19 research outputs found

    O coraçao no hipertireoidismo

    Get PDF
    Orientador: Cláudio Leinig Pereira Da CunhaDissertaçao (mestrado) -Universidade Federal do Paraná. . Curso de Pós-Graduaçao em CardiologiaResumo: Cinquenta e sete indivíduos com diagnóstico clínico e laboratorial de hipertireoidismo (55 com bócio difuso tóxico, 1 com bócio uninodular tóxico e 1 com bócio multinodular tóxico), foram estudados com o objetivo de se realizar uma análise prospectiva da influência do hipertireoidismo e seu tratamento no aparelho cardiovascular, através de minuciosa avaliação clínica, radiológica e eletrocardiográfica, e, em particular, as variações da função ventricular esquerda, analisadas pelo ecocardiograma do modo M. Os critérios para a inclusão foram: 1) diagnóstico clínico e laboratorial do hipertireoidismo; 2) autorização prévia do paciente; 3) limite máximo de idade: 50 anos; 4) ausência de cardiopatia valvar, congênita, hipertensiva, isquêmica, ou qualquer outra patologia associada; 5) ausência de gravidez; 6) ausência de tratamento prévio recente. A idade média foi de 29,8 anos, com extremos de 17 e 46 anos, compreendendo 52 mulheres e 5 homens. Dos 57 indivíduos, 37 (65%) tornaram-se eutireóideos no segundo controle (após seis meses de tratamento), 13 (23%) permaneceram hipertireóideos no segundo controle e 7 (12%) tiveram apenas o primeiro controle, perdendo-se o seu seguimento. Os pacientes receberam tratamentos diversos, incluindo propiltiuracil, metimazol, iodo radioativo, beta-bloqueadores e intervenção cirúrgica. Aqueles que receberam beta-bloqueadores tiveram suspensão do mesmo três dias antes do exame de controle. A análise foi feita dividindo os pacientes em três grupos distintos: Grupo I: Análise de todos os estudos pré-tratamento, na vigência do hipertireoidismo (n = 57 pacientes). Grupo ll-A: Análise comparativa pré e pós-tratamento dos 37 pacientes que se tornaram eutireóideos. Havia 32 mulheres e 5 homens, com idade variando de 17 a 46 anos, com média etária de 31,5 anos. Grupo ll-B: Análise comparativa pré e pós-tratamento dos 13 pacientes que permaneceram hipertireóideos. Todos eram do sexo feminino, com idade variando de 17 a 38 anos, média de 26,4 anos. Na avaliação clínica, no grupo I, apenas 28 (49%) apresentaram taquicardia sinusal (frequência cardíaca maior que 100 bpm). Após o tratamento, no grupo II-A houve uma redução significativa na frequência cardíaca (p < 0,001), o que ocorreu com menor significância (p < 0,05) no grupo II-B. A pressão arterial estava dentro dos limites normais no estado hipertireóideo. Com a normalização da função tireoideana, no grupo ll-A, houve diminuição significativa (p < 0,001), da pressão arterial sistólica e a pressão diastólica aumentou (p < 0,01), fazendo com que a pressão de pulso que era ampla no estado hipertireóideo, sofresse uma redução significativa (p < 0;00l). 0 mesmo não ocorreu com os pacientes do grupo ll-B, no qual estas variáveis não apresentaram modificações significativas antes e após a terapêutica instituída. Foi encontrado um sopro sistólico de ejeção de pequena intensidade, localizado no 2° e 3° espaço intercostais esquerdos, na região para-esternal, sem irradiação, em 27 pacientes (47%) hipertireóideos. Entre os 37 pacientes do grupo Il-A, 19 (51%) apresentaram sopro sistólico precordial antes do tratamento, tendo desaparecido em 9 pacientes (42%) quando se tornaram eutireóideos. Cinco pacientes do grupo ll-B, que tinham sopro similar, não apresentaram alterações após o tratamento. No grupo I havia 55 pacientes com bócio difuso tóxico, dos quais 15 (27%) apresentavam sopro sistólico na tireóide. No grupo ll-A, 8 pacientes apresentavam este sopro e o mesmo desapareceu em 3 com a