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    Estudo descritivo das características de gestantes hospitalizadas com Covid 19 no Brasil no período de março de 2020 a outubro de 2021 / Descriptive study of the characteristics of pregnant women hospitalized with Covid 19 in Brazil from march 2020 to october 2021

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    Introdução: A doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19), sendo classificada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 11 de março de 2020 e em novembro de 2021 com mais de 250 milhões de casos acumulados no mundo, sendo mais de 22 milhões de casos no Brasil, destaca-se pelo alto número de óbitos (mais de 5 milhões no mundo e mais de 600 mil no Brasil) e hospitalizações, sendo o principal problema de saúde no mundo nos anos 2020 e 2021. A susceptibilidade materna e o consequente acometimento fetal estão diretamente ligados aos fatores imunológicos e ao período gestacional de infecção por vírus ou bactérias. As evidências de transmissão vertical de COVID-19 no período gestacional ainda são incipientes, porém fortemente sugestivas, através de estudos em tecido placentário, sangue do cordão umbilical e leite materno, mas ainda com lacunas que indicam a necessidade de uma maior investigação para a avaliação de risco gestacional, prevalência, recursos clínicos no acompanhamento pré-natal e potencial morbimortalidade materno-fetal. Assim, é importante caracterizar epidemiologicamente as pacientes gestantes que apresentaram agravos dessa doença, a fim de otimizar a assistência à saúde. Objetivo: Descrever as características epidemiológicas das gestantes com COVID 19 no Brasil durante a pandemia. Métodos: O estudo será baseado em dados extraídos do sistema nacional de coleta de dados (DATASUS), analisando as seguintes variáveis preenchidas na ficha de notificação: idade das pacientes dividida em grupos (15-24; 25-34; 35-44), a raça/etnia, sintomas de COVID presentes (tosse, febre, dor muscular, espirros, cefaléia, dispnéia, dor de garganta, diarreia, náuseas e/ou vômitos, dor abdominal, congestão nasal e anosmia/ageusia), comorbidades conhecidas (diabetes mellitus, doença pulmonar crônica, doença cardiovascular, doença renal crônica, doença hepática crônica, imunossupressão, doença neurológica, doença hematológica, asma, obesidade). Resultados: Foram incluídos 16868 pacientes no estudo. A idade média foi de 25-24 anos e raça parda. A maioria apresentava tosse (66,9%), dispnéia (52,1%) e febre (49,5%). A porcentagem relacionada a desconforto respiratório e saturação de oxigênio em ar ambiente menor que 95% foi, respectivamente, 40,6% e 34,2%. Apresentavam comorbidades 60,4% das pacientes e a presença de diabetes mellitus foi a mais prevalente (8,1%). Dentre as comorbidades presentes no estudo, evidencia-se doenças cardiovasculares (6,6%), obesidade (5,9%) e asma (3,8%), como mais prevalentes. Conclusão: O presente estudo conclui que as gestantes e as puérperas, diagnosticadas com Covid-19, eram pacientes jovens, em sua maioria pardas, com sintomas típicos de tosse, dispneia e febre e apresentavam comorbidades

