cerebral são acompanhados de efeitos de sentido contrário (facilitação/inibição) na zona correspondente do hemisfério contralateral. Assim, Bajwa e colaboradores (2008) verificaram que, após um protocolo modulatório de baixa frequência (1Hz), a excitabilidade cortical do hemisfério ipsilateral à estimulação reduzia, havendo uma facilitação da desta no M1 contralateral. No entanto, a evidência a suportar este achado é limitada, pelo que, mais estudos são necessários para a sua sustentação. Objetivos: O meu objetivo principal foi confirmar o efeito modulatório de EMTr de 10Hz administrado no M1 esquerdo, na excitabilidade corticoespinhal do membro superior contralateral, mais concretamente, no primeiro músculo interósseo dorsal da mão (FDI). Foram igualmente realizadas análises exploratórias de efeitos contralaterais na excitabilidade cortical, potencialmente através de modulação interhemisférica do córtex motor não estimulado. Por fim, por forma a explorar potenciais melhorias do protocolo de aquisição de dados, analisei diversas variáveis que influenciaram a modulação da excitabilidade. Métodos: Uma vez que se pretendia o recrutamento de pessoas saudáveis, o primeiro passo da sessão passou pela confirmação de elegibilidade com especial incidência no diagnóstico de doença neuropsiquiátrica, através da Structured Clinical Interview for DSM-IV (SCID), para PDM e da Mini International Neurospychiatric Inventory (MINI) para outros diagnósticos. Posteriormente, foi feita avaliação psicométrica. De seguida, procedeu-se à sessão de EMT. Inicialmente foram adquiridos o Limiar Motor (LM) e PEMs em ambos os hemisférios, sendo administrados 31 pulsos em cada hemisfério. A ordem pela qual os hemisférios foram avaliados foi randomizada antes das recolhas serem iniciadas. De seguida, foi aplicado um protocolo EMTr de 10Hz no M1 esquerdo e, finalmente os PEM’s foram reavaliados. A variação da sua amplitude do pré para o pós- protocolo de EMTr (ΔMEP) foi calculada para ambos os hemisférios, traduzindo uma medida de modulação de excitabilidade, i.e., um proxy de neuroplasticidade para cada um dos indivíduos. Resultados: Foram recrutados para o estudo 32 sujeitos saudáveis. Tal como previsto, os resultados obtidos sugerem a existência de um efeito modulatório significativo no hemisfério esquerdo (p = 0.032), tal como em estudos anteriores (e.g. Maeda et al, 2000). No entanto, contrariamente ao esperado em termos de efeitos contralaterais da modulação, nenhuma mudança foi encontrada no hemisfério não estimulado. No que diz respeito ao impacto de diversos fatores referentes ao desenho experimental, verificámos que participantes a quem o M1 esquerdo foi avaliado em primeiro lugar, demonstraram um efeito modulatório robusto (p = 0.046), algo que não é observado nos participantes em que a avaliação começou no hemisfério direito (p = 0.5). Para além do mais, os efeitos modulatórios mantiveram-se conservados em participantes cuja sessão de EMT ocorreu de manhã (p = 0.04), mas não naqueles testados durante a tarde (p = 0.6). Outras análises exploratórias, que compararam participantes com e sem história prévia de PDM não revelaram diferenças (p = 0.9). Conclusão: Este estudo confirma um aumento na amplitude média de PEMs após um protocolo de EMTr de 10Hz administrado no M1 esquerdo e a ausência de efeitos modulatórios no hemisfério contralateral, contrariando resultados obtidos em estudos prévios (e.g. Bajwa et al, 2008). A ordem pela qual os hemisférios são avaliados parece ter uma influência considerável nos efeitos modulatórios, algo raramente reportado em estudos que têm como objetivo a avaliação das relações interhemisféricas usando EMT, podendo explicar as diferenças obtidas entre os nossos resultados e os presentes em trabalhos anteriores. Para além do mais, o momento do dia em que a sessão de EMT ocorre aparenta também afetar o efeito modulatório, com aumento deste em participantes que começaram a avaliação de PEMs à esquerda ou participantes avaliados de manhã, podendo indicar uma diferente sensibilidade a EMT em função do momento do ciclo sono-vigília, como sugerido em estudos prévios (Cohen et al, 2010). A semelhança dos dados de participantes com episódios depressivos prévios sugere que eventuais diferenças ao nível dos mecanismos de neuroplasticidade associadas à depressão sejam marcadores de estado e não de traço. Estes dados contribuem para a definição de um protocolo adequado para comparações in vivo de modulação de excitabilidade entre doentes com PDM e voluntários saudáveis

    Are non-operating profits related to dividend policy of companies in the Brazilian electricity sector?

