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    Assistência pré-natal e nutricional de mulheres com risco habitual e alto risco gestacional e sua associação com desfechos neonatais : estudo de coorte Maternar

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    Introdução: Atenção pré-natal e nutricional desempenham importante papel na prevenção e controle de fatores de risco relacionados à saúde da mãe e do bebê, bem como no diagnóstico e tratamento precoce de complicações perinatais. São escassos os estudos que avaliem a inadequação da assistência nutricional e sua influência nos desfechos neonatais. Objetivos: Verificar a associação entre a adequação da assistência pré-natal e nutricional em mulheres com gestação de alto risco e de risco habitual e os desfechos neonatais como peso ao nascer, prematuridade e necessidade de internação em UTI neonatal. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo conduzido entre 2018-2019 em uma maternidade de referência no sul do Brasil. Foram entrevistadas puérperas no pós-parto imediato e coletado dados da caderneta de gestante. Três variáveis foram construídas para medir a exposição “adequação da atenção pré-natal”, baseada nas recomendações do Ministério da Saúde. A primeira foi cobertura mínima (início precoce e número mínimo de consultas) e exames; a segunda foi cobertura mínima, exames e assistência nutricional e a terceira foi somente se teve ou não assistência nutricional durante o pré-natal. Os desfechos avaliados foram o peso ao nascer, prematuridade e necessidade de internação em UTI neonatal, dados estes coletados do prontuário do hospital. A análise descritiva das variáveis categóricas foi realizada pela distribuição das frequências brutas e relativas, e seus respectivos intervalos de confiança de 95% e, para as variáveis contínuas, através da média e desvio padrão. O teste qui-quadrado de Pearson foi realizado para comparar as características da amostra de gestantes de pré-natal de risco habitual e de alto risco. As análises dos fatores associados à adequação do pré-natal e da assistência nutricional e os desfechos perinatais foram realizadas através de regressão de Poisson com variância robusta e estratificadas para o tipo de pré-natal realizado (de risco habitual ou alto risco). Os modelos foram ajustados para idade, escolaridade, IMC pré-gestacional e ganho de peso gestacional excessivo. Resultados: Foram analisadas 1242 puérperas, sendo que 69,3% iniciaram o pré-natal antes da 12ª semana gestacional Entre as gestantes de alto risco (n=396), 89,4% tiveram número de consultas adequadas. Entretanto, quando verificada a assistência nutricional somente nas gestantes de alto risco, 17,9% (n=71) disseram ter recebido orientações nutricionais no acompanhamento gestacional e 31,1% (n=123) realizaram consulta especializada com nutricionista. As razões de prevalência ajustadas, evidenciaram que, dentre as gestantes de alto risco que tiveram pré-natal e assistência nutricional inadequadas, houve menor prevalência de bebês grandes para idade gestacional (GIG). Nas gestantes de risco habitual, o pré-natal e a assistência nutricional inadequados associou-se a menor prevalência de prematuridade e a maior prevalência de internação em UTI neonatal. Conclusão: Nossos achados demonstram que a frequência de assistência nutricional é baixa nessa população, mesmo em gestantes de alto risco, e evidencia que quando ocorre já não é capaz de prevenir o baixo peso ao nascer em mulheres de alto risco, tampouco