    Atividade de formação interprofissional em urgência pré-hospitalar

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    Para a atuação em urgências, é importante que os profissionais de saúde desenvolvam habilidades específicas e diferenciadas, partindo do planejamento da capacitação em urgência. Assim, os cursos de medicina e enfermagem devem favorecer o desenvolvimento dessas habilidades e avaliá-las através de vários instrumentos direcionados para os diversos domínios. O objetivo do presente estudo foi implementar um componente curricular optativo e interprofissional, voltado para a educação interprofissional em urgência pré-hospitalar para os cursos de medicina e enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Trata-se de um estudo descritivo exploratório, com 24 discentes de medicina do internato e de enfermagem do estágio supervisionado, que realizaram estágio teórico-prático no atendimento de urgências pré- hospitalares. Foram realizadas aulas semanais teórico-práticas por um semestre letivo, ministradas por médicos e enfermeiros do Atendimento Pré- Hospitalar (APH), cujos temas abordados foram: suporte básico de vida (SBV), suporte avançado de vida (SAV), transporte seguro em urgências clínicas, traumáticas, gineco-obstétricas, pediátricas e psiquiátricas, além de terem sido realizadas atividades práticas em ambulâncias. Os discentes foram avaliados por pré-teste, pós-teste e estações práticas realizadas através do Objective Structured Clinical Evaluation (OSCE), no Laboratório de Habilidades do Centro de Ciências da Saúde. Durante as atividades, os alunos foram estimulados ao raciocínio crítico-reflexivo, ressaltando a importância da integração entre os diversos profissionais de assistência à saúde. Observou-se que 88% dos alunos apresentaram aumento de escore em relação ao pré-teste. Na avaliação do processo realizada pelos estudantes de medicina e enfermagem da UFRN, foram apresentadas expectativas semelhantes à relação com as habilidades essenciais adquiridas durante a atividade de formação. Além de contribuir para organizar estações práticas, identificando habilidades clínicas básicas, e implementando instrumentos de avaliação para discente da UFRN, os resultados do presente estudo servirão de base para organização da atividade de formação interprofissional em urgência pré-hospitalar do curso médico e de enfermagem.To acting in emergencies it is important that health professionals develop specific and differentiated skills, which shows us the importance of training in emergency planning. So undergraduate courses in medicine and nursing should encourage the development of these skills and evaluate them through various instruments targeted to the different fields. The aim of this study was to implement an optional and interprofessional curricular component, focusing on interprofessional education in pre-hospital emergency for medical and nursing courses Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN). This is an exploratory descriptive study, with 24 medical and nursing graduates of last year undergraduate of supervised training, who underwent theoretical and practical training in the care of pre-hospital emergency services. There were theoretical and practical lessons per week for one school semester, taught by doctors and nurses of the Emergency Medical Service (EMS), where the topics discussed were: basic and advanced life support, safe transport in clinical emergencies, trauma, gynecological, obstetric, pediatric and psychiatric diseases, and have been carried out practical activities in ambulances. The students were evaluated by pre-test, post-test and practical stations made through the Objective Structured Clinical Evaluation (OSCE), in the skills laboratory of the Health Sciences Center. During the activities the students were encouraged to critical and reflective thinking, highlighting the importance of integration between the various health care professionals. It was observed that 88% of the students had a score increase over the pre-test. In the evaluation process carried out by medical students and nursing UFRN have similar expectations regarding the essential skills acquired during the training activity. The results of this study will form the basis for the organization of interprofessional education activity in pre-hospital emergency medical students and nursing, as well as helped to organize practices stations, identifying basic clinical skills, and implementing student assessment tools UFRN

    Pathophysiology and possible treatments for olfactory-gustatory disorders in patients affected by COVID-19

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    SARS-CoV-2 infects host cells mainly through the interaction between the virus's Spike protein and the viral receptors namely Angiotensin-Converting Enzyme 2 (ACE2) and transmembrane serine protease 2 (TMPRSS2). Both are highly expressed in the gastrointestinal tract, in the nasal and bronchial epithelium, as well as in the type II alveolar epithelial cells. The aim of this review is to report the evidences from the scientific literature on the pathophysiology and the available treatments for olfactory-gustatory disorders in patients with COVID-19. The mechanisms involved in these disorders are still unclear and studies on specific therapies are scarce. However, it has been hypothesized that a decrease in the sensitivity of the sensory neurons as well as the co-expression of ACE2 and TMPRSS2 in the alveolar epithelial cells are the main causes of olfactory-gustatory disorders. The possible mechanisms described in the literature for changes in taste perception in patients with COVID-19 include olfactory disorders and a competitive activity of COVID-19 on ACE2 receptors in the taste buds. In addition, SARS-CoV-2 can bind to sialic acid receptors in the taste buds. In general, evidences show that there is no specific treatment for olfactory-taste disorders induced by SARS-CoV-2, even though some treatments have been used and have shown some promising results, such as olfactory training, intranasal application of sodium citrate and vitamin A, as well as systemic use of omega-3 and zinc. Corticosteroids have also been used as a pharmacological approach to treat patients with olfactory dysfunction with some contradictory results. The knowledge of the mechanisms by which SARS-CoV-2 influences the sensory systems and how effective therapies can treat the loss of smell and taste will have important implications on the understanding and clinical management of olfactory-taste disorders
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