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    The aim of this work is seek correlation between non-operating profits and the dividend distribution policy by companies in the Brazilian electricity sector through their respective payouts. Methodology: Data analysis was performed using Student's t test and ordinary least squares test. Conclusions: The electricity sector stood out from other sectors for having lower non-operating profit, higher yield and lower annual appreciation than other sectors, with no difference in payout. The intra-sector analysis demonstrated an inverse relationship between non-operating profit and payout as well as non-operating profit and yield. Companies in the electricity sector with high non-operating profits are related to lower valuation, yield and payout, and this factor may be a poor prognostic metric for the asset

    Dividend Yield as a predictor for stock pricing in the electricity sector: application of ARIMA and VAR models

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    Companies in the Brazilian electricity sector, unlike other sectors, have their own characteristics that place them in a different group from conventional economic theory. One of the main financial decisions taken by companies refers to the definition of a dividend distribution policy. It is up to the company to decide on net income: retain it, to reinvest in its own activity; or distribute it to its shareholders. The objective of this work is 1) to verify if the use of ARIMA and VAR models can predict the prices of shares in the electricity sector from the payment of dividends and 2) if dividends have a causal relationship on the price of assets in the electricity sector. Results and conclusions: Dividend-based VAR and ARIMA models were not able to predict asset prices. The Granger test showed a causal relationship between the dividend yield on the variation of asset prices in ELET3 and CMIG4, but not in TRPL4. One of the reasons why the Granger test had different results between TRPL4 and the others may be related to the former acting only in the transmission sector, unlike ELET3 and CMIG4, which operate in different segments of generation, transmission and distribution. In addition, ELET3 and CMIG4 are companies with strong state influence, which would explain the need to pay dividends as a way of managing agency conflicts, signaling and even protecting minority shareholders

    Dividend policy on publicly water industry companies listed on B3

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    Companies in the water and sanitation sector try to balance the social responsibility of an essential asset and the remuneration of investors within a heterogeneous market for financial assets. The objective of this study is to evaluate the dividend policy of publicly traded companies in the water and sanitation sector in relation to the price of their market value. The period of study ranged from the IPO of the shares until December 31, 2019. The following variables were collected from each company: price, payment of dividends (aggregated in annual payment), annual net income and payout, this one defined as the ratio between the dividend payment and net income. The following conclusions were reached: 1) no differences were found between dividend paying and non-paying companies regarding the value of their shares; 2) there were also no differences between high and low payout paying companies regarding the value of their shares

    MANUEL ANTÓNIO PINA: A PALAVRA COMO BUSCA ESSENCIAL

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    O presente artigo tem como objetivo uma reflexão sobre a obra de Manuel António Pina, escritor e jornalista português, cujo trabalho vê-se publicado a partir da década de 1970, e que ocupa um lugar singular no cenário da literatura portuguesa contemporânea. É importante atentar para suas relações como o Modernismo português, em especial no que diz respeito aos questionamentos principais do escritor enquanto ente que cria literatura e por ela é criado, em simultâneo, e também observar as dissemelhanças notórias a partir desta ligação. Sua produção apresenta uma inclinação reflexiva e autorreflexiva e utiliza-se de variadas metáforas para discutir o fazer poético, manifestamente em busca do momento inicial da palavra, a partir do qual é possível criar e recriar mundos. Através de uma observação, neste artigo, mais direcionada ao seu trabalho poético, é relevante, também, salientar que as temáticas discutidas em seu trabalho estão presentes nos diversos gêneros nos quais empenhou-se, direcionados a públicos das mais variadas idades
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