a prematuridade em mulheres de risco habitual, mas pode reduzir a prevalência de necessidade de internação em UTI neonatal somente nas gestantes de risco habitual.Introduction: Prenatal and nutritional care play an important role in the prevention and control of risk factors related to the health of the mother and baby, as well as in the early diagnosis and treatment of perinatal complications. There are few studies evaluating the inadequacy of nutritional assistance and its influence on neonatal outcomes. Objectives: To verify the association between the adequacy of prenatal and nutritional care in women with high-risk and habitual risk pregnancies and neonatal outcomes such as birth weight, prematurity and need for admission to a neonatal ICU. Methods: Retrospective cohort study conducted between 2018-2019 in a reference maternity hospital in southern Brazil. Postpartum women were interviewed in the immediate postpartum period and data were collected from the pregnant woman's book. Three variables were constructed to measure the exposure to “adequacy of prenatal care”, based on the recommendations of the Ministry of Health. The first was minimum coverage (early start and minimum number of consultations) and exams; the second was minimum coverage, exams and nutritional assistance and the third was only whether or not nutritional assistance was provided during prenatal care. The outcomes evaluated were birth weight, prematurity and need for admission to a neonatal ICU, data collected from the hospital chart. Descriptive analysis of categorical variables was performed by the distribution of raw and relative frequencies, and their respective 95% confidence intervals and, for continuous variables, through the mean and standard deviation. Pearson's chi-square test was performed to compare the characteristics of the sample of usual-risk and high-risk prenatal pregnant women. Analyzes of factors associated with adequacy of prenatal care and nutritional assistance and perinatal outcomes were performed using Poisson regression with robust variance and stratified for the type of prenatal care performed (habitual risk or high risk). The models were adjusted for age, education, pre-pregnancy BMI, and excessive gestational weight gain. Results: A total of 1242 puerperal women were analyzed, with 69.3% starting prenatal care before the 12th gestational week. Among high-risk pregnant women (n=396), 89.4% had an adequate number of consultations. However, when nutritional assistance was verified only in high-risk pregnant women, 17.9% (n=71) said they had received nutritional guidance during pregnancy monitoring and 31.1% (n=123) had a specialized consultation with a nutritionist. The adjusted prevalence ratios showed that, among high-risk pregnant women who had inadequate prenatal care and nutritional assistance, there was a lower prevalence of large-for-gestational-age (LGA) babies. In pregnant women at usual risk, inadequate prenatal care and nutritional assistance were associated with a lower prevalence of prematurity and a higher prevalence of admission to a neonatal ICU. Conclusion: Our findings demonstrate that the frequency of nutritional assistance is low in this population, even in high-risk pregnant women, and shows that when it occurs, it is no longer capable of preventing low birth weight in high-risk women, nor prematurity in women. habitual risk, but it can reduce the prevalence of need for neonatal ICU admission only in habitual risk pregnant women