normalização da função tireoideana. Enquanto isso, no grupo ll-B entre os 7 pacientes portadores deste sopro, nenhum apresentou variação do sopro na tireóide com a terapêutica. Portanto, o desaparecimento do sopro sistólico na tireóide, ou no precórdio pode servir como um elemento clínico auxiliar de acompanhamento da função tireoideana. A persistência desses achados, todavia, não implica em má resposta terapêutica. Quanto ao peso corporal, houve um aumento significativo (p < 0,001) entre os pacientes do grupo ll-A, com a normalização da função tireoideana, o que ocorreu com menor significância (p < 0,05) entre os pacientes do grupo ll-B. No eletrocardiograma, além da taquicardia sinusal observada em 28 casos, apenas 2 pacientes apresentaram fibrilação atrial e 1 apresentou ritmo de átrio esquerdo, os quais retornaram espontaneamente a ritmo sinusal no estado eutireóideo. Dos 57 pacientes com tireotoxicose, 7 (12%) apresentaram padrão eletrocardiográfico de sobrecarga ventricular esquerda e nenhum destes pacientes apresentou hipertrofia ou dilatação do ventrículo esquerdo pelo ecocardiograma, assim como, área cardíaca aumentada na radiografia de tórax. No grupo ll-A, notamos significante (p < 0,001) diminuição na voltagem dos complexos QRS após o tratamento, o que todavia não aconteceu entre os pacientes do grupo ll-B. O teste cicloergométrico foi realizado em 43 pacientes (75%) pré-tratamento. Demonstrou uma capacidade funcional reduzida, atingindo precocemente a frequência cardíaca máxima programada e não apresentou alterações do segmento ST ou ondas T. No ecocardiograma, as espessuras do septo ventricular e parede posterior do ventrículo esquerdo, as dimensões internas e os volumes das cavidades, e os índices de função ventricular — encurtamento percentual, volume de ejeção, índice de ejeção e fração de ejeção — estavam dentro dos limites normais mesmo durante o estado hipertireóideo. No grupo ll-A, não houve alteração significativa na dimensão diastólica do ventrículo esquerdo. A dimensão sistólica, no entanto, estava significativamente maior (p < 0,05) após o tratamento, assim como o volume sistólico. Os índices de função ventricular esquerda que envolviam apenas estas variáveis, ou seja, o encurtamento percentual e a fração de ejeção, mostraram-se diminuídos mas não de forma significativa com a normalização da função tireoideana. Por outro lado, houve diminuição significativa (p < 0,001) do débito cardíaco quando os pacientes tornaram-se eutireóideos, assim como a velocidade média de encurtamento circunferencial das fibras e as velocidades média e normalizada da parede posterior do ventrículo esquerdo. Portanto, os índices sistólicos isolados para avaliar a contratil idade miocárdica, tais como, o encurtamento percentual e fração de ejeção, mostraram uma diminuição não significativa com o tratamento, apesar das dimensões e volumes sistólicos estarem maiores no estado eutireóideo. Enquanto isso, os índices que acrescentavam outras variáveis como a frequência cardíaca (débito cardíaco) ou o tempo de ejeção (velocidade média de encurtamento circunferencial e velocidades média e normalizada da parede posterior), apresentaram variações que passaram a ser significativas, denotando a tendência de diminuição da contrati1 idade miocárdica com o decréscimo da função tireoideana. Neste grupo não houve alteração significativa na massa do ventrículo esquerdo. Finalmente, no grupo ll-B, não houve alteração significativa nas medidas ecocardiográficas, à exceção da velocidade média de encurtamento circunferencial das fibras, que apresentou uma diminuição menos pronunciada mas significativa (p < 0,05), possivelmente relacionada ã diminuição do tempo de ejeção no segundo controle (p < 0,05)

