58 research outputs found

    "A Chegada dos Aviadores" : crónica visual por Domingos Rebelo

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    Um conjunto de seis aguarelas intituladas genericamente "A Chegada dos Aviadores" foi executado por Domingos Rebelo cerca de 1926 para celebrar o raid aéreo realizado nesse mesmo ano entre Lisboa, Funchal e Ponta Delgada. O artigo dá conta desse trabalho pictórico que incide sobre o acontecimento histórico produzindo, simultaneamente, uma crónica de costumes

    "Arquitectura Regional": debates e propostas em torno da casa açoriana na I República

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    Comunicação apresentada no âmbito do Colóquio Internacional "Os Açores, a I Guerra Mundial e a República Portuguesa no Contexto internacional", Biblioteca Pública e Arquivo de Ponta Delgada, 6 de Abril de 2011.O tema da habitação popular, como parte do estudo da cultura material, ganha especial relevo durante o tempo da I República, progressivamente vista como signo da identidade nacional ou regional. Luís Bernardo Leite Ataíde e Ernesto Canto da Maia fazem eco, nos Açores, do programa da "Casa Portuguesa" vulgarizado por Raul Lino, embora dele tirem conclusões opostas

    A igreja da Misericórdia de Ponta Delgada : considerações em torno de um monumento perdido

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    A instituição das Misericórdias, criada por D. Leonor no final do século XV, constituiu um modelo assistencial de grande sucesso e rápida difusão pelo território nacional e ilhas Atlânticas. Na primeira década do século XVI foi fundado em Ponta Delgada o hospital da Misericórdia com a sua capela anexa de São João Baptista, a qual seria integrada no novo templo construído no último terço da mesma centúria e dedicado ao Espírito Santo. Todo o conjunto desapareceu na primeira metade do século XIX, quase sem deixar vestígios, após um longo processo de ruína. Com base na documentação do arquivo da Misericórdia consultada e coligida pelo investigador Rodrigo Rodrigues, bem como em outras fontes coevas, foi possível compreender a importância central da igreja da Misericórdia no panorama da arquitectura quinhentista, não apenas da cidade de Ponta Delgada, mas ao nível regional, e descortinar os processos de encomenda, autoria, e obra desse edifício, permitindo ainda reconstituir, com relativa segurança, o plano, alçados e elementos decorativos presentes no interior do templo.ABSTRACT: The Misericordias Institution, founded by Queen Leonor in the late XV century, encountered great success and was rapidly instituted across the mainland and Atlantic islands. During the first decade of the XVI century, the Misericordia Hospital was established in Ponta Delgada, along with the chapel of São João Baptista. The latter was incorporated into the temple of the Holly Spirit, built in the last third of the XVI century. However, both the hospital and the chapel had disappeared without a trace by the XIX century, due to a long process of deterioration. By virtue of the documentation found in the Misericordia´s archives, compliled by the researcher Rodrigo Rodrigues, it was possible to realize the great importance of the Misericordia Church in the realm of the 1500s Architecture, not only within the city of Ponta Delgada but also in the entire archipelago. The documentation also allowed for the understanding of the building itself, namely its commission, chief architect and construction process. Furthermore, it was possible to reconstitute the plans, elevations and the decorative elements of the interior

    Na forja da "Arquitetura Regional" : Entre o determinismo geográfico e as desinências nacionalistas: o caso açoriano

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    Trabalho apresentado no Colóquio Internacional "Arquitectura Popular", Arcos de Valdevez (Casa das Artes), 3 a 6 de Abril de 2013.O conceito de "geografia da arte" (ou Kunstgeographie na consagrada expressão alemã) radica na longa tradição do determinismo ambiental, pensamento que postula o peso das condições físicas e mesológicas sobre a conduta humana, os seus traços psico-sociais e as suas manifestações artístico-culturais. Este raciocínio justifica a ideia de que a arte, como síntese do meio, tem em cada região um carácter definido1. Tal asserção, estendida do plano regional ao nacional, justifica por igual a intenção de criar uma produção artística de expressão regionalista ou nacionalista, conduzindo à formação de núcleos espacialmente definidos de identidades nacionais/regionais. Ao longo da segunda metade do século XIX e, sobretudo, na viragem para o século XX, as abordagens acerca da geografia da arte assentaram nas premissas estabelecidas por um evolucionismo etnogenético de carácter antropológico, de raiz darwinista, que se converteu no fermento ideológico dos movimentos regionalistas e nacionalistas na arte, disseminados um pouco por toda a Europa, e também presentes em Portugal. Tendo este quadro por pano de fundo, o inquérito que se intenta levar a cabo centra-se em torno das representações da arquitetura popular açoriana, tal como estas surgiram, de forma “voluntária” mas, numa primeira fase, em contexto ainda desfavorável à eclosão de um discurso positivo e unificador da realidade arquipelágica, sendo convertidas, durante a I República, numa narrativa assente nos valores da singularidade e da diferença que abraçam o universo insular como um todo coletivo possuidor de “alma própria”. […]. (da Introdução

    A Casa do Castelhano, na Caldeira das Lajes, Ilha Terceira. Em torno dos modelos e protótipos da tipologia da casa de planta quadrangular

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    III Congresso Internacional subordinado à temática "A Casa Nobre: Um Património para o Futuro", Arcos de Valdevez 2, 3 e 4 de Dezembro de 2011.A Casa do Castelhano (ou do Espanhol) situada na Caldeira das Lajes, concelho da Praia da Vitoria – ilha Terceira, constitui um caso absolutamente singular de casa nobre pela sua antiguidade e características arquitectónicas. A construção que miraculosamente chegou aos nossos dias (embora em ruína) está envolta em mistério e são poucos os autores que lhe dispensaram sequer uma breve menção […]. [da Introdução]