    Contribuição dos alimentos ultraprocessados no consumo alimentar diário de mulheres soropositivas e soronegativas para o HIV durante a gestação

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    Avaliar o consumo alimentar diário e a contribuição de alimentos ultraprocessados de mulheres soropositivas e soronegativas para o HIV na gestação. Métodos: Estudo exposto- controle com 77 puérperas soropositivas e 79 soronegativas para o HIV entre 2015 e 2016. Analisaram-se dados socioeconômicos e demográficos maternos e aplicou-se um QFA(questionário de frequência alimentar) adaptado para gestantes. Utilizou-se teste exato de Fisher e teste Mann Whitneypara detectar diferenças entre os grupos.A regressão linear avaliou associação entre consumo de ultraprocessados e de energia, macro e micronutrientes. Considerou-se significativo p<0,05. Resultados: Puérperas soropositivas para o HIV são mais velhas (p<0,001), com menor renda familiar (p=0,016) e escolaridade (p<0,001) se comparadas às soronegativas. Apresentam médias de consumo semelhantes, com 4082,99 Kcal/dia nas puérperas soropositivas e 4369,24 kcal/dia nas soronegativas para o HIV (p=0,258). Observou-se que as puérperas soropositivas para o HIV consumiam menos proteínas (p=0,048), carboidrato (p=0,028) e cálcio (p=0,001) e mais gorduras totais (p=0,003). Os ultraprocessados corresponderam a 39,80% das calorias nas soropositivas e 40,10% nas soronegativas para o HIV (p=0,893). O consumo destes alimentos esteve associado ao maior consumo de carboidratos (p<0,001), gordura trans(p=0,013) e sódio (p<0,001) e menor consumo de proteínas (p<0,001) e fibras (p=0,022).Conclusão: Os achados demonstram contribuição importante de ultraprocessados na alimentação de gestantes, podendo interferir negativamente nos desfechos maternos e neonatais.Objective: To assess the daily dietary intake and the contribution of ultra-processed foods of positive and negative HIV women during pregnancy. Methods: Study exposed control with 77 positive HIV puerperal and 79 negative HIV, and their newborns between 2015 and 2016. Socioeconomic and maternal demographic data were assessed and a FFQ (food frequency questionnaire) adaptedto pregnant women was applied. Fisher’s exact test and Mann Whitney test were applied to detect differences between groups. The linear regression evaluated associations between the consumption of ultra-processed foods and of energy, macro and micronutrients. p<0,05 was considered significant.Results: Positive HIV puerperal are older (p<0,001), with lower familiar income (p=0,016) and education (p<0,001) when compared to negative HIV puerperal. Both present similar average of consumption, with 4082.99 Kcal/day for positive HIV puerperal and 4369.24 Kcal/day for negative HIV (p=0,258).It was observed that positive HIV puerperal consumed less protein (p=0,048), carbohydrates (p=0,028) and calcium (p=0,001) and more total fats (p=0,003). The ultra-processed foods correspond to 39.80% of calories for positive HIVs and 40.10% for negative HIVs (p=0,893). The intake of these foods was associated to the higher consumption of carbohydrates (p<0,001), Trans fat (p=0,013) and sodium (p<0,001) and the lower protein (p<0,001) and fibers consumption (p=0,022).Conclusion: These findings present great contribution of ultra-processed foods on pregnant women’s intake, with the possibility of negative interference on maternal and neonatal outcomes

    Association between breastfeeding and complementary feeding in pre-pandemic and pandemic COVID-19 times : maternar cohort study

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    Objective: Evaluate the association between breastfeeding, exclusive breastfeeding at six months and the introduction of complementary feeding during the pre-pandemic and the COVID-19 pandemic periods. Methods: Cohort study conducted with puerperal women and their newborns in the immediate postpartum period at a reference maternity hospital in Southern Brazil between 2018-2020. The COVID-19 pandemic period and the need to work outside the home during restricted circulation were the factors of exposure. The outcome evaluated was the weaning in the first six months (breastfeeding and exclusive breastfeeding) and the introduction of complementary feeding before the sixth month of life. Results: 547 puerperal women and their newborns were included. During the COVID-19 pandemic, there was a higher risk to weaning of exclusive breastfeeding up until six months (RR 1.16; 95%CI 1.03-1.31) and introducing complementary feeding early (RR 1.40; 95%CI 1.01-1.96). The need to work outside the home during the COVID-19 pandemic increased the risk of not breastfeeding exclusively at the sixth month (RR 1.27; 95%CI 1.08-1.49). Conclusions: The difficulties of the pandemic did reflect negatively on breastfeeding and complementary feeding practices. The pandemic was a risk factor for the early weaning of exclusive breastfeeding and the introduction of complementary feeding. However, not having to work outside the home during the pandemic period was a protective factor for exclusive breastfeeding at six months

    Contribuição dos alimentos ultraprocessados no consumo alimentar diário de mulheres soropositivas e soronegativas para o HIV durante a gestação