    Homocisteina e doença arterial coronariana : estudo em 195 pacientes submetidos a cineronariografia

    Get PDF
    Orientador: Claudio L.Pereira da CunhaCo-orientadora: Kimiyo Mogami RaymondTese (doutorado) - Universidade Federal do Parana. Setor de Ciencias da SaudeResumo: Com o objetivo de avaliar a associacao dos niveis plasmaticos de homocisteina com a doenca arterial coronariana, foram estudados, de maneira prospectiva e consecutiva, 195 pacientes com idade inferior a 55 anos, submetidos a estudo cinecoronariografico. Todos os pacientes tiveram coletados dados referentes a idade, sexo, raca, pressao arterial, tabagismo, hipertensao em tratamento, atividade fisica, historia familiar de coronariopatia, medicamentos em uso e achados do exame fisico. Foram colhidas amostras de sangue em jejum para dosagens de homocisteina, colesterol, HDL colesterol, LDL colesterol, triglicerides, glicose, apolipoproteinas A I, A II, B, E, Lp(a) e fibrinogenio. Noventa e cinco pacientes apresentavam cinecoronariografia normal (Grupo Controle) e 100 pacientes tinham lesoes coronarianas (Grupo DAC). No grupo com doenca arterial coronariana, 15 pacientes apresentavam lesoes inferiores a 70% de obstrucao (Grupo DAC I) e 85 apresentavam lesoes iguais ou superiores a 70% (Grupo DAC II). Neste ultimo grupo, 7 pacientes possuiam lesoes tipo Bj, 32 pacientes lesoes tipo B2 e 46 pacientes lesoes tipo C. Entre os individuos do grupo DAC, 15 eram uniarteriais e 85 multiarteriais. Na comparacao entre os parametros dos grupos DAC e Controle, houve diferenca significativa para: colesterol, triglicerides, HDL colesterol, glicose, e apolipoproteinas AI, e B. A media da homocisteina plasmatica tambem foi maior no Grupo DAC em relacao ao Grupo Controle (p0,05). Com as variaveis qualitativas, tambem nao se observou correlacao, utilizando-se 0 teste t de Student. Conclui-se que pacientes com doenca arterial coronariana apresentam niveis de homocisteina plasmatica mais elevados do que individuos sem esta doenca, indicando comportar-se como um fator de risco para aterosclerose coronariana.Abstract: In order to evaluate the association between plasma levels of homocystein and coronary artery disease, 195 patients under 55 years submitted to coronary investigation were consecutively and prospectively studied. All of them had data related to age, sex, etnic group, blood pressure, smoking, anti-hypertensive therapy, physical activity, familial coronariopathy history, physycal examination and drug therapy collected. Fasting blood samples had homocystein, cholesterol, HDL and LDL cholesterol, triglycerides, glycosis, AI, All and B apolipoproteins, Lp(a), and fibrinogen analyses. Ninety-five patients had normal coronary studies (control group) and 100 had coronary lesions (CAD group); 15 of these had lesions up to 70% obstructions (CAD I group) and 85 had 70% obstruction or above (CAD II group). Seven patients of CAD II group had B1 lesions, 32 had B2 lesions and 46 had C lesions. In CAD group, 15 patients had one-vessel disease and 85 had multiple lesions. Comparison between control and CAD groups showed significant differences related to cholesterol, triglycerides, HDL-cholesterol, glucosis, and AI, and B apolipoproteins. Plasma homocystein levels were also higher in CAD and CAD II groups than in controls (p0,05). In relation to qualitative risk factors, this non-correlated was also observed (p>0,05). It is concluded that patients with coronary artery disease show plasma homocysteine levels higher than individual without that disease, so it behaves as a risk factor for coronary atherosclerosis

    Avaliação não invasiva das pressões de enchimento e remodelação do ventrículo esquerdo após infarto do miocárdio Non invasive assessment of left ventricular filling pressure and remodeling after acute myocardial infarction

    No full text
    FUNDAMENTO: A dilatação do ventrículo esquerdo (VE) após infarto agudo do miocárdio (IAM) é um importante determinante do prognóstico. A razão entre a velocidade diastólica E do fluxo mitral e a velocidade diastólica e' do anel mitral (relação E/e') é o melhor índice não invasivo para detectar elevação aguda da pressão de enchimento do VE. A hipótese deste estudo é que a E/e' possa predizer remodelação do VE após IAM tratado. OBJETIVO: Avaliar se a E/e' prediz remodelação ventricular após IAM, em comparação aos dados clínicos, laboratoriais e ecocardiográficos tradicionais. MÉTODO: Ecocardiogramas foram realizados em pacientes consecutivos com primeiro IAM, após angioplastia transluminal coronariana (ATC) seguida de recanalização efetiva, 48 horas e 60 dias após o evento. A E/e' foi calculada pela média de quatro sítios do anel mitral. Remodelação do VE foi definida como aumento &#8805; 15% do volume sistólico final ao método de Simpson. Análises estatísticas incluíram teste t de Student, curvas receptor-operador (ROC) e regressão logística multivariada, com p significante BACKGROUND: Left ventricular (LV) dilation after acute myocardial infarction (AMI) is an important determinant of prognosis. The ratio of early mitral inflow velocity (E) and peak early diastolic annular velocity (e') provides the best single index for noninvasive detection of acute elevation of LV filling pressure. OBJECTIVE: To assess whether E/e' ratio predicts LV remodeling after properly treated AMI compared with traditional clinical, laboratory and echocardiographic data. METHODS: Comprehensive echocardiograms were performed in a series of consecutive patients with first AMI successfully treated with primary percutaneous transluminal angioplasty (PTCA), both 48 hours after intervention and 60 days later. Mean E/e' was determined from four sites of the mitral annulus. LV remodeling was defined as more than 15% increase in end-systolic volume estimated by Simpson method. Statistical analysis included Student's t test, receiver-operator curves (ROC) and multivariate logistic regression (all significant with p 15 as a predictor of remodeling (AUC = 0.81, p = 0.001). In addition, regression analysis (comprising clinical, laboratory and echocardiographic variables along with AMI site) confirmed the independent value of E/e' in the prediction of LV remodeling (odds ratio 1.42, p = 0.01). CONCLUSION: The E/e' ratio is a useful predictor of LV remodeling after AMI, indicating patients with increased cardiovascular risk