    O jardim da Lombinha : história e significado

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    O jardim de António Borges, conhecido no século passado por jardim da Lombinha é, sem dúvida, um dos melhores exemplares que a arte paisagista de Oitocentos nos legou. Constituindo uma experiência de amadurecido gosto artístico e aturado conhecimento técnico, o jardim da Lombinha estabelece uma aliança feliz entre os figurinos eruditos ditados pelas modas europeias e a atenção ao “espírito do lugar”, ali recriado com o artificialismo de uma linguagem natural. O estado actual de degradação e abandono em que se apresenta encontra, resultado da sobrecarga do uso, da acção do tempo e da incúria dos homens, obriga-nos a repensar aquele espaço. O texto que aqui se apresenta parte de uma interrogação simples: qual o sentido actual e futuro para o jardim da Lombinha? A correcta avaliação desta questão depende, necessariamente, da compreensão profunda do jardim, quer no plano dos seus processos criativos e motivações próprias, quer no plano evolutivo, como resultado das sucessivas mutações de forma e significado inerentes à sua condição de organismo vivo

    um panorama ímpar no contexto português

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    UID/EAT/00693/2013Após a implantação do regime liberal, a produção organeira em Portugal – particularmente prolífica entre o último quartel do século XVIII e a segunda década do século XIX – conheceu um período de declínio. Comparativamente à fase final do Antigo Regime, na qual se disseminaram por todo o país (inclusivamente nos Açores) órgãos de tipologia portuguesa de organeiros de referência como Joaquim António Peres Fontanes e António Xavier Machado e Cerveira, a actividade organeira da segunda metade de Oitocentos em território continental cingiu-se, praticamente, à importação de instrumentos estrangeiros ou de componentes de instrumentos de estética estrangeira para montagem em Portugal, apartando-se assim da tradição portuguesa de final de Setecentos. Nos Açores, além de uma vintena de órgãos daqueles organeiros que ainda subsiste, há um significativo número de órgãos assinados por construtores residentes nas ilhas, na segunda metade do século XIX, moldados na estética barroca portuguesa tardo-setecentista de Peres Fontanes e Machado e Cerveira. Estes órgãos surgem num tempo em que, paradoxalmente, o espírito do Romantismo já tinha penetrado na expressão artística portuguesa. De entre os construtores residentes nos Açores destaca-se o padre Joaquim Silvestre Serrão, pela importância da sua acção em diferentes domínios artísticos.publishersversionpublishe

    Ernesto do Canto entre os naturalistas açorianos do século XIX

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    Desde meados do século XVIII, os Açores foram procurados por naturalistas estrangeiros que se dedicavam, principalmente, ao estudo da fauna, da flora e da geologia. Mais, esse interesse pelo arquipélago aumentou desde que, em 1859, Charles Darwin publicou a obra On the Origin of Species by Means of Natural Selection, tendo mesmo originado um número considerável de obras publicadas. Esse interesse relacionava-se com o facto destas ilhas, nascidas do mar, poderem suportar formas faunísticas e florísticas de transição entre as regiões Paleártica e Neártica. Não obstante o interesse da comunidade científica internacional pelas ilhas açorianas, apenas alguns poucos açorianos se manifestaram pelo estudo das ciências da natureza, pois só na segunda metade do século XIX, em Ponta Delgada, aconteceu ter convivido um pequeno grupo de naturalistas, em torno do gabinete de ciências naturais do liceu da cidade, depois museu, e de alguns jardins particulares. Nesta nota são feitas referências a esses naturalistas e ao seu envolvimento com o museu e os jardins, justificativas da sua qualidade de estudiosos da história natural, salientado naquilo que se refere a Ernesto do Canto. [...

    da dimensão histórica à situação atual

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    O ecoturismo e o turismo de jardins têm sido alvo de uma enorme e crescente procura à escala global. Refira-se que em 2000 mais de 150 milhões de pessoas visitaram jardins públicos em todo o mundo (W. Jackson and Sutherland, 2000); nos EUA o número de viajantes que se deslocam a jardins supera já os visitantes da Disneyland e Dysneyworld (R. Benfield, 2013) e em França um dos monumentos que bate recordes em número de visitantes é o Chateau e jardins de Villandry. A apetência pelas formas de lazer ativo ao ar livre, o especial carinho e curiosidade votados às plantas e à jardinagem, associados a práticas sustentáveis e “amigas do ambiente” estão na origem do fenómeno. Viajar com o objetivo de visitar jardins é hoje uma realidade, reveladora da existência de um nicho de mercado com uma expressão não despicienda, cujas vantagens, além de económicas, residem na conservação e recuperação de um valioso património histórico. O potencial reservado ao turismo de jardins, em Portugal, não tem passado despercebido, sendo já cerca de 20 os operadores que atuam no sector (destes seis são portugueses), com uma oferta total de quase 30 jardim incluídos em pacotes turísticos, rotas e itinerários portugueses. Neste contexto, a notoriedade do “Destino” Madeira, bem como a visibilidade dos seus jardins, não tem paralelo com a realidade açoriana, constituindo um dos casos de maior sucesso a nível nacional. A partir da caracterização dos jardins como recurso cultural, associado à identidade local, a presente comunicação pretende identificar as potencialidades dos jardins madeirenses e açorianos no âmbito do turismo de jardins. Através da aplicação de uma análise SWOT procurar-se-á determinar as vantagens de uma oferta integrada, assente na singularidade e identidade deste rico património insular.publishersversionpublishe
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