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    Objective To assess the daily dietary intake and energy contribution of ultraprocessed foods among women who are positive and negative for the human immunodeficiency virus (HIV) during pregnancy. Methods This case–control study included 77 HIV-positive and 79 HIV-negative puerperal women between 2015 and 2016. The socioeconomic and maternal demographic data were assessed, and a food frequency questionnaire (FFQ) adapted for pregnant women was applied. The Fisher exact test and the Mann-Whitney test were applied to detect differences between the groups. Linear regression was used to assess the associations between the intake of ultra-processed food and energy, macro- and micronutrients, with values of p < 0.05 considered significant. Results The HIV-positive group was older (p < 0.001) and had lower income (p ¼ 0.016) and level of schooling (p < 0.001) than the HIV-negative group. Both groups presented similar average food intake: 4,082.99 Kcal/day and 4,369.24 Kcal/day for the HIV-positive and HIV-negative women respectively (p ¼ 0.258).The HIV-positive group consumed less protein (p ¼ 0.048), carbohydrates (p ¼ 0.028) and calcium (p ¼ 0.001), andmore total fats (p ¼ 0.003). Ultra-processed foods accounted for 39.80% and 40.10% of the HIV-positive and HIV-negative groups’ caloric intake respectively (p ¼ 0.893). The intake of these foods was associated with a higher consumption of carbohydrates (p < 0.001), trans fat (p ¼ 0.013) and sodium (p < 0.001), as well as lower protein (p < 0.001) and fiber intake (p ¼ 0.022). Conclusion These findings demonstrate that the energy consumption and ultraprocessed food intake were similar in both groups, which reinforces the trend toward a high intake of ultra-processed food in the general population. The intake of ultraprocessed food was positively associated with the consumption of carbohydrates, trans fat and sodium, and negatively associated with the consumption of protein and fiberObjetivo Avaliar o consumo alimentar diário e a contribuição dos alimentos ultraprocessados na dieta de gestantes soropositivas e soronegativas para o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Métodos Estudo de caso–controle com 77 puérperas soropositivas e 79 soronegativas entre 2015 e 2016. Analisaram-se dados socioeconômicos e demográficos maternos, e aplicou-se um questionário de frequência alimentar (QFA) adaptado para gestantes. Utilizou-se o teste exato de Fisher e o teste de Mann-Whitney para detectar diferenças entre os grupos. A regressão linear avaliou a associação entre o consumo de ultraprocessados e de energia, macro e micronutrientes. Valores de p < 0,05 foram considerados significativos. Resultados O grupo de puérperas soropositivas foi mais velho (p < 0,001), com menor renda familiar (p ¼ 0,016) e escolaridade (p < 0,001) quando comparado com o grupo das soronegativas. Ambos os grupos apresentaram médias de consumo semelhantes, com 4.082,99 Kcal/dia entre as puérperas soropositivas e 4.369,24 kcal/dia entre as soronegativas (p ¼ 0,258). Observou-se que as puérperas soropositivas consumiam menos proteínas (p ¼ 0,048), carboidratos (p ¼ 0,028) e cálcio (p ¼ 0,001), e mais gorduras totais (p ¼ 0,003). Os ultraprocessados corresponderam a 39,80% das calorias entre as soropositivas, e a 40,10% entre as soronegativas (p ¼ 0,893). O consumo destes alimentos esteve associado a um maior consumo de carboidratos (p < 0,001), gordura trans (p ¼ 0,013) e sódio (p < 0,001), e a um menor consumo de proteínas (p < 0,001) e fibras (p ¼ 0,022). Conclusão Esses achados demonstram que o consumo de energia e de alimentos ultraprocessados foram semelhantes nos dois grupos, o que reforça a tendência ao consumo elevado de alimentos ultraprocessados na população geral. O consumo de alimentos ultraprocessados foi positivamente associado ao consumo de carboidratos, gorduras trans e sódio, e negativamente associado ao consumo de proteínas e fibras

    Gestão de bibliotecas universitárias : experiências e projetos da UFSC

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    132 p.O livro Gestão de bibliotecas universitárias: experiências e projetos da UFSC, apresenta ao grande público, ricos detalhes, importantes projetos desenvolvidos pelo Sistema de Bibliotecas da UFSC a partir de 2008. Os temas abordados são variados; liderança, o modelo participativo no desenvolvimento de coleções, a capacitação dos usuários para o uso dos serviços de informação, a criação do Portal de Periódicos, o atendimento especializado aos universitários com deficiência, a aplicação do Digital Object Identifier - DOI e a digitalização de teses e dissertações
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