    Avaliação não invasiva das pressões de enchimento e remodelação do ventrículo esquerdo após infarto do miocárdio

    No full text
    FUNDAMENTO: A dilatação do ventrículo esquerdo (VE) após infarto agudo do miocárdio (IAM) é um importante determinante do prognóstico. A razão entre a velocidade diastólica E do fluxo mitral e a velocidade diastólica e' do anel mitral (relação E/e') é o melhor índice não invasivo para detectar elevação aguda da pressão de enchimento do VE. A hipótese deste estudo é que a E/e' possa predizer remodelação do VE após IAM tratado. OBJETIVO: Avaliar se a E/e' prediz remodelação ventricular após IAM, em comparação aos dados clínicos, laboratoriais e ecocardiográficos tradicionais. MÉTODO: Ecocardiogramas foram realizados em pacientes consecutivos com primeiro IAM, após angioplastia transluminal coronariana (ATC) seguida de recanalização efetiva, 48 horas e 60 dias após o evento. A E/e' foi calculada pela média de quatro sítios do anel mitral. Remodelação do VE foi definida como aumento ≥ 15% do volume sistólico final ao método de Simpson. Análises estatísticas incluíram teste t de Student, curvas receptor-operador (ROC) e regressão logística multivariada, com p significante < 0,05. RESULTADOS: Estudados 55 pacientes, com idade 58 ± 11 anos, 43 homens, observou-se E/e' maior (13 ± 4 versus 8,5 ± 2; p < 0,001) no grupo com remodelação (n = 13) em relação ao grupo sem remodelação (n = 42). A curva ROC indicou E/e' como preditor de remodelação (área sob a curva = 0,81, p = 0,001). Análises de regressão contendo variáveis clínicas, laboratoriais e Doppler-ecocardiográficas confirmaram E/e' como preditor independente da remodelação (odds ratio 1,42; p = 0,01). CONCLUSÃO: A relação E/e' é um preditor útil de remodelação do VE após IAM, indicando pacientes com maior risco cardiovascular

    An analysis of electrocardiographic criteria for determining left ventricular hypertrophy

    No full text
    OBJECTIVE: To determine the most sensitive criterion for the detection of left ventricular hypertrophy according to echocardiographically defined left ventricular mass. METHODS: The Sokolow-Lyon voltage, Sokolow-Lyon-Rappaport, Cornell voltage duration product, White-Bock, and Romhilt-Estes point scoring criteria were compared with left ventricular mass index, corrected for body surface, obtained from the echocardiograms of 306 outpatients (176 females, 130 males), of all age groups. RESULTS: The Cornell voltage duration product criteria index had the greatest sensitivity in women (54.90%), and the Sokolow-Lyon-Rappaport index was most sensitive in men (73.53%). When applied to men at the same voltage amplitude (20mm) as that in women, the Cornell index showed increased sensitivity relative to the conventional index (28mm) of 67.65% (P<=0.01) and a sensitivity similar to that of the Sokolow-Lyon-Rappaport index, with higher specificity (P<=0.01). The White-Bock and Romhilt-Estes criteria were the least sensitive in men and women, despite their high specificity. The electrocardiographic criteria were more efficient when dilatation predominated over left ventricular hypertrophy. CONCLUSION: The Cornell index had greater sensitivity in women, and the Sokolow-Lyon-Rappaport index was more sensitive in men. When applied to men at the same voltage amplitude as that of women, the Cornell index had an increase in sensitivity similar to that of the Sokolow-Lyon-Rappaport index
    corecore