14 research outputs found

    Prevalência de transtornos mentais comuns e contexto social: análise multinível do São Paulo Ageing & Health Study (SPAH)

    No full text
    O contexto social pode ter papel importante na etiologia dos transtornos mentais e na sua prevalência. O objetivo do presente estudo foi investigar fatores de risco que contribuem para a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC), considerando distintos níveis contextuais: indivíduo, domicílio e setor censitário. Para isso, utilizou-se uma amostra de base populacional de 2.366 indivíduos participantes do São Paulo Ageing & Health Study. A presença de TMC foi identificada pelo instrumento SRQ-20. Sexo, idade, escolaridade e ocupação foram características individuais associadas à prevalência de TMC. Modelos de regressão logística multinível mostraram que parte da variância na prevalência de TMC foi associada ao nível do domicílio, com associações entre aglomeração, renda familiar e prevalência de TMC, mesmo após controle para características individuais. Esses resultados sugerem que características do ambiente onde as pessoas vivem contribuem para sua saúde mental

    Hipertensão arterial sistêmica auto-referida: validação diagnóstica em estudo de base populacional

    No full text
    Com o objetivo de investigar a validade do auto-relato de hipertensão arterial, realizou-se estudo transversal, de base populacional, com indivíduos de 20 anos ou mais de idade, residentes em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, selecionados por amostragem probabilística em dois estágios. A pressão arterial foi medida duas vezes (cinco minutos de intervalo) em 2.949 participantes visitados em casa. Aqueles com pressão sistólica 140mmHg e/ou diastólica 90mmHg foram revisitados, e a pressão medida mais duas vezes. Conforme padrão-ouro, hipertensão foi definida pela média das pressões na segunda visita ou uso de medicação anti-hipertensiva. O auto-relato foi obtido por meio da pergunta: "Algum médico disse que o(a) Sr.(a) tem pressão alta?". A prevalência auto-referida foi 33,6%, e a medida, 29,5%. A sensibilidade foi 84,3% (IC95%: 81,7-86,7), especificidade 87,5% (IC95%: 86,0-88,9), valor preditivo positivo 73,9% (IC95%: 71,0-76,6) e negativo de 93,0% (IC95%: 91,8-94,1). O auto-relato mostrou-se válido para monitoração da prevalência de hipertensão, um dos mais importantes fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis

    Características e fatores associados à hospitalização nos primeiros anos de vida: coorte de nascimentos de Pelotas de 2004, Rio Grande do Sul, Brasil

    No full text
    Resumo: A hospitalização é um evento frequente nos primeiros anos de vida. No Brasil, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2008 registrou uma taxa de hospitalização de 9% entre crianças menores de quatro anos. O estudo objetivou descrever as características da hospitalização nos seis primeiros anos de vida e analisar os fatores precoces associados à hospitalização em uma coorte de nascimentos no sul do Brasil. Foi usado o modelo de Poisson Inflacionado de Zeros para examinar os efeitos de covariáveis simultaneamente para a ocorrência ou não de algum evento e para a contagem de eventos. A frequência de pelo menos um episódio de hospitalização no período foi de 33,4% (IC95%: 31,8-34,9), sendo mais elevada durante o primeiro ano (19,1%; IC95%: 17,9-20,4), permanecendo estável em aproximadamente 10% entre o primeiro e o quarto anos, reduzindo para 8,4% (IC95%: 7,6-9,4) entre os quatro e seis anos. As doenças do aparelho respiratório estiveram entre as principais causas de hospitalização, seguidas pelas doenças infecciosas e parasitárias. A história de hospitalização prévia foi um dos preditores mais importantes para a chance de hospitalização e para o risco de múltiplas hospitalizações. Nos primeiros anos de vida o peso ao nascer, idade gestacional, Apgar, sexo e tipo de gestação mostraram-se inversamente associados à hospitalização, e as características ambientais como fumo materno na gestação, cor da mãe e baixa renda familiar apresentaram associação com o número de hospitalizações. Os resultados apontam para a importância em destinar esforços para a redução das hospitalizações por doenças do aparelho respiratório principalmente em crianças menores de um ano

    Are consumption of dairy products and physical activity independently related to bone mineral density of 6-year-old children? Longitudinal and cross-sectional analyses in a birth cohort from Brazil

    No full text
    Objective: To evaluate cross-sectional and longitudinal associations of consumption of dairy products and physical activity (PA) with bone mineral density (BMD). Design: Cohort study with children from the 2004 Pelotas (Brazil) Birth Cohort. Setting: Pelotas, a medium-sized Brazilian city. Subjects: The study started in 2004 and mothers/children were interviewed/measured periodically from birth to age 6 years. PA was measured by maternal proxy at 4 and 6 years and by accelerometry at 6 years. Consumption of dairy products was measured using 24 h food recall (at 4 years) and FFQ (at 6 years). Total-body and lumbar-spine BMD (g/cm2) were measured by dual-energy X-ray absorptiometry. Results: At 6 years, BMD was measured in 3444 children and 2636 children provided data on objectively measured PA by accelerometry. Consumption of dairy products at 4 years was associated with higher lumbar-spine BMD at 6 years in boys, while current consumption was positively associated with BMD in both sexes (P < 0·001). PA assessed by maternal report at 4 and 6 years of age was associated with higher BMD at 6 years in boys. PA assessed by accelerometry was positively related to total-body and lumbar-spine BMD in boys and lumbar-spine BMD in girls. We did not find evidence for an interaction between PA and consumption of dairy products on BMD. Conclusions: We observed positive and independent longitudinal and cross-sectional associations between consumption of dairy products and PA with BMD in the total body and at the lumbar spine in young children

    Hospitalization in the first years of life and development of psychiatric disorders at age 6 and 11: a birth cohort study in Brazil

    No full text
    Abstract: This study aimed to evaluate the medium-term effects that hospitalization in the first 48 months of life has on the development of psychiatric disorders at 6 and 11 years of age among individuals in a birth cohort in a middle-income country. We analyzed data from a 2004 birth cohort (N = 4,231) in the city of Pelotas, Rio Grande do Sul State, Brazil. The frequency of hospitalization was investigated at 12, 24 and 48 months of life. When the children were 6 and 11 years old, psychiatric disorders were investigated with the Development and Well-Being Assessment. We used logistic regression to adjust for potential confounders. The overall frequency of hospitalization during the first 48 months of life was 33.1% (95%CI: 31.4; 34.7). Among the hospitalized children 25.6% (95%CI: 24.1; 27.1), 4.7% (95%CI: 4.0; 5.5) and 2.8% (95%CI: 2.3; 3.5) were hospitalized 1, 2 or ≥ 3 times during this period, respectively. After adjustment for potential confounders, the chance of presenting any psychiatric disorder at 6 and 11 years of age was higher for the children who had been hospitalized during the first 48 months of life than for those who had not, with OR of 1.50 (95%CI: 1.19; 1.88) and 1.63 (95%CI: 1.28; 2.07), respectively. Our results support the hypothesis that hospitalization in the early stages of life has an effect on the subsequent mental health of children. Preventive measures are needed in order to minimize the negative experiences of children who are hospitalized during infancy
    corecore